Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica por Autor "Almeida, Narelle Maia de"
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Dissertação Análise estratigráfica das seções rifte e pós-rifte na Sub-bacia de Mundaú da Bacia do Ceará, Margem Equatorial Brasileira(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-09) Fernandes, Paulo Sávio Pinheiro; Cordoba, Valéria Centurion; http://lattes.cnpq.br/7583765035474277; Sousa, Debora do Carmo; Almeida, Narelle Maia deAs descobertas de campos de petróleo na Margem Equatorial Africana, juntamente com a perfuração dos poços Pecém e Pitu, respectivamente, nas bacias do Ceará e Potiguar reforçam a necessidade de estudos para uma melhor compreensão da evolução das bacias sedimentares presentes na Margem Equatorial Brasileira, que desponta como uma nova fronteira exploratória para hidrocarbonetos. A complexidade tectono-estrutural da Margem Equatorial Brasileira é discutida em diversas publicações, que a classificam como uma margem passiva transformante. No entanto, existe uma lacuna no estudo de suas bacias à luz dos conceitos da Estratigrafia de Sequências. A Bacia do Ceará está inserida na plataforma continental da Margem Equatorial Brasileira e sua origem está relacionada ao processo de fragmentação do Gondwana durante o Eocretáceo, resultando na abertura do Atlântico Equatorial. A referida bacia é limitada a sudeste pelo Alto de Fortaleza, a oeste pelo Alto de Tutóia, a norte pela parte sul da Zona de Fratura de Romanche, e a sul pelo embasamento cristalino. Devido aos aspectos tectônicos distintos e às diferentes feições estruturais, a mesma se encontra compartimentada em quatro sub-bacias, de oeste para leste: Piauí-Camocim, Acaraú, Icaraí e Mundaú. O arcabouço estratigráfico da Sub-bacia do Mundaú é composto por três supersequências: Rifte, pós-Rifte e Drifte. Em termos litoestratigráficos, as supersequências Rifte e pós-Rifte correspondem às formações Mundaú e Paracuru, respectivamente. As mesmas foram estudadas a partir dos dados de poços, com a elaboração de diagramas 1D, onde foram definidas as litofácies, ciclos, conjuntos de ciclos, tratos de sistemas deposicionais e sequências deposicionais. A análise sismoestratigráfica realizada, a partir de linhas sísmicas 2D, consistiu na caracterização de sismofácies e identificação de terminações de refletores, culminando no reconhecimento de unidades e superfícies da estratigrafia de sequências. A integração destas interpretações permitiu a compartimentação da seção estudada em unidades sismoestratigráficas, as quais foram relacionadas a distintos tratos de sistemas tectônicos. Ao final, foi possível propor um modelo para a evolução tectono-estratigráfica para a sub-bacia estudada.Dissertação Análise sísmica de cold seeps como zonas de prospecção na porção offshore da Bacia de Barreirinhas, Margem Equatorial Brasileira(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-01-25) Delabrida, Guilherme Martins; Gomes, Moab Praxedes; https://orcid.org/0000-0003-0836-1073; http://lattes.cnpq.br/2086362176219605; https://orcid.org/0000-0001-9822-1327; http://lattes.cnpq.br/3284774847933241; Magalhães, Antônio Jorge Campos; http://lattes.cnpq.br/7278609149703896; Almeida, Narelle Maia deA margem equatorial brasileira (MEB) é um segmento oblíquo-transformante com equivalentes geológicos no Golfo da Guiné, África Ocidental. Ambas as margens são oriundas da separação da Pangéia e consequente abertura do Oceano Atlântico Equatorial. Essas áreas têm sido estudadas como novas fronteiras exploratórias pela descoberta de sistemas petrolíferos em águas profundas e ultra-profundas. A Bacia de Barreirinhas, localizada na porção central da MEB, tem equivalentes geológicos com as bacias produtoras de oléo e gás da Costa do Marfim e Tano. Apesar disso, ainda não foram identificadas reservas relevantes na Bacia de Barreirinhas, ainda mais por ser pobremente estudadas em respeito aos sistemas petrolíferos. Este presente estudo visa identificar cold seeps em estratos rasos e associadas à migração de hidrocarbonetos, indicando possíveis acumulações de hidrocarbonetos ao longo da porção imersa da Bacia de Barreirinhas. A investigação foi feita através de sísmica de reflexão convencional 2D em migração temporal pós-empilhamento, com uso adicional de atributos sísmicos. Os resultados do estudo compreendem a identificação de cold seeps associados à