PPGSFN - Mestrado Profissional em Saúde da Família no Nordeste
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Navegando PPGSFN - Mestrado Profissional em Saúde da Família no Nordeste por Autor "Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes"
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Dissertação A articulação entre a estratégia saúde da família e o Centro de Atenção Psicossocial: análise de experiência em município do Nordeste brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-09-26) Silva, Clarissa Andira Xavier e; Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes; Silva, Georgia Sibele Nogueira da; ; http://lattes.cnpq.br/1062059652170019; ; http://lattes.cnpq.br/9847082748841264; ; http://lattes.cnpq.br/9103851254631231; Guimarães, Jacileide; ; http://lattes.cnpq.br/8942333851163376; Bosco Filho, João; ; http://lattes.cnpq.br/3068285662145237; Macedo, Mauricio Roberto Campelo de; ; http://lattes.cnpq.br/3673586188321966A reforma psiquiátrica consiste num processo que busca desconstruir a lógica excludente provocada pelas internações, proporcionando aos sujeitos estratégias de reinserção social. Nesse sentido, a atenção básica, através da Estratégia de Saúde da Família - ESF vem, progressivamente, tornando-se espaço estratégico nas intervenções em saúde mental, configurando-se como campo de práticas e produção de novos modos de cuidado. Nesta perspectiva, em Areia Branca-RN vem ocorrendo um processo de implementação dessa proposta, através da articulação da rede de Atenção Psicossocial e da Estratégia Saúde da Família/ESF. As discussões acerca da implementação da atenção integral à saúde mental no município de Areia Branca avançam significativamente. Porém, esta discussão não tem sido capaz de provocar mudanças na prática. Ao partir da concepção de que a articulação entre saúde mental e atenção básica é um desafio a ser enfrentado atualmente, que a melhoria da assistência prestada e a ampliação do acesso da população aos serviços com garantia de continuidade da atenção dependem da efetivação dessa articulação, estabeleceu-se como objetivo de pesquisa: investigar como se dá a relação entre as equipes de ESF e a equipe de CAPS na atenção à saúde mental no município de Areia Branca – RN a partir dos discursos dos profissionais. Para tanto, tiveram-se como objetivos específicos: Conhecer a demanda em saúde mental existente no município de Areia Branca – RN atendida pela ESF; Identificar limites e dificuldades na relação entre as equipes da ESF e do CAPS; Identificar potencialidades para articulação entre as equipes da ESF e do CAPS para a constituição da RAPS local. Tratou-se de um estudo descritivo-exploratório, com desenho metodológico de natureza qualitativa, cujos sujeitos foram profissionais da Estratégia Saúde da Família, profissionais do Centro de Atenção Psicossocial e o responsável pela condução/gestão da saúde mental no município. Como instrumentos de pesquisa foram utilizadas observações informais, entrevista semiestruturada e grupos focais. As informações obtidas foram analisadas considerando a análise de conteúdo de Bardin, o que possibilitou discutir a pertinência do referencial teórico com os dados obtidos através da observação e interpretação da articulação entre a Estratégia de Saúde da Família e a rede de Atenção Psicossocial no município de Areia Branca-RN. Por um lado, registrou-se intensa demanda em saúde mental advinda de usuários e de seus familiares e/ou cuidadores. Por outro, verificaram-se que apesar de existir alguns avanços com relação a percepções sobre saúde mental, existem ainda práticas, histórica e contextualmente arraigadas, que atuam como obstáculos para a resposta efetiva a essa demanda na perspectiva da desinstitucionalização. Nesse sentido, considera-se importante ressaltar que as equipes da Estratégia de Saúde da Família devem ser capacitadas para garantir a prática de saúde com integralidade e a incorporação à rede de saúde mental do município. Essa capacitação deve ocorrer através da educação permanente em saúde.Dissertação "Eu sou uma pessoa e não uma doença": a gestão autônoma de medicação na estratégia saúde da família de um município do interior do Rio Grande do Norte(2019-10-18) Costa, Antônio Henrique Braga da; Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes; ; ; Silva, José Adailton da; ; Severo, Ana Kalliny de Sousa; ; Silveira, Marilia;O movimento de