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Título: A perda de grupos funcionais em comunidades virtuais: efeito das interações entre espécies e grupos funcionais
Autor(es): Britto, Igor Galvão de
Palavras-chave: equitabilidade funcional;funcionamento do ecossistema;extinção de espécies;grupos funcionais;interações interespecíficas;redundância funcional;ecosystem functioning;functional equitability;functional groups;functional redundancy;interspecific interactions;species extinctions
Data do documento: 27-Ago-2012
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: BRITTO, Igor Galvão de. A perda de grupos funcionais em comunidades virtuais: efeito das interações entre espécies e grupos funcionais. 2012. 62 f. Dissertação (Mestrado em Bioecologia Aquática) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2012.
Resumo: Os níveis elevados de extinções locais, regionais e globais têm simplificado progressivamente comunidades em termos de espécies e funcionamento do ecossistema. Modelos teóricos demonstraram que o grau de redundância funcional determina as taxas de perda de grupos funcionais à medida que as comunidades sofrem extinção de espécies. Aqui nós aprimoramos as predições teóricas pela incorporação no modelo de interações entre espécies e entre grupos funcionais. Neste estudo, testamos o efeito de diferentes cenários de interações interespecíficas e de efeitos entre grupos funcionais sobre a resistência das comunidades à perda de grupos funcionais. Comunidades virtuais foram construídas com diferentes padrões de distribuição de espécies nos grupos funcionais, tanto com alta quanto com baixa equitabilidade. Uma matriz A foi criada para representar o efeito líquido das interações interespecíficas entre todas as espécies, representando padrões de aninhamento, modularidade, espécies sensíveis ou dominantes. Além disto, uma segunda matriz B foi criada para representar as interações entre grupos funcionais, tendo também diferentes padrões. A probabilidade de extinção de cada espécie foi calculada com base na riqueza de espécie da comunidade e pela intensidade das interações interespecíficas que atuam sobre ela e sobre o grupo funcional ao qual ela pertence. No modelo, extinções de espécies sucessivas diminuem a riqueza da comunidade, o grau de redundância funcional e consequentemente o número de grupos funcionais que permanecem no sistema. Para cada cenário de redundância funcional, A e B, nós rodamos 1000 simulações para gerar uma curva de extinção funcional média. Diferentes suposições do modelo foram capazes de gerar variações notáveis nas curvas de extinção funcional. Variações mais extremas ocorreram quando as matrizes A e B definem um efeito diferencial acentuado na probabilidade de extinção das espécies dos grupos funcionais. Cenários com espécies sensíveis, positivas ou negativas, apresentaram uma maior variação que os cenários com espécies dominantes. Interações aninhadas apresentaram maior variação do que cenários em que as interações são modulares. Comunidades com redundância funcional máxima podem somente ser fragilizadas pelas interações entre espécies e grupos funcionais. Em contraste, comunidades com baixa riqueza funcional pode ter sua resistência aumentada ou diminuída pelas interações. A concentração de interações positivas in grupos de baixa redundância ou interações negativas em grupos de alta redundância foi capaz de diminuir as taxas de extinção funcional. Em contraste, a concentração de interações negativas em grupos de baixa redundância ou de interações positivas em grupos de alta redundância foi capaz de aumentar as taxas de extinção funcional. Este modelo apresenta resultados relevantes para priorização de espécies em trabalhos de conservação e restauração dos ecossistemas
Abstract: High levels of local, regional, and global extinctions has progressively simplified communities in terms of both species and ecosystem functioning. Theoretical models demonstrated that the degree of functional redundancy determines the rates of functional group loss in response to species extinctions. Here, we improve the theoretical predictions by incorporating in the model interactions between species and between functional groups. In this study, we tested the effect of different scenarios of interspecific interactions and effects between functional groups on the resistance to loss of community functional groups. Virtual communities have been built with different distribution patterns of species in functional groups, both with high and low evenness. A matrix A was created to represent the net effect of interspecific interactions among all species, representing nesting patterns, modularity, sensitive species, and dominant species. Moreover, a second matrix B was created to represent the interactions between functional groups, also exhibiting different patterns. The extinction probability of each species was calculated based on community species richness and by the intensity of the interspecific interactions that act upon it and group to which it belongs. In the model, successive extinctions decrease the community species richness, the degree of functional redundancy and, consequently, the number of functional groups that remain in the system. For each scenario of functional redundancy, A, and B, we ran 1000 simulations to generate an average functional extinction curve. Different model assumptions were able to generate remarkable variation on functional extinction curves. More extreme variations occurred when the matrix A and B caused a higher heterogeneity in the species extinction probability. Scenarios with sensitive species, positive or negative, showed a greater variation than the scenarios with dominant species. Nested interactions showed greater variation than scenarios where the interactions were in modules. Communities with maximal functional evenness can only be destabilized by the interactions between species and functional groups. In contrast, communities with low functional evenness can have its resistance either increased or decreased by the interactions. The concentration of positive interactions in low redundancy groups or negative interactions in high redundancy groups was able to decrease the functional extinction rates. In contrast, the concentration of negative interactions in low redundancy groups or positive interactions in high redundancy groups was able to increase the functional extinction rates. This model shows results that are relevant for species priorization in ecosystem conservation and restoration
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/14030
Aparece nas coleções:PPGE - Mestrado em Ecologia

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