Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos
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Tese Abordagens inovadoras para a identificação da endometrite crônica: comparação de métodos de coleta e análises imunohistoquímicas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-04-22) Ferreira, Délis de Oliveira; Ferrari, Márcio; Lanza, Daniel Carlos Ferreira; https://orcid.org/0000-0002-2425-7586; http://lattes.cnpq.br/5782539548696465; http://lattes.cnpq.br/7235544487334911; Oliveira, Ana Katherine da Silveira Gonçalves de; Nascimento, Ermeton Duarte do; http://lattes.cnpq.br/5059231323892121; Sarmento, Ayane Cristine Alves; Cobucci, Ricardo Ney OliveiraA endometrite crônica (EC) é caracterizada pela inflamação do endométrio, tecido quereveste a cavidade uterina, e está associada a manifestações clínicas que incluemirregularidades menstruais, dor pélvica, complicações obstétricas e infertilidade. Noentanto, a ausência de sintomas específicos pode dificultar a identificação precoce eprecisa da doença. Essa dificuldade no diagnóstico reside ainda no fato de que os métodosdisponíveis apresentam limitações de sensibilidade e especificidade, evidenciando anecessidade do desenvolvimento de um protocolo diagnóstico para a doença que sejaeficiente e economicamente viável. Dentro desse contexto, essa pesquisa propôsabordagens inovadoras para a identificação precoce da doença e o desenvolvimento deum protocolo acessível, preciso e clinicamente relevante. Para isso, foi realizada umarevisão de literatura, com o objetivo de apresentar um painel que inclui os principaisgêneros bacterianos associados à endometrite. Os gêneros mais citados foram Chlamydiaspp., Ureaplasma spp., Streptococcus spp., Mycoplasma spp., e Enterococcus spp, osquais se relacionam a importantes alterações inflamatórias endometriais. Visandocomparar diferentes métodos para realização de biópsia endometrial, quanto à suaviabilidade em permitir o diagnóstico da endometrite a partir de análises histopatológicase imuno-histoquímicas para CD138, CD56 e PGP 9.5, foram coletadas amostras de tecidoendometrial em pacientes atendidas no setor de histeroscopia cirúrgica na MaternidadeEscola Januário Cicco (MEJC), Natal-RN. O tecido endometrial foi obtido através dehisteroscopia, pipelle de Cornier, e cateter uretral (Nelaton®) acoplado a uma seringa. Nãoforam identificadas diferenças significativas entre a caracterização histopatológica e amarcação imuno-histoquímica quando se comparou os três métodos de coleta utilizados.Sugere-se, portanto, o uso do cateter uretral acoplado a seringa como um novo métodopara realização de biópsia endometrial, sendo este mais acessível financeiramente; commenor risco de complicação posterior ao procedimento, e tão eficiente para a obtenção detecido endometrial quando os outros métodos citados. Além disso, com o objetivo deinvestigar a relação entre a expressão de CD138, fatores clínicos e as característicascitológicas e microbiológicas cérvico-vaginais, comparando dois métodos de biópsiaendometrial: histeroscopia e cateter endometrial, foram analisadas amostras de mulheresem menacme, sem histórico de doença crônica. As amostras foram submetidas a análisesimunohistoquímicas, citologia cérvico-vaginal, Score de Nugent e detecção molecular depatógenos por qPCR. Observou-se que fatores clínicos como idade, histórico reprodutivoe patologias uterinas não estiveram associados à presença de plasmócitos no endométrio.A associação significativa do uso de hormônios, desvio de flora com bacilossupracitoplasmáticos e a detecção de hemácias íntegras e degeneradas na região cérvicovaginal, com o aumento de plasmócitos marcados com o anticorpo CD138, sugerem umpapel relevante na fisiopatologia da EC, possivelmente por contribuir para um ambienteinflamatório persistente. Além disso, esses dados reforçam a importância da análisecitológica como exame complementar na identificação de pacientes com a doença. Emconjunto, estes dados mostram que a presença dos microrganismos citados no endométriopode comprometer a saúde reprodutiva feminina, e que o uso de cateter uretral do tipoNelaton® adaptado para fins de realização de biópsia pode despontar como umapromissora forma de se obter amostras de tecido endometrial, seja para realização deanálises microscópicas teciduais, seja para a identificação de microrganismosrelacionados à EC, bem como a identificação de outras patologias uterinas.Tese Alfa-tocoferol previne os déficits cognitivos, motores e neuronais em um modelo de parkinson progressivo em ratos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-12-12) Silva, Aldair José Sarmento; ; http://lattes.cnpq.br/0101190051087933; ; http://lattes.cnpq.br/7521684851617784; Ribeiro, Alessandra Mussi; ; http://lattes.cnpq.br/7373640456805525; Gavioli, Elaine Cristina; ; http://lattes.cnpq.br/1759328747578795; Cavalcante, Jeferson de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/2378505945149958; Abilio, Vanessa Costhek; ; http://lattes.cnpq.br/2393173678667897A doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurodegenerativo progressivo que afeta aproximadamente de 1-2% da população mundial, com maior prevalência entre os homens. Os principais sintomas são motores, e incluem bradicinesia, rigidez, instabilidade postural e tremor em repouso. Além disso, ocorrem sintomas não motores, tais como distúrbios do sono, ansiedade, depressão, e déficits cognitivos. Tais alterações clínicas são consequência da perda irreversível de neurônios dopaminérgicos principalmente na substância negra parte compacta. O tratamento mais eficaz para a DP é o uso da levodopa, porém, esta medicação trata apenas os sintomas, apresentando limitações após o uso prolongado. Sendo assim, consideram-se alternativas de tratamento que pudessem conferir neuroproteção, retardando a progressão da doença e/ou prevenindo o surgimento dos sintomas. Um exemplo seria o uso de antioxidantes, dentre eles, o α-tocoferol. Os mecanismos, assim como a natureza crônica da doença, podem ser mimetizados e estudados a partir do uso de modelos animais. Dessa forma, o principal objetivo do nosso estudo foi investigar os efeitos da administração do α-tocoferol sobre os danos motores, cognitivos e neuronais em um modelo animal para doença de Parkinson. Utilizamos a administração repetida de uma dose baixade reserpina, concomitante com a aplicação de α-tocoferol. Nós observamos que o tratamento repetido com reserpina provocou déficits cognitivos e motores de forma progressiva, além de uma diminuição na marcação para a enzima tirosina hidroxilase (envolvida na síntese de dopamina) na via nigroestriatal. No entanto, esses déficits não foram apresentados pelo grupo de animais tratados com α-tocoferol, evidenciando um provável efeito neuroprotetor provacado pelo antioxidante. Podemos concluir que a aplicação de α-tocoferol foi capaz de previnir as alterações causadas pela administração de reserpina. Ainda, o nosso estudo sugere que a indução de danos motores e cognitivos progressivos pela reserpina quando aplicada em baixas doses são adequados para o estudo de possíveis intervenções neuroprotetornas para a DP.Tese Análise de plasma sanguíneo por espectroscopia ATR-FTIR: identificação de biomoléculas em mulheres com diabetes mellitus gestacional e suas implicações em desfechos adversos neonatais(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-08-31) Silva, Emanuelly Bernardes de Oliveira da; Freitas, Janaina Cristiana de Oliveira Crispim; Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira; ; ; ; Dametto, Juliana Fernandes dos Santos; ; Ururahy, Marcela Abbott Galvao; ; Cornetta, Maria da Conceicao de Mesquita; ; Pancoto, João Alexandre Tres; ; Rassi, Diane Meyre;O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é um desequilíbrio hiperglicêmico, queafeta 5 - 25% das gestações em todo o mundo. Atualmente, existe uma falta deconsenso no conhecimento da fisiopatologia da DMG. Nosso estudo propõe ouso da Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier comRefletância Total Atenuada (ATR-FTIR), utilizando amostras de plasmasanguíneo de gestantes. O estudo foi realizado com mulheres com DMG (n =50) e grupo controle (n = 50) atendidas no Departamento de Ginecologia eObstetrícia do Hospital Terciário. O plasma sanguíneo foi inserido no ATR-FTIRpara análise da impressão digital na região de interesse biológico (1.800 - 900cm-1), analisado de acordo com os modelos não supervisionados PCA esupervisionados SPA e GA, juntamente com aos algoritmos LDA, QDA, SVM.Em geral, os resultados obtidos pelo GA-LDA foram os mais satisfatórios,utilizando apenas variáveis espectrais escolhidas que poderiam estarrelacionadas a grupos químicos de diferentes biomoléculas. Os