Navegando por Autor "Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de"
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Dissertação Avaliação de parâmetros relativos à assistência às pessoas com condições e doenças crônicas não transmissíveis, na atenção primária à saúde(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-09-28) Soares, Izabel Cristina dos Santos; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; Lima, Marcos Felipe Silva de; https://orcid.org/0000-0002-2196-6985; http://lattes.cnpq.br/7014490761333004; https://orcid.org/0000-0002-7664-4959; http://lattes.cnpq.br/6897910777769874; http://lattes.cnpq.br/1652319558640427; Oliveira, Luciane Paula Batista Araujo de; Reis, Erika Cardoso dosAs Condições e Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), dentre as quais se destacam o Diabetes Mellitus (DM), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Obesidade impactam significativamente no sistema de saúde, uma vez que representam, em conjunto, uma das principais causas de morbimortalidade no Brasil. Como ordenadora do cuidado e principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde, a Atenção Primária à Saúde (APS) deve estar bem estruturada para fornecer uma assistência integral, igualitária e longitudinal tendo em vista a multifatorialidade e complexidade envolvidas no manejo dessas condições. Nessa perspectiva, diversas orientações vêm sendo propostas pelo Ministério da Saúde, incluindo o delineamento de Linhas de Cuidado específicas para as principais DCNT. Assim, o principal objetivo do presente estudo foi investigar a assistência às pessoas com DM, HAS e Obesidade, na APS, a partir de indicadores baseados nos parâmetros assistenciais preconizados pelo Ministério da Saúde. Para tanto, foram coletados dados secundários do Sistema de Informação para a Atenção Básica no período de 2021 e 2022. Sendo assim, os resultados dos indicadores sobre a assistência à pessoa com DM foram tratados em mapas temáticos por estados brasileiros e macrorregiões. Já relativo à assistência da pessoa com HAS foram calculados a prevalência e chance de adequação dos indicadores e sua associação com o tipo de município brasileiro. Pertinente à obesidade, seguiu-se com a estimativa da razão de chance para que o desfecho da consulta fosse o encaminhamento para grupo, uma abordagem coletiva que faz parte do cuidado. Os resultados obtidos indicam fragilidades na assistência das DCNT em estudo, com diferenças quanto à adequação da assistência na APS a nível regional, estadual e municipal. Ressalta-se que indicadores criados no presente estudo, a partir de parâmetros como as Linhas de Cuidado dessas condições, têm grande potencial para auxiliar na análise situacional de estados e municípios, podendo contribuir para o delineamento de intervenções ajustadas à realidade local.Tese Comportamento alimentar e ansiedade em mulheres adultas jovens: situações semelhantes em diferentes contextos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-07-29) Freitas, Fernanda da Fonseca; Lopes, Fivia de Araújo; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; 00982166435; http://lattes.cnpq.br/6897910777769874; http://lattes.cnpq.br/2583445528542625; http://lattes.cnpq.br/6100035014265795; Hinnig, Patrícia de Fragas; http://lattes.cnpq.br/6022917266874228; Teixeira, Rachel Coêlho Ripardo; http://lattes.cnpq.br/7663300976857946; Vale, Sancha Helena de Lima; http://lattes.cnpq.br/9918303712320354; Shiramizu, Victor Kenji Medeiros; http://lattes.cnpq.br/7602946332771403Atuais condições de vida podem afetar negativamente a saúde mental e causar modificações na dieta e no comportamento alimentar. É importante destacar que a ansiedade e alterações no padrão alimentar também são sintomas atribuídos à fase lútea do ciclo menstrual. Essas situações que comprometem a saúde emocional geralmente estão associadas a uma propensão a desejar e consumir alimentos ―saborosos‖ com alto teor de açúcar, gordura e calorias, pois possivelmente tal padrão alimentar interage com as vias centrais de recompensa, ocasionando uma experiência agradável e reconfortante, regulando e reduzindo emoções negativas. O presente estudo se propôs investigar a ansiedade e os comportamentos alimentares alimentação emocional, restrição cognitiva, descontrole alimentar e de craving por alimentos doces, gordurosos e tradicionais em mulheres adultas jovens, considerando o uso de anticoncepcional oral, a presença de sintomas pré-menstruais e a pandemia da COVID-19. Com exceção da alimentação emocional, não se observou influência do uso do anticoncepcional oral sobre as demais variáveis. Também foi identificada diferença nas pontuações de ansiedade, craving por alimentos doces e alimentação emocional de acordo com a presença de sintomas pré-menstruais e, de modo geral, a pandemia impactou positivamente a ansiedade e o comportamento alimentar das participantes. Em conclusão, o presente estudo fornece informações novas e importantes sobre a complexidade dos fatores envolvidos na etiologia da ansiedade e nas variações dos comportamentos alimentares, alertando para a importância de estudar diferentes ambientes e diferentes contextos, pois estes podem gerar nas pessoas respostas distintas a situações semelhantes.Tese Comportamento de craving por alimentos em população brasileira(2016-04-29) Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; Yamamoto, Maria Emilia; Pedrosa, Lúcia de Fátima Campos; ; ; ; Castro, Felipe Nalon; ; Penaforte, Fernanda Rodrigues de Oliveira; ; Lopes, Fivia de Araujo; ; Falcão, Jorge Tarcisio da Rocha;O craving por alimentos pode ser definido como um desejo intenso de comer um tipo de alimento em particular. Trata-se de um comportamento bastante comum na população em geral. O presente trabalho se propôs a investigar o comportamento de craving por alimentos em população brasileira, validando questionários para este fim, além de pesquisar a relação do craving por alimentos com o estado de cromo no organismo. Como resultado, foi realizada a tradução, adaptação cultural e validação dos Food Cravings Questionnaire (State e Trait), da versão reduzida do dos Food Cravings Questionnaire-Trait e do Attitudes to Chocolate Questionnaire (ACQ), além do desenvolvimento e validação da versão brasileira do Food Craving Inventory. Foram identificadas influências do estágio de vida, sexo, adiposidade corporal e restrição dietética na ocorrência do craving por alimentos. Também foi encontrado que os indivíduos com níveis mais baixos de cromo plasmático apresentam maior craving por alimentos doces, o que foi concomitante a maior frequência de consumo deste tipo de comida e maior adiposidade corporal.Recurso Educacional Aberto Desafios encontrados durante a Amamentação: (Programa 30)(2024) Araújo, Maria Juliana da Silva Rocha; Desiderio, Bárbara Monique Alves; Batista, Mayra Shamara Silva; Severo, Ana Kalliny de Sousa; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; Guedes, Dimitri Taurino; Bay Junior, Osvaldo de GoesEste episódio teve como principal objetivo divulgar informações sobre o aleitamento materno para os ouvintes da rádio, abordando desafios enfrentados durante a amamentação, seus benefícios. Também foram falados sobre vários mitos relacionados ao ato de amamentar e de como isso pode prejudicar a amamentação. Outro ponto abordado foi a importância de discutir de forma ampliada, clara e honesta a experiência de não amamentar, especialmente quando isso ocorre por impossibilidade. Muitas mulheres enfrentam dificuldades