Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - FACISA
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - FACISA por Autor "Alves, Robenilson Diniz"
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Dissertação Mortalidade e internações hospitalares entre crianças no Brasil e na Macrorregião Nordeste: estudo ecológico de série temporal (2000-2019)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-20) Alves, Robenilson Diniz; Sousa, Klayton Galante; Marinho, Cristiane da Silva Ramos; https://orcid.org/0000-0002-7710-7522; http://lattes.cnpq.br/3976136492048222; https://orcid.org/0000-0002-8141-1535; http://lattes.cnpq.br/1804894880069753; Santiago, Janmilli da Costa Dantas; Bay Júnior, Osvaldo de Goes; https://orcid.org/0000-0002-1017-2346; http://lattes.cnpq.br/2537976144708382; Pinheiro, Yago Tavares; https://orcid.org/0000-0002-5882-4606; http://lattes.cnpq.br/3811482061077693A morbimortalidade de crianças no Brasil apresentou um decréscimo significativo nas últimas décadas, entretanto, as taxas de mortalidade continuam altas quando comparados a países com Índice de Desenvolvimento Humano considerado muito elevado. Acrescido a isso, os agravos e as iniquidades sociais ainda se fazem muito evidentes e requerem a promoção de políticas públicas efetivas. Contudo, desde o início do milênio, é possível observar um esforço governamental em prol a saúde da criança, ações que vêm contribuindo para a melhoria dos índices de mortalidade e hospitalização no país, fato que motivou o desenvolvimento desta dissertação. O estudo é do tipo ecológico, de série temporal, com abordagem quantitativa, a partir de dados secundários de mortalidade e morbidade hospitalar infantil (<1 ano), na infância (<5 anos) e em crianças entre 5 e 14 anos, no Brasil e na Macrorregião Nordeste, entre os anos 2000 a 2019. A coleta dos dados ocorreu de janeiro a agosto de 2024 através do Sistema de Informação de Mortalidade, Nascidos Vivos, Internação Hospitalar e população residente via Instituto Brasileiro de Geografia Estatística - IBGE. A análise das tendências se deu a partir do software estatístico Joinpoint. Constatou-se no Brasil e Nordeste uma tendência de redução significativa até 2014 entre as taxas de mortalidade infantil e na infância, após esse ano, segue um comportamento estacionário da curva. Já entre crianças de 5 a 14 anos, encontra-se uma tendência de redução contínua, com variações regionais e temporais, constatando-se um maior decréscimo após o ano de 2013, no país e em 2012 no Nordeste. Nas taxas de internação hospitalar observa-se mais oscilações dos valores, entre menores de 1 ano há uma diminuição significativa do coeficiente, porém após o ano de inflexão, em 2014, no Brasil e, 2011, no Nordeste, destaca-se um aumento vertiginoso nas internações, ocorrendo um cenário semelhante entre menores de 5 anos, com a mudança ocasionada nos anos de 2015 e 2008, respectivamente. Entre as crianças de 5 a 14 anos, evidencia-se um cenário inverso no país, onde a maior redução acontece após o ponto de inflexão no período de 2010. Já no Nordeste, segue em decréscimo até o ano de 2017, apresentando após um comportamento de crescimento da taxa. Crianças de cor negra indicou maior percentual de óbitos, sendo mais prevalente no sexo masculino, comparado ao sexo feminino, apresentando afecções originadas no perinatal como principal causa de óbito entre menores de 1 ano e 5 anos e por causas externas de morbimortalidade entre 5 a 14 anos. Durante as duas décadas, foi possível constatar avanços significativos na redução da morbimortalidade em ambos os cenários, entretanto, avanços nos indicadores sociais e ações assistenciais em saúde têm sido duramente afetados por medidas de austeridade, constituindo um desafio para o país fortalecer a manutenção e evolução das políticas públicas.