Navegando por Autor "Brumatti, Paula Normandia Moreira"
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Tese Diário de bordo: diálogos sobre turismo, áreas naturais protegidas e povos originários a partir da vivência no território indígena Eleotérios do Catu/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-09-25) Justino, Ana Neri da Paz; Nóbrega, Wilker Ricardo de Mendonça; https://orcid.org/0000-0002-1628-3493; http://lattes.cnpq.br/0025142529544906; https://orcid.org/0000-0001-7251-7939; http://lattes.cnpq.br/5671564213704591; Ferreira, Flávio Rodrigo Freire; Rezende Filho, Mozart Fazito; https://orcid.org/0000-0002-7528-6619; http://lattes.cnpq.br/1500119299281914; Brumatti, Paula Normandia Moreira; Figueiredo, Silvio José de LimaCompreender o turismo como dinâmico e complexo leva a assumir a interdisciplinaridade como um caminho para inferências ampliadas a respeito deste enquanto fenômeno social. Assumir estas questões significa refletir sobre uma epistemologia do turismo que se faça transfronteiriça deslizando seu entendimento a partir das contingências que formam os discursos por meio da posição dos sujeitos. Analisar a prática social discursiva presente na interseção turismo, áreas naturais protegidas e povos originários a partir da compreensão de elementos advindos da emergência dos processos de resistência e etnogênese no território indígena Eleotérios do Catu/RN/Brasil é o objetivo deste trabalho. A inspiração foucaultiana se apresenta como lente para observar tal realidade tomando como mote para uma abordagem analítica processual localizada nos estudos críticos em turismo. Os caminhos investigativos trilhados se dão a partir de um percurso metodológico que não se fez estanque ao longo do processo. Este incorpora análise documental de fontes primárias e secundárias. Às primeiras se atém às informações institucionais atreladas às temáticas analisadas. Às segundas, a partir da Revisão Narrativa da Literatura (RNL) e da Revisão Sistemática da Literatura (RSL). Considerando o campo empírico de observação, as estratégias assumidas foram a observação participante, a realização de entrevistas semiestruturadas com residentes e por meio de um grupo focal com visitantes. Tais etapas se utilizaram da etnografia fílmica como mecanismo de compreensão, bem como, de plataformas remotas de interação social. Além disso, também foi possível o registro de diálogos informais com representantes do Estado tanto por meio de aplicativos de mensagens quanto a partir de visitas aos órgãos, juntamente com solicitações institucionais via ofícios expedidos pelo Programa de Pós-Graduação em Turismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PPGTUR/UFRN). Os resultados demonstram que compreender a prática social discursiva no Território Eleóterios do Catu leva a perceber o processo de retomada e etnogênese presente naquele território situando os discursos na perspectiva política da resistência dos povos originários. Isso faz com as características da recepção de visitantes ali realizada configurem-se como mais uma estratégia de autoafirmação e autorreconhecimento do povo que habita o território. Assim, articular o saber/fazer de práticas turísticas e recreativas entre os Potiguaras do Katu remete à compreensão do processo de colonização europeia e das invisibilidades dele resultantes. Isso precisa dialogar com outra realidade implicada na prática discursiva do território, o fato dele estar inserido no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) como parte da Área de Proteção Ambiental Piquiri-Una (APAPU) o que demanda a observância aos dispositivos de regulação ali localizados. Estes muitas vezes podem ainda trazer elementos do discurso hegemônico de conservação da natureza do século XX que desconsidera a voz das populações residentes, de modo que incorporar a voz dos povos originários no processo decisório da gestão de tais espaços é o que se espera da relações homem-natureza no século XXI. É nisso que reside o diário de bordo ora apresentado, uma discussão que reflete acerca da necessidade de diálogo entre áreas naturais protegidas e povos originários para melhor pensar/fazer o planejamento e gestão do turismo, cuja apresentação se dará em formato multi-paper, por meio de quatro capítulos que dialogam entre si.Tese O espelho das concessões turísticas em Parques Nacionais do Brasil: uma perspectiva sobre vulnerabilidades(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-08-28) Brumatti, Paula Normandia Moreira; Sonaglio, Kerlei Eniele; Nobrega, Wilker Ricardo de Mendonça; ; http://lattes.cnpq.br/0025142529544906; ; http://lattes.cnpq.br/1823313556538300; ; http://lattes.cnpq.br/8162160743491260; García, Fernando Almeida; ; http://lattes.cnpq.br/1356377667591954; Tasso, João Paulo Faria; ; http://lattes.cnpq.br/8501815511514126; Nascimento, Marcos Antônio Leite do; ; http://lattes.cnpq.br/5356037408083015Diante da problemática socioambiental, as áreas naturais protegidas (ANPs) evoluem para uma condição sine qua non de desenvolvimento socioeconômico da sociedade contemporânea, que sob o paradigma da sustentabilidade, assume o turismo como um instrumento de conservação, considerando o seu potencial para a geração de benefícios econômicos e sociais e de valorização do patrimônio ambiental e cultural. As concessões turísticas em