reforma psiquiátrica brasileira propõe a produção de novas práticas e contextos de intervenções\cuidados em saúde mental fundamentada no cuidado em liberdade e que procuram se instituir na contramão da lógica medicalizantes hegemônica, que tem produzido uma epidemia de diagnósticos de transtornos mentais, fruto do fenômeno da medicalização da vida. Uma das expressões desse fenômeno são as altas taxas de prescrição de psicofármacos e o uso pouco crítico desses medicamentos em serviços de saúde. Por isso, se faz urgente no contexto de articulação da atenção psicossocial com a atenção primária à saúde nas Redes de Atenção Psicossocial, propor elementos alinhados a perspectivas não medicalizantes e que buscam um modelo de intervenção que privilegia a atenção integral e territorializada em saúde mental. Na Estratégia de Saúde da Família, temos o lócus privilegiado para produção de novas tecnologias de cuidado, que favoreçam a desmedicalização, o empoderamento e a produção de autonomia dos sujeitos em sofrimento psíquico e com transtornos mentais. Dentre essas tecnologias, podemos considerar que a Gestão Autônoma da Medicação (GAM) se constitui como estratégia grupal com potencial de cuidado emancipador, constituindo ferramenta concreta para enfrentar a problemática da medicalização da vida. Assim, objetivamos investigar os limites e potencialidades da GAM como estratégia de cuidado e enfrentamento a medicalização no contexto da Estratégia Saúde da Família em um município do interior do Rio Grande do Norte-RN. Trata-se de pesquisa com abordagem qualitativa, que se desenvolveu em torno de uma intervenção realizada no contexto da APS, tendo como suposto a capacidade de interferir na realidade estudada e de modificá-la, analisando seus efeitos para os participantes. Os instrumentos utilizados foram: A realização de um grupo intervenção GAM ao logo de oito messes, participação observante, e a construção de narrativas a partir da experiência com o grupo. Além disso, foram utilizados diários de campo e gravação em áudio para registro da experiência. O grupo GAM foi constituído por usuários da ESF e que fazem uso de psicofármacos, além de membros da equipe NASF-AB local. Para constituição do corpus de análise foram utilizados os registros de transcrição de áudio dos encontros, os diários de campo do pesquisador e narrativas coletivas validadas. Os resultados evidenciam que o processo de medicamentalização perpassa as práticas dos profissionais e se configura como principal oferta de cuidado, as demandas de sofrimento psíquico\ ético-político das usuárias mulheres na ESF, que utilizam psicofármacos como silenciadores de suas angústias associadas a condição feminina, e ao ser mulher em suas realidades concretas devida. A experiência com a GAM se mostrou como potencializadora de ações desmedicalizantes, apontando caminhos para a incorporação de novas relações e dinâmicas sociais no território. Mostrou-se como uma metodologia participativa e reflexiva com capacidade de disparar autoconhecimento, autonomia, e potência de ação para todos os sujeitos. Seu uso promoveu a ampliação do diálogo, a troca de experiências e vivencias com o uso de medicação, construindo experiências significativas nas diferentes dimensões de vida das pessoas: social, familiar e individual. A GAM mostrou-se ainda potente para instituir espaços de promoção da saúde na ESF, tendo em vista que o guia GAM se constituiu desta forma como uma ferramenta facilitadora de grupalidades nesse contexto. Concluímos que a GAM tem potencial estratégico para o enfrentamento da medicalização da vida na ESF, bem como uma ferramenta de atenção e cuidado para produção de saúde mental na APS.Dissertação Morbimortalidade materna no município de Mossoró: percepção dos profissionais e vivências/experiências de mulheres(2014-09-19) Alves, Adriana Maria; Amorim, Karla Patricia Cardoso; ; ; Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes; ; Morais, Fátima Raquel Rosado;O objetivo deste trabalho, caracterizado como uma pesquisa de abordagem qualitativa de caráter exploratório descritivo, é analisar os aspectos que contribuem para a morbimortalidade materna em Mossoró-RN à luz da bioética. As informações foram coletadas entre os meses de Novembro e Dezembro de 2013, por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com 16 profissionais de saúde, sendo metade deles trabalhadores de Atenção Primária à Saúde