migração de hidrocarbonetos, incluindo falhas com escape de fluidos, chaminés de gás, pockmarks, hydrocarbon-derived diagenetic zone (HRDZ), bottom simulating reflectors (BSR) e mounds de águas profundas. Estruturas regionais morfológicas e estratigráficas compreendem as zonas de ocorrências de cold seeps. No talude continental inferior e elevação continental do setor leste, falhas normais regionais controlam a formação de cold seeps. No setor central ao setentrional da elevação continental e planície abissal, diversos mounds de águas profundas são abastecidos por chaminés de gás e falhas. Sistemas de células gravitacionais são dominados por falhas normais e estruturas em flor negativa que produzem cold seeps nas regiões proximais, definindo o domínio extensional. Esses controles estruturais são relacionados ao domínio compressional da porção distal, onde as zonas de descolamento e séries de falhas e dobras são correlacionadas à pockmarks e mounds de águas profundas. Próximo ao domínio compressional ocidental, intrusões ígneas controlam o desenvolvimento de falhas carreadoras de fluidos, chaminés de gás, bright spots e pockmarks. Essas estruturas derivadas de hidrocarbonetos indicam potenciais sistemas petrolíferos em sequências tectono-sedimentares do Albiano ao Turoniano-Oligoceno no setor central da MEB. No entanto, técnicas mais refinadas são necessárias para confirmar a presença de ativa percolação e/ou acumulação de hidrocarbonetos. Assim sendo, a Bacia de Barreirinhas pode constituir um campo vasto para a indústria do petróleo e para pesquisa científica, esta especialmente focando na natureza dos mounds de águas profundas, dotados de grande potencial para a geobiologiaDissertação Caracterização e análise do talude continental adjacente à bacia potiguar, NE Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-02-21) Almeida, Narelle Maia de; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; ; http://lattes.cnpq.br/4905966563292686; Bezerra, Francisco Hilario Rego; ; http://lattes.cnpq.br/6050302316049061; Silva, Cleverson Guizan; ; http://lattes.cnpq.br/2192755725741120Esta dissertação apresenta os resultados do primeiro imageamento realizado no talude continental, em área adjacente à Bacia Potiguar, na margem equatorial brasileira (NE Brasil). Dados de batimetria multifeixe forneceram uma cobertura completa do fundo oceânico entre o talude superior e o talude intermediário (100-1300 m). Quinze canyons submarinos foram mapeados. A forma do talude reflete na distinta distribuição espacial dos canyons. A parte oeste apresenta perfis convexos o que implicou numa maior quantidade de incisões pelos canyons. Alguns deles possuem paredes com declividades maiores que 35°. Os canyons foram classificados de acordo com sua localização e morfologia. Os canyons com cabeceiras entalhadas na plataforma, conexão com sistemas fluviais, altas sinuosidades, formas em V , terraços ao longo das margens e com feições erosivas como ravinas permitem deduzir uma sedimentação areno-cascalhosa. Estes canyons são associados à deposição de sistemas de leques submarinos que têm sido considerados reservatórios de hidrocarbonetos. A presença de ravinas, ranhuras e dunas demonstram o papel das correntes de fundo na forma do talude. Os alargamentos dos canyons e a mudança na direção do curso onde cruzam a falha de borda da bacia implicam que a tectônica também influencia na morfologia dos ambientes profundos da Bacia Potiguar. A sedimentação atual do talude continental é considerada mista, pois os sedimentos possuem componentes siliciclásticos e bioclásticos. Dentre os siliciclásticos destacam-se calcita, dolomita, quartzo e os argilominerais. A presença de alguns minerais pesados tais como zircão, turmalina e rutilo, bem como bioclásticos fragmentados, indicam a maturidade dos sedimentos e a contribuição dos Rios Açu e Apodi para os sedimentos da área de estudoDissertação Caracterização e evolução de sistemas de ilhas barreiras tropicais no litoral de Macau, estado do Rio Grande do Norte, NE do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-11-30) Rocha, Dhulya Rafaelly das Chagas; Vital, Helenice; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; http://lattes.cnpq.br/1324455359155262; Nogueira, Mary Lucia da Silva; http://lattes.cnpq.br/2546229173660779; Almeida, Narelle Maia deA costa norte do estado do Rio Grande do Norte é classificada como uma costa