modelos GALDA classificaram corretamente o grupo DMG vs grupo Controle, apresentandosensibilidade e especificidade de 96,7% e atribuíram os principaisdiscriminadores entre as classes de biomoléculas de lipídios, carboidratos eproteinas (região de 1.500 a 1.800 cm-1). Este estudo demonstra apotencialidade das técnicas de ATR-FTIR e modelos multivariadas comopossíveis metodologias para a caracterização da DMG. Sugerimos que oaumento desses picos na região das biomoléculas de proteinas possa estarrelacionado à fisiopatologia da DMG. Em relação aos desfechos, observou-seque os neonatos que apresentaram macrossomia estavam associados àsmulheres com DMG, que apresentaram menor densidade de proteinas nasregiões 1.587 cm-1 e 1.589 cm-1. A combinação de informações específicas dopaciente com dados de biomarcadores sanguíneos abre uma nova perspectivapara investigar os mecanismos no DMG. A abordagem descrita aqui pode serútil para a identificação e exploração de DMG sob várias condições fisiológicase fisiopatológicas.Tese Análise energética in silico das interações: ERα-Tamoxifeno, ERα- Raloxifeno e Integrina αVβ3-Cilengitide(2016-10-07) Mota, Kyvia Bezerra; ; http://lattes.cnpq.br/9579151361576173; ; http://lattes.cnpq.br/6175130067753726; Andrade Neto, Valter Ferreira de; ; http://lattes.cnpq.br/4863082845974813; Gavioli, Elaine Cristina; ; http://lattes.cnpq.br/1759328747578795; Albuquerque, Eudenilson Lins de; ; http://lattes.cnpq.br/3594651355252245; Galvão, Douglas Soares; ; http://lattes.cnpq.br/9138028556380501; Moura, Francisco Anacleto Barros Fidelis de; ; http://lattes.cnpq.br/2051616130490628Essa tese trata de duas pesquisas com diferentes naturezas conceituais no campo da modelagem molecular, porém baseadas em semelhantes princípios teóricos da física quântica e da química computacional. No primeiro estudo, as estabilidades dos sistemas ERα-OHT (Receptor α de Estrógeno-Hidroxitamoxifeno), ERα-RAL (Receptor α de Estrógeno-Raloxifeno) e Integrina αvβ3-Cilengitide foram determinadas em termos energéticos a partir da técnica de fracionamento molecular com capuzes conjugados (MFCC) e no escopo da teoria do funcional da densidade (DFT) seguindo o esquema GGA-PBE-Grimme para calcular a interação energias dos sistemas estudados. No primeiro estudo, foi possível predizer a relevância individual dos aminoácidos Glu, Asp, Arg, Lys no sistema com o Tamoxifeno e Glu, Asp e Lys com o Raloxifeno. Para isso ser possível, as forças de atração e repulsão dos resíduos que compõem os sistemas foram calculadas. Cada um desses resíduos apresentou uma energia de interação que variou dependendo da natureza química da sua cadeia lateral, do ambiente de microsolvatação que o envolve e dos contatos intermoleculares que estabelece. O estudo pioneiro da estabilidade conformacional em termos energéticos de uma região livre de aminoácidos incitará pesquisas centradas no desenvolvimento e síntese de novos antagonistas utilizados no tratamento de diversas patologias comuns na população geral. No segundo estudo, foram determinadas as propriedades energéticas do sistema Integrina αVβ3-Cilengitide, cuja estrutura cristalográfica apresenta cátions Mn+2. Observou-se a importâncias dos aminoácidos Ser, Asp, Leu, Arg, Lys, Ala e Pro na interaçao da integrina com o fragmento RGD (R: arginina; G: glicina; D: ácido aspártico) do cilengitide. A importância da integrina com o fragmento RGD no mecanismo de adesão de diversas células envolvidas nas doenças cancerígenas e também na implantação embrionária permitirá o desenvolvimento de novas terapias impactantes na sobrevida de pacientes portadores de diversas neoplasias e na reprodução humana.Tese Aplicação do infravermelho próximo aliada à calibração multivariada para construção da tecnologia analítica em processo na produção da olanzapina compridos revestidos(2018-02-27) Amorim, Marcelo Vitor de Paiva; Lima, Kassio Michell Gomes de; ; ; ; Nogueira, Fernando Henrique Andrade; ; Solon, Lilian Grace da Silva; ; Soares, Luiz Alberto Lira; ; Scotti, Marcus Tullius;A Olanzapina é um benzoadizepínico que provou ter eficácia contra os sintomas positivos e negativos da esquizofrenia, transtorno bipolar e outras psicoses. A indústria farmacêutica e laboratórios analíticos têm focado na qualidade, segurança e eficiência de seus produtos, para isso ferramentas de planejamento e monitoramento são inseridas na escala de produção. O conceito de Tecnologia de Processos Analíticos introduz abordagens inovadoras, como melhorias no controle do processo e na compreensão dos procedimentos realizados para aumentar a eficiência. O presente estudo teve como objetivo aplicar a técnica da espectroscopia no infravermelho próximo para a construção da Tecnologia Analítica em Processo na produção da Olanzapina comprimidos revestidos, uma vez que essa técnica tem ganhado amplo uso, por não necessitar de tratamento nas amostras, ausência da produção de resíduos e as análises são rápidas, quando comparada com as técnicas de referência, por exemplo: as cromatografias. Previamente à implantação da Tecnologia Analítica em Processo são necessárias etapas em bancada para avaliar se a técnica é sensível para o objetivo. Para isso foram desenvolvidos métodos alternativos para comparar com os de referência. No capítulo 1 foi realizado o doseamento do fármaco por cromatografia líquida de alta eficiência e por infravermelho próximo associado a técnicas de calibração multivariada (regressão parcial dos mínimos quadrados – PLS, após prétratamento dos espectros). Os resultados encontrados pelo método por infravermelho próximo foram comparados aos obtidos pela cromatografia e como resposta, o doseamento obtido por ambos não mostrou diferença estatisticamente significativa. Já no capitulo 2, a tese foi focada na construção de cartas controles multivariadas, baseadas no Sinal Analítico Líquido (NAS) para monitoramento do doseamento do fármaco em amostras laboratoriais e de produção utilizando a espectroscopia no infravermelho próximo. As cartas de controle (NAS, interferentes e resíduos) foram construídas e mostraram-se promissoras com elevado nível de reconhecimento (95 a 100%) das amostras que estavam realmente dentro ou fora do intervalo especificado. Por fim, no capítulo 3 a determinação do conteúdo de água por infravermelho próximo associado à calibração multivariada, PCR, de granulados da mistura de Olanzapina e excipientes em amostras laboratoriais e de produção foi analisada em comparado ao método de referência (Karl Fischer). Os resultados, quando o NIR e o Karl Fischer foram comparados, não apresentaram diferenças estatisticamente significantes, demonstrando que o NIR associado à calibração multivariada também funciona para a análise do conteúdo de água nos comprimidos de Olanzapina revestidos.Os resultados mostraram que a construção dos modelos de calibração multivariados, associados aos espectros obtidos do infravermelho próximo foram promissores, quando comparado aos dados obtidos pelos métodos de referência. Portanto, a ferramenta analítica alternativa (infravermelho próximo) poderá ser inserida em escala de produção para o monitoramento da qualidade do fármaco na matriz utilizada.Tese Avaliação anti-inflamatória e antipeçonhenta das espécies Hancornia speciosa e Mimosa tenuiflora em modelos experimentais de inflamação e envenenamento induzidos por Bothrops jararaca e Tityus serrulatus(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-03-20) Bitencourt, Mariana Angélica Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/2929963416385218; ; http://lattes.cnpq.br/0893922249078027; Tambourgi, Denise Vilarinho; ; http://lattes.cnpq.br/9562680870970641; Gavioli, Elaine Cristina; ; http://lattes.cnpq.br/1759328747578795; Freitas, Janaina Cristiana de Oliveira Crispim; ; http://lattes.cnpq.br/2644540835478572; Silva, Wilmar Dias da; ; http://lattes.cnpq.br/2762547320425528Os acidentes ocasionados por animais peçonhentos, pela frequência com que ocorrem e pela mortalidade que ocasionam, representam um sério problema de saúde pública em diversas regiões do Brasil, bem como em outros países do mundo. O uso de extratos de plantas medicinais como antídoto para casos de envenenamento é uma antiga prática utilizada, ainda hoje, em muitas comunidades que não têm acesso à soroterapia. As plantas medicinais representam uma importante fonte de obtenção de compostos bioativos capazes de auxiliar diretamente no tratamento do envenenamento ou indiretamente, suplementando a soroterapia utilizada atualmente. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito dos extratos aquosos, frações e compostos isolados das espécies Mimosa. Tenuiflora (jurema preta) e Harconia speciosa (mangaba) no processo inflamatório induzido por carragenina e as peçonhas de Bothrops jararaca e Tityus. serrulatus. Os resultados demonstraram que tanto os extratos de M. tenuiflora quanto de H. speciosa foram capazes de inibir a migração celular e a produção de citocinas no modelo de peritonite induzido por carragenina e peçonha de T. serrulatus. No modelo de envenenamento por B. jararaca, os camundongos tratados com os extratos das plantas em estudo reduziram o influxo leucocitário para a cavidade peritoneal. Por último, os extratos das plantas M. tenuiflora e H. speciosa apresentaram atividade antiflogística, reduzindo a formação do edema exercendo também uma ação inibitória da migração de leucócitos e dano tecidual na inflamação local induzida pela peçonha de B. jararaca. Além disso, foi desenvolvida a análise fitoquímica de ambos os extratos aquosos obtidos. Nessa abordagem,foi possível identificar, por meio de Cromatografia em Camada Delgada (CCD), a presença de flavonóides e saponinas ou terpenos no extrato aquoso da espécie vegetal M. tenuiflora. Paralelamente, por meio da análise por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), foi possível identificar a presença de rutina e ácido clorogênico no extrato aquoso da planta H. speciosa. A partir dos resultados apresentados, pode-se concluir então, que a administração dos extratos, frações e compostos isolados de M. tenuiflora e H. speciosa resultou na inibição do processo inflamatório em diversos modelos experimentais. Este estudo demonstra, pela primeira vez, o efeito das plantas M. tenuiflora e H. speciosa na inibição da inflamação causada pelas peçonhas de B. jararaca e T. serrulatus.Tese Avaliação da composição química e potencial biológico das flores, folhas, caules, frutos e sementes da espécie vegetal Cochlospermum vitifolium (Willd.) Spreng. (Pacotê)(2018-12-05) Sarmento Filha, Maria José; Pedrosa, Matheus de Freitas Fernandes; ; ; Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira; ; Ferreira, Leandro de Santis; ; Barbosa, Raquel de Melo; ; Teles, Yanna Carolina Ferreira;A espécie Cochlospermum vitifolium, conhecida popularmente como pacotê, é utilizada pela medicina popular no tratamento enfermidades como hipertensão, hepatite, icterícia, hiperglicemia, distúrbios inflamatórios, além de possuir propriedades emenagogas, que podem ser atribuídas à presença de constituintes químicos na espécie. Ainda não existem estudos químicos e biológicos com partes isoladas da planta, assim, o presente trabalho objetivou identificar os constituintes químicos presentes nos extratos etanólicos, frações hexânica, acetato de etila e metanólica das flores, folhas, caules, frutos e sementes da C. vitifolium, além de avaliar a atividade antioxidante in vitro e leishmanicida, bem como avaliar o potencial anti-inflamatório do extrato etanólico e fração acetato de etila das flores em modelos experimentais in vivo. O perfil químico dos extratos etanólico e frações das flores, folhas e caule da Cochlospermum vitifolium foi registrado por UPLC-DAD-MS/MS. Os compostos das flores foram identificados como taninos hidrolisáveis (galotaninos, galoilquínicos, elagitaninos), flavonóides, derivados fenólicos da poliamida espermidina, ácidos graxos hidroxilados, além dos compostos: ácido quínico, ácido siríngico, di-hexosídeo do ácido cinâmico e ácido arjunólico. Para o caule, a prunina, taxifolina, aromadendrina, naringenina e canferol foram além de alguns compostos também observados nas flores. O teor de fenólicos totais das amostras foi expresso em equivalentes de ácido gálico por grama de amostra, destacando-se a fração acetato de etila das flores (525,90 mg EAG/g). O potencial antioxidante foi investigado pelos ensaios radical DPPH, atividade antioxidante total, quelação dos íons de ferro e cobre, poder redutor e sequestro dos radicais superóxidos (O2 - ) e hidroxilas (OH- ). A amostra que melhor apresentou atividade antirradicalar frente ao radical DPPH (IC50 = 5,03 ± 0,10), quelação dos íons de cobre (84,26%) e sequestro do radical O2 - (99,18%) numa concentração de 0,05 mg/mL foi a Fr AcOEt das flores. Os extratos e frações das flores, folhas, caules e frutos, apresentaram habilidade redutora dose dependente, com poder redutor acima de 100% em 0,25 mg/mL. A fração metanólica dos frutos apresentou melhor capacidade antioxidante frente ao radical OH- (39,84% em 0,3 mg/mL). A melhor habilidade de quelação dos íons de ferro (52,27% em 0,3 mg/mL). A atividade leishmanicida foi avaliada para as formas promastigotas, sendo as frações hexânicas das folhas e do caule capazes de inibir o crescimento dos parasitas. O extrato etanólico e fração acetato das flores da C. vitifolium apresentaram atividade anti-inflamatória nos modelos experimentais em estudo. Os resultados revelaram a presença de importantes compostos químicos em amostras de C. vitifolium, podendo ser responsáveis pela atividade antioxidante, leishmanicida e anti-inflamatória, revelando um potencial terapêutico para o desenvolvimento de novas moléculas com atividade anti-inflamatória.Tese Avaliação da eficácia de produto homeopático contendo Momordica charantia 12CH no controle dos sintomas do trato urinário inferior, causados pela hiperplasia benigna da próstata: ensaio clínico(2017-09-29) Esposito, Regina Carmen; Aragão, Cicero Flávio Soares; http://lattes.cnpq.br/9657118649043311; http://lattes.cnpq.br/1204106919055689; Medeiros, Aldo da Cunha; Rego, Amalia Cinthia Meneses do; http://lattes.cnpq.br/3240686272929972; Formiga, Cipriano da Cruz; http://lattes.cnpq.br/2004481424615313; Pereira, Mauricio GalvãoO aumento benigno da próstata, mais conhecido como hiperplasia benigna da próstata (HBP), leva a sintomas do trato urinário inferior (STUI), que contribuem para diminuir a qualidade de vida dos homens acima da quarta década. O mesmo vem sendo tratado, na sua maioria, por medicamentos alopáticos do grupo dos inibidores da 5-alfa-redutase e/ou alfa-bloqueadores e/ou fitoterápicos. A literatura científica apresenta uma escassez de ensaios clínicos randomizados, controlados com cegamento sobre a eficácia de medicamentos homeopáticos que já tenham matéria médica para esta doença, bem como de novos remédios homeopáticos. O presente estudo visou a avaliar a eficácia do produto homeopático, contendo Momordica charantia 12CH, no controle dos STUI, devido à HBP em ensaio clínico, randomizado, duplo cego e placebo controlado. Foram aleatorizados 81 pacientes em grupo A - Placebo e grupo B - Momordica charantia 12CH e avaliados a cada consulta pela anamnese, com o Escore Internacional de Sintomas Prostáticos (IPSS), pelos exames de imagem com mensuração do Volume Prostático (PV) e do Volume de Urina Residual Pós-esvaziamento (PVR) e laboratoriais pelo Antígeno Prostático Específico (PSA), Proteína C Reativa quantitativa (PCR) e Interleucina-6 (IL-6). Em 72 amostras, foram realizados imunofenotipagem de linfócitos e subpopulações por citometria de fluxo. Tanto a variável principal (IPSS) quanto as variáveis secundárias (PSA, PV, PVR e PCR) e acessórias (IL-6, linfócitos totais, linfócitos B, linfócitos T, linfócitos T helper, linfócitos T citotóxico e relação CD4/CD8 e células Natural Killer) não apresentaram significância estatística nas médias entre os grupos tratado e Placebo. Quanto às variáveis de segurança, o uso da medicação homeopática, pelos pacientes, não trouxe interferência durante os seis meses do experimento, seja na taxa de glicemia de jejum, seja nas dosagens de alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase, fosfatase alcalina, bilirrubinas totais e frações e creatinina, usadas para avaliação hepática e da função renal respectivamente. A ausência de infecção urinária, confirmada pelo sumário de urina dos pacientes, predominou em ambos os grupos A e B durante todo o período do ensaio clínico. Pode-se concluir que o tratamento com a Momordica charantia 12CH não apresentou diferença significativa para o placebo, quanto à eficácia no controle dos STUI, por HBP, porém mostrou-se seguro. Pesquisas de alta qualidade, que permitam a prescrição, a partir da individualização dos sintomas e com diferentes dinamizações, devem ser realizadas, para possibilitar uma interpretação mais decisiva.Tese Avaliação da genotoxicidade em mulheres com síndrome dos ovários policísticos: impacto da dieta(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-12-11) Soares, Nayara Pereira; ; http://lattes.cnpq.br/4311626091295357; ; http://lattes.cnpq.br/8408084072743427; Rezende, Adriana Augusto de; ; http://lattes.cnpq.br/4245215108740331; Aragão, Cicero Flávio Soares; ; http://lattes.cnpq.br/9657118649043311; Costa, Eduardo Caldas; ; http://lattes.cnpq.br/1216441676725839; Azevedo, Eduardo Pereira de; ; http://lattes.cnpq.br/6546119058095940; Machado, Soraya