PPGCC - Doutorado em Ciências Climáticas
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/11914
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Navegando PPGCC - Doutorado em Ciências Climáticas por Assunto "Amazônia"
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Tese Estudo hidrometeorológico da bacia amazônica(2018-12-12) Chagas, Glayson Francisco Bezerra das; Silva, Cláudio Moisés Santos e; ; ; Andrade, Lara de Melo Barbosa; ; Lúcio, Paulo Sérgio; ; Silva, Aline Gomes da; ; Amorim, Ana Cleide Bezerra;A mudança nos padrões de variáveis hidrometeorológicas tem sido alvo de grande preocupação na comunidade científica e na sociedade como um todo. Todas as preocupações estão no sentido de se compreender de que forma se dá o impacto no meio ambiente. Assim, o objetivo deste projeto foi estudar aspectos hidrometeorológicos (precipitação e evapotranspiração) em diferentes regiões na Amazônia com diferentes níveis de desmatamento. Para isso foram usados os dados de chuvas do Climate Prediction Center(CPC) com frequência mensal e cobertura espacial de 0,5º de latitude e de longitude (300 x 120 pontos de grade) que compreendem o período climatológico de 1981 a 2010 para as regiões Norte, Leste e Sul da Amazônia. Também foram utilizados dados do índice de severidade de seca (Standardised Precipitation Evapotranspiration Index – SPEI) nas escalas mensal (SPEI-1) e anual (SPEI-12) com o intuito de analisar a variabilidade e identificar a severidade da seca, para o mesmo período climatológico da precipitação para cada região do estudo. A metodologia consistiu em usar resultados de modelos estocásticos do tipo Auto Regressivo Integrado a Médias Móveis (ARIMA), a partir do qual foi possível fazer análise da variável-alvo dependente (precipitação) como função do tempo em cada região. Além disso, realizou-se uma simulação climatológica (1981-2010) para a América do Sul Tropical a partir do RegCM4, usando o esquema de parametrização Grell. A partir da precipitação e temperatura do modelo foram geradas séries climatológicas de SPEI-1 e SPEI-12 para as regiões, dessa forma foi possível fazer análises comparativas entre observação e modelo. Adicionalmente, analisou-se o Southern Oscillation Index (SOI) a fim de estabelecer uma relação entre as forçantes de grande escala oceânicas (notadamente o El Niño Oscilação Sul) e a resposta hidrometeorológica sobre as regiões estudadas. Para a análise da escala temporal da variabilidade dominante para as estas variáveis, foi aplicada a metodologia da Transformada de Wavelet (TW). Os resultados apontaram maior variabilidade nas chuvas na região Leste onde ocorre um acentuado avanço do desmatamento, o qual faz parte do arco do desmatamento e também na região Sul, onde o desmatamento já encontra-se bem estabelecido. Enquanto que para a região Norte o padrão se manteve sem grande variabilidade. O modelo ARIMA apresentou-se adequado, com bom ajuste para precipitação mensal para as regiões do estudo. Com relação ao RegCM4, este subestimou a precipitação para toda a série climatológica de todas as regiões, entretanto foi capaz de representar adequadamente a variabilidade da climatologia, tanto para a precipitação quanto para o SPEI, principalmente na escala temporal anual (SPEI-12). Assim como, esteve bem ajustado em identificar condições de seca de severidade moderada, principalmente para as regiões Norte e Leste.Tese Ilha de calor urbana e sua influência na microfísica de nuvens em metrópoles brasileiras(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-12-10) Monteiro, Felipe Ferreira; Gonçalves, Weber Andrade; Andrade, Lara de Melo Barbosa; ; http://lattes.cnpq.br/0327817672623352; ; http://lattes.cnpq.br/3901367142857642; ; http://lattes.cnpq.br/9951240700957855; Alcântara, Clênia Rodrigues; ; http://lattes.cnpq.br/5915864826877257; Mendes, David; ; http://lattes.cnpq.br/4411895644401494; Mattos, Enrique Vieira; ; http://lattes.cnpq.br/8010078550088178As áreas urbanas modificam o balanço de energia em superfície, levando ao maior acumulo de calor, tendo como consequência, comparados com as áreas circundantes, a elevação nos valores de temperatura do ar e de superfície. Essa condição é descrita pelo fenômeno da ilha de calor urbana (ICU), o qual, nos últimos anos, vem sendo mais investigado por diferentes campos. Este fenômeno afeta na saúde da população, consumo de energia, entre outras áreas estratégicas. No Brasil, a intensa urbanização tem efeitos diretos na intensidade do fenômeno, que eleva os riscos de mortalidade por doenças relacionadas ao calor, além do aumento no consumo de energia dentre outros impactos. Diante desse contexto, surgiu a preocupação de conhecer em detalhes sobre a presença e os efeitos do fenômeno ICU nas grandes metrópoles e se há influência do sobreaquecimento urbano nas características da precipitação e propriedades microfísicas das nuvens da área urbana. Portanto, para permitir essa compreensão foram utilizadas metodologias aplicadas a dados de sensoriamento remoto ativo e passivo, aliados a estudos estatísticos, as quais permitiram compreender os efeitos da ICU nas diferentes regiões metropolitanas e suas relações com outras variáveis ambientais (Albedo superficial e NDVI), analisando as tendências da ICU ao longo de 16 anos (2000-2016) e as similaridades entre regiões metropolitanas, a partir de testes estatísticos, como: Mann Kendall, Theil-Sen, t-Student (t pareado). Nossos resultados indicam que todas as 21 regiões metropolitanas estudadas apresentam ilha de calor, tanto diurna quanto noturna e que deste total, 10 apresentaram tendência positiva nos valores de ICU diurna, que pode estar relacionado a 2 diferentes fatores biofísicos investigados, NDVI e Albedo superficial. Dessas 21 regiões estudadas, Manaus foi a região metropolitana com a maior ilha de calor diurna registrada, além de seu entorno homogêneo com cobertura florestal, por conta disso foi selecionada para avaliarmos as propriedades microfísicas das nuvens urbanas. Foram analisadas as propriedades Ice Water Path (IWP), Rain Water Path (RWP), Chuva convectiva e Chuva em superfície, durante a estação seca da região metropolitana de Manaus para um período de 14 anos (2000-2014). Os resultados indicaram que, durante o período estudado, as taxas de precipitação convectiva urbana sempre foram mais elevadas em qualquer horário, entretanto, com variações nas concentrações de IWP e RWP, segundo o turno. Com relação a distribuição espaçotemporal no ciclo diurno, foi evidenciado que a precipitação e outras propriedades microfísicas das nuvens são moduladas pela circulação local, em especial, pela ação da brisa de rio. Durante a madrugada, estão sobre o rio os valores mais elevados de todas as propriedades estudadas, enquanto pela tarde esses resultados ocorrem nas margens. Nesse contexto de presença de maiores temperaturas nas metrópoles brasileiras durante a estação seca, que possivelmente, possa ocorrer uma mudança no padrão de cobertura de nuvens e de precipitação (convectiva e em superfície) sobre a área urbana e seu entorno, o que agrava os impactos do calor sobre os habitantes urbanos e expõe a superfície urbana a receber uma maior carga de radiação.