que as impedem de amamentar e, diante disso, passam por um intenso sofrimento, pois a sociedade frequentemente associa a amamentação ao sucesso da maternidade. Ainda é pouco comum debater os desafios desse processo, e o fato de não conseguir amamentar costuma ser interpretado como uma falha, deslegitimando a vivência materna. Também foram compartilhadas dicas sobre formas corretas de amamentação para evitar a dor, além de informações sobre o Banco de Leite do Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB), maternidade localizada na cidade de Santa Cruz/RN, onde a convidada atua.Dissertação Descrição e estratificação dos serviços de saúde materna(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-04-16) Guedes, Brenda Lavinia Calixto dos Santos; Rolim, Ana Carine Arruda; https://orcid.org/0000-0002-0447-9683; http://lattes.cnpq.br/9471678445935347; https://orcid.org/0000-0002-7247-7727; http://lattes.cnpq.br/3199960407440813; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; https://orcid.org/0000-0002-7664-4959; http://lattes.cnpq.br/6897910777769874; Lopes, Ana Cristina Martins UchoaNo Brasil, apesar dos compromissos internacionais para melhorar a assistência materna e infantil, os desafios são significativos devido às grandes disparidades sociais e geográficas, especialmente no Nordeste. A falta de acesso à informação é uma das principais barreiras para melhorar a saúde materno-infantil nesta região. Com isso, o presente estudo buscou descrever e estratificar a estrutura organizativa e o potencial de oferta de serviços da Rede de Atenção Materna na V região de saúde do Estado do Rio Grande do Norte com base nos equipamentos e serviços disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), através de um estudo de caráter descritivo com análise do potencial de oferta de serviços de saúde materno- infantil da V região de saúde, no período de 2017 a 2021. Utilizando dados do referido período, identificou-se um aumento significativo no número de leitos de UTI e UTI intermediária na cidade sede da região. Santa Cruz, São Paulo do Potengi e Tangará foram os municípios com maior incidência de sífilis congênita, enquanto as taxas de mortalidade neonatal superaram as pós-neonatais em diversas localidades. Embora não tenham sido encontrados dados detalhados sobre mortalidade materna, em 2021 o Rio Grande do Norte registrou sua maior taxa. Esses resultados ressaltam a necessidade de uma análise aprofundada da estrutura da Rede Cegonha na região, enfatizando a importância da interdependência dos seus elementos para melhorar a eficácia dos serviços de saúde materno-infantil. Portanto, apesar de algumas lacunas de informação, os resultados da pesquisa fornecem uma compreensão da estrutura da Rede Cegonha na V região de saúde. Eles oferecem uma visão abrangente dos serviços, áreas de melhoria e mudanças nos indicadores ao longo do tempo. Essas informações são essenciais para decisões informadas visando a melhoria contínua da assistência à saúde materno-infantil na região.Dissertação Desenvolvimento de um questionário quantitativo de frequência alimentar para adultos no nordeste brasileiro(2018-07-27) Motta, Virginia Williane de Lima; Lyra, Clelia de Oliveira; Lima, Severina Carla Vieira Cunha; ; ; ; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; ; Crispim, Sandra Patrícia;Entre os diversos métodos de inquéritos alimentares destaca-se o Questionário de Frequência Alimentar (QFA), um instrumento comumente utilizado em estudos epidemiológicos, no intuito de avaliar a relação dieta e doença. Dado a importância da avaliação do consumo alimentar das populações para compreensão da relação exposição e desfecho, o trabalho propõe desenvolver um questionário quantitativo de frequência alimentar para identificar a frequência do consumo de alimentos considerados de proteção e risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). O desenvolvimento do QFA foi realizado com os microdados do módulo sobre consumo alimentar individual e dados dos moradores da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, em uma amostra da população do nordeste brasileiro entre 20 e 59 anos de idade (n=7.516). O banco de dados final contou com 421 alimentos. Estes itens alimentares foram utilizados para a construção das listas de alimentos, primeira etapa para o desenvolvimento do QFA. Para tanto, optouse pela metodologia de contribuição relativa do item, na qual foram identificados os itens alimentares com maior contribuição relativa para energia, macronutrientes, fibra, gordura saturada, gordura trans, sódio e potássio. Foi construída também uma lista para calorias. Para compor a lista de alimentos foram considerados aqueles responsáveis por até 90% de contribuição do nutriente, ou ainda aqueles que são considerados fontes de um dos nutrientes de interesse. A lista das calorias apontou um consumo de alimentos minimamente processados como arroz (11,41%) e feijão (8,44%) entre os principais contribuintes. Na lista da fibra se destacou a baixa variedade de consumo de frutas regionais, e a baixa presença de verduras e preparações contendo verduras. A fruta de maior contribuição foi a banana (2,14%) e apenas o item salada ou verdura crua (0,64%) apareceu na lista representando legumes e verduras. As listas de alimentos dos nutrientes foram utilizadas para a composição da lista final do QFA, que contou com 83 alimentos que foram agrupados segundo seu nível de processamento, de acordo com o sistema NOVA de classificação de alimentos em: in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários e alimentos processados, e alimentos ultraprocessados. Para o cálculo do tamanho das porções foram estabelecidos os percentis 25, 50, 75 e 95 para cada um dos alimentos da lista final. A unidade de tempo considerada foi o ano anterior. Ainda, foram elaboradas instruções, escritas por nutricionista, que apontam o adequado preenchimento do instrumento. Ao final do QFA, um total de cinco perguntas extras foram adicionadas. O desenvolvimento do QFA representa um avanço na área da epidemiologia nutricional regional, visto que a construção desse tipo de instrumento nessa região é um fato inédito, e levando em conta o novo panorama de debates sobre alimentação e nutrição, tem como inovação a classificação dos alimentos por seu tipo de processamento.Dissertação Efeito da estimulação transcraniana de corrente contínua (tDCS) em mulheres adultas com excesso de peso(2019-07-31) Figueirêdo, Heverton Araújo de Oliveira; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; Freitas, Rodrigo Pegado de Abreu; ; ; ; Fassini, Priscilia Giácomo; ; Souza, Jane Carla de;Introdução: A neuromodulação pela estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS), tem sido pesquisada enquanto possibilidade terapêutica para obesidade. Acredita-se que a tDCS possa atuar em áreas cognitivas relacionadas a comportamentos típicos da ingestão alimentar excessiva. Objetivo: Avaliar o efeito da tDCS ânodo sobre o córtex pré-frontal dorso lateral (CPFDL) direito, em mulheres adultas com excesso de peso. Metodologia: Tratou-se de um ensaio clínico randomizado, no qual 50 voluntárias, divididas em dois grupos (Ativo [n = 25] e Sham/Controle [n = 25]), participaram de 10 sessões da tDCS com um follow-up de 60 dias. O eletrodo ânodo (excitatório) foi colocado no CPFDL direito e, o cátodo (inibitório) foi posto sobre CPFDL esquerdo do couro cabeludo, correspondendo as posições F4 e F3 do sistema EEG 10-20, respectivamente. Foram avaliados os efeitos do