Programa de Pós-Graduação em Mestrado em Ciências Aplicadas à Saúde da Mulher
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50790
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação em Mestrado em Ciências Aplicadas à Saúde da Mulher por Data de Publicação
Agora exibindo 1 - 20 de 22
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Caracterização do perfil de citocinas do eixo Th1/Th2/ e Th17 e do polimorfismo gênico de IL17A/IL17RA em pacientes com câncer cervical(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-10-24) Medeiros, Jéssika Aline do Nascimento; Freitas, Janaina Cristiana de Oliveira Crispim; Dantas, Deyse de Souza; http://lattes.cnpq.br/2644540835478572; http://lattes.cnpq.br/4589944969994737; Machado, Paula Renata Lima; https://orcid.org/0000-0002-3085-9778; http://lattes.cnpq.br/8904316209025915; Consolaro, Marcia Edilaine LopesO câncer cervical (CC) é um problema de saúde pública que acomete inúmeras mulheres em todo o mundo, sua etiologia e patogenia estão intrinsecamente ligadas ao Papilomavírus Humano (HPV), representando a quarta causa de mortes entre as mulheres. Estimativas relatam que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquirir uma infecção ao longo da vida. Sabe-se que o sistema imune do hospedeiro, na grande maioria dos casos, consegue eliminar o vírus HPV, porém, em alguns casos a paciente evoluiu para infecção persistente, que culminará com o surgimento do câncer cervical. Considerando a importância do sistema imune nesse processo, faz- se necessário a compreensão das células e mecanismos envolvidos. Portanto, avaliar o padrão células T helper 1, 2 e 17 (Th1, Th2 e Th17) via quantificação de citocinas e associar o polimorfismo gênico do eixo IL-17-RA17 é o objetivo do presente estudo. Trata-se de um estudo observacional do tipo caso-controle, com aquisição dos dados e amostras biológicas de um biorrepositório. A construção do biorrepositório foi realizada de 2015 a 2019, sendo a população de estudo composta por 428 amostras de um grupo de pacientes provenientes do ambulatório de Patologia do Trato Genital Inferior da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC) e do Hospital Luiz Antônio da Liga Contra o Câncer. Estas amostras foram estratificadas em 104 (24 %) com câncer cervical (CC), 125 (29 %) com lesão de alto grau, 86 (20 %) com lesão de baixo grau, 104 (24%) eram NILM, e 9 (3%) de lesões indeterminadas, sendo as pacientes identificadas como NILM classificadas como controle, nesse estudo. A execução desse trabalho envolve a realização do polimorfismo gênico do eixo IL-17A/IL17RA nas seguintes etapas: extração e quantificação de DNA; Reação em Cadeia da Polimerase (PCR); e eletroforese, enquanto a quantificação de citocinas foi realizada por meio do kit para citocinas BD™ Cytometric Bead Array (CBA) Human Th1/Th2/Th17 (Becton, Dickinson and Company- BD, New Jersey, EUA). Em nossa casuística não encontramos relação do polimorfismo gênico do eixo IL-17/RA17 com o diagnóstico de CC, ademais não houve produção de citocinas nas amostras com câncer cervical. Conclusão: Acreditamos que os dados encontrados para os mediadores solúveis podem ser justificados pelo fato do HPV ser um vírus pouco citopático, imperceptível para o sistema imunológico. Além do mais, existe outro fator limitante, isto é, o número de amostras do estudo que, talvez, tenha contribuído para a ausência de associação com o polimorfismo gênico.Dissertação Transmissão perinatal do citomegalovírus em recém-nascidos pré-termo através do leite materno(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-10-27) Nascimento, Arthur Noronha Costa do; Machado, Paula Renata Lima; Barreto, Anna Christina do Nascimento Granjeiro; http://lattes.cnpq.br/6438957368498950; https://orcid.org/0000-0002-3085-9778; http://lattes.cnpq.br/8904316209025915; https://orcid.org/0000-0002-5967-4873; http://lattes.cnpq.br/8100403446331304; Barbosa, Nayara Gonçalves; Farias, Kleber Juvenal SilvaO Citomegalovírus humano (CMV) é um vírus de DNA linear de cadeia dupla e possui uma ampla distribuição mundial. A amamentação representa uma importante via de transmissão perinatal por CMV da mãe para o filho. O objetivo desse estudo foi avaliar a transmissão perinatal do CMV em recém-nascidos (RN) prematuros provenientes de uma UTIN através do aleitamento materno. O estudo foi observacional, de coorte longitudinal, prospectivo, envolvendo RNs prematuros internados na UTIN da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC) entre setembro de 2021 a junho de 2022 com idade gestacional inferior a 33 semanas ou peso ao nascimento inferior a 1500g. Todas as mães foram submetidas a coletas de sangue após o parto e testadas quanto à soropositividade para o CMV. Já as amostras biológicas de urina dos prematuros e o leite materno foram submetidas às técnicas de biologia molecular (extração, PCR e eletroforese). Os dados clínicos e laboratoriais foram obtidos a partir dos registros dos prontuários médicos. Como resultados, constatou-se a ocorrência de soropositividade para anticorpos IgG antiCMV em 76/77 mães (98,70%) e de IgM em 3/77 pacientes (3,90%). A taxa de detecção do vírus no leite materno foi analisada em 21/63 (33%) mães com amostras de leite disponíveis. O grupo das mães excretoras do CMV teve uma idade materna mediana inferior comparada ao grupo das mães não excretoras com diferenças estatisticamente significativas. O peso ao nascer foi inferior para o grupo de prematuros que nasceram de mães excretoras do CMV no leite (1.171 ± 390) em relação ao grupo de prematuros que nasceram de mães não excretoras do CMV no leite (1.450 ± 450) com diferenças estatisticamente significantes. A incidência da infecção perinatal via leite materno foi analisada em 3/45 (6,66%) RNs com amostras de urina disponíveis. Não foi possível associar a infecção perinatal com os sintomas clínicos e os fatores de risco para o desenvolvimento da doença devido a limitada incidência de casos da infecção perinatal. Portanto, desenvolver novos estudos multicêntricos e prospectivos com prematuros são cruciais para estabelecer definitivamente o verdadeiro equilíbrio risco/benefício da exposição ao CMV através da amamentação com leite materno fresco em ambientes de UTIN.Dissertação Desfechos materno-fetais nas síndromes hipertensivas da gravidez(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-10-31) Xavier, Ivete Matias; Oliveira, Ana Katherine da Silveira Gonçalves de; Costa, Ana Paula Ferreira; http://lattes.cnpq.br/7600129764933669; https://orcid.org/0000-0002-8351-5119; http://lattes.cnpq.br/3436756337251449; http://lattes.cnpq.br/8883678155969773; Medeiros, Robinson Dias de; Medeiros, Kleyton Santos deAs Síndromes Hipertensivas da Gravidez (SHGs) se constituem uma importante causa de mobi-mortalidade materna e perinatal. O objetivo foi avaliar e comparar os resultados materno-fetais relacionados aos SHGs. Estudo de base hospitalar realizada em hospital terciário, entre Maio 2020-2022. Critérios de inclusão: maiores de 18 anos, com pelo menos 20 semanas de gestação, com