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Os anjos podem ferir: um estudo sobre a violência intrafamiliar
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-02-27) Souza, Adriana Aparecida de; Schwade, Elisete; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794937U4; ; http://lattes.cnpq.br/4374508981403235; Lopes Júnior, Orivaldo Pimentel; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767289H0; Lopes Júnior, Edmilson; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703249P4; Frota, Teresa de Lisieux Lopes;
O presente trabalho se dedica à compreensão de violência intrafamiliar, com ênfase nas relações violentas das mães contra seus filhos. O objetivo é entender como se apresentam tais relações que culminam em comportamentos agressivos utilizados pelas mães na relação educativa familiar. A pesquisa foi desenvolvida em duas dimensões: análise do referencial teórico e pesquisa empírica. A pesquisa teórica foi feita a partir de um levantamento bibliográfico de temas relacionados ao estudo, tais como: a história da família, da maternidade e das crianças, a violência intrafamiliar praticada pelas mães contra seus próprios filhos, e como essas relações de violência surgem no contexto familiar. Ressaltamos o conceito de disciplina de Foucault (1975) e o de corpo circunscrito de Caldeira (2000). Para a pesquisa empírica foi selecionada uma amostra de 10 mulheres para investigar a relação entre mãe e filho, em entrevistas aprofundadas. Cinco mães dessa amostra foram denunciadas por terceiros, ao Conselho Tutelar, que foi denominado de Grupo Denunciado. E também, com um grupo de cinco mães, que vivem no mesmo contexto sociocultural das famílias atendidas pelo Conselho Tutelar, selecionadas para a pesquisa, denominadas de Grupo Não Denunciado. Trabalhamos, portanto, com as representações das próprias entrevistadas sobre o significado da disciplina pedagógica socializadora em sua vida. Priorizamos o estudo de caso realizado com as famílias que foram denunciadas por violência física e o outro grupo para fazermos uma análise comparativa entre os dois grupos. Tal escolha metodológica justifica-se pelo interesse em compreender as relações de violência entre mães e filhos. Um ponto em comum entre as mães é o não reconhecimento de suas práticas de agressão contra seus filhos. Enfatizando que as punições físicas em nosso universo pesquisado têm a função de disciplinar as crianças e os adolescentes, e são consideradas ações necessárias para conter, controlar, e moldar. Dessa forma, são consideradas como uma prática necessária para educar. Entretanto, o motivo que levou a comunidade a denunciar as mães do Grupo Denunciado foi por estas não se encaixarem no modelo ideal do que se espera do ser mãe (elas faziam uso de drogas, álcool, mais de um parceiro) ou seja, as denúncias não ocorreram pelo uso de violência física em si. Portanto, essas mães foram denunciadas porque se mostraram incapazes, moralmente, de gerir a educação de seus filhos. Portanto, a comunidade tolera as punições contra crianças, mas não tolera a amoralidade das mulheres, denunciando-as por não cumprirem seu papel de mãe
Eficácia na utilização dos recursos do índice de gestão descentralizada pelos municípios da região metropolitana funcional de Natal/RN
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-07-11) Montenegro, Eline de Lourdes; Santos, Anderson Cristopher dos; Souza, Adriana Aparecida de; Costa, Simone da Silva
A Constituição Federal de 1988 consolidou a Assistência Social como um dos pilares da Seguridade Social no Brasil. A Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) e a implementação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) estabeleceram um modelo descentralizado e participativo, promovendo a cooperação entre os entes federados. Nesse contexto, o Índice de Gestão Descentralizada Municipal (IGD-M) foi criado como um instrumento para incentivar a melhoria da gestão local do Cadastro Único e do Programa Bolsa Família (PBF), por meio do repasse de recursos financeiros. Este estudo analisa a aplicação do IGD-M na Região Metropolitana Funcional de Natal (RMF/Natal), investigando sua contribuição para a efetividade da política de assistência social. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem que integra métodos quantitativos e qualitativos. Utilizou levantamento documental, análise de dados públicos e aplicação de formulários junto a gestores da Assistência Social de municípios da Região Metropolitana Funcional de Natal/RN. A metodologia seguiu os princípios da avaliação de processo com foco na implementação, conforme o PLANAPP (2024) e Roberto Rocha (2004), visando compreender o uso dos recursos do IGD-M no contexto local. Os resultados revelam que, apesar da utilização regular dos recursos e de avanços na atualização cadastral, persistem desafios estruturais e operacionais, como a ausência de planejamento formal, a fragilidade no monitoramento sistemático e a baixa articulação intersetorial, o que tem gerado, inclusive, retenções de saldo e penalidades, conforme previsto na Portaria MDS nº 1.041/2024. Conclui-se que a efetividade do IGD-M depende da capacidade institucional dos municípios em planejar, monitorar e integrar ações de forma estratégica. Recomenda-se o fortalecimento do planejamento e do monitoramento, a capacitação das equipes técnicas, a intensificação da busca ativa, a ampliação da articulação com saúde e educação e a atuação proativa dos conselhos municipais de assistência social.
