Programa de Pós-Graduação em Mestrado em Ciências Aplicadas à Saúde da Mulher
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Mestrado em Ciências Aplicadas à Saúde da Mulher por Autor "Dametto, Juliana Fernandes dos Santos"
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Dissertação Associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o perfil glicêmico de mulheres com diabetes mellitus gestacional e glicemia neonatal de seus recém-nascidos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-11-29) Silva, Amanda Gabriela Araújo da; Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro; Dametto, Juliana Fernandes dos Santos; https://orcid.org/0000-0002-2251-5967; http://lattes.cnpq.br/5658288179573297; http://lattes.cnpq.br/1178419445401490; Bezerra, Danielle Soares; Rauber, FernandaO alto consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) tem provocado efeitos desfavoráveis na saúde da população e na qualidade nutricional da dieta, porém, ainda são escassos estudos que avaliam o impacto desse consumo em desfechos metabólicos dos pares mãe-filho na Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a associação do consumo de AUP com o perfil glicêmico de mulheres com DMG e com a glicemia de seus recém-nascidos. O estudo foi observacional, longitudinal, prospectivo, do tipo coorte, realizado com mulheres com diagnóstico de DMG e seus recém-nascidos. A coleta de dados aconteceu em no mínimo dois momentos durante a assistência pré-natal (durante o 2º e 3º trimestre de gestação) e no pós-parto imediato. A avaliação do consumo alimentar foi realizada segundo a classificação Nova, sendo os pares agrupados segundo tercis de contribuição energética de AUP na dieta. O perfil glicêmico foi avaliado pela glicemia de jejum, automonitoramento da glicemia capilar (jejum, uma hora após desjejum, uma hora após almoço e uma hora após jantar) em gestantes, e segundo glicemia capilar de seus neonatos nas primeiras 48 horas de vida. Análises de regressão logística binária foram realizadas para avaliar a relação do aumento da participação de AUP considerando o tercil mais alto de consumo de AUP como categoria de referência, no controle da glicemia de mulheres com DMG nos tempos da pesquisa e da ocorrência de hipoglicemia nos seus neonatos (<50 mg/dL). Participaram do estudo 94 pares, cujo consumo médio calórico das mulheres foi de 1.936 Kcal (1228 – 3124 Kcal), com 15% da energia total diária proveniente dos AUP. Quanto ao perfil glicêmico, 33,3% (n=30) e 52,3% (n=45) delas apresentaram hiperglicemia no segundo e no terceiro trimestre de gestação, respectivamente. Observou-se que o consumo de AUP não teve associação significativa com o controle glicêmico materno, porém mostrou associação positiva com a ocorrência de hipoglicemia neonatal (OR: 1,14; IC95%:1,037-1,262; p=0,007). Assim, os dados sugerem que o consumo materno de AUP pode se relacionar com a ocorrência de hipoglicemia neonatal em recém-nascidos de gestantes com DMG, reforçando a inclusão das diretrizes para promoção da alimentação saudável na gestação nos protocolos de assistência nutricional para gestantes com DMG.Dissertação Impacto das síndromes hipertensivas gestacionais nos desfechos nutricionais e clínicos em recém-nascidos pré-termo: uma coorte prospectiva(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-27) Mendes, Thayanne Gurgel de Medeiros; Lopes, Márcia Marilia Gomes Dantas; Dametto, Juliana Fernandes dos Santos; https://orcid.org/0000-0002-0011-576X; http://lattes.cnpq.br/0512077912732473; http://lattes.cnpq.br/0075923536894629; Saunders, Cláudia; Arrais, Nivia Maria RodriguesAs síndromes hipertensivas na gestação (SHG) são caracterizadas por alterações no nível pressórico durante o período gestacional. Para os filhos de mulheres com SHG, o nascimento prematuro é umas das principais consequências, podendo impactar nos desfechos neonatais. O objetivo desta pesquisa foi comparar os desfechos nutricionais de recém-nascidos pré-termo (RNPT) filhos de mulheres com SHG a filhos de mulheres normotensas. O estudo foi do tipo coorte prospectiva com abordagem quantitativa. Os participantes do estudo foram RNPT nascidos na Maternidade Escola Januário Cicco, em Natal-RN, no período de outubro de 2021 a novembro de 2023 que estiveram internados na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN). Foram incluídos RNPT com idade gestacional entre ≥23 e <37 semanas e peso inferior a 2500g, e excluídos os neonatos com diagnóstico de malformação congênita grave, erros inatos do metabolismo e restrição hídrica. Os RNPT foram divididos em 2 grupos, conforme exposição às SHG. A coleta de dados foi realizada por prontuários eletrônicos considerando variáveis antropométricas e dietéticas para o neonato e comorbidades maternas. Foram aceitos resultados significantes aqueles com p < 0,05. Das 220 