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Título: Narrativas de aprendizagens ao longo da vida: uma pesquisa-ação-formação com professoras de classes hospitalares
Título(s) alternativo(s): Narrativas de aprendizajes a lo largo de la vida: una investigación de pesquisa-acción-formación con profesoras de aulas hospitalarias
Autor(es): Oliveira, Roberta Ceres Antunes Medeiros de
Orientador: Passeggi, Maria da Conceição Ferrer Botelho Sgadari
Palavras-chave: Professores;Classe hospitalar;Pesquisa-ação-formação;Narrativas autobiográficas;Aprendizagem ao longo da vida
Data do documento: 16-Fev-2016
Referência: OLIVEIRA, Roberta Ceres Antunes Medeiros de. Narrativas de aprendizagens ao longo da vida: uma pesquisa-ação-formação com professoras de classes hospitalares. 2016. 169f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Centro de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.
Resumo: A dissertação teve como objetivo primordial investigar a importância de considerar, nosprocessos de formação docente, as experiências que constituem o capital biográfico dasprofissionais participantes da pesquisa, compreendendo, pois, que essas aprendizagensdepreendidas ao longo da vida, são essenciais ao exercício da prática educativa, noacolhimento, atendimento e acompanhamento dos educandos, com os quais as professorascompartilham experiências no mundo da vida. Consideramos que o estudo dessa temática comfoco na experiência das professoras a partir do que elas narram ainda é um campo inexploradoquando pensamos na realização de uma pesquisa qualitativa com abordagem autobiográfica.Nesse sentido, nossa proposta de investigação se torna inovadora por nos permitir tomar asexperiências de aprendizagens narradas pelas professoras de classes hospitalares como objetode reflexão, depreendendo pois, como se dá a formação das professoras “no chão do hospital”.A pesquisa (auto)biográfica em educação é um campo de estudos que corrobora para aformação de professores de classes hospitalares, mediante a ação autônoma e ativa de ouvir econsiderar como fonte de estudos as narrativas das experiências de aprendizagens de e para avida. Nossas referências teóricas situam-se na encruzilhada do movimento internacional depesquisa (auto)biográfica em educação (FERRAROTTI, 2014; DELORY-MOMBERGER,2008, 2012, 2014; SCHÜTZ, 2010; ALHEIT, 2012; ALHEIT; DAUSIEN, 2006; PASSEGGI,2011a, 2011b, 2014a, 2014b, 2015; SOUZA, 2012), do movimento socioeducativo dashistórias de vida em formação (PINEAU, 2005; PINEAU; LE GRAND, 2012, DOMINICÉ,2000, 2006; JOSSO, 2010; NÓVOA, 1995, 1999, 2009, 2010); e da psicologia cultural queadota uma perspectiva narrativista (BRUNER, 1997; BROCKMEIER; HARRÉ, 2003).Participaram da pesquisa cinco professoras, a quem convidamos para narrar (oralmente e porescrito), individualmente e em grupo, suas experiências de acompanhamento educacional emespaços hospitalar e domiciliar com crianças com doenças crônicas (câncer, doençasinfectocontagiosas como o HIV e doenças hematológicas) na cidade de Natal/RN. Propomos aessas docentes, vivenciar o processo de biografização a partir das seguintes fontesautobiográficas: entrevista narrativa autobiográfica (ENA); registro pessoal (RP); gruporeflexivo (GR); narrativa autobiográfica escrita (NAE). Para a constituição dessas fontesautobiográficas, inspiramo-nos, respectivamente, em Appel (2005), Jovchelovitch e Bauer(2002), Schütze (2010); em Freire (2014), Scarpa (1998); e em Passeggi (2011a). Para ainterpretação dos dados empíricos, compreendemos a aprendizagem, segundo Alheit eDausien (2006), na perspectiva da dimensão vivida, sempre ligada a uma biografia concreta,possibilitando indicar um instrumento de mediação no qual as construções biográficasapresentam-se como formas reflexivas da experiência, podendo se desenvolver e se(trans)formar. A relação intrínseca da biografia e da aprendizagem colabora para refletirmosos processos de aprendizagem e suas contribuições na formação docente, mediante análise dasnarrativas autobiográficas com as quais podemos apontar para o desvelamento dos processosde aprendizagem não formal e informal vivenciados por estas professoras que atuam emclasses hospitalares e se formam enquanto sujeitos biográficos, uma vez que elas acionam aliberdade biográfica para realizar suas escolhas pessoais e profissionais e consideram o capital biográfico um dos instrumentos de ação e ressignificação de sua prática docente “no chão dohospital”.
Abstract: La disertación tuvo como objetivo primordial investigar en los procesos de formación docente, las experiencias que constituyen el capital biográfico de las profesionales participantes de la investigación, comprendiendo que eses aprendizajes deprendidos a lo largo de la vida, son esenciales al ejercicio de la práctica educativa, en el recibimiento, atendimiento y acompañamiento de los educandos, con los cuales las profesoras comparten experiencias en el mundo de la vida. En ese sentido, tomamos las experiencias de aprendizajes narradas por las profesoras de aulas hospitalarias como objeto de reflexión, deprendiendo como se da la formación de las profesoras “en el piso del hospital” (“no chão do hospital”). Nuestras referencias teóricas se sitúan en la encrucijada del movimiento internacional de investigación (auto)biográfica en educación; del movimiento socioeducativo de las historias de vida en formación; y de la psicología cultural que adopta una perspectiva narrativista. Participaran de la investigación cinco profesoras, a quienes convidamos para narrar (oralmente y por escrito), individualmente y en grupo, sus experiencias de acompañamiento educacional en espacios hospitalario y domiciliar con niños con enfermedades crónicas (cáncer, enfermedades infectocontagiosas como el SIDA y enfermedades hematológicas) en la ciudad de Natal/RN. Propusimos a esas docentes, vivenciar el proceso de biografización a partir de las siguientes fuentes autobiográficas: entrevista narrativa autobiográfica (ENA); registro personal (RP); grupo reflexivo (GR); narrativa autobiográfica escrita (NAE). Para la interpretación de los datos empíricos, comprendimos el aprendizaje, segundo Alheit y Dausien (2006), en la perspectiva de la dimensión vivida, siempre ligada a una biografía concreta, posibilitando indicar un instrumento de mediación en el cual las construcciones biográficas se presentan como formas reflexivas de la experiencia, pudiendo desarrollarse e (trans)formarse. Mediante análisis de las narrativas autobiográficas, pudimos apuntar para el desvelamiento de los procesos de aprendizaje no formal e informal vivenciados por estas profesoras que actúan en aulas hospitalarias y se forman mientras sujetos biográficos, una vez que ellas accionan la libertad biográfica para realizar sus escojas personales y profesionales y consideran el capital biográfico uno de los instrumentos de acción y re-significación de su práctica docente “en el piso del hospital” (“no chão do hospital”).
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21894
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