tratamento sobre o comportamento alimentar (craving por alimentos, descontrole alimentar, alimentação emocional e restrição cognitiva); ingestão alimentar (calorias e macronutrientes); perfil emocional (ansiedade, depressão e estresse); e sobre variáveis antropométricas e de composição corporal (peso, Índice de Massa Corporal, Índice de Conicidade, circunferência da cintura, Razão Cintura-Estatura e percentual de gordura corporal). Resultados: A análise estatística indicou não haver diferença entre os grupos, no baseline, quanto as características sociodemográficas e clínicas. O modelo ANOVA mista de dois fatores indicou que não houve interação significativa entre tempo versus grupo para nenhuma das variáveis estudadas. O tratamento com tDCS foi bem tolerado e não foram identificados efeitos adversos nas participantes que completaram o protocolo. Conclusão: No presente estudo não foi verificado efeito da tDCS em mulheres com excesso de peso, no tocante ao comportamento e alimentar, perfil emocional ou variáveis antropométricas e de composição corporal. Nossos achados apontam para a necessidade de mais pesquisas com o tema, inclusive investigando outras possíveis áreas cerebrais a serem moduladas em pacientes com excesso de peso, bem como analisando fatores individuais que possam interferir nos resultados futuros.Dissertação Espaços públicos destinados à prática de atividade física na microrregião do Trairi Potiguar(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-03-31) Santos, Jéssyca Camila Carvalho; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; https://orcid.org/0000-0002-7664-4959; http://lattes.cnpq.br/6897910777769874; https://orcid.org/0000-0002-4360-7625; http://lattes.cnpq.br/7525514406031580; Magalhães, Adriana Gomes; http://lattes.cnpq.br/5918222264099117; Furukava, CamilaO incentivo à prática de atividade física é uma das principais estratégias utilizadas no enfrentamento às doenças e agravos crônicos não transmissíveis, principalmente em relação à obesidade, diabetes e hipertensão. Para além disso, a atividade física é um componente importante para qualidade de vida, para a saúde física e mental. No entanto, nem todos têm acesso a ambientes que oportunizem esta prática. Esta é uma realidade que precisa ser melhor avaliada e que, embora tenha contornos mais definidos em grandes centros urbanos, é relativamente pouco conhecida nas pequenas cidades. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar espaços públicos destinados à prática de atividade física na microrregião do Trairi Potiguar. Trata-se de um estudo transversal observacional descritivo que avaliou estruturas públicas destinadas à prática de atividade física nos 11 municípios que compõe a microrregião do Trairi, no estado do Rio Grande do Norte. Este território possui uma população estimada de 125.620 habitantes para 2021, o bioma predominante é a caatinga e o clima, o semiárido com longos períodos de seca. Incialmente foi realizado um levantamento das estruturas destinadas à prática de atividade física junto às Secretarias Municipais de Esportes ou pastas responsáveis e no momento das visitas aos municípios, através de informações coletadas com os moradores. Foram incluídas quadras/ginásios, parques destinados a caminhada, academias da saúde e praças. Assim, foram visitados in loco 79 locais, totalizando 98 estruturas, sendo avaliados aspectos relativos a repertório e qualidade de equipamentos disponibilizados, atributos de conforto ao usuário, estética, segurança, serviços e sombreamento dos espaços e equipamentos. A maioria das estruturas apresentou bom estado de conservação, assim como boas condições de limpeza, estética e segurança, bancos e iluminação de boa qualidade, entretanto os itens de conforto como banheiros, bebedouros, condições de sombreamento das estruturas, e acessibilidade requerem maior atenção. Espera-se que os resultados obtidos possam ser utilizados para melhorar o planejamento e acesso a equipamentos e iniciativas públicas voltadas para a prática de atividade física, nesta microrregião.Dissertação Fatores contextuais e psicossociais relacionados ao aleitamento materno(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-03-28) Pereira, Leonara Carla de Araújo; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; https://orcid.org/0000-0002-7664-4959; http://lattes.cnpq.br/6897910777769874; http://lattes.cnpq.br/2280922220792603; Silva, Catarine Santos da; https://orcid.org/0000-0002-2120-9730; http://lattes.cnpq.br/5420075210935645; Lima, Marilia de CarvalhoO aleitamento materno (AM), recomendado de forma exclusiva até os 6 meses, é uma prática complexa permeada por diversos fatores que podem contribuir de forma positiva ou negativa para sua continuidade. Para além de questões biológicas, fatores psicossociais e contextuais também influenciam no AM, configurando-se em aspectos a serem considerados no estudo deste tema, principalmente diante de índices tão baixos de aleitamento materno exclusivo (AME). Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar a relação entre o AME, fatores contextuais (urbanidade e região de residência), e psicossociais (locus de controle da saúde e suporte social recebido). Para tanto, o presente trabalho foi estruturado em dois estudos. No primeiro estudo, foram analisados dados secundários advindos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional sobre a prevalência de AME, por município brasileiro, de 2019 a 2021. As informações sobre região, tipologia municipal e grau de urbanização foram extraídas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A amostra final obtida foi de 223.764 crianças, distribuídas em 1603 municípios. A região nordeste apresentou associação com a prevalência de AME classificada como pobre/razoável (p<0,001). Houve associação entre alto grau de urbanização e taxa de AME do tipo bom/muito bom (p<0,026), e também entre tipologia urbana e prevalência de AME classificada como bom/muito bom (p<0,011). O segundo estudo foi realizado com puérperas no Hospital do Seridó (Caicó/RN). Durante a internação hospitalar, foi aplicada a Escala de Locus de Controle da Saúde e coletadas informações demográficas e de percepção sobre amamentação. A seguir, 30 dias após o parto, foram coletadas informações sobre o AM ao final do primeiro mês de vida, e aplicada a Escala Multidimensional de Suporte Social Percebido. A amostra final foi de 75 mulheres. Destas, 69,4% praticavam o AME durante o 1º mês. Nessas mulheres o apoio do tipo “material”, “emocional” e “interação social” foi significativamente maior e a pontuação na escala de locus de controle da saúde externo foi menor. Esse grupo de participantes também apresentou percepção mais positiva sobre a amamentação. Na regressão logística, o apoio material aumentou 1,03 vezes a probabilidade de AME no 1º mês, enquanto a pontuação no locus de controle de saúde externo diminuiu 0,55 vezes a probabilidade de AME no 1º mês. Os resultados obtidos nos dois estudos apontam para a necessidade de considerar os fatores contextuais e psicossociais ao se pensar em ações, políticas e estratégias envolvendo aleitamento materno.Dissertação Humanização na Atenção Primária à Saúde no contexto da pandemia de Covid-19(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-07-24) Arraes, José Diêgo Bezerra; Oliveira, Luciane Paula Batista Araújo de; Almeida Júnior, José Jailson de; http://lattes.cnpq.br/8768677759534396; https://orcid.org/0000-0003-1629-8991; http://lattes.cnpq.br/6856229797544372; http://lattes.cnpq.br/3867948347956001; Magalhães, Adriana