PPGE - Mestrado em Ecologia
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Navegando PPGE - Mestrado em Ecologia por Autor "Amado, André Megali"
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Dissertação Avaliação do desempenho reprodutivo do Cavalo-Marinho Hippocampus reidi (GINSBURG 1933) do estuário do Rio Potengi (Rio Grande do Norte, Brasil) com vistas ao seu cultivo em bases sustentáveis(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-07-05) Carlos, Marco Túlio de Lima e; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783008H5; ; http://lattes.cnpq.br/3192897641212166; Amado, André Megali; ; http://lattes.cnpq.br/4312158184208542; Soriano, Eliane Marinho; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786301Y8&dataRevisao=nullOs cavalos-marinhos têm cativado a imaginação e a curiosidade dos seres humanos por centenas de anos. No entanto, nos dias de hoje, esses animais correm um sério risco de extinção por fatores como a pesca desordenada para suprir os mercados de peixes ornamentais e da medicina tradicional chinesa e principalmente, a destruição do seu habitat. Nesse contexto, é crescente o número de estudos sobre a ecologia, a biologia (reprodutiva, especialmente) e o cultivo de várias espécies do gênero Hippocampus, inclusive para fins conservacionistas e de recomposição de estoques. Duas espécies de cavalos-marinhos são encontradas no Brasil: Hippocampus reidi Ginsburg 1933 e Hippocampus erectus Perry. No entanto, as informações sobre essas espécies estão basicamente restritas ao seu grau de ocorrência ou a sua área de ocupação. No presente estudo, foi avaliado o desempenho reprodutivo de Hippocampus reidi do estuário do rio Potengi (05° 47' 42'' S; 35° 12' 34'' W), em Natal, Rio Grande do Norte. Para tanto, cavalos-marinhos grávidos (n = 38) foram coletados no referido estuário nos meses de setembro, outubro e novembro de 2008 e julho, agosto, setembro e outubro de 2009 e mantidos em laboratório até que liberassem os filhotes. O comprimento padrão (CPA), altura (ATA), volume da bolsa (VB) e peso úmido (PuA) dos adultos, bem como o comprimento padrão (CPF), altura (ATF), peso úmido (PuF) e peso seco (PsF) dos filhotes foram determinados. Os resultados obtidos mostraram que houve correlações significativas entre o CPA e a ATA (r²=0,171), CPA e PuA (r²=0,624), CPA e VB (r²=0,256), ATA e PuA (r²=0,788), PuA e VB (r²=0,211), CPF e ATF (r²=0,903) e CPF e PsF (r²=0,163). A análise de correspondência (AC) que associou as classes do comprimento padrão dos adultos (CPA) e o volume da bolsa de H. reidi ao número de filhotes mostrou que animais entre 19 cm e 21 cm e com volume de bolsa entre 3 mL e 4 mL foram os que liberaram o maior número de filhotes. Os resultados do presente estudo também indicam que o tamanho mínimo de captura recomendado pela CITES (10 cm de altura) para H. reidi deve ser revisto, uma vez que não foram encontrados animais menores que 13,5 cm que estivessem grávidos. Finalmente, o número médio de filhotes por desova obtido no presente estudo (n = 775 ± 398 filhotes) realçou o potencial reprodutivo de H. reidi e a necessidade de estudos adicionais com esta espécieDissertação Determinantes locais da decomposição foliar e de raízes finas em um ecossistema semiárido do nordeste brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-02-22) Costa, Uirande Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/8396727262741273; ; http://lattes.cnpq.br/8137323518955846; Amado, André Megali; ; http://lattes.cnpq.br/4312158184208542A decomposição exerce um amplo controle sobre o ciclo do carbono, disponibilidade e ciclagem de nutrientes nos ecossistemas terrestres. A compreensão sobre os padrões de decomposição foliar acima do solo e das raízes finas abaixo do solo é necessária e essencial para identificar e quantificar com mais precisão os fluxos de energia e matéria nos sistemas florestais. Ainda há carência de estudos e uma grande lacuna no conhecimento sobre quais variáveis ambientais atuam como