tropical de energia mista sob atuação de uma intensa dinâmica costeira. Neste contexto se destaca a presença de sistemas de ilhas barreiras – pontais arenosos, membros finais de corpos arenosos dispostos paralelamente à linha de costa, que isolam áreas protegidas do impacto do mar aberto. Estes sistemas destacam-se por apresentarem em seu lado marinho e terrestre diferentes depósitos sedimentares. Nessa perspectiva, a caracterização e análise desses sistemas, tendo o conhecimento sobre os processos que atuam nestes ambientes e sua configuração sedimentar/estratigráfica é de suma importância tanto para estudos ambientais como de análogos de reservatórios de óleo e gás. O presente estudo teve como principal objetivo a caracterização dos sistemas de ilhas barreiras/pontais arenosos do litoral setentrional do estado, próximo a cidade de Macau/RN. Foram utilizados dados de batimetria dos canais de maré, amostras de superfície e testemunhos, coletados nos sub-ambientes do sistema ilhas barreiras/pontais arenosos. Os resultados mostraram canais de maré com profundidades entre 1,3 e -6,3 m, e calha principal em formato de “U”; foram identificados bancos areno/lamosos nas margens do canal, além de áreas com dunas subaquáticas 2D e 3D, pequenas a grandes. As associações de fácies sedimentares interpretadas nos testemunhos foram relacionadas a depósitos de canais de maré, planície de maré, barra de pontal do canal de maré, praia/ilha barreira, areia eólica e depósitos de sobrelavagem. A semelhança entre as características das amostras de superfície e as fácies descritas nos testemunhos, auxiliou na interpretação do subambiente associado a cada uma das associações de fácies.Dissertação Distribuição sedimentar e geomorfologia da plataforma interna adjacente ao estuário do Rio Açu, Macau-RN(2019-03-27) Paiva, Pedro Thiago de Moura; Vital, Helenice; ; ; Almeida, Narelle Maia de; ; Perez, Yoe Alain Reyes;Os sistemas estuarinos semi-áridos tropicais apresentam baixo suprimento sedimentar, mas contribuem para a deposição e desenvolvimento de depósitos sedimentares em sua foz. Desta forma, tanto o litoral quanto o estuário encontram-se sob ação dos processos deposicionais e erosionais, influenciados pela oferta de sedimentos e hidrodinâmica local. Constituem-se ainda em áreas muito vulneráveis devido à alta densidade populacional em sua zona estuarina. A região de estudo desempenha atividades socioeconômicas voltadas para o turismo, pesca, carcinicultura, indústria do petróleo, entre outros. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo entender a geomorfologia submarina, distribuição sedimentar, correlacionar estas morfologias com o sistema estuarino, bem como ação hidrodinâmica na plataforma interna adjacente ao estuário do Rio Açú, nordeste brasileiro. Os dados utilizados consistiram de registros batimétricos (monofeixe), sonográficos, sedimentológicos e imagem de satélite. A análise, interpretação e integração desse conjunto de dados permitiram a identificação de 8 padrões texturais associados a 8 fácies sedimentares e 1 padrão textural com afloramentos rochosos submersos. Na plataforma, as coberturas das fácies siliciclásticas e bioclásticas encontram-se depositadas em distintos locais, influenciados pelas morfologias, atuação estuarina e hidrodinâmica. As facies siliciclásticas, compostas por lama e areia são depositados nas regiões em frente a foz do estuário, e por outro lado, as facies bioclásticas estão situadas nas porções mais a leste da área, porém, associados com facies siliciclásticas. A diversidade morfológica desenvolvida na plataforma esta correlacionada com a variação do nível do mar, onde as principais feições identificadas são os cordões arenosos, vale inciso, bancos de areia e de lama, sobrepostos por morfologias de ordem menor, tais como, relevo ondulado com presença de ripples e dunas 2D subaquosas. As correntes de maré e direção dos trend de ondas são consistente com as pequenas dunas 2D e ripples, respectivamente. Além disso, diversidade das orientações dos ripples da desembocadura do Rio Açú indica uma maior complexidade das correntes e ondas nesta região.Tese Evolução da linha de costa nos deltas do nordeste brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-04-30) Ferreira, Thiago Augusto Bezerra; Vital, Helenice; https://orcid.org/0000-0003-0462-9028; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; http://lattes.cnpq.br/4270582380157017; Gomes, Moab