Gomes; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; Lima, Gigliola Marcos Bernardo de; Cavalcante, Rosangela DinizIntrodução: A pandemia de COVID-19 tem evidenciado as potencialidades, mas também as fragilidades já existentes nos diversos níveis de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS). Na Atenção Primária à Saúde (APS), um dos desafios é o cumprimento dos seus atributos essenciais, contudo, surge também a preocupação acerca da efetivação dos diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH), quais sejam: acolhimento, ambiência, gestão participativa, defesa dos direitos dos usuários, valorização do trabalhador e clínica ampliada. Objetivo: Analisar o cumprimento das diretrizes da PNH na APS durante a pandemia de COVID-19, na visão do usuário. Métodos: Estudo de abordagem qualitativa, do tipo exploratório e descritivo, realizado com usuários atendidos pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município de Brejo Santo/CE. A pesquisa atende aos critérios da resolução n° 466/12 do Conselho Nacional de Saúde e foi apreciada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA)/Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), tendo obtido parecer favorável de nº 5.538.037/2022. A técnica de coleta foi entrevista do tipo semiestruturada, guiada por roteiro elaborado pela equipe de pesquisa. Foram incluídos no estudo, usuários com idade igual ou superior a 18 anos, cadastrados na ESF do referido município há pelo menos dois anos. Foram excluídos aqueles usuários que estavam com sinais ou sintomas gripais no momento da entrevista, seguindo as recomendações sanitárias adotadas na pandemia. A amostragem se deu por conveniência, considerando o período estabelecido para a coleta de dados (entre os meses de setembro a dezembro de 2022), de modo que foi alcançado um total de 23 participantes. Resultados: Os dados foram processados no software Iramuteq e submetidos à análise de conteúdo temática. A Classificação Hierárquica Descendente revelou seis classes que deram origem às categorias temáticas, quais sejam: "Acolhimento e acesso na ESF"; "Ambiência e valorização do trabalhador como estratégia de qualificação do serviço de saúde"; e "A importância da cogestão e da defesa dos direitos dos usuários do SUS". Conclusão: Durante a pandemia da COVID-19, o acesso ao cuidado foi mantido, mediante adaptações necessárias pelo contexto sanitário vivido no momento da coleta. Apesar de alguns usuários desconhecerem a cartilha de direitos dos usuários do SUS, o que pode causar fragilidades na participação popular, foi demonstrado, de modo geral, que havia um respeito ao cumprimento das diretrizes da PNH nesses serviços. Foi interpretado que o acolhimento e a ambiência são diretrizes que aparecem nas falas através de outros termos, contudo, diretrizes como cogestão e clínica ampliada não foram identificadas. Tal fato leva a crer que, apesar dos muitos avanços nos últimos anos, a plena efetivação da humanização na APS ainda é um desafio para muitas equipes, um caminho que pode ser percorrido por meio do fortalecimento das variadas tecnologias do cuidado, que envolvam comunicação, empatia, fortalecimento do vínculo, a valorização dos saberes e uso adequado dos recursos disponíveis para esses serviços.TCC Impacto das novas diretrizes no ganho de peso gestacional: uma análise em gestantes de Sousa/PB(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-05) Silva, Maria Mirelle Amancio da; Lima, Marcos Felipe Silva de; https://orcid.org/0000-0002-2196-6985; http://lattes.cnpq.br/7014490761333004; http://lattes.cnpq.br/5110251151693837; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; https://orcid.org/0000-0002-7664-4959; http://lattes.cnpq.br/6897910777769874; Araújo, Daline Fernandes de Souza; http://lattes.cnpq.br/4876007142880494Objetivos: Avaliar o ganho de peso gestacional utilizando tanto as recomendações do Institute of Medicine (IOM) quanto a Kac e Carrilho, buscando identificar a diferença na classificação do ganho de peso total em gestantes. Metodologia: Conduzido como um estudo transversal, a pesquisa envolveu gestantes com mais de 18 anos, que realizaram a primeira consulta pré-natal nos centros de Atenção Primária à Saúde em Sousa-PB. Diversos dados maternos, como peso, estatura, peso pré-gestacional e idade gestacional, foram coletados. O ganho de peso gestacional até o momento da consulta foi avaliado com base, tanto nas recomendações do IOM, quanto na de Kac e Carrilho sugeridas pelo Ministério da Saúde na caderneta de saúde da gestante. A concordância entre as classificações foi analisada usando a estatística Kappa, com um nível de significância de 5%. Resultados: Das 48 gestantes avaliadas, 64,6% apresentaram excesso de peso no estado nutricional pré-gestacional. Pelas recomendações do IOM, 22,9% tiveram ganho de peso acima do recomendado, enquanto por Kac e Carrilho, esse percentual aumentou significativamente para 68,8%. A estatística Kappa de 0,073 e o p-valor de 0,280 indicam a falta de concordância entre as classificações das duas referências, evidenciando a sensibilidade dessas diretrizes na identificação de gestantes com ganho excessivo. Conclusão: A aplicação das recomendações propostas por Kac e Carrilho resultou em uma reclassificação substancial das gestantes em relação ao ganho de peso gestacional, destacando a sensibilidade dessas diretrizes na identificação de gestantes com ganho excessivo. A falta de concordância entre as classificações ressalta a importância de os profissionais de saúde estarem atualizados com as diretrizes mais recentes e incorporá-las em suas práticas clínicas.Dissertação Perfil de uso de antimicrobianos em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal: uma revisão de escopo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-16) Lopes, Francisco Clébison Chaves; Sousa, Klayton Galante; Fonseca Filho, Gentil Gomes da; http://lattes.cnpq.br/7093066731971896; https://orcid.org/0000-0002-7710-7522; http://lattes.cnpq.br/3976136492048222; http://lattes.cnpq.br/0070280320213451; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; Bezerra, Hellyda de Souza; Machado, Lucas AmaralOs recém-nascidos são especialmente suscetíveis a infecções devido à imaturidade do sistema imunológico, agravada por fatores como procedimentos invasivos, tempo de internação e baixo peso ao nascer. Em virtude disso, estudos que investigam o padrão de uso de medicamentos em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) indicam que os agentes anti-infecciosos sistêmicos são a classe de medicamentos mais usada. O objetivo deste estudo é descrever o perfil de uso de antimicrobianos em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. Trata-se de uma revisão de escopo conduzida de acordo com a metodologia proposta pelo Instituto Joana Briggs (JBI). O protocolo está registrado na plataforma Open Science Framework (OSF) (DOI 10.17605/OSF.IO/YB4AG). Foram incluídas as seguintes bases de dados: LILACS; EMBASE; MEDLINE/PubMed; SciELO; Web of Science e Scopus. Para identificar a literatura cinzenta, repositórios digitais foram consultados. As buscas nas bases de dados foram realizadas em janeiro de 2024. Os estudos identificados foram carregados no aplicativo Rayyan e as duplicatas removidas. Os critérios de inclusão foram: estar disponível na íntegra; conter dados sobre a taxa de consumo, antimicrobianos mais prescritos, as indicações mais comuns ou uso off-label de antimicrobianos; ter sido