determinantes locais sobre os controladores da decomposicão. O conhecimento sobre o processo de decomposição ainda é incipiente para o semiárido brasileiro. O objetivo do presente estudo foi analisar o processo de decomposição (folhas e raízes), de uma mistura de três espécies nativas durante 12 meses em um ecossistema semiárido do Nordeste Brasileiro. Também foi analisado se a taxa de decomposição pode ser explicada por fatores ambientais locais, especificamente riqueza de espécies, densidade e biomassa aérea vegetal, riqueza de espécies e abundância de macro-artrópodes do solo, produção de serrapilheira e estoque de raízes finas. Trinta pontos amostrais foram distribuídos aleatoriamente dentro uma área de 2000 m x 500 m. Para determinação das taxas de decomposição foi utilizada a técnica de bolsas de serapilheira (litterbags) e para as análises dos dados foram utilizadas regressões múltiplas. Houve uma alta degradação da matéria orgânica morta. A biomassa aérea vegetal foi o único fator ambiental local significativamente relacionado à decomposição foliar. A densidade da vegetação e a produção da serrapilheira foram, respectivamente, positiva e negativa significativamente relacionadas com as taxas de decaimento de raízes finas. Os resultados sugerem que a heterogeneidade espacial da Caatinga pode exercer fortes influências no processo de decomposição, tendo em vista a atuação de fatores ambientais relacionados à exposição da matéria orgânica e a consequente atuação da radiação solar como controlador do processo de decomposição nessa regiãoDissertação Dinâmicas do picoplâncton na Costa Oeste do Oceano Atlântico Equatorial(2018-05-04) Menezes, Maiara; Amado, André Megali; ; ; Longo, Guilherme Ortigara; ; Paranhos, Rodolfo;A maior parte da biomassa oceânica é microbiana, e os microrganismos picoplanctônicos, que consistem de pequenas células (<3 µm), são atores centrais no ciclo global de nutrientes e da produção de C. Bactérias heterotróficas, cianobactérias (por exemplo, Synechococcus e Prochlorococcus) e picoeukaryotes autotróficos compreendem o picoplâncton e frequentemente dominam o plâncton em oceanos oligotróficos de baixa latitude. Avaliar a dinâmica temporal desses organismos é fundamental para entender os estoques e fluxos de C na região tropical. Assim, foram realizadas amostragens mensais entre 2013-2016 na estação de amostragem do Observatório Microbial do Atlântico Equatorial (EAMO) localizada no litoral do estado do RN - Brasil, para avaliar as variações temporais na abundância, biomassa e atividade (produção bacteriana e respiração) da assembleia do picoplâncton. Sua contribuição relativa à biomassa e os fatores ambientais que podem regular o picoplâncton também foram investigados. Nossos resultados revelaram grande estabilidade na dinâmica temporal do picoplâncton em uma escala sazonal, apesar da considerável variação interanual relacionada ao evento El Niño (ENSO) em 2015. As bactérias heterotróficas dominaram o picoplâncton durante todo o período do estudo, enquanto que a porção autotrófica (Synechococcus + picoeukaryotes) contribuiu em média com 30% da biomassa total de picoplâncton e com 58% do total de clorofila a. A salinidade se mostrou como o melhor preditor do picoplâncton, com maiores abundâncias ocorrendo em períodos de queda na salinidade. No entanto, as fracas relações ambientais encontradas podem sugerir maior importância de interações biológicas (como competição e / ou pastoreio) levando a flutuações do picoplâncton. Essas evidências fornecem uma nova perspectiva de que o picoplâncton pode exibir flutuações mais acentuadas em intervalos interanuais na região tropical, porém é permanente sua relevância para a ciclagem do C, principalmente em um cenário de mudanças climáticas.Dissertação O efeito dos invertebrados aquáticos na decomposição de detritos foliares: uma meta-análise(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-07-04) Francisco, Lucas Viegas; Silva, Adriano Caliman Ferreira