e a outra metade de urgência obstétrica, e 04 mulheres que tiveram gravidez de alto risco com internação em UTI. O número de profissionais e de mulheres foi determinado pelo método da saturação na coleta de informações em pesquisas qualitativas. As entrevistas foram transcritas e submetidas a técnica de análise de conteúdo, especificamente a análise temática, possibilitando um aprofundamento e ultrapassando o conteúdo das falas. Diante disso, foram construídas três categorias de análise, a saber: a atenção à gestante no município de Mossoró/RN; os fatores que contribuem para a morbimortalidade materna em Mossoró/RN; e a morte de perto: O relato de gestantes de alto risco que foram internadas em Unidade de Terapia Intensiva. A interpretação das informações analisadas revelaram a realidade difícil da rede de atenção à gestante no município, nos seus três níveis, apontam alguns fatores que contribuem com o aumento da morbimortalidade materna e estes correlacionados com os princípios da bioética de BEAUCHAMP & CHILDRESS e os princípios da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos da UNESCO, sugerem algumas ações que poderiam diminuir este índice, relatam como lidam e percebem a morte materna e os sentimentos envolvidos, e relatam também a vivência de mulheres que tiveram risco de morte na gestação. Percebemos então, na fala dos profissionais a necessidade de pôr em prática o que já existe na teoria, nos protocolos, manuais e portarias do Governo Federal. Mais uma vez sabemos o que precisa ser feito para reduzir a mortalidade materna e melhorar a qualidade da atenção, porém não há iniciativa concreta para que se efetive tudo isso e tenhamos o resultado esperado. O que existe é negligência não de todos, mas de todas as partes. Precisamos inicialmente capacitar os gestores e sensibiliza-los para essa temática. Os cidadãos também precisam ser empoderados de seus direitos e conhecedores das políticas públicas, para que possam cobrar dos serviços e dos gestores seu cumprimento. Por último precisamos sensibilizar os profissionais na busca de conhecimentos e na luta por melhores condições de trabalho, recursos humanos suficientes e de salário, para também cobrar deles a excelência no atendimento. Desta forma os profissionais entendem que teremos menores números da mortalidade materna e maior satisfação dos usuários do SUS, especialmente neste caso, das mulheres que necessitam do serviço de obstetrícia.Dissertação Práticas integrativas e complementares em Currais Novos/RN: uso de plantas medicinais?(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-08-12) Santos, Danielle Chacon dos; Mendes, Maria Isabel Brandão de Souza; Silva, Geórgia Sibele Nogueira da; ; http://lattes.cnpq.br/1062059652170019; ; http://lattes.cnpq.br/6831555305550834; ; Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes; ; http://lattes.cnpq.br/9847082748841264; Oliveira, Rinalda Araújo Guerra de; ; http://lattes.cnpq.br/4107549436660599Este trabalho teve o objetivo de compreender como profissionais das equipes da Estratégia Saúde da Família e usuários do Município de Currais Novos/RN lidam com a utilização (ou não) de plantas medicinais como uma das Práticas Integrativas e Complementares no SUS. A pesquisa é do tipo qualitativo e apresenta como instrumento de coleta de dados um roteiro de entrevista semiestruturada, relacionada a questões que contemplaram o objetivo proposto. As entrevistas foram utilizadas com os profissionais e usuários, com base nas questões formuladas em um questionário e foram gravadas, com a anuência dos mesmos, sendo posteriormente transcritas em diário de campo. Foram sujeitos do estudo os profissionais médicos, enfermeiros, dentistas e agentes comunitários de saúde de equipes de Estratégia Saúde da Família do município, totalizando 24 profissionais de saúde, como também 10 usuários identificados como pessoas que utilizavam plantas medicinais para o cuidado de sua saúde que se mostraram voluntários para a pesquisa. A partir deste estudo, pode-se perceber a importância atribuída, tanto pelos profissionais de saúde quanto pelos usuários, à utilização de plantas medicinais, como também evidenciar que é na tradição familiar que se encontra a principal forma de disseminação do conhecimento a respeito da utilização das mesmas. A maioria das plantas medicinais tiveram indicações populares semelhantes às indicações científicas de uso, porém 