Navegando por Autor "Souza, Maria de Fátima Dantas de"
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Dissertação Concepções e práticas de professoras da Educação Infantil de um CMEI de Natal/RN em relação à sexualidade das crianças: reflexões sobre a formação docente(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-06-25) Souza, Maria de Fátima Dantas de; Ribeiro, Cynara Teixeira; ; ; Melo, Elda Silva do Nascimento; ; Oliveira, Jacyene Melo de; ; Soares, Júlio Ribeiro; ; Nascimento, Zaeth Aguiar do;O presente trabalho tem como objetivo analisar as concepções das/os professoras/es em relação à sexualidade infantil e seus modos de agir diante de situações que envolvem manifestações sexuais das crianças nas escolas de educação infantil. O referencial teórico utilizado foram os estudos de Freud e de Foucault acerca dos temas sexualidade infantil e sexualidade, respectivamente, além de documentos norteadores da educação, da educação infantil e de referências para um trabalho com a sexualidade no âmbito educacional. Foi realizada uma investigação que contemplou uma etapa de pesquisa bibliográfica, realizada no Portal de Periódicos CAPES, com o intuito de investigar trabalhos que discutem práticas de professores de educação infantil no tocante às manifestações da sexualidade das crianças no contexto escolar, publicados entre os anos de 2008 e 2018; e outra de levantamento empírico com catorze professoras de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) de Natal/RN, sendo este último caracterizado como do tipo descritivo e de natureza qualitativa. No levantamento empírico, foram utilizadas como técnicas de pesquisa uma roda de conversa, a aplicação de questionários e a realização de entrevistas semiestruturadas. Os resultados apontam concepções das docentes em relação à sexualidade infantil majoritariamente pautadas em valores religiosos e pessoais, bem como a ideia preconcebida de que crianças não devem apresentar manifestações sexuais. Quando as docentes se deparam com tais manifestações, muitas vezes recorrem a ameaças e punições, tratando a questão fortemente no âmbito individual, sem incluir toda a turma no debate. Além disso, a relação entre escola e família para a abordagem desse tema é insuficiente, sendo o âmbito familiar encarado como último recurso para situações que a escola não consegue resolver. Houve consenso acerca das lacunas formativas existentes para a realização de um trabalho pedagógico com a sexualidade das crianças e acerca da ausência de discussões sobre tal temática na própria instituição. Esse último dado aponta para a necessidade de repensar os currículos dos cursos de formação inicial e as ofertas de formação continuada, colocando em evidência este objeto de estudo relativamente pouco visibilizado no meio educacional. As conclusões apontam que o trabalho pedagógico com a sexualidade das crianças no âmbito escolar torna-se ainda mais relevante diante do contexto atual que estamos vivendo no Brasil, em que testemunhamos graves retrocessos políticos no que tange à implementação de uma educação não sexista e que respeite a diversidade em todas as suas formas.