da; ; http://lattes.cnpq.br/4147444251852878; ; http://lattes.cnpq.br/1245929043259894; Amado, André Megali; ; http://lattes.cnpq.br/4312158184208542; Carneiro, Luciana Silva; ; http://lattes.cnpq.br/0236958347394500; Suhett, Albert Luiz; ; http://lattes.cnpq.br/2173663162208012Até o momento não há um estudo que objetivou sintetizar a magnitude e variação do papel dos invertebrados aquáticos sobre a decomposição do detrito foliar em ambientes aquáticos. Além disso, existe uma falta de conhecimento sobre qual é o impacto geral desses pequenos organismos na decomposição foliar. Além do mais, existe um quantidade de controvérsias sobre como e quais devem ser os fatores mais influentes nesse processo ecológico. O objetivo deste estudo foi através de uma abordagem meta-analítica, entender como estes organismos afetam a decomposição foliar em ecossistemas aquáticos, e como este efeito varia de acordo com aspectos ecológicos e metodológicos. Foram incluídos estudos que avaliaram as taxas de decaimento exponencial na presença e ausência de invertebrados, sendo abordadas apenas as variáveis presentes em mais de 90% dos estudos do banco de dados. Como esperado, a presença dos invertebrados acelera a decomposição foliar e sua magnitude do efeito em escala global é consistente. Este efeito não difere em relação ao tipo de ecossistema (lótico ou lêntico), temperatura ou latitude. Portanto, esta análise contradiz o argumento que invertebrados tem um maior papel na decomposição em ecossistemas de altas latitudes enquanto microrganismos deveriam ser mais importantes mais próximo aos trópicos. Não observou-se nenhum viés ou quanto aos métodos de exclusão dos invertebrados ou ainda quanto a diferença entre as malhas. Apesar de ser difícil afirmar que não existem efeitos aditivos da exclusão experimental ou ainda a diferença entre as malhas. Provavelmente outros parâmetros não foram incluídos nesta análise poderiam explicar o efeito dos invertebrados na decomposição foliar, entretanto um insuficiente número de parâmetros disponíveis dificultam mais avaliações. Esta síntese conclui que o papel acelerador dos invertebrados detritívoros deveria ser incluída em modelos biogeoquímicos. Mais especificamente, estes modelos deveriam incorporar parâmetros como a origem do detrito e a duração experimental.Dissertação Efeitos de peixes zooplanctívoros e onívoros sobre a resposta de comunidades planctônicas à fertilização por nutrientes(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-05-29) Cardoso, Maria Marcolina Lima; ; http://lattes.cnpq.br/4121209629385349; ; http://lattes.cnpq.br/4254141678737038; Amado, André Megali; ; http://lattes.cnpq.br/4312158184208542; Carneiro, Luciana Silva; ; lscarnei@gmail.com; Starling, Fernando Luis do Rego Monteiro; ; http://lattes.cnpq.br/3715200724482557A teoria de cadeias alimentares prevê que a presença de onivoria pode atenuar os efeitos de cascata trófica e estabilizar as populações de autótrofos e herbívoros, as quais são desestabilizadas pela fertilização por nutrientes. Tendo em vista que muitos lagos e reservatórios tropicais encontram-se eutrofizados, estratégias que visem o controle do aporte de nutrientes e a redução da biomassa fitoplanctônica são essenciais para a melhoria da qualidade da água desses ambientes. O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito da zooplanctivoria e onivoria por uma mesma espécie de peixe (Tilápia do Nilo), que quando larva é zooplanctívora e quando jovem e adulta torna-se filtradora onívora, sobre a estrutura e dinâmica das comunidades planctônicas, na presença e ausência de enriquecimento por nutrientes. Para tanto, foi realizado um experimento com desenho fatorial 2 x 3, resultando em 6 tratamentos: sem adição de peixes ou nutrientes (C); com adição de peixes zooplanctívoros (Z); com adição de peixes onívoros (O); com adição de nutrientes (NP); com adição de peixes zooplanctívoros e nutrientes (ZNP); e com adição de peixes onívoros e nutrientes (ONP). Os resultados mostram que os