70% dos usuários referiram nunca terem recebido de profissionais de saúde orientações e incentivo de utilização desta prática de cuidado. Metade dos profissionais entrevistados relatou não sentir segurança para prescrever plantas medicinais, apenas 25% afirmaram ter recebido durante a graduação informação sobre o assunto. Espera-se, com o desenvolvimento deste estudo, contribuir para incentivar e tornar possível a implantação de protocolos de atenção por parte dos profissionais de saúde, além de ampliar o cuidado integral, o acesso a outras opções terapêuticas, a participação dos usuários e o fortalecimento do vínculo no âmbito da atenção básica e da Estratégia Saúde da FamíliaDissertação Projeto terapêutico singular como ferramenta de gestão do cuidado na estratégia saúde da família do RN: desafios e possibilidades(2016-12-19) Chaves, Rafael Soares; Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes; ; http://lattes.cnpq.br/9847082748841264; ; http://lattes.cnpq.br/9672318608062875; Bosco Filho, João; ; http://lattes.cnpq.br/3068285662145237; Rodrigues, Maisa Paulino; ; http://lattes.cnpq.br/3535935637398553No Brasil, o uso e o desenvolvimento de instrumentos e tecnologias em saúde para a garantia do acesso à saúde como direito de todos bem como a resolubilidade das diferentes e complexas demandas observadas nos territórios representam ponto-chave para o desenvolvimento do SUS em seus princípios fundamentais nas diferentes regiões brasileiras. O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é, atualmente, uma prática ainda não incorporada na rotina da maioria das equipes de saúde na atenção básica e ainda pouco difundida e desenvolvida, apesar de seu grande potencial na produção de novas realidades, sobretudo no que diz respeito aos casos complexos. Em virtude disso, justificam-se estudos no sentido de lançar luz sobre as realidades das equipes em relação ao uso do PTS como ferramenta de gestão do cuidado em saúde no âmbito da ESF. Nesse sentido, o presente trabalho trata de uma pesquisa qualitativa exploratória a qual buscou investigar como uma equipe da ESF e uma equipe do NASF que a apoia utilizam o PTS no seu território, tendo como objetivos específicos: conhecer os sentidos atribuídos pelos profissionais (das equipes NASF e ESF) às noções de Clínica Ampliada, de Apoio Matricial e de Projeto Terapêutico Singular; identificar como as equipes se comunicam e se vinculam para a construção do PTS e a realização do apoio matricial; e identificar as potencialidades e dificuldades vividas pelas equipes para o uso do PTS como ferramenta de gestão do cuidado. Para tanto, a abordagem metodológica foi desenvolvida através de entrevistas individuais semiestruturadas e Grupos Focais com os profissionais das equipes de um município de pequeno porte do RN. Os dados produzidos pelas entrevistas e pelos Grupos Focais foram organizados e categorizados mediante a análise de conteúdo proposta por Bardin. Os três eixos de análise foram: 1) multiprofissionalidade, corresponsabilidade e resolutividade; 2) concepções de PTS, dificuldades, falta de experiência e desconhecimento sobre PTS; e 3) articulação e planejamento das ações. De modo geral, o estudo apontou a construção de PTS como uma prática pontual, sendo uma ferramenta que pouco compõe o cotidiano das equipes e dos serviços de saúde na atenção básica, apesar de ser reconhecidamente importante para a ampliação das ações e resolutividade dos problemas dos usuários. Além disso, o PTS, mesmo não sendo uma ferramenta de uso cotidiano, é desconhecido por muitos e as equipes são carentes de experiências que potencializem o seu uso de forma sistemática e compartilhada nos espaços de produção do cuidado em saúde. Desse modo, coloca-se como importante que ações de qualificação da atenção sejam desenvolvidas junto às equipes para o uso do PTS entre outras ferramentas para gestão do cuidado de forma integral e compartilhada.Dissertação Promoção da alimentação saudável na atenção primária à saúde: contribuição para construção coletiva do saber-fazer(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-09-15) Lima, Rosana Maria Ferreira de Moura; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; ; http://lattes.cnpq.br/5933901040621573; ; http://lattes.cnpq.br/4755204962255107; Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes; ; http://lattes.cnpq.br/9847082748841264; Bosco