Praxedes; Nogueira, Mary Lúcia da Silva; Almeida, Narelle Maia de; Araújo, Paulo Victor do NascimentoOs deltas desempenham um papel fundamental no desenvolvimento global, contribuindo para a produção de alimentos, rotas comerciais e geração de energia. No entanto, intervenções humanas os tornaram suscetíveis à erosão costeira. Este estudo investiga as alterações na linha de costa em três deltas do Nordeste brasileiro (São Francisco, Parnaíba e Jequitinhonha) entre a década de 1980 e 2021, correlacionando-as com os impactos naturais e os induzidos pelo homem. Os três deltas foram escolhidos por apresentarem distintos níveis de antropização em seus baixos cursos fluviais. Imagens multiespectrais foram utilizadas para avaliar mudanças horizontais na linha costeira e variações na área costeira ativa. Para o delta do São Francisco, os bancos de areia a jusante da barragem de Xingó foram delineados também por meio de imagens de satélite. Dados hidroclimáticos de estações próximas à zona costeira também foram incorporados ao estudo. Os resultados revelam que o Delta do Parnaíba apresentou uma taxa de progradação em sua foz ultrapassando 20 m/ano, resultando em ganhos sedimentares de 6 km² ao longo do delta. Em contrapartida, o delta do Jequitinhonha experimentou processos erosivos predominantes na foz, caracterizados por taxas abaixo de 10 m/ano e um aumento do ângulo de protusão da foz de 13º. A correlação limitada da área costeira ativa (R² = 0,49) sugere que os sedimentos erodidos na foz são transportados, por meio de correntes bidirecionais, para as margens do delta. Entre os três deltas, o São Francisco apresentou maiores taxas erosivas na sua foz, cujos valores alcançaram -50 m/ano. O ângulo da foz aumentou 18° no período analisado, e houve uma perda de área costeira ativa de 6,2 km². Devido à escassa densidade populacional, a construção de barragens próximas ao litoral emergiu como um fator significativo que contribuiu para os processos de erosão nos deltas do Jequitinhonha e do São Francisco. Anterior a construção das barragens de Itapebi e Xingó, ambos os deltas apresentavam relativa estabilidade em seus litorais. Com a construção das barragens, houve um aumento gradual da erosão nas suas respectivas fozes. Essas obras reduziram a variabilidade anual e mensal dos cursos inferiores dos rios Jequitinhonha e São Francisco, resultando em uma menor capacidade de transporte sedimentar para a desembocadura do delta. No delta do São Francisco, entre 1984 e 2021, houve uma redução de 7,54 km² nos bancos arenosos a jusante da barragem de Xingó. Notadamente, este fenômeno não ocorreu no delta do Parnaíba, pois a barragem de Boa Esperança está situada a 600 km da zona costeira. As mudanças climáticas, previstas por modelos do IPCC, juntamente com potenciais atividades de mineração e dragagem, podem alterar ainda mais a estabilidade do Delta do Parnaíba e exacerbar os processos de erosão nos Deltas do Jequitinhonha e do São Francisco.Dissertação Evolução holocênica dos canais de marés do Delta do Rio Parnaíba (NE do Brasil): uma abordagem hidroacústica e por sensores remotos orbitais(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-05-27) Barbalho, Lavínia da Cruz; Vital, Helenice; https://orcid.org/0000-0003-0462-9028; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; http://lattes.cnpq.br/7031449959023675; Nogueira, Mary Lucia da Silva; Almeida, Narelle Maia deO Delta do Rio Parnaíba (DRP) localiza-se na margem equatorial do Brasil. Trata-se de um delta dominado por ondas e influenciado por marés, o qual constitui um raro exemplo de sistema deposicional que mantém suas feições em um estado natural. Os dados de sensoriamento remoto de satélites (MDE Alos Palsar e imagens Landsat 8) e de sísmica de reflexão de alta resolução aqui apresentados e interpretados se destinaram tanto à confecção de mapas altimétrico e geomorfológico da área de estudo, quanto à análise sísmica da porção oeste do Delta do Rio Parnaíba, especificamente seu sistema de canais de maré. A partir da compilação de procedimentos de processamento digital de imagens e de conceitos da estratigrafia de sequências, com base no uso da sismoestratigrafia, buscou-se expandir a compreensão sobre a evolução holocênica desse delta ao correlacionar as suas expressões geológicas de superfície e subsuperfície. A etapa de tratamento dos dados de