Programa de Pós-Graduação em Nutrição
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Nutrição por Assunto "Aleitamento materno"
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Dissertação Estado nutricional em vitamina A e vitamina E de mulheres no seguimento da lactação(2018-06-20) Silva, Ana Gabriella Costa Lemos da; Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro; Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro; ; ; ; Maciel, Bruna Leal Lima; ; Melo, Illana Louise Pereira de;Na lactação as mulheres necessitam de um maior aporte nutricional tanto para repor os nutrientes secretados no leite, quanto para garantir o estado nutricional adequado, como nas vitaminas A e E, essenciais para o crescimento, imunidade e estado antioxidante. Sendo assim, este trabalho objetivou avaliar o estado nutricional de vitamina A e vitamina E de mulheres no seguimento da lactação e a relação da ingestão dietética habitual com as concentrações das vitaminas no soro e leite. O estudo foi do tipo longitudinal com 43 mulheres lactantes recrutadas em um hospital público localizado em Natal-RN, Brasil. A coleta de leite, sangue e informações dietéticas ocorreram em três momentos: a primeira entre 25 a 74 dias pós-parto; a segunda por volta de 30 dias após a primeira e a terceira 30 dias após a segunda. O retinol e alfa-tocoferol foram analisados por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. Valores de retinol < 0,7 μmol/L (20 µg/dL) no soro e < 1,05 μmol/L (30 µg/dL) no leite, e de alfa-tocoferol sérico < 12 μmol/L (517 µg/dL) foram indicativos de baixas concentrações. A inadequação dietética foi analisada conforme Estimated Average Requirement (EAR) com variação intrapessoal ajustada pelo Multiple Source Method, e a ingestão também foi classificada por quartis de consumo. O retinol sérico variou em torno de 1,65 μmol/L no seguimento da lactação, com 5% de baixas concentrações apenas na primeira coleta, e no leite foram identificadas 12%, 14% e 12% de baixas concentrações nas três coletas, respectivamente. O alfa-tocoferol sérico diminuiu na lactação, de 30,18 μmol/L na primeira coleta a 25,49 μmol/L na terceira (p=0,008), com aumento no percentual de deficiência. As concentrações das vitaminas no leite materno apresentaram valores semelhantes entre as coletas. A inadequação dietética de vitamina A e vitamina E foi encontrada em 58% e 100% das lactantes, respectivamente. Houve correlação positiva apenas entre o retinol sérico e a ingestão habitual de vitamina A (r=0,403, p=0,007), e maiores concentrações de retinol sérico foram encontrados nas lactantes classificadas no maior quartil de consumo de vitamina A (p=0,031). Os resultados encontrados revelaram que as mulheres lactantes são de risco nutricional para a deficiência de vitamina A e vitamina E, reforçando a importância de uma alimentação adequada e o monitoramento da deficiência durante a lactação.Dissertação Evolução das práticas alimentares em crianças menores de dois anos: uma análise da coorte brasileira do estudo MAL-ED(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-17) Andrade, Eva Débora de Oliveira; Maciel, Bruna Leal Lima; http://lattes.cnpq.br/5790541670952158; http://lattes.cnpq.br/6480869951002815; Azevedo, Daniela Vasconcelos de; http://lattes.cnpq.br/0020990380987548; Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/5658288179573297As práticas alimentares nos primeiros dois anos de vida impactam no estado nutricional e de saúde infantis, influenciando o crescimento e desenvolvimento. Poucos estudos avaliaram essas práticas de maneira prospectiva, considerando também características dos alimentos utilizados, como o seu nível de processamento. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a evolução das práticas alimentares em crianças menores de dois anos, considerando indicadores da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o nível de processamento dos alimentos consumidos. Este estudo é parte de uma coorte de nascimento multicêntrica (MAL-ED). Para este trabalho, foram avaliadas as crianças da coorte brasileira aos 9 (n=193), 15 (n=182) e 24 meses (n=164). As práticas alimentares foram analisadas a partir de recordatórios 24h, utilizando os indicadores propostos pela OMS. Os alimentos consumidos foram avaliados conforme o nível de processamento. Foram construídos modelos de regressão logística para determinar variáveis sócio-econômicas e práticas alimentares associadas com o consumo de alimentos ultraprocessados aos 9, 15 e 24 meses de idade. Observouse que o número de crianças amamentadas diminuiu ao longo do tempo, de 77,6% aos 9 meses para 55,0% aos 15 meses e 45,1% aos 24 meses. A frequência mínima de refeições ao dia foi atingida por 88,6% das crianças aos 9 meses, 99,5% aos 15 meses e 97% aos 24 meses. Embora a diversidade dietética não tenha aumentado