O ensino da história da cultura afro-brasileira na educação infantil
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021) Aquino, Daiana Queiroz Guilherme; Souza, Adriana Aparecida de; http://lattes.cnpq.br/9528011011623427
O presente artigo tem por objeto de estudo o ensino da história da cultura afrobrasileira e africana na educação infantil. Nesse sentido, tem por objetivo geral: analisar a importância da inclusão da cultura afro-brasileira e africana na educação infantil para promover o respeito à diversidade. E objetivos específicos: discutir aspectos teóricos sobre a cultura afro-brasileira e africana na educação infantil; descrever os fatores que contribuem para os atos de racismo praticados na sociedade; e sensibilizar professores e gestores da educação infantil para a inclusão da diversidade cultural, especificamente afro-brasileira e africana. A sociedade brasileira é formada pela miscigenação do seu povo, uma mistura de raças, cores e culturas, e se referindo a culturas se perpetuam também um preconceito de raças. Refletir sobre o respectivo tema é essencial para aprofundar os conhecimentos sobre a diversidade cultural e promover a valorização das culturas existentes em nossa sociedade. A metodologia utilizada neste estudo é uma revisão bibliográfica fundamentada em autores como: Silva (2005), Seabra e Souza (2010), Moura (2005), documentos como a Base Nacional Comum Curricular (2018) e estudos sobre a história e cultura afrobrasileira e africana na educação básica e em específico no ensino infantil. A pesquisa possibilitou compreender que a inclusão do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana na educação infantil conduz a reflexão sobre a diversidade e promove o respeito às diferenças de modo a combater os atos de racismo praticados e perpetuados na sociedade brasileira.
A importância da formação continuada do professor para a educação inclusiva no ensino fundamental
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-10-13) Maniçoba, Elionara Gomes; Souza, Adriana Aparecida de; Santos, Anderson Cristopher dos; http://lattes.cnpq.br/9314022204497649; Beviláqua, André Firpo; http://lattes.cnpq.br/3422363329512937
O presente artigo apresenta uma reflexão sobre a importância da formação continuada do professor para a educação inclusiva no ensino fundamental. Tendo como objetivo geral analisar a importância da formação continuada numa perspectiva inclusiva dos professores para o desenvolvimento de práticas pedagógicas para alunos com deficiência. E os objetivos específicos foram: investigar a formação de professores de uma escola do ensino fundamental, principalmente numa perspectiva de educação inclusiva; e identificar os principais desafios e as dificuldades enfrentadas pelos professores que os impendem de buscar conhecimento contínuo. Nesse sentido, nos questionamos: quais as contribuições que a formação continuada com foco na educação inclusiva proporciona para o crescimento profissional desses professores e sua prática pedagógica e que mudanças que provocam no trabalho com alunos com deficiência? Para responder esse questionamento o trabalho tem como caminho metodológico a pesquisa explicativa e a pesquisa bibliográfica. E para a coleta de dados utilizamos o questionário aplicado a 11 professores da rede municipal do município de Alexandria a partir da metodologia bola de neve, em que um professor indicava outro para responder o questionário. Os resultados evidenciam que os professores sentem bastante dificuldades para incluir os alunos com deficiência no ensino regular, devido à falta de capacitação para criar propostas educacionais inclusivas. Para tanto, compreendemos que seja fundamental que os professores e toda a equipe escolar sejam capacitados, sendo necessário realizar investimentos na escola para atender as demandas da diversidade dos alunos presentes na escola. Diante do pressuposto, certifica-se a importância da implementação de mudanças na forma de ensinar para atender a diversidade escolar, com a concretização da inclusão de todos com deficiência.
