Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo por Autor "78382734472"
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Dissertação Entre liberdades e restrições: experiências na mobilidade urbana de crianças nos trajetos casa-escola-casa em Quixadá, Ceará(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-11-29) Martins, Diego Freire; Araújo, Natalia Miranda Vieira de; 78382734472; http://lattes.cnpq.br/3326160083213059; http://lattes.cnpq.br/8960191930753414; http://lattes.cnpq.br/4586782908814820; Azevedo, Giselle Arteiro Nielsen; http://lattes.cnpq.br/0625817989520541; Elali, Gleice Virginia Medeiros de Azambuja; http://lattes.cnpq.br/3061713076071714As crianças, sobretudo de classe média urbana, têm um papel social cada vez mais dependente do adulto, invisibilizada nos processos decisórios da vida urbana, consideradas a cidadã do futuro e não do hoje e confinada em ambientes privados sob o argumento de segurança e bem-estar. Seus deslocamentos são vertiginosamente mais motorizados, poucas vezes independentes (sem supervisão direta de adultos) e vivenciados através de vidros em “ilhas privadas”, na qual o espaço público é apenas passagem. Essas relações têm impactado diretamente em seu desenvolvimento social, emocional, mental e espacial. Há diversos estudos e iniciativas que protagonizam a relação criança-cidade e seus deslocamentos, todavia, há uma lacuna sobre pesquisas fora dos grandes centros urbanos de países em desenvolvimento. Assim, o objetivo desta pesquisa foi compreender as interações criança-cidade à luz das experiências de mobilidade urbana nos trajetos casa-escola-casa em Quixadá/CE e seus (des)estímulos ao transporte ativo e independente. Estruturamos o percurso metodológico em (1) revisão de literatura sobre a mobilidade ativa/independente e nas experiências urbanas como possibilidades cidadãs (BARBOSA, 2016; SARMENTO, 2018; TONUCCI, 2005) através da percepção ambiental e das relações afetivas na vinculação ao lugar como base para uma ação-transformação éticopolítica na cidade (GIULIANI, 2003; ITTELSON, 1978; LYNCH, 1982; TUAN, 2013). Em seguida, desenvolvemos um estudo de caráter exploratório com a (2) caracterização de aspectos sociofísicos dos trajetos por meio de mapeamentos, observações em campo e registros fotográficos. Posteriormente, (3) aplicamos questionários com pais/responsáveis e realizamos entrevistas estruturadas e mapas afetivos com crianças de 8 a 11 anos em três escolas públicas. Os resultados apontaram que 73% das crianças participantes realizaram trajetos com modais ativos e 50% do total teve alguma experiência de mobilidade autônoma. Parte dos adultos se mostrou resistente à mobilidade ativa e, mais ainda, às deslocações independentes em razão de longas distâncias, violência urbana, medo de desconhecidos, trânsito e conforto ambiental. As características que potencializaram o transporte ativo e independente foram a permeabilidade urbana (configurações da malha, quadras); diversidade de usos do solo; legibilidade urbana para os moradores; presença de rede de vizinhança; e atribuição de qualificações positivas. O conhecimento ambiental foi mais sólido e crítico com vinculações funcional, relacional e simbólica com os trajetos nas crianças que adotaram mobilidade ativa, enquanto nas crianças de mobilidade motorizada a vinculação foi apenas funcional e menos crítica. Assim, concluímos que os ambientes (social, construído, familiar, de transporte e subjetividades) de Quixadá tiveram mais aspectos que favoreceram a adoção de transporte ativo/independente, embora não seja intencionalmente educativa no aspecto espacial do ambiente urbano. Essa realidade tem oportunizado a experienciação e desenvolvimento de vínculos da criança com o espaço público construindo maior potencialidade cidadã. Mais do que nunca, se aspiramos por cidades mais democráticas e plurais em tempos difíceis como o que enfrentamos, precisamos amplificar o potencial educativo da cidade, além de necessária, a esperança na infância é também uma possibilidade de resistência.Tese O projeto urbano enquanto processo projetual: compreensão, prática e especificidades(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-11-19) Castor, Dimitri Costa; Silva, Heitor de Andrade; Araújo, Natalia Miranda Vieira de; 78382734472; http://lattes.cnpq.br/3326160083213059; http://lattes.cnpq.br/3609522159356242; http://lattes.cnpq.br/6018252683356818; Silva, Geovany Jessé Alexandre da; http://lattes.cnpq.br/2493373265851527; Veloso, Maisa Fernandes Dutra; http://lattes.cnpq.br/4974901249133556; Panet, Miriam de Farias; http://lattes.cnpq.br/5425360948252283Esta tese investiga o processo projetual no projeto urbano e arquitetônico; sendo objeto de estudo, o processo de projeto urbano, desenvolvido por estudantes de graduação em arquitetura e urbanismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em eventos de workshops de projeto ofertados especificamente para este fim. A questão de pesquisa posta se subdivide em três pontos, sendo: existem especificidades do Projeto Urbano enquanto processo projetual; como os projetistas compreendem e praticam o Projeto Urbano; e ainda, como estes se posicionam sobre a própria prática de projeto; considerando o contexto adotado? Assume como hipótese a afirmação de que há especificidades no processo projetual de PU; que, no recorte adotado, os projetos são predominantemente elaborados com base em experiências e resultados precedentes, mais que em estratégias metodológicas no sentido de instrumentalizar os processos de projeto, voltados à solução e produtos finalizados, e não à definição dos problemas e aos processos; ou seja, uma prática pouco reflexiva, sem a devida clareza de conceituação, tema e contextos inerentes ao PU, e com abordagens mais tecnocráticas que metodológicas. O objetivo geral é identificar quais as especificidades do PU através do confronto entre, de um lado, as abordagens teórico-metodológicas da solução racional do problema e da reflexão em ação, e de outro, a análise de processos de projeto desenvolvidos em eventos de workshops de projeto com projetistas em formação, especificamente os estudantes de graduação em arquitetura e urbanismo da UFPB. A pesquisa se estrutura através de três Eixos de Investigação, sendo: Eixo 1 - Posicionamento dos projetistas sobre o próprio processo de projeto; Eixo 2 - Compreensão e prática do projeto urbano; Eixo 3 - Comparação entre a prática de projeto urbano e do projeto arquitetônico. O método toma como base, a solução racional do problema (SRP) de Simon (2019), com contraponto no modelo da reflexão-em-ação de Schön (1983), ambos como tratados por Dorst e Dijkhuis (1995); associados ao workshop de projeto e grupo focal como estratégias de coleta de dados. A tese fundamenta-se a partir de discussões teórico-analíticas em relação ao projeto urbano, ao processo de projeto de forma geral, aos métodos de mapeamento, e ao workshop como facilitador da prática projetual. Como resultados, são apresentadas algumas especificidades do projeto urbano enquanto processo de projeto, tomando como parâmetro comparativo a prática de projeto arquitetônico. Este possui caráter mais analítico, estratégico, metodológico, construtivo e mais imaterial; enquanto o segundo é mais sintético, direcionado à solução, prático e material. No recorte adotado percebem-se práticas reflexivas de projeto, domínio do conceito e aspectos envolvidos na prática do projeto urbano, bem como, os projetistas se posicionam de forma crítica ao próprio processo.