Filho, João; ; http://lattes.cnpq.br/3068285662145237O reconhecimento da alimentação como determinante e condicionante do processo saúdedoença exige novas explicações e intervenções da ação política em alimentação e nutrição e demanda modelo de atenção à saúde pautado na integralidade das ações e centrado na promoção da saúde. Este estudo, caracterizado como pesquisa-ação de caráter intervencionista, buscou desenvolver estratégias para apoiar a inserção transversal das ações de promoção da alimentação saudável nas práticas de profissionais de um Núcleo de Apoio à Saúde da Família e uma Unidade da Estratégia Saúde da Família no município de Natal, capital do Rio Grande do Norte, a partir da análise das percepções e processos de trabalho dessas equipes. Foram adotadas várias estratégias metodológicas: Círculo Hermenêutico Dialético, Observação Direta, Encontros Temáticos Reflexivos e Oficina “Repensando as práticas educativas para promoção da alimentação saudável”. Para registro de dados, foram utilizados os Diários de Pesquisa-DP e de Momentos-DM. A análise ocorreu de forma processual, em conjunto com os participantes da pesquisa, em constante movimento de reflexão-ação-reflexão, com base na hermenêutica-dialética. Quanto aos resultados, em relação à promoção da saúde, evidenciaram-se as seguintes percepções: promoção da saúde associada à prevenção de doenças e agravos; promoção da saúde relacionada à qualidade de vida e ao bem estar, em suas várias dimensões; promoção da saúde enquanto responsabilidade do Estado; promoção da saúde relacionada às ações de educação em saúde; promoção da saúde como expressão da resolutividade e acessibilidade aos serviços de saúde. Quanto à alimentação saudável, predominaram as percepções referentes aos aspectos nutricionais. No que se refere à educação alimentar e nutricional-EAN, observou-se predominância da percepção de EAN como informação, orientação e transmissão de conhecimentos para mudanças de práticas alimentares. No que diz respeito ao processo de trabalho, observou-se que entre as ações para promoção da saúde, predominam as atividades educativas, como palestras, rodas de conversas, que na maioria das vezes, ocorrem de forma fragmentada, sem planejamento conjunto entre as equipes, variando de acordo com os profissionais e o momento de trabalho em que são realizadas. Os resultados apontaram para a necessidade de reorganização dos processos de trabalho, na perspectiva da articulação intra e intersetorial e da construção de novas tecnologias, tais como: Projeto de Saúde do Território – PST, Projeto Terapêutico SingularPTS, Clínica Ampliada e Compartilhada, práticas educativas com metodologias ativas de ensino-aprendizagem. A partir dos resultados consideramos que se faz necessário a “reforma do pensamento”, por meio de mudanças na formação profissional e do fortalecimento dos espaços de educação permanente, considerando a complexidade que envolve a alimentação, a educação alimentar e nutricional e a promoção da saúde. A reforma do pensamento deve estar articulada e imbricada à produção de saberes e práticas que favoreçam a intersetorialidade, a transversalidade, o diálogo e a postura democrática e solidária, com base na construção coletiva do saber-fazer. Esperamos que esse estudo possa contribuir com reflexões e iniciativas que estimulem a construção de práticas que promovam a alimentação saudável na Atenção Primária à Saúde, na perspectiva da integralidade do cuidado e da realização da Segurança Alimentar e Nutricional.Dissertação Promoção da saúde: estratégias para a autonomia e qualidade de vida do sujeito com diabetes(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-01-30) Silva, José Adailton da; Amorim, Karla Patrícia Cardoso; ; http://lattes.cnpq.br/6339836465951509; ; http://lattes.cnpq.br/0353536075419724; Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes; ; http://lattes.cnpq.br/9847082748841264; Machado, Maria de Fátima Antero Sousa; ; http://lattes.cnpq.br/4194885068583094O diabetes é uma doença crônico-degenerativa de grande prevalência na população mundial configurando-se enquanto sério problema de saúde pública. Por ser crônico exige dos sujeitos autocuidado e autogoverno longitudinal. A autonomia, por sua vez, é um direito fundamental e também um dos princípios da bioética mais discutidos na atualidade. Seu conceito é complexo e leva em conta a vida experimentada ao longo dos anos. Quando a discussão