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Título: A escrita do tempo e a poética do espaço:história e espaço no livro Geografia do Brasil Holandês de Luís da Câmara Cascudo
Autor(es): Oliveira, Felipe Souza Leao de
Orientador: Albuquerque Júnior, Durval Muniz de
Palavras-chave: Luís da Câmara Cascudo. Espaço. Brasil Holandês. Poética da História;Luís da Câmara Cascudo. Space. Dutch Brazil. Poetics of History
Data do documento: 31-Ago-2012
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: OLIVEIRA, Felipe Souza Leao de. A escrita do tempo e a poética do espaço:história e espaço no livro Geografia do Brasil Holandês de Luís da Câmara Cascudo. 2012. 207 f. Dissertação (Mestrado em História e Espaços) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2012.
Resumo: Em 1956, Luís da Câmara Cascudo publicou seu livro Geografia do Brasil Holandês. Neste livro, ele estudou e descreveu um espaço o Brasil Holandês de uma perspectiva histórica e geográfica. Para fazer isso, ele articulou ambas as perspectivas do ponto de vista de sua própria leitura da História do Nordeste, estabelecendo um diálogo com a tradição historiográfica de estudo do Brasil Holandês em Pernambuco. Ao retratar a presença holandesa no Nordeste , Cascudo articulou um drama em que os holandeses teriam sua história descrita como um enredo tipicamente trágico, retratados como se eles já estivessem condenados ao fracasso de antemão. A essa tragédia ele opôs um enredo português predominantemente cômico, como se a vitória portuguesa sobre os holandeses tivesse sido tão desejável quanto inevitável para o espaço do Nordeste . Ao narrar o embate entre holandeses e portugueses pelo espaço do Nordeste , porém, Cascudo terminou por delinear seu próprio lugar de fala, enquanto porta-voz da identidade do espaço potiguar em oposição ao espaço pernambucano descrito por Freyre e Gonsalves de Mello. Desse modo, o espaço norte-riograndense teria uma identidade própria, construída a partir da ausência holandesa e constituído a partir do legado português, contrariamente ao espaço de Pernambuco, narrado a partir de uma articulação e conciliação do legado flamengo e lusitano, mesmo que destacando este último. Enquanto os holandeses teriam sido uma presença constante na história pernambucana, para Freyre e Gonsalves de Mello, eles não teriam passado de lenda no espaço do Rio Grande do Norte, retirados de sua geografia e apagados de sua história. Ao descrever a geografia do espaço potiguar, portanto, Cascudo articula a inexistência da História de um tempo dominado por flamengos com a busca de um espaço português, através da narração de suas origens e constituição, bem como pelo registro das características de seu legado
Abstract: In 1956, Luís da Câmara Cascudo published his book Geografia do Brasil Holandês. In this book, he studied and described a space - the Dutch Brazil - from a geographical and historical perspective. To do this, he articulated both perspectives from the point of view of his own reading of the History of Nordeste , establishing a dialogue with the historiographical tradition of the study of the Dutch Brazil in Pernambuco. When portraying the Dutch presence in Nordeste, Cascudo articulated a drama in which the Dutch would have their history described as a typically tragic plot, portrayed as if they were already condemned to failure in advance. To this tragedy he opposed a predominantly comic Portuguese plot, as if the Portuguese victory over the Dutch was as desirable as inevitable for the space of Nordeste . When narrating the clash between the Dutch and the Portuguese for the space of Nordeste , however, Cascudo ended up delineating his own place of speech, as a spokesperson for the identity of the potiguar space in opposition to the pernabucano space described by Freyre and Gonsalves de Mello. In this way, the space of Rio Grande do Norte would have its own identity, constructed from de Dutch absence and constituted from the Portuguese legacy contrarily to the space of Pernambuco, narrated from an articulation and a conciliation of the Flemish and Lusitan legacy, even though highlighting the latter. While the Dutch would had been a constant presence in the history of Pernambuco for Freyre and Gonsalves de Mello, they wouldn t have gone beyond legend in the space of Rio Grande do Norte, removed from its geography and erased from its history. When describing de geography of the potiguar space, therefore, Cascudo articulates the inexistence of the History of a time dominated by the Fleming with the search of a Portuguese space, trough the narration of its origins and constitution, as well as the registry of the characteristics of its legacy
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/16965
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