Programa de Pós-Graduação em Nutrição
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Nutrição por Assunto "Ácido oléico"
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Dissertação Relação da expressão gênica do ECHDC3 com perfil de ácidos graxos e fatores nutricionais na doença arterial coronariana(2016-12-06) Duarte, Mychelle Kytchia Rodrigues Nunes; Silbiger, Vivian Nogueira; Lima, Severina Carla Vieira Cunha; ; http://lattes.cnpq.br/8818927353248941; ; http://lattes.cnpq.br/6121935907512568; ; http://lattes.cnpq.br/2852620720413523; Evangelista, Karine Cavalcanti Mauricio de Sena; ; http://lattes.cnpq.br/2628723272728505; Horst, Maria Aderuza; ; http://lattes.cnpq.br/4145824009736834A doença arterial coronarina é uma das principais causa de óbitos em todo o mundo e pode ser desencadeada por alterações no perfil sérico de ácidos graxos, nos padrões de expressão gênica, no consumo alimentar e dietético e por desequilíbrios antropométricos e/ou de composição corporal. O diagnóstico precoce desta doença é um desafio na medicina translacional, visto que os métodos utilizados são onerosos e/ou invasivos. O trabalho então teve como objetivo identificar biomarcadores para o diagnóstico precoce da aterosclerose por meio do perfil serico de ácidos graxos, expressão do RNAm da enoil-coA-hidratase (ECDHC3) e de fatores nutricionais em pacientes sem lesões e com diferentes extensões da lesão aterosclerótica. Realizou-se um estudo observacional, com a amostragem coletada por conveniência, formada por pacientes que iriam realizar pela primeira vez a cinecoronariogradia no setor de Hemodinâmica do Hospital Universitário Onofre Lopes. Na primeira casuística participam 59 pacientes (n1, 2011-2013) e na segunda 41 (n2, 2014-2015), ambos com idade entre 30-74 anos. Determinou-se a extensão das lesões por meio do índice de Friesinger, o perfil bioquímico (glicêmico,lipidêmico) por espectrometria semiautomatizado; concentração sérica de ácidos graxos pela cromatografia gasosa; expressão do RNAm do ECHDC3 pela reação de cadeia de prolimerase (PCR) em tempo real; consumo alimentar e dietético por dois recordatórios de 24h, parâmetros antropométricos e composição corporal pela balança com bioimpedância elétrica, fita métrica e estadiometro. Os pacientes foram classificados em grupos: sem lesão (n1=18/n2 =8), poucas lesões (n1=17/n2=6), intermediárias (n1=17/n2=15) e graves (n1=7/n2=12). Na primeira casuística foi encontrado elevadas concentrações séricas de ácido oléico e de ácidos graxos monoinsaturados nos pacientes com poucas lesões e intermediárias, quando comparado com pacientes sem lesão (p<0,05). A expressão do ECHDC3 foi 1,2 vezes mais alta em pacientes com poucas lesões que em pacientes sem lesão (p=0,023), e 1,8 vezes mais baixa em pacientes com lesão grave que em pacientes sem lesão (p=0,020). Na segunda casuística, a expressão do ECHDC3 foi 1,93 mais alta em pacientes com lesão intermediária do que com poucas lesões (p = 0.011) e 1,91 vezes mais alta em pacientes com lesão grave que em poucas lesões (p = 0.013). A análise de Spearman mostrou uma correlação entre os grupos de Friesinger com a expressão do ECHDC3 (r = 0.327, p =0.037) , e deste com o percentual de gordura visceral (r = 0.416, p =0.009). O índice de Friesinger também mostrou uma correlação com o consumo de carboidrato (r = 0.754, p = 0.002), vitamina B1 (r = 0.507, p = 0.001), vitamina B2 (r = 0.388, p = 0.012), folato (r = 0.599, p = 0.000) e magnésio (r = 0.528, p = 0.003). Verificou-se que o aumento de ácido oléico sérico, da expressão do ECHDC3 e da gordura visceral podem contribuir para a progressão da aterosclerose, uma vez que estes podem favorecer a β – oxidação, reação que favorece a formação de espécies reativas de oxigênio, desencadeando inflamação, um dos principais gatilhos para a aterosclerose. Também foi visto que o consumo de carboidratos e alguns micronutrientes podem favorecer a progressão da aterosclerose, já que o aumento da ingestão destes nutrientes pode propiciar a deficiência na absorção ou estresse oxidativo, que implica diretamente na etiologia desta doença.