Pinheiro;Introdução: Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), segundo o critério de Rotterdam, está presente em 6-12% das mulheres em idade reprodutiva, é caracterizada pelo hiperandrogenismo, resistência à insulina (RI) e por seu estado inflamatório, fatores comumente exacerbados pela presença da obesidade e associados com o aumento da genotoxicidade. Alimentação saudável com implicação na perda de peso atua restabelecendo as funções reprodutivas e metabólicas na SOP, entretanto sua influência na redução da genotoxicidade é desconhecida. Objetivos: investigar se existem diferenças entre os marcadores de genotoxicidade e de risco cardiometabólicos em mulheres com SOP e controle, e avaliar a efetividade da intervenção dietética nos marcadores de genotoxicidade e de risco cardiometabólicos em mulheres com SOP sobrepeso ou obesas. Metodologia: as participantes tinham faixa etária entre 18 e 35 anos. No primeiro estudo transversal foram incluídas 27 mulheres com diagnóstico de SOP e 20 controles que tiveram seus marcadores antropométricos, hormonais, bioquímicos e inflamatórios avaliados, além da genotoxicidade. O segundo estudo foi um ensaio clínico de intervenção dietética, com dieta de restrição calórica de 500 Kcal/dia por 12 semanas com 22 mulheres com SOP sobrepeso ou obesas. Dados antropométricos, de consumo alimentar, hormonais e bioquímicos foram avaliados e a genotoxicidade, de ambos os estudos, foi verificada pelo teste do cometa. Resultados: não houve diferenças significativas entre o marcador de genotoxicidade tail intensity (p= 0,18), tail moment (p= 0,76) e tail length ( p=0,109) na SOP quando comparado ao grupo controle. Mulheres com SOP apresentam um pior perfil de risco cardiometabólico. A intervenção dietética reduziu os marcadores genotoxicidade: tail intensity (24,35 ± 5,86 – pré-dieta vs. 17,15 ± 5,04 -pos-dieta) e tail moment (20,47 ± 7,85 – pré-dieta vs. 14,13 ± 6,29 -pós-dieta) com p =0,001 para ambos os marcadores. Sem diferenças no tail length (p=0,07). Provocou também a perda de peso (3,5%) e redução dos marcadores de risco cardiometabólicos, como a RI e o hiperandrogenismo. Conclusão: mulheres com SOP apresentam pior perfil de risco cardiometabólico comparado com mulheres controles, entretanto genotoxicidade semelhante. A intervenção dietética reduz a genotoxicidade de mulheres com SOP sobrepeso ou obesas, assim como reduz os fatores de risco cardiometabólicos.Tese Avaliação da toxicidade e investigação dos efeitos anti-inflamatórios e antinociceptivos in vivo de derivados isatinas-tiosemicarbazonas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-02-28) Fonseca, Aldilane Gonçalves da; Lemos, Telma Maria Araújo Moura; ; http://lattes.cnpq.br/4311626091295357; ; http://lattes.cnpq.br/0311976853459865; Lima, Adley Antonini Neves de; ; http://lattes.cnpq.br/4061809277935577; Rego, Amalia Cinthia Meneses do; ; http://lattes.cnpq.br/3240686272929972; Loureiro, Melina Bezerra; ; http://lattes.cnpq.br/8172108729779350; Langassner, Silvana Maria Zucolotto; ; http://lattes.cnpq.br/7390416147619446Compostos derivados isatinas-tiossemicarbazonas são substâncias químicas originadas da condensação de isatinas com tiossemicarbazidas e possuem diversas aplicações na terapêutica, como no tratamento contra varíola, inibição de vírus, atividades antitumoral, antifúngica, antibacteriana e antimalárica. O objetivo deste trabalho foi avaliar a toxicidade e atividades anti-inflamatória e antinociceptiva in vivo de derivados Isatinas-Tiossemicarbazonas (PA-Int4: (Z)-2-(2-oxoindolin-3-ilideno)-Nfenil-hidrazinacarbotioamida e PA-Int5: (Z)-2-(5-nitro-2-oxoindolin-3-ilideno)-N-fenilhidrazinacarbotioamida). Foram utilizados camundongos da linhagem Swiss de ambos os sexos. A avaliação da toxicidade aguda foi realizada com a dose de 5mg/Kg, e a avaliação da toxicidade subcrônica foi realizada com as doses de 1; 2,5 e 5 mg/Kg. Os animais também foram submetidos à avaliação neural central pelos testes do campo aberto e rotarod. A atividade anti-inflamatória foi avaliada pelo teste de edema de pata e bolsa de ar (5 animais/grupo), atividade analgésica foi avaliada através do teste de contorção abdominal e teste da formalina, também utilizando as doses de 1; 2,5 e 5 mg/Kg por via oral. Na toxicidade aguda houve diferença significativa na concentração de glicose, ureia e hemoglobina para fêmeas tratadas com PA-Int5. Na toxicidade subcrônica, apresentou alterações nos triglicerídeos, AST e contagem de plaquetas para grupos tratados com PA-Int4; e nas dosagens de triglicerídeos, colesterol total e hemoglobina de grupos tratados com doses de PAInt5. Quanto a avaliação da atividade anti-inflamatória, no modelo de edema de pata, o composto PA-Int4 reduziu o edema em até 70%, e PA-Int5 apresentou 56% de redução de edema, ambos a partir da 1ª hora, principalmente na dose 5 mg/kg. A atividade anti-inflamatória também foi observada no teste da bolsa de ar, com inibição da migração leucocitária em até 73 e 66%, para PA-Int4 e PA-Int5, respectivamente; bem como a redução das proteínas da bolsa, em 81 e 72%, respectivamente, para PA-Int4 e PA-Int5. A atividade analgésica atravéz do teste de contorção abdominal, demonstrou ação com redução na contorção de até 39% e 34%, respectivamente, para PA-Int4 e PA-Int5. Através do teste de formalina, o composto apresentou atividade analgésica na fase de dor inflamatória, com redução da resposta a dor em até 77 e 88%, para PA-Int4 e PA-Int5. Nossos resultados sugerem que os compostos PA-Int4 e PA-Int5 podem ser considerados bons candidatos à fármacos, alimentando a perspectiva de inovação tecnológica na descoberta de novos medicamentos.Tese Avaliação das concentrações séricas de magnésio de pacientes submetidos a quimioterapia com derivados de platina em associação com inibidores de bombas de prótons e sua correlação com as neuropatias: um ensaio clínico, duplo cego, controlado por placebo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-07-02) Pereira, Ney Moura Lemos; Raffin, Fernanda Nervo; http://lattes.cnpq.br/1052562183676637; http://lattes.cnpq.br/3396099487474256; Moreira, Francisca Sueli Monte; http://lattes.cnpq.br/5764849324594620; Silva, Mario Jorge Sobreira da; http://lattes.cnpq.br/8743435522443327; Diniz, Margareth de Fátima Formiga Melo; http://lattes.cnpq.br/4173269414899195; Sales, Valeria Soraya de Farias; http://lattes.cnpq.br/8525532896559374Os medicamentos à base de platina são prescritos regularmente no tratamento do câncer e, embora sejam eficazes, seu uso é limitado pelas reações adversas graves. Outro grupo de medicamentos utilizados em pacientes oncológicos são os inibidores da bomba de prótons (IBP) com finalidade de prevenir e tratar reações gástricas durante o tratamento oncológico. No entanto, ambos os medicamentos podem causar hipomagnesemia por mecanismos diversos. O trabalho tem por objetivo avaliar as concentrações séricas de magnésio em pacientes submetidos a quimioterapia com derivados de platina em associação com inibidores de bombas de prótons e sua correlação com as neuropatias. Trata-se de um estudo clínico randomizado e duplo cego. Foram incluídos 164 pacientes em início de quimioterapia com regimes contendo cisplatina ou carboplatina, verificando-se os critérios de inclusão e exclusão. Os voluntários foram aleatorizados em Lotes 1 e 2 na razão de 1:1, de forma consecutiva, nos grupos fazendo uso de cisplatina e carboplatina. Os lotes foram revelados somente após o encerramento do estudo. De acordo com os dados, houve uma maior frequência de portadores de câncer de cabeça e pescoço e de pulmão, para ambos os grupos. A média de idade foi de 61.0 ± 12.5 para o grupo placebo e de 57.7 ± 14.3 para o grupo IBP, onde os protocolos mais frequentes foram a carboplatina mais paclitaxel, seguido da cisplatina (monoterapia). Com relação a hipomagnesemia, destacou-se uma tendência de diminuição dos níveis séricos de magnésio em ambos os grupos (β = -0.035; p<0.001), sobretudo naqueles pacientes com a função renal preservada (β = -0.414; p<0.001). Houve decaimento de magnésio sérico mais acentuado no grupo omeprazol comparado ao placebo (β = -0.121; p = 0.031). As manifestações clínicas do trato gastrointestinal e neuropatia, não apresentam diferenças na ocorrência, porém o uso do omeprazol ocasionou menor ocorrência de náuseas e vômitos (p=0.005). Os resultados do estudo demonstraram uma tendência de hipomagnesemia em ambos os grupos, com maior hipomagnesemia no grupo de intervenção, mas sem diferença significativa nas reações avaliadas. O grupo de platinas associados ao omeprazol sugere um possível benefício do omeprazol na prevenção de náuseas e vômitos.Tese Avaliação de atividades farmacológicas e toxicidade de