CERES - Especialização em História dos Sertões
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Navegando CERES - Especialização em História dos Sertões por Assunto "Convênios"
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postGraduateThesis.type.badge A americanização dos sertões do Seridó: a implantação do Programa "Alimentos para a Paz" e as frentes de trabalho(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-09-15) Silva, João Paulo de Lima; Lima, Jailma Maria de; Medeiros, Cleryston Rafaell Wanderley de; Fernandes, Paula RejaneEsta monografia tem como objeto de estudo o Programa Alimentos para a Paz, entre a segunda metade da década de 1960 e meados de 1970. O objetivo do trabalho foi perceber como os programas propagandeados como sendo de ajuda humanitária realizados no Sertão nordestino se tornaram decisivos na sobrevivência dos moradores da região. As consequências da seca para a população eram extremas, uma das alternativas encontradas pelos governantes foi a criação das Frentes de Emergência. Uma das políticas públicas implementadas pelo Estado através da Aliança para o Progresso, um acordo entre Brasil e Estados Unidos com a intenção de minimizar os impactos sociais decorrentes dos grandes períodos de estiagem através da doação de excedentes americanos sob a garantia de pagamento em longo prazo. O governo do estado do Rio Grande do Norte objetivava com isso, conter parte da população flagelada nos seus lugares de origem, como também, minimizar a fome e o descontrole na economia local gerado por esse fenômeno climático. Esse trabalho utilizou-se de documentos como relatórios, formulários e livros, e jornais, uma fonte muito importante que estão disponibilizados no site da Hemeroteca Digital Brasileira. Esses jornais nos mostram que, mais do que as notícias de progresso, calamidade e assistencialismo, também houve uma constante insatisfação a partir de fatores que desestabilizaram cada vez mais a região, seriam esses, a fome, doenças, indústria da seca e, muitas vezes a morte. Ao longo do período estudado, foram implementados tanto o Programa Alimentos para a Paz, como as Frentes de Trabalho, que se voltou para os sertanejos como atividades primordiais na sobrevivência da multidão, que tinha em troca da mão de obra na construção de obras emergenciais, um pagamento e pouca alimentação a serem repassados através dos convênios firmados entre os governos do Rio Grande do Norte e o governo dos Estados Unidos da América.