satélite envolveu a conversão da altitude elipsoidal para altitude ortométrica das cenas Alos Palsar, assim como identificou, a partir da análise estatística das bandas espectrais da cena Landsat 8, as composições RGB mais adequadas para diferenciação de planícies flúvio-lacustre, paleodunas, mangues, praias e dunas recentes na região de interesse. Como resultados, foram elaborados os mapas altimétrico e geomorfológico. Já a análise sísmica abrangeu a descrição e a interpretação de linhas sísmicas correspondentes à seção oeste do DRP. Foram considerados os critérios: padrões de refletores, superfícies limítrofes, formato dos paleocanais e seus respectivos padrões de preenchimento. Nos resultados foram identificados: quatro superfícies limítrofes, oito tipos de sismofácies (quatro variações de refletores paralelos a subparalelos, bem como refletores caóticos, progradantes do tipo oblíqua, transparentes e ondulados), dois formatos de paleocanais (em U e em V), cinco tipos de padrões de preenchimento (em onlap, progradante, caótico, complexo e divergente) e duas unidades sismoestratigráficas. A análise e integração das diferentes informações permitiu a proposição de três estágios de nível do mar. Da base para o topo das seções sísmicas: mar baixo, transgressivo e mar alto. O presente trabalho constitui uma iniciativa pioneira para a região do Delta do Rio Parnaíba, uma vez que até então pesquisas com o propósito de correlacionar os conceitos da sismoestratigrafia e a sísmica de alta resolução foram realizadas apenas em sua porção offshore. Os resultados contribuem para o avanço no conhecimento sobre a evolução geológica de um setor do litoral da margem equatorial brasileira que ainda é pouco estudado.Dissertação Mapeamento de complexos de núcleos oceânicos na Cordilheira Mesoatlântica Equatorial: da Zona de Fratura São Paulo a Zona Fratura Bogdanov(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-10-06) Simões, Heliásio Augusto; Gomes, Moab Praxedes; https://orcid.org/0000-0003-0836-1073; http://lattes.cnpq.br/2086362176219605; http://lattes.cnpq.br/4969386195729905; Almeida, Narelle Maia de; Araújo, Tereza Cristina Medeiros deA exposição de rochas da crosta inferior / manto superior é um processo de acresção comumnas cordilheiras oceânicas de espalhamento lento e ultralento, como a Cordilheira Mesoatlântica Equatorial - CMAE, sendo essa região da dorsal, ainda pouco estudada. Neste sentido, o objetivo desse projeto de pesquisa foi mapear as exumações de rochas do manto superior, os Complexo de Núcleos Oceânicos - CNO e suas estruturas e morfologias associadas. Nesse propósito, trabalhamos aqui com um conjunto de dados que compreendem 40.000 km2 de batimetria multifeixe - BM de alta resolução (100 m/pixel) e de dados gravimétricos levantados no navio, durante dois cruzeiros científicos entre os anos de 2012 e 2013, executados pelo Serviço Geológico do Brasil - SGB. Este conjunto de dados inclui os registros sismológicos dos últimos 100 anos e as anomalias gravimétricas ar livre derivadas da altimetria de satélites. Isso ao longo do eixo dos segmentos da Cordilheira Mesoatlântica Equatorial - CMAE, indo da Zona de Fratura São Paulo (0o 50’ norte) até a Zona de Fratura Bogdanov (7o 10’ norte). Cinco zonas de fraturas oceânicas (Bogdanov, Sierra Leone, Strakhov, São Pedro e São Paulo) e nove deslocamentos não transformantes dos segmentos da dorsal foram mapeados. Sendo inferido doze ocorrências de Complexo de Núcleos Oceânicos - CNO, sendo estes associados a maciços corrugados, maciços não corrugados e cristas inclinadas para trás. Essas feições morfológicas comumente mostram padrões batimétricos suavizados paralelos à direção de acresção, anomalias Bouguer positivas e baixa sísmicidade. Os Complexo de Núcleos Oceânicos -CNO ocorrem de forma consistente e ramificada a partir das descontinuidades não transformantes nos segmentos de acresção assimétrica. Essas exumações de rochas da crosta inferior / manto superior marcam períodos na evolução tectono-magmática da Dorsal Mesoatlântica Equatorial -DMAE onde ela se apresentava fria e com esgotamento magmático.Dissertação Mapeamento geomorfológico e sedimentológico da plataforma interna de Baía Formosa - litoral oriental do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-04-28) Lopes, Aline Silva da Costa; Vital, Helenice; Silva, André Giskard Aquino da; 