diagnóstico de SHGs. Os dados foram analisados no Stata 11.0. As variáveis categóricas foram comparadas por meio do teste Qui-quadrado (χ2) ou exato de Fisher, conforme apropriado, enquanto as variáveis contínuas foram comparadas por meio do teste t de Student. Foram estudadas 501 mulheres com SHGs na gravidez. Não houve diferença entre os grupos G1 (Pré-eclâmpsia/Eclâmpsia) e G2 (hipertensão crônica) quanto aos dados sociodemográficos e reprodutivos. Os desfechos desfavoráveis foram mais observados no G1 (Pré-eclâmpsia/Eclâmpsia): trabalho de parto prematuro (66% vs 48; RR ajustado 1,3995; IC 95% 0,5586-0,6422; p= 0,0002), Cesariana (79,4% vs 65%; RR ajustado, 2.139; IC 95%, 1.386-3.302; p = <0,001) e hospitalização materna prolongada (59,4% vs 50,3%; RR ajustado 1,126; IC 95%, 0,757–1,677; p = 0,556. O risco para desfechos fetais adversos também foi mais observado no G1 (Préeclâmpsia/Eclâmpsia): prematuridade <34 semanas de gestação os resultados foram 20,5% vs 6%; RR ajustado, 2,505; IC de 95%, 1,194– 5,257; p = 0,015. Apgar (<7) em 1 minuto foi: 15,1% vs 8,8%; RR ajustado, 1,967; IC 95%; 1,112 - 3,477; p = 0,020 e risco de Apgar (<7) em 5 minutos: 7% vs 2,5%; RR ajustado, 3,477; IC 95%; 1,5 - 9,356; p = 0,006. Na admissão na Unidade de TerapiaIntensiva Neonatal (UTIN) os resultados foram 22,7% vs 6%; RR ajustado, 2,567;95% Cl, 1,296-5,088; p= 0,007, e mortalidade perinatal foi % vs 2,2%; RR ajustado,0,423; 95% Cl, 0,101-1,770; p= 0,239. Em conclusão, destacamos a importância doSHGs como uma das principais causas de desfechos maternos e neonatais adversos. Especificamente, as mulheres com eclâmpsia os piores resultados desaúde, incluindo um aumento das chances de ter um bebê com baixo peso aonascer, dar à luz natimorto e eram mais propensas a morrer devido a complicações da gravidez.Dissertação Avaliação do nível de fadiga de mulheres no puerpério: um estudo de coorte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-10-31) Silva, Tatiana Camila de Lima Alves da; Micussi, Maria Thereza Albuquerque Barbosa Cabral; Costa, Eduardo Caldas; https://orcid.org/0000-0003-2807-7109; http://lattes.cnpq.br/1216441676725839; http://lattes.cnpq.br/2360845979410206; http://lattes.cnpq.br/0660600540180796; Magalhães, Adriana Gomes; Gouveia, Guilherme Pertinni de MoraisO puerpério é um período de vulnerabilidade devido às modificações emocionais e físicas que ocorrem após o parto e que podem influenciar a qualidade de vida da mulher. Nesse contexto, a diminuição da capacidade física e mental associada à falta persistente de energia, deficiências na concentração, diminuição do tempo de repouso e sono podem favorecer à instalação da fadiga física e mental. A prevalência e incidência da fadiga no pós-parto ainda não foi estudada extensivamente e é considerada um sintoma inevitável, temporário e frequentemente vivenciado. Este estudo objetiva avaliar o nível de fadiga de mulheres no puerpério imediato e tardio e associar a fatores sociodemográficos e clínicos. Por meio de um estudo de coorte prospectivo foram recrutadas 469 mulheres em uma maternidade pública na cidade de Natal-RN, no período de Maio a Dezembro de 2021. As avaliações ocorreram no pós-parto imediato (entre 24-48 horas) e no puerpério tardio (no 1° e 3°mês após o parto). Uma ficha de avaliação contendo informações de dados sociodemográficos, clínicos, gineco-obstétrico e dados do recém-nascido foi aplicada na primeira avaliação juntamente com três questionários para avaliação da fadiga: formulário Global Short Form de saúde global autorrelatada do Sistema de informação de Medição de Resultados pelo paciente (PROMIS-GSF); inventário multidimensional de fadiga (MFI) e pictograma de fadiga. Esses dados, com exceção das informações sociodemográficas foram aplicadas um mês após a avaliação (AV2) e três mês após o parto (AV3). Foi utilizada a análise descritiva das variáveis com média, desviopadrão, mediana, percentis 25 e 75, frequências absolutas e relativas. A ANOVA de medidas repetidas foi utilizada para comparar os resultados das três avaliações de fadiga. O modelo multivariado foi ajustado para as variáveis independentes com significância ≤ 0,20 na análise bivariada e considerando a relevância clínica para a ocorrência do desfecho. A faixa etária mais prevalente foi de 26 a 34 anos, 59,5% concluíram o ensino fundamental, 47,6% apresentaram renda salarial de até um salário mínimo e 76,1% relataram ter companheiro. Nas informações obstétricas, 70,6% eram multíparas com a mediana de idade gestacional de 38 semanas, 60,5% tiveram parto normal, 95,7% amamentaram após o parto e 80,2% amamentaram em gravidezes passadas. A avaliação da fadiga nas três avaliações mostrou diferença significativa no PROMIS-GSF (p < 0,01), domínios de fadiga geral, fadiga física e redução da motivação do MFI (p < 0,01) e ao pictograma de fadiga (p < 0,01). Na AV3, o PROMIS-GSF mostrou associação da fadiga com partos prematuros (RR = 1,18; IC95%: 1,02–1,37); ausência de apoio social (RR = 1,14; IC95%: 1,02–1,27); baixo desempenho na amamentação (RR = 1,16; IC95%: 1,03–1,31) e maior índice de massa corporal (IMC), (RR = 1,01; IC95%: 1,00–1,01). A partir da análise dos resultados desse estudo, pôde-se observar a presença da fadiga no puerpério imediato e seu aumento ao longo de três meses do pós-parto. Prematuridade, ausência de apoio social, desempenho ruim na amamentação e maior IMC foram fatores associados à permanência da fadiga no puerpério tardio.Dissertação Predição de sucesso na introdução do catéter central de inserção periférica em recém-nascidos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-10-31) Rocha, Aurora Tatiana Soares da; Pereira, Silvana Alves; https://orcid.org/0000-0002-6226-2837; http://lattes.cnpq.br/3640379319601363; http://lattes.cnpq.br/6548353026681515; Saraiva, Cecilia Olivia Paraguai de Oliveira; https://orcid.org/0000-0003-4225-5194; http://lattes.cnpq.br/1716286540870612; Diniz, Edienne Rosângela SarmentoIntrodução: Recém-nascidos em estado crítico, internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatais necessitam muitas vezes de terapia intravenosa prolongada para a recuperação da sua saúde e o catéter central de inserção periférica é o mais indicado para a infusão segura dessas soluções. No entanto, a colocação deste catéter em recémnascidos pode ser difícil, tornando-se um desafio para a equipe de enfermagem, predispondo o bebê a múltiplas punções periféricas, ao estresse e à dor. Um aspecto particularmente importante para esta população é a falta de dados sobre equações de predição para o sucesso na inserção desse dispositivo. Dessa forma, este estudo tem como objetivo desenvolver uma equação de predição para o sucesso na inserção do catéter central de inserção periférica em recém-nascidos. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, realizado com os prontuários de recém-nascidos internados na unidade de terapia intensiva neonatal que fizeram uso do catéter central de inserção periférica entre o período de agosto de 2018 a julho de 2021, cuja amostra foi de 359 recém-nascidos. Foram excluídos os dados de recém-nascidos duplicados ou preenchidos de forma incompleta e/ou incorreta. Foi considerado sucesso na inserção do catéter quando a ponta deste estava inserida no terço inferior da veia cava superior a partir de uma extremidade superior e no terço superior da veia cava inferior a partir de uma extremidade inferior. Foram aplicados testes de associação binária e regressão logística. Variáveis com p<0.05 mantiveram-se no modelo final da regressão. Resultados: Foram incluídos 359 recém-nascidos entre 23 a 41 semanas (mediana de 31 semanas e 4 dias), 284 estavam em ventilação mecânica (invasiva ou não invasiva) e 70 evoluíram para o sucesso de inserção do PICC. Ser prematuro extremo, muito prematuro e prematuro reduziu a probabilidade de sucesso do PICC em média de 31,2% (IC95%: 25,5 a 38,1%), 21,4% (IC95%: 17,8 a 25,7%) e 16,7% (IC95%: 14,0 a 19,8%) respectivamente. Além disso, estar em ventilação invasiva e não invasiva reduziu a probabilidade de sucesso do PICC em média de 82,4% (IC95%: 72,3 a 93,9%) e 85,3% (IC95%: 75,0 a 97,1%), respectivamente. Já o peso do recém-nascido acima de 1500 gramas e o acesso realizado na região superior do corpo favoreceram o sucesso do PICC em 2,5 e 2,93 vezes, respectivamente. A classificação do peso, idade gestacional, local de inserção e estar ou não em ventilação mecânica foram variáveis mantidas na equação. A equação preditiva para sucesso do PICC encontrada foi: OR sucesso PICC = 0,178 x (classif. IG) x (região) x (sup. vent.) x (classif. peso). Conclusão: A classificação de idade gestacional e estar em ventilação mecânica reduzem a probabilidade de sucesso na introdução do PICC. Enquanto que o peso > 1500 gramas e inserir o catéter na região superior aumentam a chance de sucesso do PICC. A equação preditiva encontrada é uma ferramenta prática e reprodutível que pode reduzir o risco e as complicações relacionadas ao insucesso na inserção do catéter.Dissertação Reações adversas a medicamentos em gestantes diabéticas e hipertensas hospitalizadas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-06) Cavalcanti, Jéssica Escorel Chaves; Martins, Rand Randall; Cobucci, Ricardo Ney Oliveira; http://lattes.cnpq.br/8062199269259772; http://lattes.cnpq.br/5959722255358065; Diniz, Rodrigo dos Santos; http://lattes.cnpq.br/0085346724655944; Lima, Sara Iasmin Vieira CunhaAs gestantes são particularmente vulneráveis a reações adversas a medicamentos (RAM), principalmente as diabéticas e hipertensas. A ocorrência de RAMs é um problema para segurança do paciente e qualidade do cuidado em saúde. O objetivo desse estudo foi detectar a incidência e fatores associados às RAMs em gestantes diabéticas e hipertensas hospitalizadas. Estudo observacional, longitudinal e prospectivo com intuito de avaliar a incidência de RAMs em gestantes diabéticas e hipertensas, suas características e os fatores relacionados à sua ocorrência, envolvendo 571 gestantes diabéticas e hipertensas. Para a determinação dos fatores associados às RAMs, será utilizado um modelo multivariado por regressão logística. Os resultados apontam que a taxa de incidência de RAMs foi de 634.4 ADR por 1,000 pacientes dias (95%CI: 522.7 - 787.1) e 21.5% das pacientes apresentaram pelo menos uma. A hiperglicemia, a visão turva e o aumento das transaminases foram as RAMs mais relacionadas ao uso de corticoides de uso sistêmico, antimetéicos e antinauseantes e antiadrenérico de ação central. Maior tempo de hospitalização (OR 1.052, 95%CI: 1.010 – 1.097, p = 0.016) e maior número de medicamentos prescritos (OR 1.200, 95%CI: 1.099 – 1.310, p < 0.001) foram relacionados à ocorrência de RAMs. Portanto, observamos que as RAMs ocorrem nas primeiras 24h e que gestantes com maior tempo de hospitalização e usando maior quantidade de medicamentos apresentam maior risco de RAM.Dissertação Comparação da resposta imunológica periférica e achados histopatológicos placentários de gestantes e puérperas infectadas ou não por Sars-CoV2(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-01-18) Machado, Maria Letícia de Lima; Cobucci, Ricardo Ney Oliveira; Padilha, Deborah de Melo Magalhães; http://lattes.cnpq.br/6641915180697564; http://lattes.cnpq.br/2522808081009278; Ururahy, Marcela Abbott Galvão; https://orcid.org/0000-0003-0229-9416; http://lattes.cnpq.br/8016222352823817A resposta imunológica de parturientes com a COVID-19, bem como as alterações histopatológicas na placenta ocasionadas pela infecção, ainda não foram bem esclarecidas. Dessa forma, a caracterização de subpopulações linfocitárias e células natural killer (NK) via citometria de fluxo no sangue periférico de gestantes e puérperas infectadas ou não pelo SARS-CoV-2, em conjunto com a análise histopatológica placentária, podem contribuir com mais evidências sobre possíveis efeitos causados pela COVID-19 durante o período gravídico puerperal. Neste estudo transversal, os níveis periféricos de linfócitos T totais, linfócitos T CD4+ (ThL), linfócitos T CD8+ (TcL), linfócitos B e células NK de gestantes e puérperas com PCR positivo e negativo para SARS-CoV- 2 foram comparados. Além disso, foi realizada a comparação dos achados histopatológicos placentários pelo método de coloração Hematoxilina/Eosina de parte das parturientes incluídas no estudo. A coleta das amostras de sangue periférico e do tecido placentário ocorreram entre os meses de maio de 2021 e março de 2022 em um hospital universitário da região nordeste do Brasil. A imunofenotipagem foi realizada em 99 mulheres, das quais 78 (78,8%) tiveram o diagnóstico de COVID-19 confirmado. Gestantes e puérperas infectadas pelo SARS-CoV-2 apresentaram níveis mais elevados de células TcL, mediana (ME) = 574,2; intervalo interquartil (IIQ) = 382,4, quando comparadas com pacientes não infectadas, ME = 404,7; IIQ = 363,5); p = 0.032. Gestantes com COVID-19 apresentaram a média do CD3+ inferior (1.351,1 ± 337,7) em relação às puérperas com a doença (1.605,6 ± 538,6); t (53,6) = -2,45, p = 0,009. Do mesmo modo, medianas inferiores do CD16+/56+ (113,3; IIQ = 172,0) e CD3+/CD16-56+ (52,1; IQ = 53,4) foram encontradas em gestantes com COVID-19, quando comparadas com puérperas sem a COVID-19, (191,2; IIQ = 192,5), p = 0,043 e (70,8; IIQ = 91,6), p = 0,025, respectivamente. Foi realizada a análise histopatológica em 30 placentas, das quais 10 provenientes de parturientes com COVID-19 confirmado por PCR (33,3%). Os resultados revelaram níveis mais elevados de congestão, vilite crônica focal e funisite aguda em placentas de parturientes positivas para COVID-19. Parturientes negativas tiveram maior porcentagem de hemorragia intervilosa com formação de trombo, calcificação distrófica, infarto placentário, exceto marginal, e deciduíte aguda capsular. Entretanto, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos e nem um padrão histopatológico predominante nas parturientes infectadas pelo vírus na amostra estudada para comparação dos achados placentários. Gestantes e puérperas com COVID-19 apresentaram níveis significativamente mais elevados de células T citotóxicas no sangue