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Título: Análise da ativação e desempenho muscular de membros inferiores em indivíduos com insuficiência venosa crônica durante teste de elevação do calcanhar
Autor(es): Medeiros, Nathalie Cortez Bezerra de
Orientador: Fregonezi, Vanessa Regiane Resqueti
Palavras-chave: Doenças vasculares;Eletromiografia;Sistema musculoesquelético
Data do documento: 28-Mar-2017
Referência: MEDEIROS, Nathalie Cortez Bezerra de. Análise da ativação e desempenho muscular de membros inferiores em indivíduos com insuficiência venosa crônica durante teste de elevação do calcanhar. 2017. 97f. Dissertação (Mestrado em Fisioterapia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.
Resumo: Introdução: A falha na função da bomba muscular da panturrilha é considerada a principal causa da insuficiência venosa crônica (IVC) e a hipertensão venosa prolongada, leva ao enfraquecimento da musculatura da panturrilha. A avaliação específica dessa musculatura pode ser feita de diferentes formas, entre elas a utilização do teste de elevação do calcanhar (TEC). Atualmente, vários protocolos foram desenvolvidos para a realização do TEC em diferentes populações, sem uma padronização bem detalhada. Objetivos: Primariamente avaliar a confiabilidade e reprodutibilidade tanto intra quanto inter-avaliadores do TEC em adultos saudáveis, de dois diferentes protocolos com diferentes estímulos: auto-cadenciado (TECAC) e externamente cadenciado (TECEC); Secundariamente, avaliar o desempenho e a atividade elétrica dos músculos dos membros inferiores durante a realização do TECEC em sujeitos com IVC comparando com indivíduos saudáveis pareados. Métodos: Dois estudos foram realizados e ambos foram do tipo observacional, de caráter transversal. Para o Estudo 1, dois protocolos do TECAC e TECEC foram realizados em sujeitos jovens e saudáveis. Para o Estudo 2, foram recrutados sujeitos com idade entre 35 e 65 anos, com diagnóstico clínico de IVC para realização do TECEC associado à Eletromiografia de Superfície (EMGs). Resultados: No estudo 1, 33 indivíduos saudáveis foram recrutados (16H), com idade de 23,03 anos (±2,71). Observamos que o TECAC obteve um melhor resultado tanto no que diz respeito ao desempenho (53,01 elevações) quanto à reprodutibilidade relativa inter-avaliador (CCI=0,77) e, o TECEC obteve melhor reprodutibilidade intra-avaliador (CCI=0,69). Foi observado que ao final da realização de ambos os testes houve aumento dos sintomas de fadiga (p<0,01); entretanto, com manutenção do desempenho de elevações de calcanhar nos três TECAC (p=0,76) e diminuição do desempenho no TECEC quando comparados T1, T2 e T3 (p<0,01). No Estudo 2, foram recrutados 44 sujeitos com IVC, dos quais 17 atingiram todos os critérios de inclusão e compuseram a amostra do Grupo IVC, versus 17 sujeitos saudáveis pareados por idade, sexo e IMC que compuseram o Grupo Controle. Houve diferença significante na comparação intergrupo do desempenho do TECEC (p<0,01) e também na comparação intergrupo do tempo gasto para realização do TECEC (p<0,05). A plantiflexão no membro inferior direito foi significativamente menor (p<0,05) no Grupo IVC. Para avaliação da atividade elétrica, o TECEC foi dividido em quatro momentos (25%, 50%, 75% e 100%). Na avaliação da atividade elétrica muscular durante o TECEC, foram encontradas diferenças significantes nos momentos 50% e 75% (p<0,05) do músculo tibial anterior direito e nos momentos 25% e 50% (p<0,05) do músculo tibial anterior esquerdo. Conclusão: Nossos resultados do Estudo 1 demonstram que ambos os TEC (auto-cadenciado e externamente cadenciado) podem ser utilizados para fornecer resultados de desempenho muscular. O TECEC potencialmente determina uma maior e mais intensa atividade muscular e o TECAC demonstrou melhor reprodutibilidade e maior concordância, quando avaliado o desempenho nos três momentos. Em relação ao Estudo 2, é possível observar que os indivíduos com IVC apresentam um desempenho inferior no TECEC comparados a sujeitos saudáveis, com menor atividade elétrica muscular em tibial anterior bilateralmente já em estágios iniciais da doença.
Abstract: Background: Failure of calf muscle pump function is considered a major cause of venous insufficiency (CVI) and prolonged venous hypertension leads to weakening of the calf muscles. The evaluation can be done from different forms, from a heel lift test (TEC). Currently, several protocols have been developed for an ECT test in different populations, without a very detailed standardization. Objectives: Firstly to evaluate the reliability and reproducibility of intra-r inter-raters in healthy adults, from two different protocols with different stimuli: self-paced (TECAC) and externally cadenced (TECEC); secondarily, to evaluate the performance and electrical activity of lower limb muscles during an TECEC in subjects with CVI compared with healthy paired subjects. Methods: Two studies were performed and both were of the observational type, with a transversal character. For Study 1, two TECAC and TECEC protocols were performed on healthy young subjects. For Study 2, subjects with ages between 35 and 65 years old were recruited, with a clinical diagnosis of CVI to perform TECEC associated with Surface Electromyography (EMGs). Results: In study 1, 33 healthy subjects were recruited (16H), aged 23.03 years (± 2.71). We observed that the TECEC obtained a better result both in terms of performance (53.01 elevations) and relative inter-rater reproducibility (ICC = 0.77) and the TECEC obtained better intra-rater reproducibility (ICC = 0, 69). It was observed that at the end of both tests there was an increase in fatigue symptoms (p <0.01); (P = 0.76) and decreased performance in the TECEC when compared to T1, T2 and T3 (p <0.01). In Study 2, 44 subjects with CVI were recruited, of whom 17 met all inclusion criteria and composed the sample of Group IVC versus 17 healthy subjects matched for age, sex and BMI who composed the Control Group. There was a significant difference in the intergroup comparison of the TECEC performance (p <0.01) and also in the intergroup comparison of the time spent to perform the TECEC (p <0.05). The flexure in the right lower limb was significantly lower (p <0.05) in Group IVC. For evaluation of electrical activity, the TECEC was divided into four moments (25%, 50%, 75% and 100%). In the evaluation of the muscular electrical activity during the TECEC, significant differences were found in the moments 50% and 75% (p <0.05) of the right anterior tibial muscle and moments 25% and 50% (p <0.05) of the muscle Anterior tibialis. Conclusion: Our results from Study 1 demonstrate that both (self-paced and externally paced) ECT can be used to provide muscle performance results. The TECEC potentially determines a greater and more intense muscular activity and the TECAC demonstrated better reproducibility and greater agreement, when evaluated the performance in the three moments. Regarding Study 2, it is possible to observe that individuals with CVI present inferior performance in the TECEC compared to healthy subjects, with lower muscular electrical activity in the anterior tibial bilaterally already in the initial stages of the disease.
URI: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23439
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