dois tipos de planctívoros reduziram a biomassa zooplanctônica e aumentaram a biomassa fitoplanctônica, mas que a onivoria dos peixes filtradores atenuou a magnitude das cascatas tróficas. Os resultados também mostram que a fertilização por nutrientes aumenta as concentrações de nutrientes na água e a biomassa fitoplanctônica, mas que o efeito sobre o zooplâncton depende da estrutura trófica. De um modo geral, os efeitos da adição de peixes e nutrientes foram aditivos, mas interações significativas entre esses fatores foram observadas na resposta de alguns grupos zooplanctônicos. Os efeitos dos peixes onívoros sobre a variabilidade temporal da biomassa do fitoplâncton e do zooplâncton foram muito variáveis, aumentando ou reduzindo a variabilidade do plâncton dependendo do nível de nutrientes e da variável analisada. É possível concluir, com base neste estudo, que o tipo de planctivoria exercido pelos peixes e as concentrações de nutrientes na água afetam a força das cascatas tróficas pelágicas e provavelmente o sucesso dos programas de biomanipulação para o manejo da qualidade da água de lagos e reservatórios tropicaisDissertação Efeitos do enriquecimento com nutrientes (N e P) em diferentes condições de luz sobre o crescimento do fitoplâncton em um reservatório eutrófico no semi-árido brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-04-06) Araújo, Fabiana Oliveira de; Attayde, José Luiz; ; http://lattes.cnpq.br/4121209629385349; ; http://lattes.cnpq.br/2543467420133635; ; http://lattes.cnpq.br/4092497452096511; Amado, André Megali; ; http://lattes.cnpq.br/4312158184208542; Huszar, Vera Lúcia de Moraes; ; http://lattes.cnpq.br/9822692027567405O aumento da poluição nos ecossistemas aquáticos nas ultimas décadas tem causado uma expansão da eutrofização e perda da qualidade da água para o consumo humano. O aumento da freqüência e intensidade de florações de cianobactérias tem sido reconhecido com o principal problema ligado a eutrofização e qualidade da água. O conhecimento dos fatores ambientais que controlam essas florações é um passo fundamental para a gestão de recuperação de ecossistemas aquáticos eutrofizados. A produtividade em ecossistemas aquáticos é dependente da disponibilidade de luz e nutrientes. No presente trabalho, nós avaliamos a importância relativa da concentração dos principais nutrientes (nitrogênio e fósforo) e da luz para o crescimento fitoplanctônico no principal reservatório do estado do Rio Grande do Norte, o reservatório Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves (EARG), que é um sistema eutrofizado, dominado por cianobactérias potencialmente tóxicas. A limitação do crescimento fitoplanctônico foi avaliada através de bioensaios usando enriquecimento diferencial de nutrientes (N e/ou P) sob duas condições de luz (baixa e alta luz) e monitoramento mensal das concentrações de nutrientes (nitrogênio e fósforo totais), clorofila a e transparência da água (profundidade de Secchi) na região pelágica. Nossos resultados confirmaram que o reservatório EARG é um sistema eutrófico com baixa qualidade da água. Os resultados dos bioensaios sobre a limitação do crescimento fitoplanctônico foram contraditórios com os resultados preditos pelas razões NT:PT, o que indica que essas razões não são um bom indicador da limitação do crescimento. O nitrogênio foi o nutriente limitante, tanto em freqüência quanto em magnitude. A luz e o regime hidrológico afetaram a resposta do fitoplâncton ao enriquecimento com nutrientes. As condições eutróficas deste reservatório, dominado por florações de cianobactérias, demanda estratégias de manejo a fim de garantir os usos múltiplos neste sistema, incluindo o abastecimento de água para o consumo humano. Embora o nitrogênio seja o nutriente limitante, um programa de manejo efetivo deverá focar sobre a redução da entrada de fósforo e nitrogênioDissertação Efeitos individuais e interativos da diversidade de detritos, contexto e variabilidade ambiental sobre a magnitude e estabilidade