realizado em UTINs; e incluir apenas medicamentos antimicrobianos, exceto para os estudos que abordem o uso off-label. Os critérios de exclusão foram: tratar-se de um estudo do uso de antimicrobianos para indicações específicas e tratar-se de um estudo duplicado ou sobreposto. A seleção dos estudos e extração dos dados foi conduzida por dois revisores independentes. Os dados extraídos foram apresentados de forma tabular acompanhados de uma descrição narrativa. Foram identificados 4.029 artigos, dos quais 39 foram incluídos na revisão final. A maioria dos estudos eram de coorte ou transversais. Não foi observada grande variação nas idades gestacionais. Em relação ao peso ao nascer, valores superiores a 2.000 gramas foram mais comuns em países de alta renda. A sepse neonatal foi a principal razão para a prescrição de antimicrobianos. O método mais comum para medir o consumo de antimicrobianos foi Dias de Terapia (DOT). Dentre os antimicrobianos, os antibacterianos foram os mais estudados. As classes das penicilinas, cefalosporinas e glicopeptídeos foram mencionadas em todos os estudos. Os antimicrobianos foram usados de modo off-label de em relação à dose, intervalo de administração, indicação e idade.Dissertação Planejamento em saúde em municípios brasileiros: situação cadastral e a convergência com o plano ações estratégicas (2021-2030)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-11-29) Silva, Isabella Grazyele Severo; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; https://orcid.org/0000-0002-7664-4959; http://lattes.cnpq.br/6897910777769874; https://orcid.org/0009-0000-2342-148X; http://lattes.cnpq.br/3477511402699550; Araújo, Marcos Vinícius Ribeiro de; Bay Júnior, Osvaldo de GoesO planejamento em saúde é essencial para a organização e gestão dos serviços, garantindo a melhoria contínua no atendimento público. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) demanda instrumentos específicos, como o Plano Municipal de Saúde (PMS) e relatórios de gestão, para monitorar e planejar as ações municipais. Este estudo utilizou abordagens quantitativas e qualitativas. Investigou a situação cadastral dos instrumentos de planejamento em saúde em municípios brasileiros e analisou o alinhamento dos PMS das capitais brasileiras com as metas do Plano de Ações para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (Plano de DANT) 2021-2030. Na análise quantitativa, baseada em dados de 5.563 municípios, coletados na Sala de Apoio à Gestão Estratégica (SAGE), foram identificados dois agrupamentos: o Cluster 1, que reuniu 60,6% dos municípios, apresentou melhor desempenho em relação à situação cadastral dos instrumentos de planejamento; e o Cluster 2, que englobou 39,4% dos municípios, com desempenho inferior nesse aspecto. Nos dois agrupamentos foi observado que documentos relacionados de monitoramento apresentaram percentuais de aprovação inferior aos documentos de caráter mais propositivo.Em particular, 65,1% dos municípios do Cluster 2 não aprovaram nenhum dos Relatórios Detalhados do Quadrimestre Anterior previstos para o período. A tipologia municipal e o grau de urbanização não foram associadas a nenhum dos agrupamentos identificados, mas a macrorregião geográfica sim. Na análise qualitativa foram examinados os PMS de 24 capitais brasileiras, referentes ao quadriênio 2022-2025. Esta avaliação foi feita à luz das “metas DANT”, selecionadas a partir do Plano de DANT. Dentre as nove metas investigadas, três não foram contempladas (enquanto meta ou objetivo), o que evidencia lacunas significativas na articulação entre planejamento e prática. A meta DANT mais abordada nos PMS foi a de redução da mortalidade prematura, sugerindo maior alinhamento com prioridades nacionais. Contudo, a ausência de metas claras relacionadas à melhoria de hábitos alimentares limita a capacidade dos municípios em enfrentar efetivamente fatores de risco cruciais para as CCNT, como alimentação inadequada. Além disso, o aparente descompasso entre o diagnóstico situacional dos PMS e as proposições de metas/objetivos destes documentos revelam uma desconexão que pode comprometer a tradução do diagnóstico situacional em ações concretas, dificultando a implementação de estratégias alinhadas ao Plano de DANT e reduzindo sua efetividade na redução da carga das CCNT. Essas fragilidades no planejamento municipal em saúde comprometem a capacidade de abordar de forma integrada os fatores de risco e as desigualdades em saúde, essenciais para o enfrentamento das CCNT. De modo geral, esse cenário é agravado por influências político-partidárias, desafios de governabilidade, disparidades regionais e desigualdades socioeconômicas, que frequentemente direcionam prioridades e alocação de recursos de forma desalinhada às reais necessidades de saúde da população. Assim, reforça-se a necessidade de iniciativas que fortaleçam a capacidade técnica, promovam maior estabilidade na gestão e ampliem o controle social para garantir uma abordagem mais efetiva e sustentável.Dissertação Prejuízos na qualidade de vida e funcionalidade de adultos cronicamente afetados pela febre Chikungunya(2019-07-15) Dutra, Jéssica Isabelle dos Santos; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; Souza, Marcelo Cardoso De; ; ; ; Knackfuss, Maria Irany; ; Câmara, Saionara Maria Aires da;Introdução: Em 2016 foi registrado um expressivo aumento no adoecimento por febre chikungunya no Brasil, notadamente na região Nordeste, sendo um dos destaques o estado do Rio Grande do Norte, com taxa de incidência quase seis vezes maior que a nacional e 37 óbitos confirmados. Neste sentido, um dos maiores desafios no tratamento da febre Chikungunya é possibilidade de cronificação, não sendo ainda bem compreendidos todos os impactos e características deste quadro clínico. Objetivo: Avaliar o impacto da cronicidade da febre chikungunya na qualidade de vida e funcionalidade de pessoas acometidas pela doença. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e comparativo com abordagem quantitativa, realizado em duas etapas, sendo a primeira um estudo transversal, descritivo sobre 103 casos confirmados para FChik em Natal-RN, posteriormente rastreados com, pelo menos, um ano após a doença para realização de inquérito telefônico para coleta de aspectos da fase crônica. A segunda etapa foi um estudo transversal, no qual foram comparados o grupo FChik composto por 25 doentes crônicos de FChik (rastreados na etapa 1) e o grupo saudável (GS) composto por 25 indivíduos saudáveis, pareados por sexo e idade. Os dois grupos responderam aos questionários HAQ e SF-12. Resultados: Na primeira etapa, os sintomas articulares mais proeminentes na fase aguda foram artralgia e dor nas costas; já na fase crônica foram a dor articular e o edema periarticular. 