Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos por Assunto "Anti-inflamatório"
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Tese Avaliação da composição química e potencial biológico das flores, folhas, caules, frutos e sementes da espécie vegetal Cochlospermum vitifolium (Willd.) Spreng. (Pacotê)(2018-12-05) Sarmento Filha, Maria José; Pedrosa, Matheus de Freitas Fernandes; ; ; Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira; ; Ferreira, Leandro de Santis; ; Barbosa, Raquel de Melo; ; Teles, Yanna Carolina Ferreira;A espécie Cochlospermum vitifolium, conhecida popularmente como pacotê, é utilizada pela medicina popular no tratamento enfermidades como hipertensão, hepatite, icterícia, hiperglicemia, distúrbios inflamatórios, além de possuir propriedades emenagogas, que podem ser atribuídas à presença de constituintes químicos na espécie. Ainda não existem estudos químicos e biológicos com partes isoladas da planta, assim, o presente trabalho objetivou identificar os constituintes químicos presentes nos extratos etanólicos, frações hexânica, acetato de etila e metanólica das flores, folhas, caules, frutos e sementes da C. vitifolium, além de avaliar a atividade antioxidante in vitro e leishmanicida, bem como avaliar o potencial anti-inflamatório do extrato etanólico e fração acetato de etila das flores em modelos experimentais in vivo. O perfil químico dos extratos etanólico e frações das flores, folhas e caule da Cochlospermum vitifolium foi registrado por UPLC-DAD-MS/MS. Os compostos das flores foram identificados como taninos hidrolisáveis (galotaninos, galoilquínicos, elagitaninos), flavonóides, derivados fenólicos da poliamida espermidina, ácidos graxos hidroxilados, além dos compostos: ácido quínico, ácido siríngico, di-hexosídeo do ácido cinâmico e ácido arjunólico. Para o caule, a prunina, taxifolina, aromadendrina, naringenina e canferol foram além de alguns compostos também observados nas flores. O teor de fenólicos totais das amostras foi expresso em equivalentes de ácido gálico por grama de amostra, destacando-se a fração acetato de etila das flores (525,90 mg EAG/g). O potencial antioxidante foi investigado pelos ensaios radical DPPH, atividade antioxidante total, quelação dos íons de ferro e cobre, poder redutor e sequestro dos radicais superóxidos (O2 - ) e hidroxilas (OH- ). A amostra que melhor apresentou atividade antirradicalar frente ao radical DPPH (IC50 = 5,03 ± 0,10), quelação dos íons de cobre (84,26%) e sequestro do radical O2 - (99,18%) numa concentração de 0,05 mg/mL foi a Fr AcOEt das flores. Os extratos e frações das flores, folhas, caules e frutos, apresentaram habilidade redutora dose dependente, com poder redutor acima de 100% em 0,25 mg/mL. A fração metanólica dos frutos apresentou melhor capacidade antioxidante frente ao radical OH- (39,84% em 0,3 mg/mL). A melhor habilidade de quelação dos íons de ferro (52,27% em 0,3 mg/mL). A atividade leishmanicida foi avaliada para as formas promastigotas, sendo as frações hexânicas das folhas e do caule capazes de inibir o crescimento dos parasitas. O extrato etanólico e fração acetato das flores da C. vitifolium apresentaram atividade anti-inflamatória nos modelos experimentais em estudo. Os resultados revelaram a presença de importantes compostos químicos em amostras de C. vitifolium, podendo ser responsáveis pela atividade antioxidante, leishmanicida e anti-inflamatória, revelando um potencial terapêutico para o desenvolvimento de novas moléculas com atividade anti-inflamatória.