plantas medicinais do semiárido do Nordeste brasileiro(2015-11-12) Silva, Gabriel Araújo da; ; ; Maciel, Maria Aparecida Medeiros; ; Langassner, Silvana Maria Zucolotto; ; Araújo, Thiago Antônio de Sousa; ; Moura, Tulio Flávio Accioly de Lima e;Este estudo conjuga uma abordagem etnofarmacológica no âmbito do uso tradicional das espécies como triagem, em associação a aspectos filogenéticos, considerando que há comprovações científicas quanto à composição química e atividades farmacológicas em outras espécies dentro dos mesmos gêneros. Isto está associado a avaliações das atividades antioxidante e hepatoprotetora já realizado em estudos prévios do grupo de pesquisa usando o extrato bruto do Spondias mombin×S. tuberosa e Turnera ulmifolia Linn. var. elegans, que indicaram um efeito terapêutico positivo, além da da importância de uma avaliação toxicológica, outras atividades farmacológicas e a elucidação dos compostos majoritários presentes nos extratos brutos e frações de Licania tomentosa Benth. Fritsch, C. impressa Prance, L. rigida Benth., S. mombim×S. tuberosa e T. ulmifolia Linn. var. elegans. Assim, os extratos das folhas e suas frações referentes às espécies supracitadas foram caracterizados quanto a composição química, atividades farmacológicas através de ensaios in vitro e ex vivo, além da avaliação in vivo de sua toxicidade. A composição química dos extratos brutos e suas frações foram avaliadas por um método cromatográfico validado e por técnicas espectrofotométricas, que possibilitam a identificação e/ou caracterização de compostos majoritários. Esta análise indicou que os extratos e suas frações são uma fonte de compostos fenólicos, principalmente flavonóis e seus glicosídeos, tais como flavonóis-3-O-glicosilados. Em relação à atividade antioxidante, apenas o extrato metanólico das folhas de S. mombim×S. tuberosa e a FRF apresentaram uma acentuada capacidade de sequestro do radical livre DPPH•, enquanto que FRP foi único capaz de proteger a integridade celular dos eritrócitos ao prevenir a hemólise, inibindo a lipoperoxidação lípica e mantendo os níveis de GSH. Os outros extratos induziram hemólise. Este efeito antioxidante está associado à composição química presente em todos os extratos e frações. A avaliação da atividade antimicrobiana só apresentou um moderado efeito bactericida com o extrato de S. mombim×S. tuberosa e a FRF. A avaliação toxicologica de todos os extratos em modelo murino, utilizando-se a dose única do extrato na concentração de 2000 mg/kg, não mostrou qualquer efeito tóxico. Portanto, os resultados aqui descritos promovem um conhecimento científico complementar, viabilizando o uso das folhas dessas espécies vegetais como recurso terapêutico, permitir o aproveitamento racional das mesmas, e um controle do extrativismo indiscriminado devido a usos medicinais não validados cientificamente, cá no Nordeste do Brasil e no mundo.Tese Avaliação de duas variedades de Passiflora edulis sobre as respostas comportamentais de camundongos e um possível mecanismo de ação(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-12-11) Ayres, Adriana Soeiro de Farias Silva Junqueira; ; http://lattes.cnpq.br/1759328747578795; ; http://lattes.cnpq.br/1352365053576023; Silva, Aldair José Sarmento; ; http://lattes.cnpq.br/7521684851617784; Barbosa, Flávio Freitas; ; http://lattes.cnpq.br/3611261597113820; Langassner, Silvana Maria Zucolotto; ; http://lattes.cnpq.br/7390416147619446; Rachetti, Vanessa de Paula Soares; ; http://lattes.cnpq.br/1524215726056886As plantas medicinais constituem uma rica fonte de compostos biologicamente ativos com seu potencial terapêutico para o tratamento de diversos transtornos psiquiátricos, como os transtornos de ansiedade e depressão. O transtorno de ansiedade generalizada tem aumentado de forma significativa, sendo o segundo transtorno mais prevalente em locais de assistência à saúde pública. A depressão é considerada um transtorno psiquiátrico crônico e comum que afeta 350 milhões de indivíduos de todas as idades ao redor do mundo. Neste contexto as condutas de intervenção farmacológica que vêm sendo empregadas, embora eficazes, deixam a desejar, quando observados seus efeitos adversos. A Passiflora é uma variedade comumente conhecida comercialmente, mas também é usada na medicina tradicional brasileira. A Passiflora edulis exibe considerável variabilidade morfológica. Esta planta produz dois tipos de fruto: o roxo (P. edulis var. edulis) e o amarelo (P. edulis var. flavicarpa). O presente estudo investigou os efeitos centrais do extrato aquoso das folhas de duas variedades da espécie Passiflora edulis em testes comportamentais utilizados para avaliar comportamentos relacionados à ansiedade e depressão, bem como investigou o potencial efeito do tipo antidepressivo das subfrações da Passiflora edulis var. edulis e os mecanismos neurofarmacológicos responsáveis por essa ação. Para a realização desse estudo foram utilizados camundongos Swiss machos (2 meses de idade, pesando 30-35 g). Os animais receberam o extrato aquoso das folhas das duas espécies de Passiflora: Passiflora edulis Sims var. edulis (PEE - 100, 300, 1000 mg/Kg) e subfrações AcOet, BuOH e residual (25, 50, 75, 100 mg/Kg), e a P. edulis var. flavicarpa (PEF - 30, 100, 300, 1000 mg/Kg) ou solução salina, por gavagem, 60 minutos antes dos testes do labirinto em cruz elevado (LCE), teste de campo aberto (TCA), teste de natação forçada (TNF) e teste de sedação induzido por tiopental. Para investigar o mecanismo de ação da atividade do tipo antidepressiva das subfrações foram utilizadas as seguintes drogas: PCPA (inibidor da síntese de 5-HT), AMPT (inibidor da síntese de catecolaminas), DSP-4 (neurotoxina noradrenérgica) e Sulpiride (antagonista seletivo de receptor dopaminérgico D2). Foram utilizados como controle positivo padrão, a fluoxetina e a nortriptilina. Os resultados do perfil fitoquímico demonstram características bem distintas para o extrato aquoso das variedades de P. edulis “flavicarpa” e “edulis”. Os extratos aquosos de ambas as variedades de P. edulis compartilham atividade do tipo ansiolítica (PEE 300 mg/Kg; PEF 300 e 1000 mg/Kg) e antidepressiva (PEE 300 mg/Kg; PEF 1000 mg/Kg), enquanto o efeito hipolocomotor/sedativo só foi visto para a PEE (1000 mg/Kg). Ambas subfrações AcOet e BuOH do extrato aquoso da PEE apresentaram atividade do tipo antidepressiva na dose de 50 mg/Kg no TNF. Os dados sugerem que o efeito do tipo antidepressivo das subfrações da P. edulis envolve a neurotransmissão serotoninérgica e catecolaminérgica, principalmente dopaminérgica, haja visto que o pré-tratamento com DSP-4 não afetou a ação antidepressiva das subfrações, enquanto que mostrou ser dependente da ativação de receptores dopaminérgicos D2.Tese Avaliação do potencial anti-inflamatório do óleo de rã-touro puro e microemulsionado em modelo experimental(2017-02-23) Davim, André Luiz Silva; Dantas, Tereza Neuma de Castro; ; http://lattes.cnpq.br/0676872399141537; ; http://lattes.cnpq.br/5623374421279476; ; http://lattes.cnpq.br/3809975612215286; Santos, Elizeu Antunes dos; ; http://lattes.cnpq.br/6762251930590306; Maciel, Maria Aparecida Medeiros; ; http://lattes.cnpq.br/5360188002708095; Cabral, Richard Halti; ; http://lattes.cnpq.br/7567119410336544Atualmente os custos no tratamento de pacientes com doenças inflamatórias que progridem de forma sistêmica, com destaque para a sepse, são muito elevados e representa a maior causa de morte em unidades de terapia intensiva, não cardiológica, em todo o mundo. No Brasil, a incidência de pacientes com sepse é cada vez mais frequente. Apesar dos avanços farmacológicos, tecnológicos e cirúrgicos, a mortalidade por sepse e/ou doenças associadas continua alta em todo o mundo, e por isso se busca alternativas terapêuticas de fácil acesso e baixo custo para conter o avanço dessa doença. Os produtos naturais vêm desempenhando importante papel na indústria farmacêutica, pois algumas dessas substâncias agem de forma benéfica sobre o sistema imunológico humano. Nos últimos tempos, há uma crescente investigação das possíveis propriedades biológicas e terapêuticas atribuídas ao óleo de rã-touro, pois esse óleo vem sendo utilizado de forma indiscriminada pela população no tratamento de diversas doenças como bronquite, asma, líquem escleroso, furunculose, cisto sebáceo e para cicatrização de pele e mucosas. Porém as possíveis consequências no consumo excessivo desse óleo são, o aumento da produção de eicosanoides derivados do ácido araquidônico proinflamatório e a deficiência na regulação hepática, predispondo à esteatose podendo progredir para inflamação hepática e fibrose. Muitas hipóteses se baseiam na atuação dos compostos presentes no óleo de rã-touro na modulação da resposta inflamatória, impedindo assim a instalação de injúrias teciduais. Dessa forma, a microemulsão apresenta-se como uma possível alternativa para um novo sistema de liberação de fármacos, com o intuito de diminuir a incidência de hepatoxicidade e protegendo o organismo contra instalação de lesões teciduais em função do quadro séptico. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o potencial anti-inflamatório do óleo de rã-touro puro e em um sistema microemulsionado em modelo experimental. Neste estudo, foi preparado e caracterizado um sistema microemulsionado (WIV) e, aplicado em ensaios biológicos a fim de avaliar o potencial antiinflamatório do óleo puro e em microemulsão. Foram utilizados o modelo de sepse, induzida pela técnica da CLP (cecal ligant puncture), e a lesão muscular induzida pela formalina. Os ensaios foram realizados em modelos murinos, onde os animais foram separados aleatoriamente em grupos e tratados com o óleo de rã-touro puro e em microemulsão, através da técnica de gavage para posterior avaliação do potencial hepatotóxico e anti-inflamatório. Para a análise do potencial antiinflamatório em modelo de sepse, foram realizadas lavagens bronco alveolares com posterior contagem de células inflamatórias e análises histopatológicas do tecido pulmonar. Para a análise no modelo de lesão muscular, foi avaliado extensão horizontal da pata dos animais, bem como feita a análise histopatológica do tecido muscular. Para a análise do potencial hepatotóxico das substâncias, foram avaliados a taxa de sobrevida dos animais pós-sepse e as análises histopatológicas dos tecidos hepáticos dos animais. Quando avaliado a toxicidade do óleo de rã-touro puro e em sistema microemulsionado, foi observado que no grupo em que foi administrado a microemulsão (ME), o fígado teve a arquitetura preservada, mas com sinais clínicos de esteatose hepática, diferentemente do grupo óleo de rã-touro puro (OR), que apresentou múltiplos focos de necrose hepatocítica acompanhado de infiltrado de polimorfonucleares. Esses achados evidenciam um quadro de esteatohepatite, ou seja, um estágio mais avançado e um precursor do carcinoma hepático. Quando avaliada a sobrevida dos animais, foi observado que no grupo ME a taxa foi significativamente maior quando comparado ao grupo OR. Quando avaliado o potencial antiinflamatório da ME e OR em modelo de sepse, foi observado em ambos os grupos potencial de modulação da resposta inflamatória, visto a capacidade de reduzir de forma significativa (P0.01) a migração de leucócitos para os pulmões após a indução da sepse. Quando analisado a histologia dos tecidos pulmonares dos animais dos dois grupos, foi verificado intenso desgaste nos animais do grupo OR quando comparados com o grupo ME, onde evidenciou-se pouco comprometimento tecidual. No ensaio de lesão muscular, foi observado que o grupo ME e OR apresentaram bom potencial antiedematogênico até a segunda hora da indução da lesão, quando comparados ao grupo controle (P0.01), mas não sendo observado diferenças significativas entre os dois grupos até a vigésima quarta hora pós-lesão. Nas análises histológicas foram observadas maior desgaste no tecido muscular do grupo OR, com intensa presença de infiltrado celular (edema) e comprometimento de fibras musculares, não sendo observado a mesma intensidade de injúria no grupo ME. Assim, conclui-se que o óleo de rã-touro puro e em sistema microemulsionado apresentam bom potencial anti-inflamatório nos modelos avaliados, embora o óleo puro tenha apresentado alto potencial hepatotóxico, caracterizando que este em um sistema microemulsionado, se mostra com um possível novo sistema de liberação de fármacos (NSLF).Tese Avaliação do potencial de extratos ricos em flavonoides de Kalanchoe laciniata (L.) DC e Bryophyllum pinnatum (Lam.) Oken no tratamento de doença inflamatória intestinal: um estudo fitoquímico, de segurança e eficácia em modelos in vivo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-02-26) Andrade, Anderson Wilbur Lopes; Langassner, Silvana Maria Zucolotto; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; ; http://lattes.cnpq.br/5677318431530876; ; http://lattes.cnpq.br/7390416147619446; ; http://lattes.cnpq.br/1460612070343601; Vigo, Cleverson Luiz dos Santos; ; http://lattes.cnpq.br/5836396293829704; Damasceno, Renan Oliveira Silva; ; http://lattes.cnpq.br/7699067518129569; Rezende, Adriana Augusto de; ; http://lattes.cnpq.br/4245215108740331; Silva Júnior, Edilson Dantas da; ; http://lattes.cnpq.br/5459705151588106As doenças inflamatórias intestinas (DIIs) como a colite ulcerosa e a doença de Crohn são caracterizadas por uma inflamação crônica no intestino. Atualmente, existem várias estratégias terapêuticas para tratar as DIIs. Porém, a maioria dos tratamentos de escolha estão associados a efeitos adversos graves, o que justifica a busca por novos tratamentos adjuvantes. Nesse sentido, destaca-se o interesse por plantas ricas em compostos fenólicos com propriedades imunomoduladoras e antioxidantes, como é o caso da Kalanchoe laciniata e da Bryophyllum pinnatum, pertencentes à família Crassulaceae. Estas plantas são usadas popularmente no Brasil para o tratamento de desordens gastrointestinais, da inflamação em geral, dentre outras. Dessa forma, foi avaliado se os extratos (hidroetanólico a 50%) das folhas da K. laciniata (HEKL) e da B. pinnatum (HEBP) demonstram sinais de citotoxicidade (células RAW 264.7) e toxicidade aguda (14 dias) e subcrônica (28 dias) e se apresentam efeito anti-inflamatório intestinal em dois modelos de colite: indução por ácido 2,4-dinitrobenzeno sulfônico (DNBS) em ratos (protocolo preventivo) e por dextrano sulfato de sódio (DSS) em camundongos (protocolo curativo). Inicialmente, os extratos passaram pela etapa de investigação fitoquímica quanto a avaliação do teor de fenois e de flavonoides totais. Em relação ao conteúdo dos fenois totais, o HEKL e HEBP demonstraram, respectivamente, teores de 75,1±6,32 e 96,7±7,34 mg (ácido gálico/g do extrato) e de flavonoides totais iguais a 37,4±4,82 e 64,3±4,16 mg (quercetina/g do extrato). Foram desenvolvidos métodos analíticos por cromatografia líquida ultrarrápida para avaliar os constituintes majoritários das duas espécies. Entretanto, somente o método para o HEBP foi validado de acordo com a legislação nacional vigente sendo que seus flavonoides majoritários quercetina 3-O-α-L- arabinopiranosil (12) α-L-ramnopiranosídeo, canferol 3-Oα-L-arabinopiranosil (12) α-L-ramnopiranosídeo e quercetina-3-O- ramnopiranosídeo apresentaram, respectivamente, teores de 35,56±0,09, 4,66±0,08 e 4,56±0,03 mg por g de extrato. Os HEKL e HEBP não evidenciaram sinais de citotoxicidade e nos ensaios toxicológicos, os extratos testados não alteraram de forma significativa (p < 0,05) os parâmetros avaliados (comportamental, locomotor, hematológico, bioquímico, entre outros) e não causaram morte nos animais (dose letal mediana estimada maior que 2000 mg/kg). Em relação ao efeito anti-colítico nos modelos de DNBS e DSS, foi observado que os extratos apresentam efeitos quimiopreventivos e anti-inflamatórios por meio da redução no escore do índice de atividade da doença (p < 0,05) e nos danos macroscópicos e microscópicos. Os extratos promoveram a regulação negativa (p < 0,05) do receptor do tipo Toll e da expressão do gene do fator nuclear kappa B p65, causando a uma supressão (p < 0,05) dos mediadores próinflamatórios (fator de necrose tumoral alfa e interleucinas (IL) 1β, IL-6, IL-17) e oxidativos (óxido nítrico), quimiocinas (proteína quimioatraente de monócitos-1 e proteína inflamatória de macrófagos-2), moléculas de adesão intercelular do tipo 1. Essa propriedade imunomoduladora e antioxidante foi proposta como um dos possíveis mecanismos de ação dos extratos. A melhora na inflamação intestinal também foi associada a uma diminuição no estresse oxidativo e infiltração de leucócitos exercida pelos extratos. Além disso, o HEKL e HEBP contribuíram com a manutenção da integridade da barreira epitelial intestinal ao restaurar a expressão das proteínas (p < 0,05) associadas à proteção da mucosa (mucina (MUC) 2 e MUC3, ocludina, zonula oclusão do tipo 1, fator trifólio, villin). Com base na constatação que os extratos não apresentaram efeitos tóxicos nas doses avaliadas, bem como nos efeitos benéficos nos modelos DNBS e DSS, pode se inferir que o HEKL e o HEBP são seguros e que possuem efeito anti-inflamatório frente aos modelos aplicados possivelmente pelas propriedades antioxidante e imunomoduladora dos seus flavonoides. Estes achados tornam os extratos bons candidatos para avaliação da eficácia e segurança clínica de uma terapia adjuvante para as DIIs.Tese Avaliação do teor de geranina como marcador de um