periférico, mas não houve diferença nos achados histopatológicos placentários, apesar do grupo com a infecção confirmada ter apresentado maior percentual de congestão, vilite crônica focal e funisite aguda.Dissertação O impacto positivo do aconselhamento genético em pacientes de alto risco para câncer familiar/hereditário(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-03-23) Coutinho, Jéssica Dayanna Landivar; Salha, Daniella Regina Arantes Martins; Petta, Tirzah Braz; https://orcid.org/0000-0003-0890-9430; http://lattes.cnpq.br/9979644969955564; http://lattes.cnpq.br/3695151190501921; http://lattes.cnpq.br/1171813810179682; Oliveira, Ana Katherine da Silveira Gonçalves de; Medeiros, Kleyton Santos deO aconselhamento genético (AG) tornou-se um serviço de estratégia preventiva essencial para o manejo de pacientes de alto risco para câncer hereditário na era pós-genômica. A identificação de variantes de alto risco ao câncer em portadoras assintomáticas e o controle do seu risco demonstraram reduzir o câncer de mama e a taxa de mortalidade. O Brasil é um país continental de renda média com uma população heterogênea que se sugere ter a maior variação genética interna das populações amostradas. O presente estudo tem como objetivo avaliar os indicadores clínicos, sociodemográficos e comportamentais em pacientes de alto risco submetidos ao AG para câncer hereditário desde 2009, em um hospital de atenção ao câncer. O serviço recebeu 139 pacientes, sendo que 63,3% dos pacientes não tinham ensino superior, 89,3% tinham menos de 60 anos; 94% tiveram câncer de mama como diagnóstico primário e 23,7% carregam uma variante germinativa em genes de alto risco. A sobrevida global em 5 anos foi de 88,6%, sem diferença significativa entre os pacientes com mutação germinativa (IC 95%, p = 0,138). Após AG, 68,7% e 55,6% dos pacientes apresentaram score normal para depressão e ansiedade, respectivamente, independentemente da idade ao diagnóstico. Além disso, a decisão de se submeter à mastectomia redutora de risco (MRR) não foi influenciada pelos sintomas depressivos ou ansiosos. No entanto, 44,4% das mulheres com mais de 60 anos não apresentaram vontade de realizar a MRR. Entre os pacientes com variante patogênica, 58% afirmam que o diagnóstico de mutação germinativa foi capaz de modificar hábitos cotidianos, 91,7% das mulheres conseguiram entender o significado da mutação germinativa e as implicações para a saúde delas e da família, porém, isso estava diretamente relacionado ao nível de escolaridade. Esses resultados reafirmam o impacto do AG em uma região subdesenvolvida do país com alta consanguinidade parental, heterogeneidade fenotípica e destaca a disparidade de saúde do câncer que existe para a população de alto risco.Dissertação Análise comparativa da efetividade dos polifenóis tópicos e orais no envelhecimento da pele em mulheres: uma revisão sistemática(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-04-26) Ribeiro, Fernanda Catarina; Martins, Rand Randall; Micussi, Maria Thereza Albuquerque Barbosa Cabral; http://lattes.cnpq.br/2360845979410206; http://lattes.cnpq.br/8062199269259772; http://lattes.cnpq.br/0136050679238567; Diniz, Rodrigo dos Santos; Moreira, Francisca Sueli MonteIntrodução: O envelhecimento da pele em mulheres correlaciona-se sobretudo a exposição à irradiação solar com eventos da menopausa, como o hipoestrogenismo. Paralelamente ao aumento da expectativa de vida, ambos se associam a indução do estresse oxidativo, motivando os sinais e sintomas da senescência. O desenvolvimento de fitoterápicos a base de polifenóis pode minimizar os efeitos indesejados do desgaste cutâneo, destacando os flavonoides. Apesar do seu provável potencial benéfico, há limitações na literatura. Objetivo: Elaborar uma revisão sistemática de ensaios clínicos, abordando a eficácia dos compostos polifenóis no retardo do envelhecimento cutâneo em mulheres comparando as vias orais e tópicas. Metodologia: Uma pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados eletrônicas MEDLINE (via PubMed), Cochrane, Embase e Web of Science, publicados no período entre os anos de 2012 e 2022. Os estudos elegíveis foram ensaios randomizados, duplo-cegos e controlados, com exceção de um estudo que não abrangeu um grupo comparador. Foram selecionados estudos que avaliaram a eficácia de um fitoterápico isolado ou combinado, que relataram seguintes desfechos: elasticidade (R2) e rugosidade ou volume das rugas (visiômetro ou Primos). Resultados: Após a recuperação dos artigos, foram selecionados 13 estudos, apresentando número total de participantes variando entre 20 e 120 indivíduos, composto por mulheres saudáveis com idade entre 30 e 65 anos, com o critério de inclusão predominante sendo presença de rugas (usualmente o Wrinkles score ≥ 3) e com protocolo de intervenção aplicado na face. Foram identificados quatro estudos com baixo risco de viés e numerosa heterogeneidade quanto as plantas utilizadas. Resultados favoráveis foram exibidos na elasticidade e rugosidade, sendo atestados com oito semanas de administração tópica, e doze pela via oral. Conclusão: Destacamos que os fitoterápicos a base de polifenóis impacta positivamente na elasticidade e rugosidade da pele. Além da biomolécula, ressaltamos a importância do tempo e da via de administração para atingir o efeito esperado, visto que a via tópica revelou brevidade na resposta comparado a via oral. Esta revisão demonstrou interesse na aplicabilidade clínica dos polifenóis, porém a recomendação de incorporá-los clinicamente depende de estudos futuros que demonstrem maior consolidação metodológica e homogeneidade dos resultados.Dissertação Laserterapia no tratamento da síndrome genitourinária da menopausa: revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-04-27) Nóbrega, Lisieux de Lourdes Martins; Cobucci, Ricardo Ney Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9826490842636070; Micussi, Maria Thereza Albuquerque Barbosa Cabral; http://lattes.cnpq.br/2360845979410206; Knackfuss, Maria IranyA terapia a laser tem sido proposta para melhorar os sintomas da síndrome geniturinária da menopausa (SGM), principalmente em mulheres que não aceitam ou apresentam alto risco de complicações se forem submetidas à terapia hormonal. No entanto, estudos avaliando a eficácia e segurança do tratamento a laser para SGM, têm mostrado resultados controversos. Dessa maneira, o objetivo do estudo consiste em avaliar os efeitos da laserterapia em pacientes menopausadas com SGM. Foi realizado uma Revisão sistemática e Metanálise de Ensaios Clínicos Randomizados (ECR) a partir de protocolo publicado em revista científica, registrado prospectivamente através do Registro Prospectivo Internacional de Revisões Sistemáticas (PROSPERO/ CRD42021253605) e de acordo com Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-analysis (PRISMA 2020), usando a estratégia PICOS para encontrar ECR com mulheres na pósmenopausa submetidas a terapia com laser, placebo, nenhuma terapia ou estrogênio vaginal para SGM. Os ensaios clínicos randomizados e quase