00968682448; http://lattes.cnpq.br/5175466944684146; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; http://lattes.cnpq.br/7646170420533305; Nogueira, Mary Lucia da Silva; http://lattes.cnpq.br/2546229173660779; Gomes, Moab Praxedes; http://lattes.cnpq.br/2086362176219605; Almeida, Narelle Maia de; http://lattes.cnpq.br/4905966563292686O mapeamento do substrato marinho é fundamental para o conhecimento do oceano, assim como para a melhor compreensão do planeta Terra, e essencial para o planejamento espacial marinho. Mesmo considerando a importância dos Oceanos, menos de 20% do fundo do mar foi mapeado. Esse valor é ainda menor no entorno da América Latina. Neste sentido o objetivo deste trabalho foi mapear, quanto aos aspectos geomorfológico e de distribuição sedimentar, uma área ainda pouco explorada, da plataforma continental brasileira, adjacente ao município de Baía Formosa, no Setor Oriental do Estado do Rio Grande do Norte. Para isso, foram aplicados métodos hidroacústicos (batimetria e sonografia interferométrica), associados a coleta de amostras do substrato marinho com um amostrador pontual tipo van-veen e mergulho científico no local, para calibração do sinal acústico. Os dados foram processados, analisados e interpretados em laboratórios. Os resultados indicaram que a profundidade média da área estudada é de 12 metros, variando de um mínimo de 2,9 metros à um máximo de 21,7 metros; com aumento da profundidade costa afora, a uma inclinação média de 0,24o . Perfis perpendiculares à linha de costa mostraram que a declividade é mais suave após 700 metros da linha de costa. Adicionalmente, a declividade na porção norte é mais acentuada que na porção sul. Com base nos padrões de retroespalhamento (backscatter) acústico, reconhecidos pelo contraste de intensidade e texturas, foram identificadas feições morfológicas e classificados 6 padrões de reflexão. Esses padrões de reflexão, associados ao tipo de material presente no fundo marinho permitiram a identificação de dunas submersas, linhas de beachrocks e afloramentos rochosos, além da caracterização sedimentológica da área de estudo.Tese Morfoestrutura da Cordilheira Meso-Oceânica entre as Zonas de Fraturas Marathon e 8°48'N(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-08) Oliveira, Patrícia Reis Alencar; Gomes, Moab Praxedes; https://orcid.org/0000-0003-0836-1073; http://lattes.cnpq.br/2086362176219605; https://orcid.org/0000-0001-9647-7994; http://lattes.cnpq.br/0660553422919475; Vasconcelos, David Lino; Nogueira, Mary Lucia da Silva; Almeida, Narelle Maia de; Araújo, Tereza Cristina Medeiros deA Cordilheira Mesoatlântica é uma região geotectônica de alta complexidade, essencial para compreender a evolução das crostas oceânicas e os processos associados à tectônica de placas divergentes. Este estudo analisou aproximadamente 400 km de eixo axial da dorsal, entre as Zonas de Fratura Marathon e 8°48’N, com profundidades variando entre 1.600 m e 6.000 m, utilizando dados multifeixe, gravimétricos e de sismicidade. O objetivo foi investigar a interação entre magmatismo e tectonismo na formação do relevo oceânico, com ênfase nas interseções cordilheira-transformantes (RTIs) e não-transformantes (NTDs). A porção norte da área, localizada acima da Zona de Fratura de Vema, foi compartimentada em dois supersegmentos,12°N e 11°N, sendo o último subdividido nos segmentos 11°55'N e 11°20'N. Já a porção sul apresentou os supersegmentos 9°N e 10°N, segmentados por descontinuidades de segunda ordem. Os resultados indicam que essas segmentações apresentam características morfológicas e geofísicas peculiares, mas compartilham processos de formação e evolução semelhantes, evidenciado como a interação entre magmatismo e tectonismo influencia diretamente a configuração morfotectônica da Dorsal Mesoatlântica. Estruturas como falhas de descolamento em cantos internos elevados desempenham um papel crucial na geração de assimetrias, refletindo o impacto do desacoplamento litosférico em regiões de expansão lenta, com evidências de redução do fluxo magmático. Adicionalmente, as descontinuidades NTDs favorecem a redução e/ou ausência do magmatismo, expondo maciços e rochas de reologia alteradas, distintas das observadas nas colinas abissais dos supersegmentos. Estas feições, em particular, são regiões propícias para à percolação de fluidos e à formação de sistemas hidrotermais, destacando-se como áreas prioritárias para