Programa de Pós-Graduação em Psicologia
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Psicologia por Autor "01407860402"
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Tese Os significados do trabalho nas trajetórias de pessoas transgêneras(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-08-30) Alves, Joatã Soares Coelho; Bendassolli, Pedro Fernando; Lima, Fellipe Coelho; 01407860402; http://lattes.cnpq.br/8136294095024847; Leite, Jader Ferreira; http://lattes.cnpq.br/0115447283248209; Jesus, Jaqueline Gomes de; http://lattes.cnpq.br/0121194567584126; Gondim, Sônia Maria Guedes; http://lattes.cnpq.br/9725833775313298; Torres, Tatiana de Lucena; http://lattes.cnpq.br/2310895002206004As pessoas transgêneras (também chamadas pessoas trans), aquelas que não se identificam com o gênero a elas socialmente atribuído em seu nascimento em razão de seu sexo biológico, são o grupo mais marginalizado, violentado e excluído em dentre a população LGBTIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Intersexuais, Assexuais e outras designações). No mundo do trabalho, esse grupo enfrenta a negação do acesso ao mercado formal e a inserção compulsória na prostituição e em subempregos. Mesmo diante da exclusão enfrentada no mundo do trabalho, há indicativos na literatura de que o trabalho pode ser percebido como fonte de autonomia, inclusão social, direitos sociais e de reafirmação identitária. Diante dessa diversidade de percepções e representações, o objetivo desta pesquisa foi o de investigar o processo de significação do trabalho nas vivências de pessoas trans. Do ponto de vista teórico-metodológico, investigamos os significados do trabalho a partir da perspectiva histórico-cultural de base semiótica, empregando entrevistas em profundidade com foco nas histórias de vida e de trabalho das/os 5 (cinco) protagonistas entrevistada/os como parte do estudo, sendo 2 (duas) mulheres trans, 2 (dois) homens trans e 1 (uma) pessoa não-binária. Primeiro, foi realizado um mapeamento semiótico do processo de significação do trabalho nas trajetórias das/os protagonistas. Os resultados dessa primeira etapa de análise apontaram que, numa perspectiva cultural, o trabalho foi significado simultaneamente como fonte de exclusão e interdições (notadamente na informalidade), e, diante da expectativa de inserção na formalidade, como via de inclusão e garantia de direitos. Do ponto de vista pessoal, as principais significações foram, primeiro, a do trabalho como uma via de proteção contra as violações e interdições enfrentadas pelas pessoas transgêneras em nossa sociedade. Em segundo lugar, vieram significados pessoais que compreendem o trabalho como fonte de reconhecimento, distinção identitária e validação social. A seguir, foi realizada uma caracterização semiótica de significação do trabalho nas vivências das pessoas trans, a partir das convergências e tendências identificadas entre as trajetórias investigadas. Nessa caracterização, destacaram-se: a) o impacto da vivência de situações de transfobia em contextos familiares, sociais e laborais como determinantes para a inserção precoce das pessoas trans no mundo do trabalho; b) as experiências concretas, as expectativas e anseios das pessoas trans quanto à inserção em diferentes arranjos de trabalho como elementos mediadores para a construção de significados, e c) diferentes funções semióticas desempenhadas pelos significados do trabalho nas vidas das pessoas trans, principalmente as de promover adaptação diante das dificuldades enfrentadas e amenizar os seus os impactos subjetivos nas trajetórias. Por fim, foram identificados núcleos temáticos de significação que compareceram de maneira transversal nas trajetórias analisadas. Esses núcleos foram então discutidos a partir da literatura sobre o trabalho da população trans, e de determinantes sociais, econômicos e culturais, especialmente à luz das reflexões propostas pela Psicologia do Trabalho, pela Psicologia Histórico-Cultural de base semiótica e pelo Transfeminismo brasileiro. Buscou-se, com o aprofundamento da compreensão dos significados produzidos pelas pessoas trans sobre o trabalho, oferecer contribuições acadêmicas sobre a temática e subsídios que possam contribuir com políticas e ações afirmativas voltadas a esse grupo, especialmente no tocante à inclusão social pelo trabalho.Tese A vivência do desalento entre jovens graduados: uma aproximação histórico-cultural(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-11-30) Paulino, Daniele de Souza; Bendassolli, Pedro Fernando; Lima, Fellipe Coelho; 01407860402; http://lattes.cnpq.br/5116689205242979; http://lattes.cnpq.br/7275413331948599; Barreto, Maria da Apresentação; http://lattes.cnpq.br/0256251497039883; Alberto, Maria de Fátima Pereira; http://lattes.cnpq.br/5329252433928179; Gondim, Sônia Maria Guedes; http://lattes.cnpq.br/9725833775313298; Valério, Tatiana Alves de Melo; http://lattes.cnpq.br/8304188182210970O desemprego juvenil é uma constante no Brasil e no mundo. De forma geral, a juventude é a categoria mais sensível às crises econômicas, como também a mais exposta à realidade do desemprego e da informalidade. Nesse contexto, o desalento, ou seja, a desistência por procurar uma ocupação, atingiu em 2018, 2,4 milhões de jovens com idades entre 18 e 29 anos, número que tende a aumentar com o efeito da pandemia por COVID-19. Contudo, embora o desalento sempre se tenha feito presente entre o segmento juvenil, o debate acadêmico sobre o tema ainda se restringe a uma definição estatística e a proposições que apontam o investimento na qualificação, como alternativa para o rompimento com a condição. No entanto, contrariando essa perspectiva, a presença do desalento entre jovens com ensino superior é uma realidade que aponta para a necessidade de compreender esse fenômeno para além da sua descrição. Portanto, a partir do escopo da teoria histórico-cultural (THC) em articulação com alguns pressupostos da psicologia cultural, o objetivo geral do presente trabalho é investigar a vivência (perejivânie) do desalento diante da quebra de expectativa do trabalho idealizado por jovens com ensino superior. Para atingi-lo, pretende-se especificamente: (a) reconstruir a trajetória individual da pessoa jovem no que diz respeito à esfera do trabalho; (b) caracterizar o bloqueio de significado diante do desalento e (c) apreender a unidade quadrática de significados atribuídos pelo jovem diante daquela quebra e as ações que desenvolve para lidar com aquele bloqueio. Para tanto, foram realizados dois estudos de caso com jovens em condição de desalento, por meio da condução de cinco entrevistas em profundidade com cada uma delas, por meio do uso da estratégia metodológica Trajectory Equifinality Model (TEM). As entrevistas foram transcritas e a partir delas reconstruída a trajetória de cada participante, elemento que permitiu a análise da vivência do desalento de cada uma diante da quebra de um trabalho idealizado. Por fim, os achados são discutidos à luz da (THC) e denotam que o desalento supera uma definição econômica, ao se referir aos conflitos decorrentes das decisões de carreira diante da quebra da idealização em torno do trabalho, vivenciada por jovens graduados. Essa constatação, associada a intervenção realizada, traz implicações teóricas e práticas para a área da orientação profissional, sobretudo, por meio do incentivo ao comportamento exploratório das carreiras profissionais.