randomizados, independentemente do idioma de publicação, foram pesquisados nas bases de dados por meio de termos-chaves, sendo incluídos aqueles que nos resultados foram avaliados a atrofia vaginal, pH, secura, dispareunia, prurido, ardor, disúria, frequência e/ou urgência e incontinência urinária. O laser de dióxido de carbono (CO2) aumenta o escore do índice de saúde vaginal (VHI) e diminui a dispareunia, a secura e a ardência, especialmente quando comparado ao placebo (SHAM). No entanto, com baixa certeza de evidência, comprometendo a recomendação para uso na SGM.Dissertação Expressão de dupla coloração de p16/ki-67 em citologia líquida em amostras de câncer cervical: uma revisão de escopo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-10-16) Souza, Maria Aparecida Feliciano de; Freitas, Janaina Cristiana de Oliveira Crispim; http://lattes.cnpq.br/2644540835478572; http://lattes.cnpq.br/0152278865055820; Dantas, Deyse de Souza; Medeiros, Kleyton Santos deEsta revisão tem como objetivo apresentar uma visão geral acerca da expressão da dupla-coloração (DS) p16/Ki-67 em citologia de Base líquida (LBC), em amostras de pacientes com câncer cervical (CC). Material e Métodos: Esta revisão de escopo foi desenvolvida seguindo as diretrizes para revisões sistemáticas e meta-análises para revisões de escopo (PRISMA-ScR). Uma pesquisa bibliográfica usando as bases de dados eletrônicas PubMed, Lilacs, Web of Science e Scopus foi conduzida para identificar estudos que usaram DC para expressão de p16/Ki-67 em CC em imunocitoquímica em LBC. O processo de seleção e extração de dados de forma pareada e independente. A qualidade dos estudos incluídos foi avaliada usando os níveis de evidência do Joanna Briggs Institute Levels of Evidence. A revisão foi registrada no Open Science Framework (OSF): DOI 10.17605/OSF.IO/9MUBQ. Resultados: Dos 149 estudos analisados, 7 estudos, publicados entre janeiro de 2018 e maio de 2023, foram incluídos na síntese qualitativa. Como parâmetros de expressão, p16/Ki-67 foi relatado para DS em LBC em CC. Além disso, verificamos que p16/Ki-67 na amostra de LBC foram expressos em carcinoma de células escamosas (SCC). Conclusões: O estudo sugeriu que a DS p16/Ki-67 está mais frequentemente relacionada ao grupo CC quando comparada ao grupo HSIL e NILM.Dissertação Ferramenta gatilho para a otimização do seguimento farmacoterapêutico em gestantes de alto risco: desenvolvimento e validação(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-10-25) Fonseca, Andreia Suelle Moura; Martins, Rand Randall; http://lattes.cnpq.br/8062199269259772; http://lattes.cnpq.br/3094434749098767; Diniz, Rodrigo dos Santos; Moreira, Francisca Sueli MonteIntrodução: A farmácia clínica é a área da farmácia voltada à ciência e prática do uso racional de medicamentos, na qual os farmacêuticos prestam cuidado ao paciente, para otimizar a farmacoterapia, promover saúde e bem-estar, e prevenir doenças utilizando estratégias e ferramentas para esse fim. Contudo, até onde sabemos, inexistem ferramentas gatilhos voltadas para a detecção de Problemas Relacionados a Medicamentos em gestantes hospitalizadas. Objetivo: desenvolver e validar uma ferramenta gatilho para otimizar a identificação de Problemas Relacionados a Medicamentos em gestantes de alto risco hospitalizadas. Métodos: estudo observacional, prospectivo, descritivo e longitudinal, desenvolvido em uma maternidade escola brasileira no período de setembro de 2019 a julho de 2022. A partir do perfil e frequência de prescrição, os principais parâmetros de monitorização de efetividade e segurança foram empregados para o desenvolvimento de gatilhos. A ferramenta gatilho foi validada com uma amostra de 150 gestantes avaliadas concomitantemente pelo método SOAP pelos dois grupos: grupo teste (apenas aplicado o método SOAP se ao menos um gatilho positivo) e grupo standard (todas as pacientes avaliadas). A investigação envolvia identificação e caracterização de Problemas Relacionados a Medicamentos via PCNE v. 9.0. A ferramenta foi caracterizada quanto a acurácia, sensibilidade, especificidade e valores preditivos, além de utilizado o método de Brier para validação. Resultados: A ferramenta gatilho apresentou uma sensibilidade de 74,1% (IC95% 67,7 - 81,1), especificidade de 70,7% (IC95%63,4 - 78,0) e acurácia de 73,2 % (IC95%65,3 - 79,7). A validação interna mostrou um o score de Brier de 0,269. Conclusão: A ferramenta avaliada apresentou uma sensibilidade moderada e um valor preditivo positivo aceitável, tornando-se uma ferramenta útil na triagem inicial e identificação de possíveis Problemas Relacionados a Medicamentos em gestantes de alto risco hospitalizadas.Dissertação Eficácia do tratamento fisioterapêutico para vulvodínia: uma revisão sistemática(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-10-27) Nascimento, Renata Polliana de Oliveira; Oliveira, Ana Katherine da Silveira Gonçalves de; https://orcid.org/0000-0002-8351-5119; http://lattes.cnpq.br/3436756337251449; http://lattes.cnpq.br/8381925224242570; Monteiro, Michelly Nóbrega; Costa, Ana Paula Ferreira; http://lattes.cnpq.br/7600129764933669A vulvodinia é descrita como dor na região vulvar que pode ser de origem espontânea ou ocasionada pelo toque, podendo ser generalizada ou localizada, sem causa específica. O objetivo desta revisão é avaliar a eficácia da fisioterapia na redução dos sintomas provenientes da vulvodinia. A presente revisão sistemática foi projetada e realizada de acordo com o PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). As buscas foram realizadas no PubMed, Embase, Scopus, Web of Science, SciELO, PEDro, Cochrane Central Register of Controlled Trials e ClinicalTrials.gov em fevereiro de 2023. Dois autores selecionaram e extraíram os dados independentemente. Foram incluídos artigos de texto completo de ensaios clínicos que compararam terapias físicas com nenhum tratamento ou outros tratamentos para vulvodinia. O risco de viés foi avaliado usando a ferramenta Cochrane Risk of Bias. A avaliação da força da evidência dos resultados foi realizada usando o Recommendations Assessment Development and Evaluation (Granding of Recommendations Assessment Development and Evaluation). Um total de 2.274 artigos foram recuperados das bases de dados. Sete estudos preencheram os critérios de inclusão, sendo elegíveis para a revisão sistemática, totalizando 477 pacientes. As intervenções estudadas foram biofeedback eletromiográfico (EMG) (n= 2), estimulação elétrica nervosa transcutânea TENS (n= 1), estimulação transcraniana por corrente contínua (TDSC) (n= 1), onda de choque de baixa intensidade (LISWT) (n= 1), tratamento fisioterapêutico (n= 1) e exercício do assoalho pélvico mais modificações comportamentais (n= 1). Dos sete estudos incluídos, todos avaliaram a redução da dor, cinco avaliaram a função sexual e dois avaliaram a qualidade de vida. Todas as intervenções foram eficazes para os principais resultados, apenas a intervenção TDSC não teve diferença significativa quando comparada ao grupo placebo (Sham). Três estudos apresentaram alto risco