65,2% referiram prejuízos ao trabalho pela doença e o tempo de absenteísmo na maioria entre 7 e 30 dias. Na comparação entre os grupos FChik e GS foram encontrados prejuízos tanto para a capacidade funcional, quanto para a qualidade de vida, no grupo FChik (p < 0,05). Os aspectos mais comprometidos foram a categoria de Caminhada do HAQ, e o domínio de Dor Corporal do SF-12, o GChik também apresentou risco aumentado para o desenvolvimento de depressão. Conclusões: Mesmo transcorrido mais de um ano do adoecimento, os pacientes que ainda se encontravam na fase crônica da FChik apresentaram comprometimentos da funcionalidade e qualidade de vida, com prejuízos para a realização das atividades diárias.Dissertação Qualidade do sono e sonolência diurna em adolescentes de Instituições de Ensino Técnico Federal do Rio Grande do Norte de acordo com o contexto urbano, sexo e idade(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-08-30) Dantas, Carla Deiziana de Lima; Souza, Jane Carla de; http://lattes.cnpq.br/5997878957114840; http://lattes.cnpq.br/6426519781901377; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; http://lattes.cnpq.br/6897910777769874; Mendes, Rubia Aparecida Pereira de Carvalho; http://lattes.cnpq.br/1499329109356526A adolescência é marcada, entre outros fatores, pelo aumento da sonolência diurna em consequência do sono insuficiente e de má qualidade, durante os dias letivos, sobretudo, em adolescentes que estudam em escolas públicas e privadas no turno da manhã. Contudo, não foi identificado até o momento, a avaliação do sono de estudantes do ensino técnico integrado de instituições federais de ensino. Além disso, dentre fatores sociais estudados, o contexto urbano vem sendo explorado como fator que pode impactar na quantidade e qualidade do sono, e sonolência diurna dos adolescentes. Portanto, o objetivo desse estudo é identificar a prevalência da má qualidade do sono e avaliar a relação da qualidade do sono e da sonolência diurna de adolescentes do ensino médio técnico integrado de instituições federais do RN (IFRN) de acordo com o contexto urbano, sexo e idade. Este estudo foi desenvolvido com 324 estudantes dos câmpus do IFRN Natal central, São Gonçalo do Amarante, Lajes e Santa Cruz, de ambos os sexos, que cursam o 1º, 2º e 3º ano do ensino médio, no turno matutino. Para isso foram aplicados três questionários: “Ficha de Identificação”, “Índice de Qualidade do Sono de pittsburgh (IQSP)” e “Escala Pediátrica de Sonolência Diurna (PDSS)”. O teste Qui-quadrado (X2 ) foi utilizado para avaliar a frequência de distribuição da amostra total de acordo com o sexo (feminino/masculino) e qualidade do sono (boa/má), assim como, a distribuição do sexo e classificação da qualidade do sono em relação ao câmpus. A idade e o nível de sonolência diurna foram comparados entre os câmpus através do teste ANOVA (F). Para avaliar o quanto as variáveis independentes: câmpus, sexo e idade se associam a qualidade do sono e sonolência diurna, foi utilizado o modelo linear geral (General Linear Model). A amostra total desse estudo é composta por 53,70% de adolescentes do sexo feminino e 46,30% do sexo masculino, com diferença entre os sexos apenas no câmpus Natal, que apresenta maior predominância de adolescentes do sexo feminino (X 2 = 8.6; p = 0,003). A média de idade é de 15,8 (± 1 ano) para as meninas e 16,7 (± 1 ano) para os meninos, sendo o câmpus de São Gonçalo do Amarante com maior média de idade em relação ao câmpus de Natal, Lajes e Santa Cruz (F= 41,6; p < 0,001). A amostra total apresentou 71,6% de prevalência da má qualidade do sono e uma média geral de 7,35 ± 2,8. Houve diferença entre os câmpus, onde os adolescentes que estudam em Natal (X 2 = 9.2; p = 0,002) e São Gonçalo do Amarante (X 2 = 9.6; p < 0,001) apresentaram pior qualidade do sono em relação ao câmpus de Lajes. A média geral de sonolência diurna encontrada nesse estudo foi de 18,90 ± 4,9 e foram encontradas diferenças no nível de sonolência diurna entre os câmpus, de forma que Santa Cruz apresentou menor média de sonolência diurna em relação ao câmpus de Lajes e São Gonçalo do Amarante (F= 5,0; p = 0,002). Com relação ao câmpus, o pós teste evidenciou que a variável qualidade do sono não difere entre os diferentes contextos urbanos presentes nesse estudo. Em relação a sonolência diurna, os adolescentes que estudam no câmpus de Santa Cruz apresentam menor sonolência diurna (β = 0ª; p = 0,03), quando comparados a Lajes (β = 2.75; p < 0.01), e São Gonçalo do Amarante (β = 1.99; p < 0.01). A variável sexo demonstrou associação positiva com a qualidade do sono (β = 0,98; p = 0,02) e com a sonolência diurna (β = 2,9; p < 0,01), de forma que as adolescentes do sexo feminino apresentaram pior qualidade do sono e maior sonolência diurna em relação aos do sexo masculino. A variável idade não apresentou relação com a qualidade do sono e a sonolência diurna. Dessa forma pode-se perceber que a má qualidade do sono e altos índices de sonolência diurna estão presentes na vida dos estudantes do ensino médio técnico integrado, que estudam no turno matutino, em todas as faixas etárias. Contudo, essas consequências afetam principalmente as meninas, em todos os contextos sociais.Dissertação Registro alimentar fotografado: desenvolvimento e validação de protocolo para pessoas com deficiência visual(2019-12-10) Borges, Thaís Lima Dias; Bagni, Ursula Viana; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; Marchioni, Dirce Maria LoboPesquisas que avaliem o consumo alimentar e dietético de pessoas com deficiência visual ainda são escassas em âmbito nacional e internacional, e não empregam métodos validados para essa população. O desenvolvimento de estratégias alternativas para avaliação do consumo alimentar e dietético adaptadas à realidade da pessoa com deficiência visual é necessário para apoiar as ações de promoção à saúde e prevenção de agravos, bem como proporcionar mais autonomia nos cuidados em saúde e nutrição junto a essa população. Assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver e validar protocolo para a realização de registro alimentar fotografado por pessoas com deficiência visual a partir de câmera de telefone celular. Trata-se de um estudo de desenvolvimento e validação, realizado em três etapas. A primeira centrou-se na técnica para o registro fotográfico de alimentos por pessoas com deficiência visual a partir de telefone celular e na redação dos protocolos para sua execução. Na segunda, pessoas com deficiência visual realizaram o registro fotográfico de três refeições padronizadas (desjejum, almoço/jantar e lanche), seguindo os protocolos desenvolvidos na etapa anterior. Na terceira procedeu-se a validação dos protocolos, pela avaliação das fotografias por painéis de especialistas quanto ao enquadramento, foco e ângulo para a identificar os tipos e quantidades dos alimento/preparações, a partir de uma escala Likert de cinco pontos. Nessa etapa os especialistas também realizaram registro alimentar estimado com base na observação das fotos, para comparação com o registro alimentar pesado das respectivas refeições. Foram desenvolvidos e testados cinco protocolos, permanecendo apenas dois, considerados os mais adequados em relação à autonomia, segurança, discrição e rapidez para a obtenção das fotografias, denominados “Foto Frontal” (câmera a 45º em relação à refeição) e “Foto Aérea” (câmera a 90º em relação à refeição). Ambos foram aplicados por 40 pessoas com deficiência visual, sendo a maioria cegos (77,5%), do sexo masculino (67,5%) com idade ≥ 40 anos (57,5%). A frequência de fotos consideradas satisfatórias em ambos os protocolos foi elevada para todos os atributos avaliados. Para a Foto Frontal, a concordância entre os especialistas foi substancial em relação ao enquadramento para identificar o tipo de alimento (Kappa de Fleiss = 0,70 e p<0,05), a quantidade de alimento (Kappa de Fleiss = 0,65 e p<0,05) e o tamanho da porção (Kappa de Fleiss = 0,60 e p<0,05). Já para a Foto Aérea, houve substancial concordância do enquadramento para identificar o tipo e a quantidade de alimento (Kappa de Fleiss = 0,60 e p<0,05, em ambos os atributos). Nos dois os protocolos os especialistas acertaram 100% dos alimentos presentes nas refeições, com exceção do café