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Título: Na cantilena do café-com-pão riso e tradição na obra de Bartolomeu Correia de Melo
Autor(es): Rocha, Maria Betânia Peixoto Monteiro da
Orientador: Santos, Derivaldo dos
Palavras-chave: Riso;Tradição;Bartolomeu Correia de Melo
Data do documento: 17-Fev-2016
Referência: ROCHA, Maria Betânia Peixoto Monteiro da. Na cantilena do café-com-pão riso e tradição na obra de Bartolomeu Correia de Melo. 2016. 118f. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.
Resumo: A presente pesquisa analisa a obra ficcional do autor potiguar Bartolomeu Correia de Melo, sobretudo os contos publicados no livro Tempo de estórias (2009), tendo como categorias analíticas a tradição e o riso, discutidos respectivamente por Bornheim (1987) e Bakhtin (1999). A tradição apreendida por Melo se inscreve numa estrutura costurada por paradoxos, a dizer de uma rua feita de mão dupla. Nessa perspectiva, os valores do passado chegam aos olhos do leitor, ora como desejo de permanência, ora como matéria problematizada pelo riso. O risível se interpõe, assim, como categoria discursiva capaz de subverter e desmitificar verdades sagradas, inscrevendo-se no contexto da não oficialidade, da não seriedade e da subversão. A análise busca perceber nos contos o modo como operam o riso e a tradição, considerando suas implicações com a vida sociocultural do estado e do país. Tal investimento nos conduz à compreensão sobre como a obra de Melo integra o sistema literário nacional, conforme Candido (2013) e Chiappini (2014), na medida em que se filia a um conjunto de obras literárias brasileiras cuja dominante temática passa pela valorização de componentes regionais. Discute também a presença da tradição e da modernidade na construção da narrativa, dando destaque à figura do narrador e à aproximação com a tradição oral de contar histórias, momento em que se vale dos estudos realizados por Benjamin (1993), Rosenfeld (2009) e Adorno (2012).
Abstract: A Dans cette recherche nous analysons l’oeuvre fictive de l’auteur potiguar Bartolomeu Corrreia de Melo, plus spécialement les contes publiés dans le livre Tempo de estórias (2009), en utilisant la tradition et le rire comme catégories analytiques, respectivement discutés par Bornheim (1987) et Bakhtin (1999). La tradition apprise par Melo s’inscrit dans une structure imprégnée de paradoxes, comme une rue à double sens. Dans cette perspective, les valeurs du passé surviennent aux yeux du lecteur, tantôt comme désir de permanence, tantôt comme matière problématisée par le rire. Le risible s’interpose ainsi comme catégorie discursive capable de subvertir et de démythifier des vérités sacrées, s’inscrivant dans le contexte de la non officialité, du non sérieux et de la subversion. L’analyse cherche à percevoir la manière d’opérer du rire et de la tradition dans les contes, en considérant leurs implications avec la vie socioculturelle de l’état et du pays. Un tel investissement nous conduit à la compréhension sur comment l’oeuvre de Melo intègre le système littéraire national, conformément à Candido (2013) et à Chiappini (2014), dans la mesure où elle rejoint un ensemble d’oeuvres littéraires brésiliennes dont la thématique dominante passe par la valorisation de composantes régionales. Nous discutons aussi la présence de la tradition et de la modernité dans la construction de la narrative en mettant en relief la figure du narrateur et le rapprochement avec la tradition orale de raconter des histoires, nous profiterons ici des études réalisées par Benjamin (1993), Rosenfeld (2009) et Adorno (2012).
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23033
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