investigações, especialmente na interseção do segmento 11°20’N com a falha transformante de Vema.Dissertação Padrões estratigráficos holocênicos do Delta do Parnaíba através de testemunhos por vibração(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-28) Cruz, Diogo Bittencourt Leite Tinôco; Vital, Helenice; https://orcid.org/0000-0003-0462-9028; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; http://lattes.cnpq.br/8497871879457411; Nogueira, Mary Lúcia da Silva; Almeida, Narelle Maia deO Delta do Rio Parnaíba, localizado no nordeste brasileiro, é um dos poucos exemplos de sistema deposicional deltaico que ainda possui suas características bem preservadas, o que o torna, cada vez mais, alvo de pesquisas científicas nas mais diversas áreas. O presente trabalho teve como finalidade identificar mudanças no ambiente deposicional, com base na análise vertical de sedimentos. Para isso, foram coletados testemunhos pelo método de vibração em antiga floresta de manguezais, em zonas ativas de canais de maré, e em pântano supramaré. O estudo compreendeu a análise sedimentar associada a petrofísica (espectrometria de Raios Gama), bem como a datação pelo método do radiocarbono utilizando-se a técnica do Acelerador de Espectrometria de Massa. Em uma primeira fase foram realizadas a análise espectral de raios gama e o registro fotográfico dos testemunhos, seguidos da descrição estratigráfica (cor, textura, presença de matéria orgânica, conteúdo fossilífero, ocorrência de estruturas sedimentares), bem como identificação e seleção de material para datação (e.g. conchas, madeira). Posteriormente, os testemunhos foram amostrados em intervalos regulares, a cada 4 cm, para realização das análises granulométricas, composicionais (matéria orgânica, e quantificação de carbonato de cálcio) e mineralógicas. Os resultados obtidos mostraram variações mineralógicas, indicando mudanças de proveniência sedimentar. Os dados gamaespectrométricos tendem a mostrar valores mais altos com a diminuição do grão e vem se somar aos dados sedimentológicos, estratigráficos e mineralógicos em auxílio de uma melhor interpretação da história deposicional. Os teores de matéria orgânica e carbonato de cálcio, em geral, apresentaram variações relacionadas com o tamanho do grão, com sedimentos finos, siltico-argilosos apresentando maiores teores de matéria orgânica, enquanto o carbonato é relacionado a presença de conchas. As datações mostraram idades variando desde 4.6 – 4.5 BP a idades mais recentes (1950 AD). A integração e análise conjunta dos dados permitiu uma melhor interpretação da evolução no Holoceno tardio do atual sistema de canais de marés na margem ocidental e oriental do delta do rio Parnaíba.Tese Registros holocênicos de sedimentação mista carbonática-siliciclástica na plataforma continental externa do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-05-07) Silva, Luzia Liniane do Nascimento; Gomes, Moab Praxedes; ; http://lattes.cnpq.br/2086362176219605; ; http://lattes.cnpq.br/3798128446128443; Ferreira Júnior, Antônio Vicente; ; http://lattes.cnpq.br/2684415669557794; Almeida, Narelle Maia de; ; http://lattes.cnpq.br/4905966563292686; Pereira, Natan Silva; ; http://lattes.cnpq.br/7917961086785048; Araújo, Tereza Cristina Medeiros de; ; http://lattes.cnpq.br/4130469620831742A plataforma continental do nordeste brasileiro é caracterizada pelo clima semiárido, temperaturas quentes, águas claras, baixo aporte sedimentar e sedimentação mista, carbonática-siliciclástica. Neste estudo foram aplicadas análises estatísticas, tamanho médio do grão, selecionamento, assimetria e curtose, em 123 amostras sedimentares superficiais da plataforma externa do Rio Grande do Norte (RN) para verificar os fatores controladores da distribuição dos sedimentos. Além disso, análises geoquímicas foram realizadas através dos métodos de difração de raio X (DRX) em 18 amostras, fluorescência de raio X (FRX) em 20 amostras, microscopia eletrônica de varredura e espectroscopia por energia dispersiva em 10 amostras (MEV/EDX) e datação por radiocarbono com espectrometria de massa em 6 amostras. Outra técnica utilizada foi o processamento digital de imagens aplicado às imagens de satélite Landsat 8/OLI a fim de avaliar a distribuição espacial das feições submersas na plataforma continental brasileira entre os Estados de Amazonas e Bahia. Os principais resultados desse estudo demonstraram que os parâmetros