com leite e frango grelhado (90% de acerto). Na comparação entre o registro alimentar pesado e o estimado pelos especialistas, em ambos protocolos a estimativa da quantidade de alimento foi melhor para o pão francês, café com leite e suco de uva industrializado. Conclui-se, que os protocolos desenvolvidos são factíveis de serem realizados por pessoas com deficiência visual e podem ser utilizados para avaliação qualitativa de seu consumo alimentar. Por fim, indica-se a adoção de estratégias adjacentes para avaliação quantitativa da ingestão dietética pelo profissional, a ser encaminhada juntamente com as fotografias.Dissertação Repercussões do ensino remoto emergencial na formação em saúde coletiva de nutricionistas de uma universidade pública do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-30) Carvalho, Giovanna Melo de; Telles, Mauricio Wiering Pinto; https://orcid.org/0000-0002-5568-6877; http://lattes.cnpq.br/3146268167204989; http://lattes.cnpq.br/1126015072163601; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; Gomes, Sávio MarcelinoO modelo de Ensino Remoto Emergencial (ERE) adotado pelas Instituições de Ensino Superior (IES) durante a pandemia da COVID-19 trouxe diversos desafios para as graduações da área da Saúde, considerando a natureza presencial essencial de muitas das atividades realizadas durante o processo educativo, incluindo uma formação voltada aos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), com ênfase na Saúde Coletiva, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs). As consequências trazidas pelo ERE expuseram ainda mais os obstáculos que já existiam na formação em saúde dos profissionais, em particular, de nutricionistas. O ensino de Nutrição no Brasil já é atravessado por deficiências na articulação entre os saberes biológicos e sociais, especialmente em relação à Saúde Coletiva (SC), que também sofre com a falta de delineamento de um perfil de competências e habilidades necessários ao nutricionista que atua na área. Há uma lacuna na literatura sobre como se deu a formação dos nutricionistas no campo da SC durante o ensino remoto emergencial. Esse levantamento se torna ainda mais importante dentro de universidades públicas, instituições que possuem responsabilidade social com a comunidade, integração ensino-serviço-comunidade e alinhamento com a formação para o SUS. Diante disso, este trabalho, de abordagem qualitativa e exploratória, do tipo estudo de caso, se propôs a investigar a formação em SC dentro do curso de Nutrição de uma IES do Rio Grande do Norte, durante o ensino remoto emergencial, usando como referência os discentes, egressos e docentes que atuam na área, reunindo suas percepções, angústias, dificuldades e esperanças para contribuir com a produção de conhecimento a respeito da formação em saúde dos nutricionistas na SC. Os sujeitos da pesquisa são docentes, egressos e discentes do curso de graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (campus central) e da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (campus FACISA). A coleta de dados foi feita mediante entrevista semiestruturada específicas para cada grupo, e análise documental dos Projetos Pedagógicos do curso de Nutrição de ambas das IES, além das ementas dos componentes curriculares relacionados à SC durante o ERE. Os dados obtidos foram analisados por meio de Análise Temática de Conteúdo. O ERE gerou impactos negativos na formação de nutricionistas da UFRN, com intensidade a depender do perfil do aluno, característica do componente curricular e metodologia dos docentes. Em relação à SC, o maior impacto revelou-se na impossibilidade de realizar atividades práticas e de desenvolver o contato ensino-serviço-comunidade. Fragilidades no ensino da SC foram revelados em ambos os campi, anteriores à pandemia. Para os docentes, houve grande insatisfação com o ERE, especialmente em relação ao uso de tecnologias de comunicação e informação (TICs), aumento da carga de trabalho e falta de interação dos estudantes. Apesar das dificuldades relatadas por ambos os grupos, as inovações e adaptações realizadas também foram consideradas positivas como ferramenta para agregar ao ensino presencial. Assim, podemos perceber a formação de SC e os impactos do ensino remoto nos profissionais de nutrição do estado, contribuindo para a reflexão do papel da SC na graduação de Nutrição, buscando uma formação em saúde cada vez mais direcionada às DCNs e à atuação no SUS, com um uso mais assertivo das tecnologias de comunicação e informação para agregar ao ensino presencial.Dissertação Tradução e adaptação transcultural do Model Disability Survey para o Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-10-06) Silva, Érika Giovana Carvalho da; Lima, Nubia Maria Freire Vieira; Monteiro, Karolinne Souza; 07603708427; http://lattes.cnpq.br/9064510807814492; http://lattes.cnpq.br/6229072599237735; http://lattes.cnpq.br/2786903596798382; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; http://lattes.cnpq.br/6897910777769874; Castro, Shamyr Sulyvan de; http://lattes.cnpq.br/6911072543095408Introdução: Embora a morbimortalidade seja importante, os indicadores de saúde relacionados à funcionalidade também devem ser incorporados aos sistemas brasileiros de coleta de dados. Nesse sentido, surgiu o Model Disability Survey (MDS), uma ferramenta da Organização Mundial da Saúde, baseada no modelo biopsicossocial da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Tal instrumento apresenta caráter padronizado para coleta de dados em inquéritos a nível populacional, que fornece informações sobre como as pessoas com e sem deficiência conduzem suas vidas e as dificuldades que encontram. Objetivo: Traduzir, adaptar transculturalmente e analisar a validade de conteúdo da versão brasileira do MDS. Métodos: O corte transversal foi realizado em cinco etapas: tradução inicial, síntese das traduções, retrotradução, revisão por comitê de especialistas e pré-teste. O estudo seguiu normas operacionais internacionais e nacionais vigentes para estudos de tradução e adaptação transcultural de instrumentos em saúde, com respaldo às exigências de equivalência semântica, idiomática, experimental e conceitual. Para a etapa de pré-teste foram elencados os seguintes critérios de inclusão: pessoas maiores de 18 anos, de ambos os sexos, com ou sem deficiências, com ou sem escolaridade formal e com capacidade cognitiva de responder ao questionário. Os critérios de exclusão adotados foram negar-se a responder a todas as perguntas do questionário, assim como desistir da entrevista sem a mesma ter sido finalizada. Resultados: O instrumento MDS foi considerado com uma totalidade de 474 itens, os quais houve um total de 1896 análises de acordo com as quatro equivalências. Destes, 17,25% foram julgados como parcialmente adequados e inadequados pelos especialistas. Um total de 160 itens foram encaminhados para discussão com os demais membros do comitê. Após o esclarecimento e ajuste de todas as discrepâncias, a versão pré-final foi aprovada por todos os juízes. No pré-teste, foram realizadas 22 entrevistas no Rio Grande do Norte (73,3%), 4 no Ceará (13,3) e 4 na Paraíba (13,3%), que tiveram tempo médio de 123 minutos de duração. O público-alvo deste estudo foi composto por 30 participantes com predomínio de mulheres, solteiras, adultos jovens, autodeclaradas pretas ou pardas, com escolaridade a partir do ensino técnico, com predomínio de trabalhadores ativos e que residiam com 3 moradores nos seus domicílios. Foram citadas 