do processo de decomposição(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-09-10) Morais, Ana Clézia Simplício de; ; http://lattes.cnpq.br/4147444251852878; ; http://lattes.cnpq.br/1310063334930628; Amado, André Megali; ; http://lattes.cnpq.br/4312158184208542; Esteves, Francisco de Assis; ; http://lattes.cnpq.br/6635523086396765; Carneiro, Luciana Silva; ; lscarnei@gmail.comO estudo a respeito dos efeitos de alterações da biodiversidade sobre o funcionamento dos ecossistemas tem sido um tema central na ecologia ao longo das duas últimas décadas. Vários trabalhos têm demonstrado que a diversidade de detrito vegetal afeta diferentemente o processo de decomposição em ambientes aquáticos e terrestres, mas os efeitos da diversidade de detritos sobre a decomposição em contextos ambientais variáveis é uma questão ainda pouco testada dentro do debate de biodiversidade e funcionamento de ecossistemas. Para avaliar se o contexto ambiental, bem como a dinâmica de sua alternância, influenciam os efeitos da diversidade de detrito sobre o processo de decomposição, foi realizado um experimento de campo onde manipulamos a diversidade de detrito foliar (em litterbags) de 8 espécies de plantas terrestres, que decompuseram em monoculturas individuais e em mistura contendo as 8 espécies juntas, em três contextos ambientais distintos: ambiente terrestre (T); ambiente aquático (A) e interface (I) - tratamento experimental que simula a condição variável do regime de alagamento. Medimos a taxa de decomposição através da perda de massa da comunidade e de cada detrito individual nas monoculturas e nas misturas. Não foi verificado efeito da riqueza de espécies e nem da variabilidade ambiental sobre a magnitude e estabilidade do processo de decomposição. No entanto, houve efeitos espécie-específicos da diversidade sobre a decomposição da espécie exótica F. benjamina. O contexto ambiental exerceu efeito individual sobre o processo de decomposição, sendo a decomposição mais rápida no ambiente aquático, seguida da interface e mais lenta no ambiente terrestre. Nossos resultados demonstram que a diversidade de detritos foi pouco importante para o processo de decomposição em diferentes ecossistemas e sugerem que é necessário considerar o potencial de outros fatores abióticos capazes de afetar as taxas de processos tanto quanto os efeitos da diversidadeDissertação Regulação da estequiometria (C:N:P) da biomassa de bactérias heterotróficas em ecossistemas de água doce de baixa latitude(2017-12-19) Diniz, Maria Lenice Ventura; Amado, André Megali; They, Ng Haig; ; ; ; Attayde, José Luiz de; ; Cardoso, Simone Jaqueline;As bactérias heterotróficas são importantes mineralizadoras de nutrientes (e.g. nitrogênio [N] e fósforo [P]) para o meio aquático, subsidiando a produção primária e incorporando carbono orgânico da matéria orgânica em sua biomassa através da produção secundária. Esses processos são afetados por fatores ambientais, como temperatura e disponibilidade de nutrientes; também são determinados pela identidade das espécies e pelo seu estado fisiológico. A disponibilidade de nutrientes pode afetar a composição química das bactérias, assim como essas podem afetar a composição química dos seus predadores e assim por diante; esse desbalanço estequiométrico entre o recurso e consumidor têm influência sobre os padrões de reciclagem de nutrientes nos ecossistemas, afetando seu funcionamento e ciclos biogeoquímicos. Uma forma de lidar com a variação de nutrientes é a capacidade de regulação que os indivíduos tem, e frente a perturbações na estequiometria do seu recurso, as bactérias podem se comportar de forma homeostática ou flexível. Para as bactérias essas características parecem ser ditadas pela composição da comunidade, influenciada pelo estado trófico dos ecossistemas. Desta forma, espera-se que o comportamento homeostático seja predominante em ambientes eutróficos, enquanto o comportamento flexível seja predominante em ambientes oligotróficos. Para definir