PPGE - Mestrado em Ecologia
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/11998
Navegar
Navegando PPGE - Mestrado em Ecologia por Autor "Alencar, Carlos Eduardo Rocha Duarte"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Dinâmica populacional do caranguejo-uçá, Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) (CRUSTACEA, BRACHYURA, UCIDIDAE) no município de Porto do Mangue, litoral norte do estado do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-02-28) Alencar, Carlos Eduardo Rocha Duarte; ; http://lattes.cnpq.br/8313295480738032; ; http://lattes.cnpq.br/1637582704373062; Fransozo, Adilson; ; http://lattes.cnpq.br/4475960200256592; Costa, Gabriel Corrêa; ; http://lattes.cnpq.br/2151112850152895Os crustáceos decápodos constituem uma das parcelas mais importantes da megafauna bêntica de águas costeiras, visto que desempenham papel modificador do ambiente e controlador de populações de outros organismos. São tanto abundantes como diversos. Entre os Decapodas, os caranguejos (Braquiúros) constituem a macrofauna predominante dos manguezais. Dentre os braquiúros, encontra-se o caranguejouçá (Ucides cordatus, Linnaeus, 1763), que representa o principal componente da macrofauna dos manguezais, principalmente nas regiões norte e nordeste brasileira. No Brasil sua distribuição é compreendida desde o estado do Amapá até o norte de Santa Catarina. Esta espécie destaca-se por sua importância econômica, sendo um dos principais recursos pesqueiros no Brasil, gerando um expressivo impacto sobre suas populações naturais. Esta diminuição resultaria na perda do valor agregado ao produto, inviabilizando a sua comercialização. Embora seja uma espécie de grande importância ecológica e econômica, poucos são os artigos que tratam de aspectos biológicos de U. cordatus, principalmente no estado do Rio Grande do Norte. O presente trabalho teve por objetivo estudar a dinâmica populacional do caranguejo Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) no estuário do Rio das Conchas, pertencente ao município de Porto do Mangue, litoral norte do Estado do Rio Grande do Norte. Durante o período de novembro de 2009 a outubro de 2010 foram realizadas coletas mensais de exemplares da espécie U. cordatus, sempre sobre os mesmos períodos lunares estabelecidos previamente (Lua Nova/Lua Cheia) em uma área de manguezal localizada no município de Porto do Mangue – RN. Com o auxílio de um paquímetro de aço (0,01mm) e de uma balança de precisão (0,01g) foram medidas variáveis biométricas referentes à carapaça do animal, própodo da quela maior, largura do abdômen (fêmeas), comprimento do gonopódio (machos) e peso total. Além disso, também foi registrado os estágios de muda e de gônadas para machos e fêmeas. No total, foram coletados 476 caranguejos, sendo 338 machos e 138 fêmeas. Os machos foram maiores, mais pesados e em maior proporção que as fêmeas. O período reprodutivo para a espécie nesta localidade foi limitado entre os meses de novembro a maio, sugerindo uma mudança na legislação ambiental atual para o período de defeso. Foi observada uma sincronia entre a maturidade morfológica e fisiológica com as fêmeas amadurecendo precocemente, possivelmente, uma estratégia reprodutiva adotada, frente à baixa pressão de pesca na área. O período de ocorrência de mudas ocorreu na estação seca com pico em outubro. A análise de crescimento, baseado nos parâmetros de Von Bertalanffy, foi calculada utilizando o ajuste não-linear usando-se modas (AJMOD). Evidenciaram-se altas taxas de crescimento tanto para machos (L =7,54cm; k=0,95; t0=-0.08; tmáx=4,84), como para fêmeas (L =6,50; k=1,2; t0=-0.008; tmáx=3,28), contrastando com dados obtidos na literatura, utilizando outras técnicas. Os machos obtiveram maior tamanho de largura assintótico e longevidade, porém uma menor constante de crescimento, quando comparados com as fêmeas. A idade estimada para machos e fêmeas atingindo o tamanho mínimo de captura foi de 1,82anos e 1,63anos, respectivamente. O tamanho de maturidade fisiológica, quando os indivíduos estão aptos a reprodução, foi estimado em 1,4anos e 1,05anos para machos e fêmeas, respectivamente. O período de recrutamento para a espécie é sazonal, com dois picos de ocorrência, um no período chuvoso e outro no período seco. Este trabalho representou o primeiro esforço sobre o entendimento da ecologia do caranguejo-uçá, para o litoral norte do Estado do Rio Grande do Norte. No entanto, mais estudos sobre a sua biologia devem ser realizados, sobretudo os referentes ao crescimento, e ao recrutamento, onde se observou que a literatura é mais escassaDissertação Sazonalidade como modulador da diversidade de decapoda de região tropical(2017-03-29) Figueiredo, Bruna Maria Braga; Alencar, Carlos Eduardo Rocha Duarte; ; ; ; Costa, Tiego Luiz de Araújo; ; Almeida, Ariádine Cristine de;Os Crustacea Decapoda representam um dos grupos mais abundantes e diversos em ambientes marinhos consolidados e não consolidados. Regiões litorâneas constituem a maior parcela de adensamento populacional humano e, por meio de ações diretas e indiretas podem impactar negativamente a diversidade e a estruturação populacional e de assembléia. Assim, o estudo objetivou inventariar a diversidade de Crustacea Decapoda, constituindo a primeira lista de espécies oficial, com dados de fauna acompanhante da pesca de arrasto, para o estado do Rio Grande do Norte. As coletas foram na região litorânea não consolidada no município de Baía Formosa, mensalmente (março/2013 a fevereiro/2015), através de um barco de pesca artesanal com rede de porta do tipo single trawl, em 6 arrastos georreferenciados padronizados por tempo (20min). Foram capturados um total de 25.058 animais, dos quais pertencem a Palinura, Brachyura, Caridea, Dendrobranchiata e Anomura, totalizando 57 espécies, dentre elas:, Acetes americanus, Alpheus intrinsecus,, Nematopalaemon schmitti, Xiphopenaeus kroyeri,, Litopenaeus schmitti, Callinectes ornatus e Petrochirus Diógenes, como espécies mais abundantes. Além da nova ocorrência para o estado (Lysmata. cf. bahia), há a ocorrência de espécies com grande apelo econômico, como Xiphopenaeus kroyerii que obteve a maior abundância, mostrando a importância da preservação dessa área. Para as demais espécies, o resultado já era esperado para a região, uma vez que os animais descritos são encontrados em regiões com características geográficas semelhantes, constituintes da ecorregião Nordeste do Brasil. Há também presença de espécies invasoras (Charybdis (charybdis) hellerii e Litopenaeus vannamei, o que pode ocasionar futuros desequilíbrios ambientais uma vez que essas espécies náo possuem predadores naturais na região. Dessa forma, têm-se a necessidade de estudo e preservação da área com intuito de conservação ambiental.