PPGB - Doutorado em Bioquímica
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Navegando PPGB - Doutorado em Bioquímica por Autor "Amorim, Ticiana Maria Lúcio de"
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Tese Clonagem e expressão do gene que codifica o inibidor de quimotripsina de Erythrina velutina WILLD. - caracterização e avaliação de seu potencial farmacológico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-04-29) Amorim, Ticiana Maria Lúcio de; Santos, Elizeu Antunes dos; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782221T9&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/6216030147805627; Uchoa, Adriana Ferreira; ; http://lattes.cnpq.br/6644671747055211; Lima, João Paulo Matos Santos; ; http://lattes.cnpq.br/3289758851760692; Sá, Maria de Fátima Grossi de; ; http://lattes.cnpq.br/3058512809761818; Souto, Janeusa Trindade de; ; http://lattes.cnpq.br/6501426772186111; Dore, Celina Maria Pinto Guerra; ; http://lattes.cnpq.br/2279068301048550Proteinases são enzimas amplamente distribuídas em diferentes organismos e que desempenham as mais diversas funções, desde a manutenção da homeostase até o agravamento de algumas doenças como câncer, doenças autoimunes e infecções. As proteínas responsáveis pelo controle e atuação destas enzimas são os inibidores, que são classificados de acordo com suas proteases alvo e são encontrados desde organismos mais simples, como bactérias, aos mais complexos, como plantas de grande porte e mamíferos. Inibidores de proteinases de plantas agem reduzindo ou inativando a atividade de enzimas alvo, dessa forma, estas proteínas vêm sendo estudadas como possíveis ferramentas no tratamento de doenças relacionadas às atividades proteásicas. Neste contexto, um inibidor de quimotripsina de Erythrina velutina, denominado EvCI, foi previamente purificado e foi observado que esta proteína desempenha atividades anticoagulante in vitro a anti-inflamatória em modelo in vivo. Buscando reduzir o impacto ecológico causado pela purificação de EvCI em grandes quantidades e facilitar o processo de obtenção desta proteína, o inibidor de quimotripsina recombinante de Erythrina velutina foi produzido após clonagem e expressão em células de Escherichia coli. As bactérias foram crescidas em meio LB e após indução da expressão este material foi submetido a procedimentos de lise celular e o produto foi aplicado em uma coluna de afinidade de Níquel. As proteínas ligadas à coluna foram digeridas por trombina, aplicadas em uma coluna de afinidade de Quimotripsina-Sepharose obtendo-se o inibidor purificado, denominado recEvCI. Após eletroforese, o inibidor recombinante apresentou uma massa molecular de, aproximadamente, 17 kDA e reduziu a atividade de quimotripsina e elastase in vitro. O inibidor recombinante foi sequenciado e foi detectada a presença de aminoácidos iguais a outros inibidores depositados em banco de dados, com algumas modificações. recEvCI demonstrou alta estabilidade quando submetido a variações de pH e sob condições redutoras, mantendo sua atividade inibitória em torno de 80%. Esta proteína aumentou o tempo de coagulação sanguínea in vitro por atuação sobre a via intrínseca e não demostrou citotoxicidade contra as linhagens de fibroblasto de camundongo 3T3 e de macrófagos RAW 264.7. recEvCI apresentou atividade microbicida relacionada à liberação de óxido nítrico e consequente ativação de macrófagos, além de possuir efeito pró-inflamatório avaliado pelo aumento da liberação de TNF-α. Estes resultados indicam que recEvCI pode ser utilizado biotecnologicamente como uma nova ferramenta no controle de doenças relacionadas à coagulação assim como pode vir a ser um agente ativador do sistema imune em indivíduos imunossuprimidosTese Purificação e caracterização de uma nova lectina com atividade imunomoduladora da esponja Aplysina fulva(2015-07-10) Santos, Paula Ivani Medeiros dos; Santos, Elizeu Antunes dos; ; http://lattes.cnpq.br/6762251930590306; ; http://lattes.cnpq.br/1631947914918841; Queiroz, Alexandre Flávio Silva de; ; http://lattes.cnpq.br/4447420857221826; Souto, Janeusa Trindade de; ; http://lattes.cnpq.br/6501426772186111; Souza, Djair dos Santos de Lima e; ; http://lattes.cnpq.br/4456114894660929; Amorim, Ticiana Maria Lúcio de; ; http://lattes.cnpq.br/6216030147805627As esponjas marinhas se apresentam como uma rica fonte de novos compostos bioativos de grande interesse biotecnológico, vimos, neste trabalho, relatar a purificação e caracterização de uma lectina da espécie Aplysina fulva, denominada AFL com atividade imunomoduladora, bem como avaliar se a mesma possue efeito citotóxico sobre células em cultura (normais, tumorais e leishmanias). As proteínas totais foram extraídas da esponja com tampão Tris-HCl 20 mM, pH 7,5, e fracionadas por precipitação com acetona. A fração obtida com 1 volume de acetona possuía maior atividade hemaglutinante e foi submetida a uma cromatografia em matriz de goma guar com tampão tetraborato de sódio 20 mM, pH 7,5. Em seguida foi aplicada em uma coluna de Superdex 75 (FPLC-AKTA) contendo tampão Tris- HCl 20 mM, pH 7,5. A pureza da lectina foi atestada em uma coluna HILIC (HPLC). A sequência de 15 resíduos de aminoácidos do N-terminal da lectina foi determinada por degradação de Edman e não apresentou similaridade com nenhuma outra proteína dos bancos de dados mais conhecidos. A massa foi estabelecida em 62 kDa, por gel filtração em Superdex 75. Análise após tratamento com agentes redutores permitiu deduzir que AFL é uma proteína homotetramérica. Sua atividade hemaglutinante foi reduzida quando a lectina foi exposta em meio ácido (pH < 4) ou quando submetida a temperaturas acima de 60 ºC. AFL apresentou especificidade para lactose e parcial para D-glicose e D-galactose. A lectina purificada AFL não apresentou efeito citotóxico para as linhagens de células cancerígenas (PANC, HeLa, HT-29, Bf16F10, A549) e de fibroblastos (MRC5). AFL foi capaz de aglutinar formas promastigotas vivas de Leishmania amazonensis e Leishmania. braziliensis,e teve sua atividade revertida pela adição de lactose ao ensaio. AFL não diminuiu de forma significante a viabilidade de Leishmania amazonensis. A lectina AFL apresentou atividade mitogênica em concentrações a partir de 40 μg/mL para célula mononucleares do sangue periférico (monócitos e linfócitos). A lectina AFL foi capaz de induzir na linhagem de macrófagos (RAW264.7) de murinos a liberação de TNF- α, mas não de IL-6, na concentração de 10,0 μg/mL. Quando AFL foi incubada com células esplênicas de camundongos BALB/c, foi capaz de estimular a produção de IFN-γ e promover a diferenciação de células T para uma resposta imune celular do tipo Th1. A capacidade de modular a resposta imune do tipo Th1 jamais foi relatada em lectinas de esponjas marinhas. Todos os resultados corroboram com o alto potencial que a lectina AFL apresenta como uma nova molécula capaz de modular o sistema imune, podendo ser utilizada como adjuvante de vacinas contra microrganismos, dentre eles, os do gênero leishmania.