ANPs, como arranjo institucional, emergem como alternativa para o aproveitamento deste potencial e democratização dos benefícios, que desenvolvidas em diferentes contextos políticos e institucionais, na prática, apresentam uma série de limitações enquanto ferramenta para o desenvolvimento sustentável. Presumindo que as concessões se desenvolvem sob uma perspectiva de conservação ambiental neoliberal e de suas contradições, esta pesquisa busca entender como o contexto político-institucional de concessões turísticas em parques nacionais do Brasil pode inferir na vulnerabilidade do sistema turístico nas ANPs. A partir de uma análise teórica-conceitual e empírica, sob uma abordagem qualitativa de métodos, esta pesquisa buscou responder: a que se refere a vulnerabilidade do sistema turístico em ANPs e quais seus elementos e fatores fundamentais? Quais os fatores de agravamento da vulnerabilidade? Qual a base política, regulatória e ideológica que estrutura as concessões turísticas em parques nacionais do Brasil? Quais são as suas principais respostas, limitações e lacunas e como estes elementos se relacionam às vulnerabilidades do sistema turístico em ANPs? Identificou-se que as principais limitações da política se referem às dificuldades de concretizar ações em prol da conservação efetiva das UC e para o empoderamento social, assim como avaliar satisfatoriamente a qualidade dos serviços e as reais implicações ambientais e sociais do uso público. Tais limitações se devem, principalmente, pelas carências de suporte público que fragilizam a capacidade institucional, de dificuldades de gestão e monitoramento das concessões e a falta de comprometimento das organizações privadas. Por sua vez estas fragilidades se relacionam ao contexto histórico, político e institucional de evolução da política, alinhado aos princípios da conservação neoliberal. Assumindo que a vulnerabilidade do sistema turístico em ANPs representa a condição que potencializa a sua susceptibilidade à danos, bem como limita a sua capacidade em atrair visitantes e atender às necessidades da cadeia produtiva do turismo, incluindo todos os atores sociais, e da conservação ambiental; como produto de um conjunto de fatores políticos, institucionais, econômicos, histórico-culturais, sociais e ambientais; entende-se que as limitações das concessões representam fatores de agravamento das vulnerabilidades do turismo em UC, que por sua vez, é influenciada pelo contexto de conflitos das agendas políticas ambientais governamentais alinhadas à perspectiva neoliberal de conservação.TCC Política pública e gestão de crises: uma análise das ações da arena turística no litoral do município de Tibau do Sul (Pipa), RN/Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-09) Lelis, Francisco Thalys Guimarães; Nóbrega, Wilker Ricardo de Mendonça; https://orcid.org/0000-0002-1628-3493; http://lattes.cnpq.br/0025142529544906; http://lattes.cnpq.br/2624629244406560; Brumatti, Paula Normandia Moreira; http://lattes.cnpq.br/8162160743491260; Fonseca, Itamara Lúcia da; http://lattes.cnpq.br/5729671932630585No fim dos anos 2000, ocorreu uma audiência pública em Pipa, comentando sobre o Chapadão de Pipa, acerca dos empreendimentos que queriam ocupar a área. Esse não foi o primeiro ato/ação da população em prol de intervenções benéficas ao município, e muito menos isentaram as posteriores. Contudo, essa ação configurou-se como um gerenciamento de riscos. Quando não tratado, um risco torna-se uma crise, que pode ser dividida em três etapas: “précrise”, “crise” e “pós-crise”. A pesquisa acerca do gerenciamento de crises, atrelado ao planejamento turístico, tem como objetivo entender o papel da arena política no processo de gerenciamento de crise na área turística do litoral de Tibau do Sul, RN, Brasil. A metodologia escolhida baseou-se nas teorias de gestão de crises, planejamento turístico, políticas públicas e sustentabilidade. O projeto foi feito em três fases: (1) a formulação da base teórica e metodológica, assim como o levantamento de ações (privadas e públicas) e conteúdo midiático voltado às crises. Na segunda fase, foram coletados os dados primários, a partir de entrevistas semiestruturados com questões abertas, por meio das teorias analisadas no primeiro momento e direcionada aos atores da arena política e turística do lócus de estudo, e na última fase, se cruzaram os dados para se obter os resultados. Baseando-se em todos os elementos mencionados, nota-se que as crises e riscos descritos direcionam ações de intervenção por meio da sociedade civil organizada, como um dos principais impulsionadores.Dissertação Resiliência e turismo: o papel da Defesa Civil na gestão de riscos de desastres que envolvem a atividade turística nas áreas de falésias de Tibau do Sul/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-02-17) Câmara, Ana Raquel Amorim da; Sonaglio, Kerlei Eniele; http://lattes.cnpq.br/6111710228546569; Nóbrega, Wilker Ricardo de Mendonça; https://orcid.org/0000-0002-1628-3493; http://lattes.cnpq.br/0025142529544906; Brumatti, Paula Normandia MoreiraO Guia para Construção de Cidades Resilientes desenvolvido pela UNISDR (Escritório Internacional das Nações Unidas para Redução de Desastres) recomenda o engajamento de gestores e da comunidade na gestão de riscos e na redução de desastres. A Organização