gestantes acompanhadas, metade apresentou SHG. Houve associação estatística significativa entre SHG e idade materna >35 anos (p=0,013) e parto via cesariana (p<0,01). RNPT filhos de mulheres com SHG apresentaram maior necessidade de utilizar nutrição parenteral (p=0,017) e apresentaram maior risco de não adequação da nutrição enteral plena (p=0,020), tiveram maior prevalência de classificação como pequenos para idade gestacional ao nascer (p<0,001) e, na alta da UTIN, com restrição de crescimento extrauterino (p=0,018), quando comparado a filhos de mulheres normotensas. Os resultados confirmam que as SHG estão associadas a desfechos nutricionais desfavoráveis em RNPT. Os filhos de mulheres com SHG apresentaram dificuldade em manter o estado nutricional adequado, tendo escore-Z mais baixos ao nascer e na alta da UTIN. Considerando isso, estes RNPT necessitam de um cuidado diferenciado, priorizando intervenções nutricionais precoces e individualizadas com intuito de melhorar seu estado nutricional durante a internação na UTIN.Dissertação Impacto do consumo de alimentos ultraprocessados em desfechos de peso de mulheres com Diabetes Mellitus Gestacional e seus neonatos: um estudo de coorte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-10-30) Araújo, Maria Elionês de Oliveira; Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro; https://orcid.org/0000-0002-2251-5967; http://lattes.cnpq.br/5658288179573297; https://orcid.org/0000-0002-6741-0587; http://lattes.cnpq.br/5234000182942143; Dametto, Juliana Fernandes dos Santos; Saunders, CláudiaEmbora a literatura apresente as consequências negativas à saúde do consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) em relação à adiposidade e desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, ainda há uma escassez de estudos que avaliem o impacto deste consumo durante o período gestacional, sobretudo nos desfechos obstétricos e perinatais de mulheres com gestação de alto risco. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre o consumo de AUP e os desfechos de peso de mulheres com Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) e seus neonatos. Trata-se de um estudo observacional, do tipo coorte prospectivo, realizado com 140 mulheres diagnosticadas com DMG e seus neonatos, atendidos na Maternidade Escola Januário Cicco, em Natal, Brasil. O estudo apresentou uma média de 25 semanas de duração, sendo realizadas três coletas: a primeira coleta no final do primeiro ou durante o segundo trimestre gestacional (T1- Tempo 1), a segunda no terceiro trimestre (T2- Tempo 2) e a terceira no pós-parto imediato (T3- Tempo 3). A coleta de dados contemplou características sociodemográficas, dados clínicos e obstétricos, dados antropométricos e consumo alimentar. O consumo alimentar foi obtido por Recordatório 24h e os alimentos categorizados de acordo com a classificação Nova. Os desfechos de peso no binômio mãe-filho foram avaliados por trajetória de ganho de peso gestacional (GPG) no T1 e T2, GPG final (T3) e avaliação de peso ao nascer para idade gestacional. Os binômios mãe-filho foram agrupados segundo tercis de consumo de AUP em gramas. Foram analisados os resultados dos modelos na regressão linear múltipla e dos modelos lineares generalizados com ajuste de Poisson para averiguar a associação entre o consumo de AUP em gramas e os desfechos de peso maternos e neonatais, com ajustes de variáveis de confundimento. O nível de significância atribuído nos testes utilizados foi p<0,05. O consumo energético foi 1960,72 (±460,74) calorias, sendo a contribuição de AUP de 17,95% (IC 95% = 16,24- 19,66), com ingestão correspondente a 131,43 (IQR = 90,50- 200,11) gramas por dia. A maioria das mulheres iniciou a gestação com obesidade (57,10%). O GPG do T1 e T2 representaram um ganho cumulativo rápido em 57,10% e 47,60% das gestantes, respectivamente. O GPG final (T3) foi correspondente a 6,86 (±6,78) kg, tendo a maioria das mulheres apresentado alto GPG (50,70%). Quanto aos neonatos, a média de peso ao nascer foi 3133,17 (±466,29) gramas, sendo a maioria classificado com peso ao nascer adequado (91,10%). Os modelos de regressão linear múltipla demonstraram uma relação positiva entre uma maior participação de AUP em gramas na dieta das gestantes com o GPG cumulativo e final (β = 0,014; p = 0,002 e β = 0,015; p =-0,023, no T1 e T3, respectivamente). Os modelos lineares generalizados com ajuste de Poisson demonstraram que o aumento do tercil de consumo de AUP em gramas representou maior risco para o nascimento com peso elevado para idade (RR = 3,424; IC95% = 1,068- 10,974; p = 0,038). Concluindo, os resultados do presente estudo foram sensíveis para inferir que o consumo de AUP impacta no GPG das mulheres com DMG estudadas e de seus neonatos, sendo importante desestimular uma alimentação composta por AUP nessa fase.