Lacunas teóricas no texto da BNCC sobre práticas de letramento na educação infantil: uma reflexão
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-10) Vieira, Luciene de Fátima Dantas; Costa, Alan Ricardo; 0000-0001-8132-6202; http://lattes.cnpq.br/6630818177789263; http://lattes.cnpq.br/6259235083350896; Souza, Adriana Aparecida de; 0000-0001-6933-1121; http://lattes.cnpq.br/4374508981403235; Oliveira, Carlos Moisés de; 0000-0003-2653-9197; http://lattes.cnpq.br/3229878557565754
Este texto está embasado em uma pesquisa bibliográfica, de cunho teórico-argumentativo, acerca das lacunas e de aprofundamento teórico no texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), relacionado aos processos de letramento que envolvem a aquisição da leitura e da escrita na Educação Infantil. No documento, enxergamos que as competências e habilidades propostas no Campo de Experiência “Escuta, Fala, Pensamento e Imaginação”, destinado aos quesitos de linguagem e comunicação, não aprofundam (nem mencionam no corpo do texto) o termo “letramento(s)” e seu(s) conceito(s) subjacente(s). De acordo com o constatado, objetivamos discutir sobre esses vazios deixados por seus organizadores, uma vez que falar sobre competências e habilidades a serem desenvolvidas na leitura e na escrita implica (1) falar de projetos de letramentos e (2) preencher espaços a partir da perspectiva de docentes, aqueles profissionais que de fato podem desenvolver na prática um trabalho pedagógico no viés dos letramentos. Para desenvolver este estudo, bem como nossos argumentos, guiamo-nos pela pesquisa qualitativa e nos fundamentamos, principalmente, pelos trabalhos de Kleiman (1995) e Soares (2001) tomando como objeto de estudo a própria BNCC. Ao final desse estudo, levantamos reflexão acerca da problemática exposta a fim de que o tema possa ser considerado relevante, passivo de discussões e de contribuições ao texto inicial.
O processo de inclusão escolar de um aluno com Síndrome de Down nos anos iniciais no contexto do ensino remoto: um estudo de caso
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-08) Lima, Alessandra Costa Fontes; Souza, Adriana Aparecida de
Este artigo apresenta um estudo sobre o processo de inclusão de um aluno com Síndrome de Down no Ensino Fundamental anos iniciais no contexto do ensino remoto, modelo adotado devido à pandemia causada pela covid19. Tem como objetivo analisar o processo de inclusão de um aluno com Síndrome de Down nos anos iniciais no ensino regular de uma escola pública no contexto do ensino remoto. Para atender o objetivo da pesquisa utilizou-se como metodologia a pesquisa explicativa e estudo de caso. Quanto aos procedimentos técnicos da pesquisa utilizamos a pesquisa bibliográfica sobre o assunto estudado destacamos: Souza (2006), Valente et al. (2020), Martins (2021), Mantoan (2003), Castro e Pimentel (2009), Voivodic (2004), Fernandes (2020) e Cerqueira e Ferreira (2000) entre outros. Para a coleta de dados utilizou-se às técnicas de observação das aulas remotas e aplicação de questionários com 3 professores e 1 coordenador pedagógico do aluno com Síndrome de Down. Para a análise de dados foi utilizada a pesquisa qualitativa, em que analisamos a percepção dos participantes da pesquisa sobre a inclusão do aluno com Síndrome de Down. O interesse pelo tema surgiu da experiência de ser mãe de uma criança com Síndrome de Down e a necessidade de conhecer o processo de inclusão de crianças com deficiência. Dessa forma, acredita-se que a pesquisa é relevante, pois pode contribuir com a prática docente para melhor atender as crianças com Síndrome de Down no processo de ensino aprendizagem numa perspectiva inclusiva. Os resultados destacam que o processo de inclusão do aluno pesquisado no contexto do ensino remoto ocorre de forma incipiente e delicada, de modo que é perpassada por uma série de desafios que tendem a limitar as possibilidades de desenvolvimento da criança dentro da instituição de ensino a qual está inserido.
A utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) como ferramenta pedagógica capaz de proporcionar novas formas de ensino
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-09) Lima, Alex da Silva; Souza, Adriana Aparecida de
O presente trabalho é fruto de um relato de experiência que tem como tema as dificuldades da utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), bem como, uso das tics como ferramenta pedagógica capaz de proporcionar novas formas de ensino. O trabalho apresenta uma reflexão sobre a experiência proporcionada pelo estágio docente na Educação Infantil, na turma do Jardim II da Escola Municipal Cantinho Feliz (nome fictício), situada na cidade de Lajes Pintadas-RN. A experiência construída no contato com a comunidade escolar, durante o estágio supervisionado, também ajudou a compreender o fazer pedagógico escolar e conhecer a realidade do público infantil. Constatou-se que a docente entrevistada apresenta dificuldades entre as quais a falta de garantia para a continuidade das atividades pedagógicas e a falta de conhecimentos sobre as TICs e sobre como acessar a internet para as crianças. Além de tudo isso, as práticas pedagógicas utilizadas na turma eram pouco atrativas para as crianças. O objetivo geral deste estudo foi analisar as contribuições das TICs como novas estratégias de aprendizagem. Diante desse cenário, fez-se necessária uma intervenção para que tinha como direcionamento a utilização das TICs, de uma forma mais acessível às crianças do Jardim II, como a TV e breves momentos com os smartphones dos pais, o que tornou as aulas mais dinâmicas e atraentes. A pesquisa que fundamentou o estudo foi de natureza bibliográfica e documental, pois se realizou uma revisão da literatura em autores que abordam o tema e em documentos que norteiam o ensino, como o Projeto Político Pedagógico da instituição (PPP). Os resultados apontaram a necessidade de mudança na forma de aplicar as atividades, neste momento em que se impõe a realização de um ensino remoto emergencial que contribua com o desenvolvimento integral dessas crianças que necessitam ter seus direitos de aprendizagens respeitados e garantidos, como preconizam as diretrizes para a Educação Infantil.
Vivências da violência intrafamiliar : o simbolismo dos desenhos infantis
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-08-08) Souza, Adriana Aparecida de; Germano, José Willington; ; alineguimaraes@hotmail.com; ; http://lattes.cnpq.br/4374508981403235; Paiva, Irene Alves de; ; http://lattes.cnpq.br/7842254018559167; Brandão, Isabel Cristina de J.; ; http://lattes.cnpq.br/7700739968324140; Silva, Lenina Lopes Soares; ; Takeuti, Norma Missae; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781949U5
Trata-se de um estudo acerca de violência contra crianças vista como uma ação humana inaceitável, mas ainda presente nas sociedades contemporâneas, notadamente no espaço intrafamiliar. Problematiza essa realidade, inserindo-a na sociedade brasileira, tendo como campo empírico cinco escolas da rede pública da cidade de Natal, no Estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil, e como sujeitos crianças matriculadas do 1º ao 5º ano no ensino fundamental, gestores, equipe pedagógica e professores das escolas investigadas. O objetivo primordial é buscar compreender como as crianças significam, através do desenho, a violência intrafamiliar e com suas famílias. Para tanto, parte da hipótese de que essa violência chega à escola e que, portanto, precisa ser identificada pelos responsáveis pela ação educativa formativa. A pesquisa considera a educação pela violência refletida no propósito e finalidade desta pesquisa, visando compreendê-la como prática social aética, como um impedimento de fato, uma ação contrária a qualquer processo socializador. Como procedimento de coleta de dados, utilizou-se de questionários aplicados entre gestores e a equipe pedagógica, os quais expressaram sua visão sobre a violência e como esta se apresenta na escola, reconhecendo as implicações desse ato para o desenvolvimento das crianças. O estudo valeu-se, ainda, da colaboração por parte das educadoras que, através de cartas, mostraram como identificam e como agem diante da violência sofrida pelas crianças. As crianças pesquisadas denotaram em seus desenhos as práticas punitivas (desenhos de sandálias, cipó, cinto e colher de pau), presentes na educação por elas recebida. Os desenhos em que as crianças expressaram essa prática confirmaram que ainda há, no âmbito da sociedade brasileira e, especificamente, na cidade de Natal, a configuração de práticas punitivas como meio de conquistar a obediência infantil, tendo como fim punir o corpo do sujeito transgressor, isto é, uma educação que é imposta pela dor. Remete, portanto, a pensar que a escola como segundo espaço de socialização ainda não está preparada para lidar com esse fenômeno que, embora seja hoje visto como crime, passa, muitas vezes, despercebido no espaço educacional

SIGAA

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