das Nações Unidas, a partir desse documento, orienta medidas visando contribuir para a formação de uma cultura resiliente. A gestão de riscos de desastres nas falésias de Tibau do Sul/RN é uma das atribuições da Defesa Civil em conjunto com uma gama de órgãos públicos e privados. As ações de proteção e defesa civil que envolvem a gestão de riscos consiste no planejamento e na execução de ações de prevenção e mitigação para evitar danos sociais, econômicos e ambientais. Constata-se, a partir da pesquisa, que a especulação imobiliária e a atividade turística desordenadas nas áreas de falésias favorece a ocorrência de acidentes e desastres, que já se evidenciam ao longo dos últimos anos. Sob esse cenário, os gestores locais, a comunidade e os profissionais que atuam na atividade turística do município podem somar esforços para tornar a Praia da Pipa um destino resiliente, seguindo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos na Agenda 2030. Este estudo propõe compreender a relação entre as ações da Defesa Civil e a redução de riscos de desastres para turistas nas áreas de falésias de Tibau do Sul/RN. Para tanto, são identificados os obstáculos para o desenvolvimento de uma cultura resiliente na comunidade local, relacionados os riscos identificados em áreas de falésias com os pressupostos sugeridos no Guia para Construção de Cidades Resilientes da UNISDR e compreendidas quais as ações que estão sob a competência da Defesa Civil que podem fortalecer o turismo na região. Por tratar-se de um estudo acadêmico, fundamenta-se numa pesquisa bibliográfica e documental, do tipo exploratória, sob abordagem qualitativa e com uso dos métodos de análise documental disponibilizados por órgãos públicos. Esta investigação contribui gerando subsídios para o conhecimento sobre a gestão de riscos de desastres sob a ótica do turismo, incentivando novos pesquisadores e profissionais da área para acrescentarem outras discussões que se fazem a partir das temáticas de turismo, resiliência, proteção e defesa civil.Tese Turismo e gestão de crise em áreas costeiras: uma análise a partir da articulação dos atores locais do destino de Pipa, Tibau do Sul/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-20) Fonseca, Itamara Lúcia da; Nóbrega, Wilker Ricardo de Mendonça; https://orcid.org/0000-0002-1628-3493; http://lattes.cnpq.br/0025142529544906; https://orcid.org/0000-0002-9682-2716; http://lattes.cnpq.br/5729671932630585; Cândido, Gesinaldo Ataíde; Sonaglio, Kerlei Eniele; Brumatti, Paula Normandia Moreira; Marques Júnior, SérgioCrises são elementos intrínsecos aos ambientes globais relacionados à vida em sociedade, que a cada dia se tornam mais intensos e notáveis. Possuindo caráter plural, transfronteiriço e natureza interdisciplinar, essas se expressam no turismo por meio de acontecimentos e situações críticas, que ameaçam e redefinem a lógica dinâmica dos destinos, impondo aos diferentes atores envolvidos, a tarefa de assumir posicionamentos e estratégias que considerem a atuação social e política focada em processos específicos de gestão. Baseando-se em tais aspectos, e à luz de teorias que tratam a complexidade das crises, esta tese se concentrou em compreender como se articulam os atores envolvidos no contexto do turismo diante do desenvolvimento e ocorrência de crises. Tendo como universo de investigação o destino turístico de Pipa, Tibau do Sul (RN), e vertente de análise o campo socioambiental, a abordagem metodológica da pesquisa se pautou no seguinte conjunto de métodos de natureza qualitativa: 1) Revisão bibliográfica (técnica Proknowc); 2) Pesquisa de dados secundários (levantamento de notícias sobre o contexto turístico e ambiental, tendo como recorte temporal o período de 2000 a 2023, aplicado também na etapa 3); 3) Pesquisa documental (políticas públicas locais, projetos e iniciativas sociais); e 4) Entrevistas semiestruturadas e em profundidade (focadas em quatro grupos distintos de participantes, isto é, residentes, poder público local, setor privado e terceiro setor). A análise das informações obtidas, partiu da análise de conteúdo, onde foram utilizados os softwares Atlas Ti (versão 23 e 24) e Gephi (versão 0.10), bem como a análise do tipo descritiva. Os resultados da pesquisa, evidenciaram os seguintes cenários interligados: Pipa tem perdido sua essência e identidade original, de modo que a gestão do destino é deficitária em relação ao seu crescimento. Existe uma forte incompreensão da complexidade dos problemas locais, aspecto que reforça a exploração contínua e desmedida do espaço, secundarizando as necessidades do destino e seus atores. A gênese das crises locais, possui correlação direta com seu processo histórico, sendo identificados 12 tipos de crises internas tanto de natureza gradual como repentina. A articulação/colaboração entre os grupos investigados, ainda é significativamente limitada, expondo fragilidades de governança turística em contextos de crise. Por fim, constatou-se que apesar de haver ações pontuais de base preventiva, a forma como o destino lida com crises no turismo, constitui uma abordagem consideravelmente reativa, sendo apresentado como produto da tese, um modelo de classificação de crises turísticas, como ferramenta que pode auxiliar o desenvolvimento de processos de gestão de crise no destino de Pipa.