sobre autonomia se trata de diabetes, a dependência do outro e os conflitos no controle da doença, diante de novas regras e estilos de vida, nem sempre condizentes com os valores dos pacientes, torna-a fragilizada. Embora a autonomia seja claramente parte integrante do tratamento e alicerce para uma vida digna e de qualidade, observamos que os sujeitos se tornam ainda mais dependentes dos serviços de saúde, quando se deparam com o diagnóstico e não têm confiança para tomar suas próprias decisões diante da patologia limitadora. Por isso, há a necessidade dos serviços de atenção primária à saúde traçarem estratégias para promover a saúde desses sujeitos. Os Grupos de Promoção da Saúde são estratégias recentemente utilizadas para influenciar no nível de autonomia dos sujeitos, pois possibilitam, respeitando os limites éticos, a garantia de participação decisória no grupo, através de estratégias e treinamentos de habilidades com competências claramente definidas, que favorecem o empowerment e o protagonismo dos sujeitos. Desse modo, este trabalho objetiva identificar estratégias no âmbito da promoção da saúde na ESF, que contribuam para melhor autonomia e qualidade de vida dos sujeitos com diabetes mellitus, a partir de sua percepção. E, mais especificamente, analisar o perfil clínico e socioeconômico dos portadores de diabetes da ESF; identificar as experiências, necessidades e expectativas dos sujeitos com diabetes sobre autonomia, autocuidado e qualidade de vida; e realizar um levantamento em conjunto com os sujeitos com diabetes, sobre aspectos que sirvam de evidências para construção de propostas para implantação de um Grupo Estratégico de Promoção da Saúde GEPS, com foco na autonomia. Para isto, foi realizada uma pesquisa exploratória descritiva de abordagem qualitativa e quantitativa, com 65 sujeitos com diabetes acompanhados por uma Unidade de Saúde da Família do Município de Santa Cruz/RN. A pesquisa foi realizada em três etapas interdependentes: 1) coleta de dados clínicos e socioeconômicos, para o qual foi utilizado entrevista estruturada e análise retrospectiva dos registros feitos em seu prontuário; 2) a análise das experiências, necessidades e expectativas dos sujeitos sobre autonomia, autocuidado e qualidade de vida, que se utilizou de entrevista semiestruturada com 6 sujeitos, sendo 3 com mais e 3 com menos complicações autorreferidas e verificadas no prontuário; e 3) a construção coletiva de propostas para melhor autonomia e qualidade de vida dos próprios participantes do estudo, por meio de roda de conversa. Para a análise dos dados utilizamos software de estatísticas simples para os dados das questões fechadas de cunho quantitativo e os dados qualitativos foram analisados através da análise de conteúdo. Observamos que o perfil clínico e socioeconômicos dos sujeitos com diabetes aproximam-se das estatísticas nacionais, embora existam variáveis, como cor da pele, com variação significativa. A autopercepção dos sujeitos diante de algumas complicações divergem de registros encontrados em seu prontuário o que aponta uma possível desvalorização de queixas como hipoglicemia e disfunção sexual, como também baixa adesão ao tratamento por, muitas vezes, não terem suas opiniões valorizadas. As categorias encontradas: vida, qualidade de vida, diagnostico e enfrentamento do problema, autonomia, limites e dependência assim como as práticas coletivas de promoção da saúde, apontam para a necessidade de estratégias por meio de grupos que considerem as crenças e valores dos sujeitos, favoreçam sua emancipação e torne-os protagonistas de sua própria história e de seu processo saúde doença. A autonomia é fundamental para o exercício da cidadania efetiva. É por meio dela que os sujeitos transformam sua realidade e a si mesmo. A contribuição desta pesquisa consiste em identificar estratégicas que se propõe a potencializar a autonomia dos sujeitos, através dos GEPS, norteando a atuação dos profissionais na atenção primária à saúde, que deve sustentarse em ações de prevenção e promoção da saúde e também no incentivo à participação popular e protagonismo dos sujeitosDissertação Saúde da família e saúde mental: possibilidades de articulação para o cuidado em um contexto de zona rural(2016-08-30) Guilherme, Maria Isabel Silva; Guimarães, Jacileide; ; http://lattes.cnpq.br/8942333851163376; ; http://lattes.cnpq.br/3397261706111177; Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes; ; http://lattes.cnpq.br/9847082748841264; Oliveira, Lucineire