estatísticos, assimetria e curtose, foram os que mais evidenciaram a distinção entre os sedimentos siliciclásticos e carbonáticos da plataforma externa, apontando o material terrígeno como hidrodinamicamente incompatível com as condições atuais. As composições químicas diferenciaram-se entre as fácies siliciclásticas, composta por Si, Al, Fe, K, Zr e Ti e as fácies bioclásticas, constituídas dos elementos Ca, Sr e Mg. Quanto ao mapeamento digital, os recifes ocorrem em águas de 10 a 50 m de profundidade, os paleocanais mostraram extensão máxima de 35 km, ocorrendo em profundidades de até 80 m, e as dunas subaquosas aparecem em profundidades de 10 a 100 m. Assim sendo, a integração desses dados, demonstrou que os sedimentos carbonáticos são oriundos da produção in situ e holocênicos, enquanto os siliciclásticos são relictos e derivados de rochas continentais. A ocorrência dos recifes, paleovales e dunas indicam condições semelhantes e favoráveis ao estabelecimento dessas feições durante o Holoceno ao longo da plataforma continental brasileira.Dissertação Sismoestratigrafia de alta resolução da plataforma continental adjacente a cidade de Natal - Rio Grande do Norte (NE do Brasil)(2019-03-01) Moreira, Daniela de Andrade; Gomes, Moab Praxedes; ; ; Almeida, Narelle Maia de; ; Perez, Yoe Alain Reyes;O mapeamento de feições subsuperficiais pode contribuir para o entendimento dos limites cronoestratigráficos associados a diferentes fases deposicionais além do registro das condições hidrodinâmicas atuantes no sistema. Assim, a disponibilidade de sedimentos, as mudanças relativas do nível do mar e a circulação local são fatores controladores do ambiente deposicional e podem ser analisados a partir da sismoestratigrafia. Nesse sentido, dados sísmicos de alta resolução coletados em um sistema costeiro plataformal, especificamente a plataforma de Natal (Rio Grande do Norte - Brasil), permitiram investigar a interação entre estes fatores durante a última transgressão pós glacial até os dias atuais. O objetivo deste estudo consiste em obter seções sísmicas com definição visual satisfatória a partir de rotinas de processamento aplicadas a dados sísmicos de alta resolução para que seja possível mapear os limites cronoestratigráficos e os depósitos sedimentares na plataforma durante o Quaternário, a fim de compreender a evolução da plataforma. Sendo assim, foram utilizadas 31 linhas (transversais e longitudinais) distribuídas em 62 km ao longo da plataforma interna, coletadas com um sistema boomer que opera com energia de 300 J e frequência 1-2 kHz. Os dados adquiridos foram processados e estabeleceu-se um fluxo de processamento que melhorou a razão sinal-ruído das seções sísmicas e a visualização dos refletores. Através da análise dos perfis foram identificados três horizontes principais e suas respectivas Unidades Sísmicas. Uma discordância regional, mais antiga, registra uma superfície de reativação Pleistocênica/Holocênica de aproximadamente 35 metros de profundidade com regiões mais profundas próximas a costa - ambiente semi-confinado. A superfície seguinte registra grande influência da hidrodinâmica nas regiões mais rasas e inicia o estágio final de fechamento das regiões semi-confinadas. A superfície subsequente, mais nova, a aproximadamente 18 m abaixo do nível do mar atual é relacionada a uma superfície de máxima inundação que ocorre em nível de mar alto. As Unidades entre as superfícies mostraram: a) alta taxa de deposição com alto aporte sedimentar preenchendo as porções semi-confinadas com energias média-alta no início da transgressão; b) baixo aporte sedimentar e baixa energia em ambiente marinho raso com escavações de pequeno porte no meio da transgressão; c) e ambiente de menor energia com baixa taxa de agradação e baixo aporte sedimentar após nível de mar alto. A morfologia e profundidades das descontinuidades permitiram identificar os eventos ocorridos. Ocorrem perdas de sedimentos da plataforma para o continente em evento regressivo e posteriormente, com a plataforma sendo inundada na transgressão, os sedimentos depositam-se tanto na plataforma quanto são carreados pela deriva. Além disso, a zona costeira passa a ter maior influência na sedimentação ocorrida na plataforma durante a transgressão até os dias atuais. Desta forma, este trabalho contribui para o entendimento da evolução estratigráfica holocênica de um ambiente marinho raso.