Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem
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Dissertação Mornas eram as noites: leituras de contos de Dina Salústio em sala de aula(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-27) Sousa, Deuselene Rodrigues de; Dias, Valdenides Cabral De Araújo; 34172157491; Paiva, Kalina Alessandra Rodrigues De; 00756416400; Silva, Marcelo Medeiros Da; 03845725451A presente Dissertação aborda os impactos da implementação e consolidação da Lei 10.639/03 nas escolas, bem como apresenta os resultados de uma intervenção realizada em sala de aula com a obra Mornas eram as noites, da escritora cabo[1]verdiana, Dina Salústio (2019). A pesquisa interventiva teve como objetivo analisar alguns contos da autora citada e seguiu o modelo de Sequência Básica de Cosson (2022), além disso, fomentou o desenvolvimento das habilidades de interpretação e compreensão leitora dos discentes. Foi desenvolvida e realizada com alunos dos 9º anos do Ensino Fundamental de uma escola da rede pública municipal de Nísia Floresta - RN. A intervenção atenta para uma educação que discorre sobre diversidade, democracia e antirracismo. Examinamos além da legislação vigente, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a evolução desse tema ao longo dos anos, as possibilidades de alteração e de que maneira esses assuntos estão sendo introduzidos nas práticas educacionais. A metodologia usada neste trabalho é a de análise qualitativa e terá como referenciais além da Sequência Básica de Cosson, o Método Recepcional (Bordini; Aguiar, 1993), os quais fornecem ao aluno a orientação essencial para que ele aprimore sua habilidade de leitura e sua subsequente autonomia de escolha e análise crítica por meio da recepção e ampliação de seus horizontes de expectativas. Teoricamente, embasamos nossas reflexões em Munanga (2012), Candido (2011), Todorov (2012), no sentido de ampliar as concepções de Literatura e ensino a partir da pesquisa em caráter de intervenção na sala de aula e da recepção da leitura do texto literário. Esta pesquisa criou um espaço para a discussão de questões raciais e de gênero e contribuiu, assim, para a desconstrução de estereótipos e preconceitos. A intervenção favoreceu um ambiente de diálogo e de conscientização. Desse modo, alhiou-se aos princípios da educação antirracista, especialmente, no contexto escolar do Ensino Fundamental.Tese Una vida de Juana Paula Manso: deslocamentos, construção da personagem e rede de conhecimento em Cómo se atreve, de Silvia Miguens(2023-06-27) Carvalho, Nathalia Oliveira de Barros; Silva, Regina Simon Da; 99780690700; https://orcid.org/0000-0002-9793-2845; http://lattes.cnpq.br/1534392892288901; Paiva, Kalina Alessandra Rodrigues De; 00756416400; Serrão, Raquel De Araújo; 02134389419; Campos, Thayane Silva; 08792898645; Xavier, Wiebke Roben De Alencar; 01412220424A escritora argentina Silvia Miguens (1950) apresenta como traço marcante de sua obra o diálogo entre a literatura e a história. Nota-se ainda, a predominância de protagonistas femininas, podendo identificar, dessa forma, o perfil geral de suas publicações que tiveram início na década de 1990. Nessa lógica de produção literária destaca-se a obra que compõe nosso corpus de análise, o livro Cómo se atreve. Una vida de Juana Paula Manso (2004), que ficcionaliza a também escritora argentina Juana Paula Manso de Noronha (1819-1875). Dessa forma, neste trabalho buscamos analisar a protagonista Juana Paula, especialmente quanto ao processo de formação intelectual e profissional, considerando o olhar mais intimista proposto por Silvia Miguens, além de identificar as conexões com outras mulheres históricas através da protagonista, desvelando uma rede de conhecimento entre elas e também através delas. Estudo de caráter qualitativo e de base bibliográfica tem entre as principais referências Jozef (1986; 2005), Menton (1993) e Hernandes (2017) para o estudo das produções de narrativas de extração histórica; Candido (2014) e Brait (2017) com as discussões sobre personagem, nossa principal categoria analítica; Lewkowicz (2000) e Zucotti (1998) com seus trabalhos sobre a figura histórica de Juana Paula Manso, além dos textos da própria Juana Manso, publicados especialmente em periódicos como o Jornal das Senhoras (1852) e o Álbum de Señoritas (1854), por exemplo; Lacerda (2003), Lerner (2019), Perrot (2017), Wolf (2020) e Hooks (2019) no que tange à formação intelectual, às questões de patriarcado, e lutas femininas; Burke (2017) e sua abordagem sobre exílio e produção do conhecimento; Candido (2011) e suas reflexões sobre a capacidade da literatura de ensinar de diferentes formas. Diante dos objetivos propostos verificamos que Miguens consegue imprimir um caráter mais íntimo à narrativa, valorizando um lado pouco conhecido e/ou explorado da vida de Juana Manso. Além disso, constatamos que os deslocamentos e a influência do pai da personagem Juana Paula foram fundamentais em sua formação intelectual e que de fato vai sendo revelada pela narradora, ao longo dos capítulos, uma rede de conhecimento ao trazer para o texto outras figuras históricas - sobretudo mulheres - em conexão com a personagem principal do romance, além dos textos da própria Juana Manso que se integram intertextualmente à narrativa.