de viés devido principalmente à falta de cegamento. As intervenções estudadas (biofeedback eletromiográfico, TENS, ondas de choque, fisioterapia e exercícios do assoalho pélvico) parecem melhorar a dor, a função sexual e a qualidade de vida. No entanto, a heterogeneidade dos estudos impediu a realização da metanálise. Registro no PROSPERO: CRD42023394207.Dissertação Caracterização do perfil Th1, Th2 E Th17 em mulheres com infertilidade submetidas à fertilização in vitro antes e após protocolo de estimulação ovariana(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-10-30) Martins, Marcela Queiroz Lopes de Melo; Freitas, Janaina Cristiana de Oliveira Crispim; https://orcid.org/0000-0002-1344-0078; http://lattes.cnpq.br/2644540835478572; http://lattes.cnpq.br/5544212725472459; Lanza, Daniel Carlos Ferreira; Lovato, Juliana MeolaA busca por biomarcadores que tenham um valor preditivo e prognóstico na fisiopatologia do processo de infertilidade conjugal é um dos objetivos no campo de estudo da imunobiologia reprodutiva. Sabe-se que moléculas imunoregulatórias e a expressão de mediadores pró/anti-inflamatórios têm uma contribuição na medicina reprodutiva. No entanto, o papel dessas moléculas na fisiopatogênese da infertilidade ainda é desconhecido. Este trabalho tem como objetivo avaliar a expressão proteica do eixo de citocinas das respostas Th1, Th2 e Th17 em mulheres que apresentam quadro de infertilidade antes e após protocolo de estimulação ovariana. Foi realizado um estudo do tipo coorte prospectivo com 20 mulheres seguidas pelo ambulatório de reprodução assistida no período de setembro de 2021 a setembro de 2022 em um Hospital Universitário. Como critério de inclusão, selecionou-se mulheres maiores de 18 anos com diagnóstico de infertilidade por diferentes etiologias com indicação clínica para o tratamento de Fertilização in vitro (FIV). Foram excluídas do estudo mulheres com doenças autoimunes, imunodeficiências, doenças crônicas e síndromes genéticas ligadas aos cromossomos sexuais. Para quantificação de citocinas foram coletados 4ml de sangue total por punção venosa utilizando a técnica de citometria de fluxo. A coleta sanguínea foi realizada em dois diferentes momentos: Tempo 0 : Antes do início do protocolo de estimulação ovariana (sem medicação) e no tempo 1: No dia da punção ovariana para coleta de oócitos (após medicação para estimulação ovariana). Para análise estatística foi realizada a correlação de Spearman com valores p<0,05. Observou-se uma correlação negativa entre a taxa de fertilização e a produção de TNF-α (p0,041) e entre IL6 e taxa de gravidez, independente da resposta Th17. Nesse contexto, observamos uma modulação da resposta pró-inflamatória (ativação da resposta imune inata) nas mulheres com infertilidade.Dissertação Associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o perfil glicêmico de mulheres com diabetes mellitus gestacional e glicemia neonatal de seus recém-nascidos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-11-29) Silva, Amanda Gabriela Araújo da; Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro; Dametto, Juliana Fernandes dos Santos; https://orcid.org/0000-0002-2251-5967; http://lattes.cnpq.br/5658288179573297; http://lattes.cnpq.br/1178419445401490; Bezerra, Danielle Soares; Rauber, FernandaO alto consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) tem provocado efeitos desfavoráveis na saúde da população e na qualidade nutricional da dieta, porém, ainda são escassos estudos que avaliam o impacto desse consumo em desfechos metabólicos dos pares mãe-filho na Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a associação do consumo de AUP com o perfil glicêmico de mulheres com DMG e com a glicemia de seus recém-nascidos. O estudo foi observacional, longitudinal, prospectivo, do tipo coorte, realizado com mulheres com diagnóstico de DMG e seus recém-nascidos. A coleta de dados aconteceu em no mínimo dois momentos durante a assistência pré-natal (durante o 2º e 3º trimestre de gestação) e no pós-parto imediato. A avaliação do consumo alimentar foi realizada segundo a classificação Nova, sendo os pares agrupados segundo tercis de contribuição energética de AUP na dieta. O perfil glicêmico foi avaliado pela glicemia de jejum, automonitoramento da glicemia capilar (jejum, uma hora após desjejum, uma hora após almoço e uma hora após jantar) em gestantes, e segundo glicemia capilar de seus neonatos nas primeiras 48 horas de vida. Análises de regressão logística binária foram realizadas para avaliar a relação do aumento da participação de AUP considerando o tercil mais alto de consumo de AUP como categoria de referência, no controle da glicemia de mulheres com DMG nos tempos da pesquisa e da ocorrência de hipoglicemia nos seus neonatos (<50 mg/dL). Participaram do estudo 94 pares, cujo consumo médio calórico das mulheres foi de 1.936 Kcal (1228 – 3124 Kcal), com 15% da energia total diária proveniente dos AUP. Quanto ao perfil glicêmico, 33,3% (n=30) e 52,3% (n=45) delas apresentaram hiperglicemia no segundo e no terceiro trimestre de gestação, respectivamente. Observou-se que o consumo de AUP não teve associação significativa com o controle glicêmico materno, porém mostrou associação positiva com a ocorrência de hipoglicemia neonatal (OR: 1,14; IC95%:1,037-1,262; p=0,007). Assim, os dados sugerem que o consumo materno de AUP pode se relacionar com a ocorrência de hipoglicemia neonatal em recém-nascidos de gestantes com DMG, reforçando a inclusão das diretrizes para promoção da alimentação saudável na gestação nos protocolos de assistência nutricional para gestantes com DMG.Dissertação Uso do ácido acetilsalicílico, expressão de marcadores da pré-eclâmpsia e doppler de artérias uterinas no segundo trimestre gestacional(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-28) Germano, Bianca Caroline da Cunha; Cobucci, Ricardo Ney Oliveira; http://lattes.cnpq.br/8970010132009648; Ururahy, Marcela Abbott Galvão; https://orcid.org/0000-0003-0229-9416; http://lattes.cnpq.br/8016222352823817; Ramos, Deyla MouraA pré-eclâmpsia (PE) ocorre na gestação com hipertensão e proteinúria, ou falha em órgãos-alvo e está associada com morbimortalidade materna e fetal. Entre os fatores de riscos para a PE está a obesidade materna. Na fisiopatologia ocorre uma disfunção inflamatória vascular e placentária, alterando marcadores séricos e biofísicos. O Ácido Acetil Salicílico (AAS) pode prevenir a doença, reduzindo o processo inflamatório. O objetivo do estudo foi analisar, em gestantes no segundo trimestre gestacional, se o uso do AAS interfere no doppler das artérias uterinas e nos marcadores séricos da PE, e observar como eles se comportam em gestantes obesas. Este foi um estudo transversal, envolvendo 71 gestantes entre 20 e 24 semanas e 06 dias de gestação, recrutadas em dois municípios do Rio Grande do Norte entre dezembro de 2022 e outubro de 2023. Aplicou-se questionários para caracterização da população; realização de ultrassonografia morfológica do 2º trimestre com avaliação do doppler das artérias uterinas