127 condições de saúde, sendo as mais frequentes ansiedade e dores nas costas/hérnias discais. Após a aplicação, as respostas foram analisadas e 63 itens foram citados como necessitando de algum ajuste, no entanto, apenas 2 destes foram encaminhados para análise pelo comitê de especialistas, por possuírem índice de validade de conteúdo <0,80. O instrumento, manual e cartões de apresentação foram ajustados após um novo pré-teste. Conclusões: O instrumento MDS foi traduzido para o português brasileiro, adaptado culturalmente para a população brasileira e apresentou adequada validade de conteúdo. A versão brasileira foi intitulada MDS-Brasil.Dissertação Tradução, adaptação e validação do Chrononutrition Profile - Questionnaire (CP-Q) para a população brasileira(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-06-29) Lira, Natália de Carvalho Cordeiro; Souza, Jane Carla de; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; https://orcid.org/0000-0002-7664-4959; http://lattes.cnpq.br/6897910777769874; https://orcid.org/0000-0002-8769-4273; http://lattes.cnpq.br/5997878957114840; http://lattes.cnpq.br/2496774944029744; Gontijo, Cristiana Araújo; Lima, Nubia Maria Freire VieiraIntrodução: A crononutrição é um tema emergente e propõe que a ingestão dietética associada ao horário das refeições pode afetar a regulação do sistema circadiano. Para avaliar os parâmetros crononutricionais é necessário obter informações detalhadas sobre hábitos alimentares e de sono/vigília, os quais não são acessados por um único e específico questionário. Objetivos: traduzir e adaptar culturalmente para a língua portuguesa o Chrononutrition Profile – Questionnaire (CP-Q) e avaliar sua validade e confiabilidade para a população brasileira. Métodos: Estudo quantitativo transversal. Inicialmente foi realizada a tradução e adaptação cultural do CP-Q, o qual foi proposto para a população americana, com o objetivo de acessar parâmetros referentes aos comportamentos e preferências de um indivíduo tanto para hábitos de sono e vigília, como de ingestão dietética. Esta etapa foi realizada por dois tradutores independentes com domínio em ambas as línguas e seguiu os seguintes passos: tradução; síntese de traduções; retrotradução; comitê de especialistas e préteste. Na etapa de validação e confiabilidade do instrumento, foram aplicados os seguintes questionários: Questionário de Perfil Crononutricional traduzido (QPC); Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP); Questionário do Comer Noturno; Questionário de Qualidade de Vida SF-36; Questionário de Cronotipo de MUNIQUE (MCTQ) e Recordatório Alimentar 24h (R24). A aplicação dos instrumentos foi realizada através de plataforma eletrônica de questionário do Google® - Google Forms. A validade do questionário foi testada pelo teste de correlação de Spearman e a reprodutibilidade pelo Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC), o nível de significância adotado para todas as análises foi p < 0,05. Resultados: Foram avaliados 636 indivíduos com idade média de 32,4 ± 11,2 anos, a maioria mulher (71,3%), solteira (61,7%), da região nordeste (78,4%), com perfil antropométrico eutrófico (52,3%) e com escore médio de 55,8 DP ± 17,9 de qualidade de vida. Os horários de dormir e acordar nos dias de trabalho/estudo e dias livres do QPC apresentaram correlações moderadas a fortes com os mesmos parâmetros do IQSP (r= 0,66 e 0,60; r = 0,78 e 0,72) e do MCTQ (r= 0,86 e 0,83; r= 0,72 e 0,79), respectivamente. A maior refeição (Kappa = 0,399), omissão do café da manhã (r = 0,739), janela de alimentação (r = 0,66), latência noturna (r = 0,52) e último evento alimentar (r = 0,51) tiveram correlações de moderadas a fortes quando comparadas ao R24. A reprodutibilidade, testada entre 5 a 10 dias da primeira aplicação, avaliada pelo ICC se mostrou boa a ótima em todos os parâmetros. Conclusão: Os resultados indicam que a tradução e adaptação do QPC para a língua brasileira foi adequada, gerando um questionário valido e confiável para avaliar os hábitos de sono e alimentação da população brasileira.Dissertação Trajetórias de hemoglobina total durante a gravidez e pós-parto e seus fatores associados entre adolescentes e adultas da região do Trairi: estudo longitudinal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-05-28) Silva, Rai Nabichedi da; Câmara, Saionara Maria Aires da; http://lattes.cnpq.br/9021377225085393; http://lattes.cnpq.br/7000506408908454; Medeiros, Anna Cecilia Queiroz de; http://lattes.cnpq.br/6897910777769874; Barbosa, Juliana Fernandes de Souza; http://lattes.cnpq.br/3668154443325318Introdução: Durante a gravidez, há uma intensa atividade anabólica que aumenta a demanda por hemoglobina para garantir o desenvolvimento fetal adequado. Esperase que os níveis de hemoglobina reduzam do primeiro para o terceiro trimestre de gravidez e retornem aos níveis pré-gestacionais no período pós-parto. No entanto, pouco se sabe sobre a variação ocorrida entre gestantes adolescentes e adultas e seus fatores associados, para que se possa embasar estratégias de prevenção de alterações que afetem a saúde do binômio mãe-filho. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar as trajetórias da variação da concentração de hemoglobina total (HbT) durante a gravidez e o pós-parto e seus fatores associados entre adolescentes e adultas de baixa renda. Métodos: Trata-se de um estudo observacional e longitudinal que faz parte do projeto piloto Adolescence and Motherhood Research (AMOR). Os dados foram coletados entre julho de 2017 e janeiro de 2019 em cinco municípios da região de Trairi, no estado do Rio Grande do Norte, Brasil, com amostra composta por 50 adolescentes e 50 adultas em sua primeira gestação. Os níveis de HbT das participantes foram monitorados em três períodos: até 16 semanas de gestação, no terceiro trimestre de gestação e entre 4 e 6 semanas de pós-parto. As variáveis independentes incluíram características socioeconômicas, peso e altura, estado de saúde autopercebida, número de consultas de pré-natal, planejamento da gravidez, segurança alimentar, idade na menarca, tipo de parto e aleitamento materno. Foram utilizados modelos lineares mistos para avaliar as trajetórias de variação de HbT em ambos os grupos, na amostra total, e os fatores associados. Resultados: Os resultados mostraram que os níveis de HbT diminuíram das primeiras 16 semanas de gravidez para o terceiro trimestre e aumentaram do terceiro trimestre para o pós-parto em ambos os grupos. No entanto, os grupos diferiram em relação às trajetórias de HbT. Para a coorte adolescente, a recuperação da HbT entre o terceiro trimestre e o pós-parto não foi suficiente para compensar as perdas iniciais (da primeira para a segunda avaliação), como aconteceu com a coorte adulta. Para esta última, níveis mais elevados de HbT estiveram associados ao planejamento da gravidez e à boa saúde autopercebida. A raça esteve marginalmente associada aos níveis de HbT para ambos os grupos, com as mulheres negras/pardas apresentando maiores concentrações no grupo adolescente e menores no grupo adulto. Conclusão: Mudanças na concentração de HbT durante a gestação e pós-parto diferem entre adultas e adolescentes, com estas últimas apresentando menor capacidade de recuperação dos níveis iniciais da gravidez no pós-parto. Atenção especial ao pré-natal em adolescentes gestantes deve considerar seu maior risco para desfechos desfavoráveis e incluir estratégias que reduzam o risco de anemia e seus efeitos negativos para a mãe e seu filho.