derivado vegetal de Spondias mombin L. e do seu potencial efeito antiherpético(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-02-01) Siqueira, Emerson Michell da Silva; Langassner, Silvana Maria Zucolotto; ; http://lattes.cnpq.br/7390416147619446; ; http://lattes.cnpq.br/4941962467532349; Simões, Cláudia Maria Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/3613722593784448; Araújo, Joselio Maria Galvão de; ; http://lattes.cnpq.br/6430774978643765; Espindola, Laila Salmén; ; http://lattes.cnpq.br/6185369922144905; Ferreira, Leandro de Santis; ; http://lattes.cnpq.br/6622861873027635O vírus herpes simples tipo-1 (HSV-1) promove uma infecção permanente de elevada prevalência em adultos, com potencial implicações em indivíduos imunocomprometidos. A terapia padrão para o tratamento dos sintomas de infecções por HSV inclui o aciclovir e seus análogos que possuem o mesmo mecanismo de ação, atuam através da inibição da enzima DNA-polimerase envolvida na síntese de novos vírions na célula infectada. As plantas medicinais tem apresentado potencial efeito antiviral como a espécie Spondias mombin (Anacardiaceae), conhecida popularmente como cajazeira, uma planta frutífera, distribuída no Brasil e em outros países das Américas. S. mombin apresenta evidências não-clínicas de efeito antiviral, além de ser utilizada popularmente para tratar herpes. A sua ação antiviral é principalmente relacionada a presença de taninos hidrolisáveis com potencial contra o HSV-1 e coxsakie vírus, sendo que, um dos metabólitos ativos parece ser a geranina. Nesse sentido, este estudo teve o objetivo de investigar o mecanismo de ação antiviral do extrato hidroetanólico e frações das folhas de S. mombin e da geranina frente ao HSV-1, bem como, caracterizar as substâncias presentes no extrato e quantificar o marcador geranina. Para isso, o perfil fitoquímico do extrato foi analisado por CL-EM e o teor de geranina foi quantificado por um método desenvolvido e validado por CLUE-DAD. Quanto aos ensaios biológicos, diferentes concentrações de amostras foram usadas para avaliar a atividade anti-herpes in vitro (anti-HSV-1) em ensaios virucida, pós-infecção, adesão e penetração. O mecanismo de ação antiviral da geranina foi também investigado in silico através da análise de sua interação com as glicoproteínas gB e gD da superfície do HSV-1. Simulações de docking molecular foram realizadas para ambos a fim de determinar a interação da geranina no sítio alvo. A posição de ligação foi otimizada posteriormente considerando a flexibilidade das glicoproteínas. A análise fitoquímica das amostras foi realizada por CL-EM e revelou a presença de 22 substâncias, das classes dos taninos hidrolisáveis, flavonoides O-glicosilados, ácidos fenólicos e um carboidrato. O extrato, a fração rica em taninos e a geranina mostraram atividade virucida in vitro através do bloqueio da adesão viral, mas não foi observada significativa inibição da penetração viral. As abordagens in silico demonstraram um grande número de potenciais interações intermoleculares fortes como ligações de hidrogênio entre a geranina e o sítio de atividade das glicoproteínas, particularmente a glicoproteína gB. Experimentos in silico indicaram que a geranina é pelo menos parcialmente responsável pela atividade anti-herpes por meio da interação com a glicoproteína de superfície viral gB, que é responsável pela adsorção viral. Adicionalmente, foi realizada a quantificação da geranina no extrato através de metodologia desenvolvida e validada por CLUE-DAD, onde foi obtido o teor de 193,8 µg de geranina por mg de extrato. Esses resultados destacam o potencial terapêutico anti-herpético do extrato hidroetanólico das folhas de S. mombin. No entanto, mais estudos são necessários para validar a atividade anti-herpética in vivo, bem como sua eficácia em humanos.Tese Avaliação estrutural e atividades antiproliferativa, antiviral, antiparasitária e antibacteriana dos peptídeos Stigmurina e TsAP-2 presentes na peçonha do escorpião Tityus stigmurus(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-12-17) Silva, Alessandra Daniele da; Pedrosa, Matheus de Freitas Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/2929963416385218; ; http://lattes.cnpq.br/1245062709759151; Cilli, Eduardo Maffud; ; http://lattes.cnpq.br/9424346762460416; Sousa Júnior, Francisco Canindé de; ; http://lattes.cnpq.br/3721560802857426; Araújo, Josélio Maria Galvão de; ; http://lattes.cnpq.br/6430774978643765; Menezes, Yamara Arruda Silva de; ; http://lattes.cnpq.br/7170864281352930A resistência a fármacos convencionais em doenças de origem infecciosa e neoplásica consiste em um grave problema de saúde pública mundial, apresentando elevada morbidade e mortalidade, levando a incessante busca por novas moléculas terapêuticas em diferentes fontes naturais. Nesse contexto, a peçonha de escorpiões constitui um rico arsenal de moléculas bioativas, sendo os peptídeos sem pontes dissulfetos (PSPDs) alvo de estudos devido as suas ações multifuncionais. Stigmurina (FFSLIPSLVGGLISAFK-NH2, 1795,2 Da) e TsAP-2 (FLGMIPGLIGGLISAFK-NH2, 1733,2 Da) são PSPDs identificados no transcriptoma da glândula de peçonha do escorpião Tityus stigmurus. Considerando a ação multifuncional de PSPDs, neste estudo foi elucidado a estrutura tridimensional da Stigmurina por ressonância magnética nuclear e avaliadas as atividades antiproliferativa, imunomoduladora, antiparasitária, antiviral, antioxidante e antibiofilme dos peptídeos sintéticos Stigmurina e TsAP-2. Os efeitos cicatrizante e antibiótico de ambos os peptídeos foram avaliados no modelo de infecção bacteriana de feridas in vivo, bem como expandido o potencial antibacteriano in vitro do TsAP-2. Stigmurina em trifluoroetanol: água (40:60%) apresentou uma conformação randômica na região N-terminal, com uma estrutura helicoidal a partir do sétimo resíduo de aminoácido, sendo o primeiro PSPD antimicrobiano presente na peçonha de escorpiões do gênero Tityus com estrutura tridimensional elucidada. Stigmurina e TsAP-2 revelaram ação antiproliferativa sobre as células neoplásicas em concentração não tóxica para célula normal, modulando a liberação de nitrito em macrófagos murinos estimulados por lipopolissacarídeo. Stigmurina e TsAP-2 não demonstraram efeito leishmanicida sobre a forma amastigota de Leishmania braziliensis. No entanto, o TsAP-2 revelou uma elevada ação tripanocida sobre as formas epimastigota e tripomastigota de Trypanosoma cruzi, e amplo espectro de ação antibacteriano em microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos. Um efeito protetor nas células epiteliais renais de primatas contra a infecção pelo vírus do Zika foi demonstrado no ensaio de pré-tratamento com ambos os peptídeos, revelando uma elevada ação virucida sobre o vírus do herpes simples tipo 1, com atividade antiviral no ensaio de pós-infecção. Além disso, Stigmurina e TsAP-2 foram capazes de sequestrar o radical hidroxila in vitro na concentração de 10 µM e 5 µM, respectivamente, reduzindo sua ação em concentrações elevadas, sugerindo a formação de aglomerados. Ambos os peptídeos demonstraram atividade antibiofilme, bem como apresentaram ação antibacteriana no modelo de infecção de ferida de pele, aumentando a velocidade de retração da lesão, sugerindo a capacidade de indução do reparo tecidual. Na análise histológica, TsAP-2 promoveu o aumento da neovascularização e reepitelização, reduzindo a necrose na ferida cirúrgica. Os dados sugerem que Stigmurina e TsAP-2 constituem peptídeos multifuncionais promissores para utilização como protótipo na obtenção de novos agentes terapêuticos.Tese Delineamento de biocompósitos baseados em paligorsquita e quitosana como carreadores de etambutol(2019-03-29) Meirelles, Lyghia Maria Araújo; Raffin, Fernanda Nervo; ; ; Lima, Adley Antonini Neves de; ; Fonseca, José Luis Cardozo; ; Nunes, Lívio César Cunha; ; Fonseca, Said Gonçalves da Cruz;A tuberculose, uma doença transmissível que afeta os pulmões devido à infecção causada pelo Mycobacterium tuberculosis, ainda constitui um grave problema de saúde pública, ocupando o nono lugar em causa mundial de mortes, com milhões de novos casos a cada ano. Um dos problemas associados ao tratamento da tuberculose refere-se ao requisito de administração dos quatro fármacos de escolha (etambutol, rifampicina, isoniazida e pirazinamida) em uma única forma farmacêutica, o que acarreta problemas de interação e estabilidade. Tendo em vista a dificuldade encontrada neste tratamento, este trabalho propôs a obtenção de compósitos baseados em paligorsquita, um argilomineral fibroso, com elevada área específica e carga moderadamente negativa e, no biopolímero catiônico quitosana para carrear o tuberculostático etambutol. Neste sentido