e medição de níveis séricos de PlGF (do inglês: Placental Growth Factor). Os dados foram tabulados no SPSS (Statistical Package for the Social Sciences – versão 4.2.2) para realização de análise descritiva, teste de Shapiro-wilk e correlação de Spearman. Adotou-se nível de p < 0,05 de significância estatística. O índice de massa corporal (IMC) médio da amostra foi de 31,02. Trinta e oito grávidas confirmaram uso do AAS e nesse grupo os valores do índice de pulsatibilidade (IP) médio das artérias uterinas foi de 1,03 e do PlGF 307,80, e naquelas que não utilizaram, os valores foram de 0,95 e 325,3, respectivamente. Nesse estudo, usar AAS não contribuiu para redução do IP das artérias uterinas e não houve diferença significativa da média do PIGF. Maiores estudos são importantes para confirmarem esses resultados.Dissertação Análise eletromiográfica da função dos músculos do assoalho pélvico de gestantes pós-mobilidade pélvica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-03-13) Smith, Verônica Laryssa; Cobucci, Ricardo Ney Oliveira; http://lattes.cnpq.br/6641915180697564; http://lattes.cnpq.br/3766719275017117; Pereira, Silvana Alves; https://orcid.org/0000-0002-6226-2837; http://lattes.cnpq.br/3640379319601363; Varella, Larissa Ramalho DantasCompreender a intrincada relação entre a gravidez e o pavimento pélvico é crucial para gerir possíveis problemas relacionados com a disfunção do assoalho pélvico durante e após a gravidez. Os cuidados pré-natais adequados, incluindo exercícios e intervenções para apoiar a saúde da pelve, podem ajudar a mitigar complicações e promover o bem-estar geral das grávidas. O objetivo dessa série de casos foi analisar a função dos músculos do assoalho pélvico de gestantes após exercícios de mobilidade pélvica através da eletromiografia de superfície (EMG). A metodologia foi de um estudo observacional transversal, do tipo série de casos, que avaliou sete (7) gestantes no terceiro trimestre gestacional. A coleta de dados consistiu na avaliação funcional do assoalho pélvico através da eletromiografia de superfície, com o seguinte protocolo: trinta segundos de repouso para o registro da atividade basal, três contrações voluntárias máximas mantidas por dois segundos, com intervalo de um minuto entre cada uma e três contrações sustentadas, mantidas por seis segundos, com intervalo de um minuto entre cada uma. Após a avaliação foram realizados exercícios pélvicos de inclinação lateral do quadril, antero e retroversão pélvica e circundução e, posteriormente, todas foram reavaliadas pela EMG seguindo o mesmo protocolo da avaliação. Os dados coletados foram analisados utilizando o software SPSS, na versão 13.0. Os resultados indicaram melhora significativa na contração voluntária máxima, na variável média ajustada (p 0.040). Nos demais parâmetros avaliados, apesar de não haver diferença estatística significativa, os valores encontrados podem indicar melhora na funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico após exercício de movimentação pélvica. O exercício pélvico aplicado nessa série de casos provocou modificações a curto prazo em todas as variáveis avaliadas no grupo estudado, considerando a resposta mioelétrica e a funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico em gestantes no terceiro trimestre. Estudos com amostra maior e maior nível de evidência são necessários para confirmação desses resultados.Dissertação Avaliação da molécula de checkpoint HLA-G e da resposta Th1, Th2 E Th17 em mulheres com infertilidade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-10-23) Barreto, Arlen Cabral; Freitas, Janaina Cristiana de Oliveira Crispim; Aguiar, Carolina de Oliveira Mendes; https://orcid.org/0000-0002-1344-0078; http://lattes.cnpq.br/2644540835478572; http://lattes.cnpq.br/7666233529800106; Soares Júnior, José Maria; Ururahy, Marcela Abbott GalvãoA busca por biomarcadores que tenham um valor preditivo e prognóstico na fisiopatologia do processo de infertilidade entre casais é um dos objetivos no campo de estudo da imunologia reprodutiva. Sabe-se que moléculas imunoregulatórias e a expressão de mediadores pró e anti-inflamatórios têm uma contribuição na medicina reprodutiva. Entretanto, o papel dessas moléculas na infertilidade ainda não é totalmente conhecido. Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo avaliar a expressão da molécula checkpoint HLA-G e os níveis de citocinas do perfil Th1, Th2 e Th17 no soro e no Fluido Folicular (FF) em mulheres inférteis submetidas à Fertilização in vitro (FIV). Neste estudo foram incluídas 75 mulheres que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e, posteriormente, foram estratificadas em dois grupos. O grupo FIV (n=38) foi composto por mulheres submetidas à FIV recrutadas no Centro de Reprodução Assistida (CRA) de um hospital de ensino. O grupo controle (n=36) foi formado por mulheres que apresentaram pelo menos uma gestação com nascido vivo. A molécula HLA-G foi quantificada no sangue periférico de todas as participantes do estudo utilizando anticorpo anti-HLA-G conjugado com PE e a quantificação de citocinas foi realizada no soro e no FF das participantes através do kit Cytokine Bead Assay. Em ambos os testes, foi utilizada a citometria de fluxo como técnica de quantificação. Como resultado, houve menor expressão de HLA-G nos linfócitos (p=0.0001) e granulócitos (p= 0.0191) do grupo FIV em relação ao grupo controle. Além disso, linfócitos HLA-G+ apresentaram correlação com a taxa de fertilização (p=0.0359). Com relação as citocinas, houve uma maior quantidade de IL-2 (p=0.0012), IL-17A (p=0.0022), IL-6 (p=0.0008), IL-10 (p=0.0004) e IL-4 (p=0.0019) no soro das pacientes do grupo FIV quando comparado ao grupo controle, bem como uma maior quantidade de IL-17A (p=0.0002), IL-6 (p=<0.0001), IL-10 (p=<0.0001) no FF em relação ao soro no grupo das mulheres inférteis submetidas à FIV. Esses resultados indicam importante papel dessas moléculas na imunomodulação no contexto da infertilidade. Este é o primeiro trabalho descrito associando o perfil de resposta Th1, Th2 e Th17 e a molécula HLA-G em diferentes condições de infertilidade no cenário da FIV.Dissertação Perfil sociodemográfico de gestantes com diabetes e sua relação com mecanismos de morte celular(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-10-25) Neves, Maria Carolina Dantas Campelo; Salha, Daniella Regina Arantes Martins; Aguiar, Carolina de Oliveira Mendes; http://lattes.cnpq.br/3980490175965712; https://orcid.org/0000-0002-1350-5919; http://lattes.cnpq.br/3695151190501921; https://orcid.org/0000-0003-2509-1685; http://lattes.cnpq.br/4741467832748483; Kluczynik, Caroline Evelin Nascimento; Bacellar, Maria Olivia Amado RamosIntrodução: O período gestacional é marcado por alterações fisiológicas complexas que buscam atender as demandas entre mãe-bebê. Uma gestação acompanhada por Diabetes Mellitus potencializa o estresse oxidativo mediado pela resposta inflamatória que culmina com a produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio, gerando um desequilíbrio materno e placentário ocasionando danos celualres. Objetivo: Analisar o perfil sociodemográfico e de morte celular junto ao processo inflamatório do Diabetes Mellitus na gestação. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo observacional e descritivo, de abordagem quantitativa, operacionalizado em duas etapas: estudo transversal e estudo caso-controle. No primeiro, 240 gestantes diabéticas e 12 não diabéticas foram caracterizadas sociodemograficamente. No segundo, dentre as 240 gestantes diabéticas, 23 destas e 12 gestantes sem comorbidades tiveram amostras de sangue total coletadas para análise do perfil de morte celular por citometria de fluxo, nas populações de linfócitos, monócitos e granulócitos de sangue total, por meio da marcação com anexina V FIT-C e/ou Iodeto de Propídio. Resultados: Da população estudada, 46,25% estavam na faixa de 30 a 39 anos, 57,08% eram pardas, 50% tinham renda salarial ≤ 01 salário mínimo, 57,08% possuíam ensino médio. Quanto a moradia, 62,92% das gestantes residiam em zonas interioranas; 65,83% possuíam saneamento, 97,92% tinham energia elétrica e 71,25% viviam em ruas pavimentadas. Clinicamente, 67,74% das grávidas não perceberam sintomas do diabetes antes do diagnóstico, 77,41% foram diagnosticadas na gestação, 57,14% possuíam histórico familiar de diabetes e 67,86% apresentavam histórico familiar de hipertensão. Quanto ao quadro de diabetes, dentre as 240 gestantes estudadas, 79,17%, 5,83% e 15,00% apresentavam Diabetes Gestacional, Diabetes Mellitus tipo 1 e Diabetes Mellitus tipo 2, respectivamente. A análise celular mostrou maior viabilidade celular em linfócitos e granulócitos na população controle (p=0.001) do que nas gestantes com diabetes mellitus gestacional (p=0.04) e nas gestantes com Diabetes tipo 1 e 2 (p=0.04). Ainda, observou-se diferença significativa quanto ao grau de apoptose recente e tardia, na população linfocitária de gestantes com Diabetes Gestacional e controle (p=0.006). Da mesma forma, houve diferença estatística comparando os mesmos estágios celulares no grupo de gestantes com Diabetes tipo 1 e 2 com o grupo controle (p=0.03). A necrose foi mais significativa no grupo controle (p=0.03). Já na população de monócitos não foi observado diferença significativa entre os grupos de gestantes analisados. A idade gestacional das participantes estava entre 12ª e 38ª semanas com nível de apoptose presente em todas elas. Considerações finais: Quase metade das gestantes tinham idade acima de 32 anos, idade em que se deve levar em consideração os riscos de uma gestação como a pré-eclâmpsia e outros fatores agravantes, contudo, é possível ter uma gestação saudável nesta idade, atentando aos cuidados necessários. A viabilidade celular de linfócitos e granulócitos foi melhor identificada no grupo de mulheres sem Diabetes (grupo controle). Entre os grupos de mulheres apenas com Diabetes Mellitus Gestacional e o grupo de mulheres com diabetes tipo 1 ou 2 não foi observada diferença no nível de apoptose sugerindo que, independentemente do tipo de diabetes, a gestante sofreu perda celular durante a gravidez, evidenciando que o Diabetes, especialmente o gestacional, pode aumentar o nível de estresse oxidativo e inflamação ocasionando apoptose excessiva, gerando danos para mães e bebês.Dissertação Impacto do consumo de alimentos ultraprocessados em desfechos de peso de mulheres com Diabetes Mellitus Gestacional e seus neonatos: um estudo de coorte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-10-30) Araújo, Maria Elionês de Oliveira; Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro; https://orcid.org/0000-0002-2251-5967; http://lattes.cnpq.br/5658288179573297; https://orcid.org/0000-0002-6741-0587; http://lattes.cnpq.br/5234000182942143; Dametto, Juliana Fernandes dos Santos; Saunders, CláudiaEmbora a literatura apresente as consequências negativas à saúde do consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) em relação à adiposidade e desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, ainda há uma escassez de estudos que avaliem o impacto deste consumo durante o período gestacional, sobretudo nos desfechos obstétricos e perinatais de mulheres com gestação de alto risco. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre o consumo de AUP e os desfechos de peso de mulheres com Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) e seus neonatos. Trata-se de um estudo observacional, do tipo coorte prospectivo, realizado com 140 mulheres diagnosticadas com DMG e seus neonatos, atendidos na Maternidade Escola Januário Cicco, em Natal, Brasil. O estudo apresentou uma média de 25 semanas de duração, sendo realizadas três coletas: a primeira coleta no final do primeiro ou durante o segundo trimestre gestacional (T1- Tempo 1), a segunda no terceiro trimestre (T2- Tempo 2) e a terceira no pós-parto imediato (T3- Tempo 3). A coleta de dados contemplou características sociodemográficas, dados clínicos e obstétricos, dados antropométricos e consumo alimentar. O consumo alimentar foi obtido por Recordatório 24h e os alimentos categorizados de acordo com a classificação Nova. Os desfechos de peso no binômio mãe-filho foram avaliados por trajetória de ganho de peso gestacional (GPG) no T1 e T2, GPG final (T3) e avaliação de peso ao nascer para idade gestacional. Os binômios mãe-filho foram agrupados segundo tercis de consumo de AUP em gramas. Foram analisados os resultados dos modelos na regressão linear múltipla e dos modelos lineares generalizados com ajuste de Poisson para averiguar a associação entre o consumo de AUP em gramas e os desfechos de peso maternos e neonatais, com ajustes de variáveis de confundimento. O nível de significância atribuído nos testes utilizados foi p<0,05. O consumo energético foi 1960,72 (±460,74) calorias, sendo a contribuição de AUP de 17,95% (IC 95% = 16,24- 19,66), com ingestão correspondente a 131,43 (IQR = 90,50- 200,11) gramas por dia. A maioria das mulheres iniciou a gestação com obesidade (57,10%). O GPG do T1 e T2 representaram um ganho cumulativo rápido em 57,10% e 47,60% das gestantes, respectivamente. O GPG final (T3) foi correspondente a 6,86 (±6,78) kg, tendo a maioria das mulheres apresentado alto GPG (50,70%). Quanto aos neonatos, a média de peso ao nascer foi 3133,17 (±466,29) gramas, sendo a maioria classificado com peso ao nascer adequado (91,10%). Os modelos de regressão linear múltipla demonstraram uma relação positiva entre uma maior participação de AUP em gramas na dieta das gestantes com o GPG cumulativo e final (β = 0,014; p = 0,002 e β = 0,015; p =-0,023, no T1 e T3, respectivamente). Os modelos lineares generalizados com ajuste de Poisson demonstraram que o aumento do tercil de consumo de AUP em gramas representou maior risco para o nascimento com peso elevado para idade (RR = 3,424; IC95% = 1,068- 10,974; p = 0,038). Concluindo, os resultados do presente estudo foram sensíveis para inferir que o consumo de AUP impacta no GPG das mulheres com DMG estudadas e de seus neonatos, sendo importante desestimular uma alimentação composta por AUP nessa fase.