o grau de homeostase das comunidades são necessários ensaios controlados que permitam a avaliação da composição de C, N e P bacterianos frente à exposição de uma comunidade a substratos com diferentes razões C:N:P. Este tipo de experimento é realizado em quimiostatos, que representam um método de cultivo de microorganismos em condições estacionárias de crescimento controlado em um ambiente químico estável. O objetivo desse trabalho foi testar o efeito do grau de produtividade do sistema sobre a variabilidade da estequiometria das bactérias e de seus recursos em lagos tropicais de baixa latitude. Hipóteses: (i) a variabilidade das razões estequiométricas das bactérias e dos seus recursos são menores em um reservatório hipereutrófico do que em uma lagoa oligotrófica; e (ii) o grau de homeostase das comunidades bacterianas aumenta com o grau de produtividade do sistema. Investigamos primeiramente a variabilidade das razões estequiométricas em dois lagos, um hipereutrófico (Gargalheiras) e um oligotrófico (Bonfim) sob uma abordagem ambiental, onde foram realizadas medidas mensais da composição química das bactérias e de seu recurso. Sob uma abordagem experimental, foi testado através da manipulação das razões C:P do meio de cultivo em quimiostatos, o grau de homeostase de comunidades bacterianas vindas de 11 lagos distribuídos ao longo de um gradiente de produtividade desde a costa até a região do semi-árido do Rio Grande do Norte. Os resultados mostram que Bonfim tem alta variação na estequiometria das bactérias e de seu recurso; em Gargalheiras, a razão C:N:P das bactérias varia pouco em relação a uma maior variação de seu recurso, isso mostra um indicativo de homeostase nessas comunidades. Para os quimiostatos, as comunidades se mostram homeostáticas até uma razão C:P (razão atômica) de aproximadamente 1000:1, com o aumento dessa razão, elas parecem acompanhar seu recurso, se mostrando parte homeostáticas, parte flexíveis, independente do estado trófico do ambiente de onde elas vieram.Dissertação Regulação do metabolismo bacteriano em dois reservatórios oligo-mesotróficos do semiárido tropical(2015-08-31) Oliveira, Iagê Terra Guedes de; Amado, André Megali; ; http://lattes.cnpq.br/4312158184208542; ; http://lattes.cnpq.br/7414628737447059; Silva, Gustavo Henrique Gonzaga da; ; http://lattes.cnpq.br/9715919793525325; They, Ng Haig; ; http://lattes.cnpq.br/1927953957828133Os ecossistemas de água doce tem um importante papel na ciclagem global de carbono, uma vez que recebem cerca de 2,9 Pg C ano-1 advindo dos ecossistemas terrestres, processando e/ou estocando até 2,6 Pg C ano-1.Desses, até 2,1 Pg C ano-1 são mineralizados na coluna d’água em grande parte pelas bactérias planctônicas. Essas são os organismos planctônicos mais numerosos nos ecossistemas aquáticos continentais, por isso sendo responsáveis por grande do processamento do carbono. O seu papel dentro da ciclagem do carbono irá variar de acordo com vários parâmetros, agindo como fatores regulatórios. O principal objetivo desse trabalho é de avaliar o metabolismo bacteriano em dois reservatórios do semiárido tropical. Foram coletadas trimestralmente amostras de água nos reservatórios Santa Cruz e Umari entre fevereiro de 2013 e e novembro de 2014. Foram analisados parâmetros físico-químicos e biológicos. O metabolismo bacteriano mostrou-se bastante variável e com pouca previsibilidade. Isso ocorre devido a grande diversidade de fatores regulatórios existentes que atuam em momentos e em locais diferentes, conjunta e separadamente. Frequentemente, se torna difícil prever os valores reais pois em diferentes momentos o metabolismo tanto pode ser influenciado pelas características físicas do sistema, bem como da concentração de nutrientes e suas implicações nas interações. Sendo assim, mostram-se indícios de que o metabolismo bacteriano sofre bastante influência tanto bottom-up como top-down, podendo sofrer a partir de mudanças, direcionadas ou aleatórias, na estrutura da comunidade.