Lopes de; ; http://lattes.cnpq.br/8045052105819369O cuidado na Atenção Básica é estratégico devido sua abrangência no contexto do SUS na organização dos sistemas de saúde, à medida que se constitui a principal porta de entrada dos usuários, demandando uma imprescindível articulação com a atenção de média e alta complexidade e com ações de vigilância em saúde, facilitando o acesso das equipes aos usuários e vice-versa. Por esta característica, é comum que os profissionais de Saúde se encontrem rotineiramente com pessoas em situação de sofrimento psíquico, uma vez que a saúde mental não está dissociada da saúde geral, fazendo-se necessário reconhecer que estas demandas estão presentes em diversas queixas dos usuários da Atenção Básica. Desse modo, aos profissionais da Atenção Básica, demanda-se o desafio de perceber e intervir sobre essas questões, que mais recentemente, contam com o apoio da prerrogativa do apoio matricial em saúde mental e da referência possível de ser articulada através dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) em localidades que dispõem desse dispositivo de atenção. O objetivo do presente estudo foi investigar possibilidades e limites de ações de saúde mental na Estratégia Saúde da Família (ESF) em um contexto de zona rural. Trata-se de uma pesquisa descritiva-exploratória com abordagem qualitativa, realizada nas ESF localizadas na zona rural do município de Assú no estado do Rio Grande do Norte. Utilizou-se a entrevista semiestruturada para coleta e registro sobre a problemática investigada. No contexto estudado, verificamos que as dificuldades vivenciadas pelas equipes de saúde da família as colocam frente ao impasse de efetivar e garantir na prática os princípios norteadores do SUS e basilares da Reforma Psiquiátrica. Observamos uma fragmentação da rede de assistência à saúde e do processo de trabalho, onde o pouco investimento na qualificação/capacitação dos profissionais incide sobre o despreparo das equipes para lidar com a saúde mental dos usuários. Assim, é imprescindível a expansão do apoio matricial em saúde mental para maior e melhor possibilidades da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) no contexto do estado do Rio Grande do Norte, particularmente, no município de Assú-RN.Dissertação Os sentidos de ser preceptor nas experiências de integração ensino-serviço-comunidade de um município do nordeste brasileiro: desafios a educação na saúde(2016-07-29) Oliveira, Janaíne Maria de; Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes; ; http://lattes.cnpq.br/9847082748841264; ; http://lattes.cnpq.br/6868060962076541; Guimarães, Jacileide; ; http://lattes.cnpq.br/8942333851163376; Morais, Fátima Raquel Rosado; ; http://lattes.cnpq.br/8086396650395631; Bosco Filho, João; ; http://lattes.cnpq.br/3068285662145237O processo de se pensar e fazer saúde passou por grandes mudanças desde a criação do Sistema Único de Saúde, o que, consequentemente, impulsionou mudanças nos processos de formação profissional em saúde, movidas pela necessidade de ter profissionais com uma visão voltada para a integralidade do cuidado em saúde. A partir dessa necessidade, a inserção do estudante nos serviços de saúde passa a ser mais valorizada. Tendo assim o preceptor um papel fundamental na aproximação do estudante com a população e o território, na consolidação da integração ensino-serviço-comunidade. Diante dessa importância, esse estudo foi impulsionado a questionar quais os sentidos que levam os profissionais do serviço a exercem a preceptoria? Eles têm dimensão do seu papel como articulador desse processo de integração? O que motiva esse profissional e quais suas fragilidades? Com essas questões em mente, este estudo objetivou investigar os sentidos de ser preceptor nas experiências de integração ensino-serviço-comunidade, a partir dos discursos dos profissionais preceptores na ESF, O estudo utilizou a abordagem qualitativa com alicerce na produção de sentidos presentes nos discursos dos profissionais preceptores, e tem como base teórica a abordagem das práticas discursivas no referencial construcionista e teve como atores 20 profissionais preceptores na ESF que recebem estagiários de graduações da saúde de instituições de ensino pública e privadas. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, posteriormente transcritas e analisadas, permitindo a construção dos sentidos do ser preceptor a partir de 4 eixos analíticos, a saber: 1. Motivações e potencialidades; 2. Limitações e críticas; 3. Relação ensino-serviço-comunidade; e 4. Ser preceptor. Como resultados foi percebido que o preceptor exerce a função de educador na sua atuação prática. Entretanto tem dificuldade de atribuir-se a função de educador e, apesar de limitações técnicas e educacionais, ele desempenha com compromisso a preceptoria, desejando qualificação e organização dessa prática de modo a não sobrecarregar seu trabalho na ESF. Percebeu-se também que o ser preceptor envolve o trabalho de articulação ensino serviço, mas não na sua dimensão coletiva e também sem a articulação com a comunidade e o território como contexto fundamental no processo saúde-doença. Conclui-se que na luta para normalização da função de preceptoria ainda há muito o que avançar, faz-se necessário, porém, refletir sobre os caminhos a serem trilhados no enfrentamento dos obstáculos, com estudos que venham a suscitar soluções para essa problemática, assim como progredir no sentido da qualificação do profissional preceptor para que este possa vim a cumprir essa função com maior propriedade, contribuindo para o fortalecimento do SUS e reafirmação da ESF como cenário para formação em saúde.Dissertação Superando a aridez do semiárido: encontros entre saúde mental e saúde da família na formação de médicos no alto sertão paraibano(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-04-15) Pieretti, Ana Carolina de Souza; Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes; ; http://lattes.cnpq.br/9847082748841264; ; http://lattes.cnpq.br/3800857849651862; Freire, Flávia Helena Miranda de Araújo; ; http://lattes.cnpq.br/6853549958776132; Trindade, Thiago Gomes da; ; http://lattes.cnpq.br/5992470800302814A atenção primária à saúde é um importante cenário para o cuidado em saúde mental por suas características e pelo trabalho no território contribuir para a superação do modelo manicomial de atenção. Esta pesquisa partiu do questionamento sobre como acontece a atenção em saúde mental na atenção básica nas unidades em que se desenvolve a Residência de Medicina de Família e Comunidade em um município do sertão paraibano. Objetivou investigar as demandas de saúde mental e práticas de cuidado no contexto de ESF e da RMFC do município de Cajazeiras a partir do discurso dos profissionais ali inseridos e discutir estratégias de qualificação do cuidado em saúde mental nessa realidade. Utilizou-se abordagem qualitativa em que foram realizados grupos focais envolvendo profissionais de duas equipes da ESF e uma equipe de NASF. Os dados produzidos nos grupos foram analisados a partir do referencial da análise do discurso de inspiração foucaultiana. Como resultados evidenciou-se que os profissionais percebem a demanda em saúde mental na atenção básica principalmente na forma de sofrimento psíquico inespecífico e transtornos mentais graves. A atenção a essas pessoas não consegue superar a medicalização que é identificada por esses profissionais. A prática asilar persiste como alternativa para os casos de transtornos mentais graves, sendo limitada a incorporação do paradigma da desinstitucionalização como referencial para a prática profissional. Além disso, a relação com a rede de saúde encontra vários limites destacando-se a dificuldade de produção de continuidade e integralidade do cuidado. A partir disto, analisa-se a formação médica e sua capacidade de garantir o cuidado integral na atenção às demandas de saúde mental. No campo da pesquisa, dois modelos de formação se encontram. Os residentes participantes ou graduaram-se em Cuba ou em escola médica brasileira orientada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais. Percebe-se então que a graduação, ao incorporar questões relativas à integralidade do cuidado, não é suficiente para gerar bons profissionais para o SUS. Considera-se necessário somar às mudanças na graduação a perspectiva da Educação Permanente em Saúde no mundo do trabalho, o envolvimento dos profissionais com a transformação das práticas de atenção à saúde e a construção da perspectiva da integralidade e da atenção psicossocial por dentro da Residência de Medicina de Família e Comunidade como importantes estratégias para a formação de médicos generalistas aptos para a atenção às demandas de saúde mental