pretendeu-se melhorar a estabilidade da formulação, empregando insumos amplamente disponíveis na região Nordeste do Brasil. Após a caracterização inicial dos insumos quitosana e paligorsquita, determinando suas composições, procedeu-se o estudo de adsorção do fármaco ao filossilicato. De modo a prever a possibilidade de interação e determinar os potenciais sítios envolvidos na adsorção do fármaco ao filossilicato, procedeu-se a modelagem molecular. Em seguida, foi caracterizado o produto desta interação (ETB/Paly) empregando-se técnicas espectroscópicas (FTIR, DRX, EDS) e termoanalíticas (DSC e TG), microscopia, higroscopicidade, estabilidade e ensaios de liberação in vitro. A interação da paligorsquita com o polímero quitosana foi realizada pelo método da intercalação em solução, obtendo-se um compósito, cuja caracterização compreendeu avaliação da carga superficial, área específica, análise térmica, FTIR e DRX. Os compósitos carregados com etambutol foram obtidos através da técnica de secagem por aspersão, realizando-se a determinação das principais propriedades físico-químicas das micropartículas preparadas e sua biocompatibilidade. A análise in silico indicou a espontaneidade da adsorção do fármaco ao argilomineral, bem como indicou os principais grupos envolvidos em sua formação (Si-OH da paligorsquita e grupos –OH e -NH2 do etambutol). Os resultados obtidos corroboram a análise computacional, demonstrando uma elevada capacidade de adsorção do tuberculostático ao carreador inorgânico, predominantemente na superfície, distribuído homogeneamente e promovendo uma redução da higroscopicidade do fármaco sob a forma híbrida (ETB/Paly), em relação ao fármaco livre. A análise dos biocompósitos quitosanapaligorsquita evidenciou o envolvimento de interações eletrostáticas e de hidrogênio entre os insumos, com adsorção superficial do polímero ao filossilicato. Ademais, os compósitos quitosana-paligorsquita carregados com etambutol apresentaram-se como micropartículas esféricas, biocompatíveis e com um perfil de liberação controlado, influenciado pela proporção dos insumos na formulação. Portanto, através dos resultados obtidos, é possível verificar a efetividade do sistema em modular a liberação do fármaco etambutol de modo pH-dependente, reforçando o envolvimento de interações eletrostáticas entre os componentes. Além disso, o uso de insumos biocompatíveis resultou na obtenção de compósitos com reduzida citotoxicidade na linhagem celular 3T3, principalmente nos sistemas constituídos por paligorsquita. Este conjunto de dados permite vislumbrar a possibilidade de aplicar esses biocompósitos no tratamento da tuberculose como uma alternativa simples e de baixo custo para dificuldades tecnológicas relacionadas ao esquema terapêutico em vigor.Tese Desenvolvimento de bioingrediente multifuncional para indústria cosmética a partir do subproduto industrial de Agave sisalana (SISAL)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-12-19) Pinheiro, Jonas Gabriel de Oliveira; Ferrari, Márcio; Pedro, Ricardo; https://orcid.org/0000-0002-2425-7586; http://lattes.cnpq.br/5782539548696465; http://lattes.cnpq.br/9933115806815375; Daher, Cláudia Cecílio; Damasceno, Gabriel Azevedo de Brito; Silva, Larissa Marina Pereira; Barreto, Stella Maria Andrade GomesAgave sisalana Perrine (sisal) é uma planta cultivada extensivamente na Caatinga, bioma mais prevalente do Nordeste, tendo como principal objetivo a obtenção de fibras. Apenas 5 % a 6 % do peso bruto das folhas são aproveitados no processo de desfibramento resultando em uma quantidade considerável de subproduto, o qual muitas vezes é descartado no próprio solo, o que pode representar uma oportunidade para o aproveitamento deste subproduto. A composição química e diferentes atividades já estudadas em extratos a partir do subproduto do sisal motivaram o desenvolvimento de novos extratos e a busca por novas atividades. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um bioingrediente multifuncional com aplicabilidade na indústria cosmética a partir do subproduto industrial de A. sisalana. Inicialmente, o subproduto do sisal foi coletado e, posteriormente, submetido a secagem. Foram realizados dois diferentes métodos de extração, por aparelho de Soxhlet e por líquido pressurizado resultando em 18 extratos, 9 de cada método de extração. A quantificação de taninos totais e de diosgenina foi realizada nos extratos que apresentaram maior rendimento bruto após extração e secagem. O extrato obtido por Soxhlet foi escolhido para as avaliações seguintes, o qual foi preparado utilizando etanol 30 % em 8 horas de extração e teve rendimento bruto de 8,07 %. Nesse extrato, foram identificados taninos, flavonoides e saponinas. Nas avaliações de segurança in vivo, o extrato se demonstrou seguro para utilização em pele humana. Na avaliação in vitro da atividade antioxidante, o extrato apresentou atividade sequestrante dos radicais DPPH (IC50 = 1,89 mg/mL) e ABTS•+ (IC50 = 0,37 mg/mL). A capacidade antioxidante total foi de 18,55±0,33 Eq. mg de ácido ascórbico/g de extrato, além de apresentar capacidade de quelação de Cu2+ e Fe2+ e discreta capacidade sequestrante de radical OH-. Na avaliação da atividade antitirosinase, o extrato apresentou 10,41±2,23 % de inibição na concentração de 10,0 mg/mL. Nesse contexto, a utilização do subproduto da A. sisalana para obtenção de um novo bioingrediente multifuncional, com atividades antioxidante e clareadora de pele, para indústria cosmética pode contribuir para minimizar impactos ambientais negativos e para o desenvolvimento socioeconômico de regiões que produzem fibras de sisal.Tese Desenvolvimento de formulações pediátricas contendo tuberculostáticos(2015-12-07) Fonseca, Said Gonçalves da Cruz; ; http://lattes.cnpq.br/1052562183676637; ; http://lattes.cnpq.br/7168809345475618; Coelho, Helena Lutescia Luna; ; http://lattes.cnpq.br/7938521661726069; Monteiro, Mirian Parente; ; http://lattes.cnpq.br/6072951820735063; Brito, Edy Sousa de; ; http://lattes.cnpq.br/5168806776816009; Ferraz, Humberto Gomes; ; http://lattes.cnpq.br/1971734589534354; Rey, Luis Carlos; ; http://lattes.cnpq.br/8964109365190106A disponibilidade de formulação pediátrica para tratamento de tuberculose é uma realidade para os países da Ásia e da África, mas ainda não ocorre em outros países que apresentam considerável incidência dessa enfermidade. Considerando a situação da necessidade global por medicamentos para uso em pediatria e especificamente por este tipo de produto para o tratamento da tuberculose, cuja associação de ativos representa um grande desafio, esse trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de formulações orais contendo rifampicina, isoniazida e pirazinamida em dose fixa combinada para uso em pediatria. Iniciouse com a caracterização físico-química dos insumos ativos (identificação por IV, UV e CLAE, determinação do teor por CLAE e UV, densidade aparente e ângulo de repouso). Em seguida foi realizada a avaliação da compatibilidade térmica dos insumos ativos com diferentes excipientes (DSC e TG); o desenvolvimento de veículo voltado para o emprego como carreador de fármacos para uso oral em pediatria com o mínimo de componentes, em baixas concentrações, selecionando-os dentre os insumos considerados seguros para crianças (avaliando viscosidade, pH, palatabilidade, estabilidade física e microbiológica). Foi desenvolvida e validada metodologia analítica espectrofotométrica para uso no doseamento e perfil de dissolução concomitante dos três fármacos nos produtos desenvolvidos, além de estudos de pré-formulação através da densidade aparente e ângulo de repouso dos fármacos isolados e das suas misturas com aerosil, granulação com diferentes polímeros e seu efeito na liberação da rifampicina, estabilidade da rifampicina em função do pH, revestimento e microencapsulação da rifampicina com quitosana, até finalmente o desenvolvimento das formulações sólidas orais sob a forma de pó para reconstituição e comprimido dispersível contendo dose fixa combinada dos fármacos supra-citados. Foram avaliados a viscosidade, pH, teor dos fármacos e estabilidade das preparações reconstituídas, bem como peso médio, dureza, tempo de desintegração, perfil de dissolução e friabilidade dos comprimidos. O método de Ozawa foi empregado em estudos cinéticos de DSC para estimar o fator de frequência, a energia de ativação e a ordem das reações que levam à degradação das formas farmacêuticas sólidas. As duas formas farmacêuticas sólidas quando dispersas em água, resultaram em suspensão pseudo-plástica fácil de ser manuseada, medida e administrada, e que podem ser utilizadas por até 12 horas após a reconstituição.
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