Os ogros têm camadas (dialógicas): a corrosão carnavalesca dos elementos prototípicos dos contos de fadas tradicionais fílmicos em Shrek (2001)

dc.contributor.advisorAlves, Maria da Penha Casado
dc.contributor.advisorIDhttps://orcid.org/0000-0003-1762-5210pt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/7377731555637172pt_BR
dc.contributor.authorAssis, Ana Carolina Lourenço de
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/0203128896613205pt_BR
dc.contributor.referees1Faria, Marilia Varella Bezerra de
dc.contributor.referees1IDhttps://orcid.org/0000-0002-5832-891Xpt_BR
dc.contributor.referees1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9374738955386775pt_BR
dc.contributor.referees2Machado, Julio César
dc.date.accessioned2023-11-06T22:50:25Z
dc.date.available2023-11-06T22:50:25Z
dc.date.issued2022-12-01
dc.description.abstractFairy tales have always been part of the cultural traditions of different peoples. Through oral accounts, these discursive genres were engendered in the formation of generations, with regard to customs, religiosities and behaviors. From then onwards, the unreal, the magical and the irrational, common categories in the archetypal representations of fairy tales, became recurrent conceptions in the creation of stories, whose prohibited, banned or rejected phenomenologies by society came to be considered possible in the wonderful world. In terms of writing, some names stood out by producing or assembling collections of fairy tales for children, some of them being the german brothers Grimm (Snow White and the seven dwarfs); the french Charles Perrault (Sleeping Beauty) and the danish Hans Christian Andersen (The Little Mermaid). With technological advances, these same tales gained new versions through the cinematographic image. The rise of animation cinema, mainly by the Disney industries, contributed to these narratives, which have resisted for millennia, to establish themselves with the characteristics they have today. However, in the film Shrek (2001), by DreamWorks, we are presented with an animated fairy tale in reverse of these oral and cinematographic stories, in which the problem revolves around the corrosion of filmic texts that present in their plots constructions of oral stories and, thus, considered as "traditional". In the plot, we are taken to follow the adventure of the ogre Shrek in search of Princess Fiona, with which he falls in love on the way. It is on this path that existential dilemmas, identity issues, as well as the chronotopic interferences of the road in the subjects are revealed. Thus, to corroborate this discussion, we use the basic precepts that guide the postulates of the Bakhtin Circle, with regard to discursive genres (BAKHTIN, 2016) (focused on filmic fairy tales); the carnival cosmovision and the philosophy of laughter (BAKHTIN, 2010, 2018) as principles of subversion and corrosion, and the concept of chronotope (BAKHTIN, 2018); furthermore, the research is inserted in the mestizo, hybrid, multidisciplinary and radical area of Applied Linguistics and is based on the philosophical theories of Byung-Chul Han (2017a, 2017b, 2019, 2021), as well as in the concept of hypermodernity by Lipovetsky (2004). Regarding the methodology, the construction and collection of data was developed from a qualitative-interpretative perspective and was used the evidential paradigm of Ginzburg (1986) and the dialogical comparison, first thought by Bakhtin (2017) and later elaborated by Manfrim (2017) and Sobral (2017). It's believed that our corpus presents a conception of the hero, the princess and the grotesque body whose deconstruction of idealized images of children's tales present, in the movie's heterodiscourse, representations that differ from those present in fairy tales.pt_BR
dc.description.resumoOs contos de fadas sempre fizeram parte das tradições culturais de diversos povos. Por meio das contações orais, esses gêneros discursivos engendraram-se na formação de gerações, no que se refere aos costumes, às religiosidades e aos comportamentos. A partir de então, o irreal, o mágico e o irracional, categorias comuns nas representações arquetípicas dos contos de fadas, tornaram-se concepções recorrentes na criação de histórias, cujas fenomenologias proibidas, banidas ou rejeitadas pela sociedade passaram a ser consideradas possíveis no mundo maravilhoso. No âmbito da escrita, alguns nomes se destacaram produzindo ou coligindo coletâneas de contos de fadas para infantes, sendo eles os irmãos alemães Grimm (Branca de Neve e os sete anões); o francês Charles Perrault (A bela adormecida) e o dinamarquês Hans Christian Andersen (A Pequena Sereia). Já com o avanço tecnológico, esses mesmos contos ganharam novas versões por meio da imagem cinematográfica. A ascensão do cinema de animação, principalmente pelas indústrias Disney, contribuiu para que essas narrativas, que resistem há milênios, se firmassem com as características que possuem na atualidade. Contudo, no filme Shrek (2001), da DreamWorks tradução brasileira, somos apresentados a um conto de fadas de animação às avessas dessas histórias de cunho oral e cinematográfico, em que a problemática gira em torno da corrosão dos textos fílmicos que apresentam em seus enredos construções das estórias orais e, assim, consideradas como “tradicionais”. Na trama, somos levados a acompanhar a aventura do ogro Shrek em busca da Princesa Fiona, por quem ele se apaixona durante o caminho de retorno ao castelo. É nesse caminho, pois, que são revelados os dilemas existenciais, as problemáticas identitárias, assim como as interferências cronotópicas da estrada nos sujeitos. Assim, para corroborar esta discussão, utilizamos os preceitos basilares norteadores dos postulados do Círculo de Bakhtin, no que se refere aos gêneros discursivos (BAKHTIN, 2016), voltados aos contos de fadas fílmicos; à cosmovisão carnavalesca e à filosofia do riso (BAKHTIN, 2010, 2018), como princípios de subversão e de corrosão; e ao conceito de cronotopo (BAKHTIN, 2018). Além disso, a pesquisa está inserida na área mestiça, híbrida, INdisciplinar e radical da Linguística Aplicada (LA) e se fundamenta nas teorias filosóficas de Byung-Chul Han (2017a, 2017b, 2019, 2021), bem como no conceito de hipermodernidade de Lipovetsky (2004). No tocante à metodologia, a construção e obtenção dos dados se desenvolveu por uma perspectiva qualitativa-interpretativista, utilizando-se do paradigma indiciário de Ginzburg (1986) e do cotejamento dialógico, pensado inicialmente por Bakhtin (2017) e posteriormente elaborado por Manfrim (2017) e Sobral (2017). Acreditamos que nosso corpus apresenta uma concepção do herói, da princesa e do corpo grotesco cuja desconstrução das imagens idealizadas dos contos infantis apresentam, no heterodiscurso do filme, representações que diferem daqueles presentes nos contos de fadas.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpt_BR
dc.identifier.citationASSIS, Ana Carolina Lourenço de. Os ogros têm camadas (dialógicas): a corrosão carnavalesca dos elementos prototípicos dos contos de fadas tradicionais fílmicos em Shrek (2001). Orientadora: Dra. Maria da Penha Casado Alves. 2022. 154f. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55170
dc.languagept_BRpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Rio Grande do Nortept_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUFRNpt_BR
dc.publisher.programPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEMpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectContos de fadaspt_BR
dc.subjectFilmes de animaçãopt_BR
dc.subjectShrek (filme)pt_BR
dc.subjectCarnavalizaçãopt_BR
dc.subjectCronotopopt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICApt_BR
dc.titleOs ogros têm camadas (dialógicas): a corrosão carnavalesca dos elementos prototípicos dos contos de fadas tradicionais fílmicos em Shrek (2001)pt_BR
dc.typemasterThesispt_BR

Arquivos

Pacote Original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
Ogroscamadasdialogicas_Assis_2022.pdf
Tamanho:
6.79 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Nenhuma Miniatura disponível
Baixar