significativamente durante o período de estudo, a dieta mínima aceitável aumentou significativamente para 76,1% aos 24 meses (p <0,0005). Observou-se também altas porcentagens de crianças consumindo bebidas adoçadas, sendo de 100% aos 15 e 24 meses, foi visto também um aumento significativo do número de crianças que consumiam alimentos sentinelas, 5,7 % aos 9 meses, 9,9% aos 15 meses e 18,9% aos 24 meses (Qui-quadrado, p < 0,0005). Houve aumento significativo também do indicador de zero consumo de vegetais e frutas, sendo de 14% aos 9 meses, 17,6% aos 15 meses e 30,5% aos 24 meses (Qui-quadrado, p < 0,0005). A quantidade e frequência de consumo dos alimentos in natura reduziu dos 9 aos 24 meses de idade (p < 0,0005); enquanto a quantidade e frequência de consumo de alimentos ultraprocessados aumentou (p < 0,0005) durante o período estudado. As regressões logísticas demonstraram que, aos 9 meses, as crianças que eram amamentadas apresentaram menor chance de elevado consumo de alimentos ultraprocessados (OR = 0,42; IC 95% = 0,19 – 0,95) e as crianças que atingiam a dieta mínima aceitável apresentaram maior chance para esse consumo elevado (OR = 4,74; IC 95% = 1,50 – 14,94). Conclui-se que a redução amamentação, alto consumo de bebidas açucaradas, aumento do consumo de alimentos sentinelas e aumento do percentual de crianças que não consumiram vegetais e frutas, somado ao a redução no consumo dos alimentos in natura e aumento no consumo de alimentos ultraprocessados, demonstram uma redução da qualidade das práticas alimentares ao longo dos primeiros dois anos de vida. A amamentação demonstrou-se como um importante fator de proteção contra um maior consumo de alimentos ultraprocessados.Dissertação Influência do consumo de alimentos ultraprocessados em indicadores nutricionais de vitamina E de mulheres lactantes(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-03-04) Amorim, Natália Carlos Maia; Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro; Liberalino, Laura Camila Pereira; ; ; ; Castro, Inês Rugani Ribeiro de; ; Bezerra, Danielle Soares;O consumo de alimentos ultraprocessados pode levar ao aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis, inadequação na ingestão de micronutrientes, entre outros desfechos. Portanto, é importante avaliar esse consumo durante a lactação e seu impacto na composição do leite e estado nutricional materno, pois a alimentação materna deve garantir uma adequada composição nutricional do leite, evitando o estabelecimento de deficiências, como a deficiência de vitamina E (DVE). Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a influência da participação do consumo de alimentos ultraprocessados na ingestão de vitamina E e concentração de vitamina E do leite e soro de mulheres lactantes. O estudo foi de corte transversal com 294 mulheres lactantes atendidas em hospitais universitários do Rio Grande do Norte, Barsil. A coleta de sangue e de leite materno foi realizada por volta de 90 dias pósparto, em jejum, e a concentração de vitamina E (alfa-tocoferol) das amostras foi analisada por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC). O perfil de vitamina E do leite materno foi avaliado considerando a projeção da quantidade da vitamina encontrada em volume estimado de consumo diário (780 mL/dia) e comparado a recomendação para lactentes (4 mg/dia). O consumo alimentar das mulheres foi obtido por três Recordatórios de 24 horas (com intervalo de 30 dias) e os alimentos foram classificados segundo a NOVA em in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários processados, processados e ultraprocessados. Também foi analisado a ingestão de energia, gordura total, saturada, monoinsaturada, polinsaturada e vitamina E. As participantes foram agrupadas segundo os tercis de contribuição energética de alimentos ultraprocessados. O teste de Kruskal-Wallis foi utilizado para comparar os grupos divididos pelos tercis e foi realizado teste de regressão linear múltipla, sem e com ajuste para renda familiar, para avaliar a relação do consumo de alimentos ultraprocessados com os indicadores nutricionais da vitamina. O consumo dos alimentos in natura ou minimamente processados contribuiu com 51% da ingestão energética e os alimentos ultraprocessados com 16%. Todas as mulheres lactantes apresentaram consumo dietético de vitamina E abaixo do recomendado (<16 mg/dia) e quase um terço desse consumo (27%) eram de alimentos ultraprocessados. O alfa-tocoferol no soro materno foi 1144 (344) µg/dL, com 5% (n=11) de DVE (<517 µg/dL), e no leite materno foram encontrados valores médios de 362 (170) µg/dL, sendo 78% abaixo da estimativa de valor diário recomendado para lactentes. A maior participação dos alimentos ultraprocessados na dieta foi associada a menores concentrações de alfa-tocoferol no soro (β=-0,163, p=0,006) e ao perfil inadequado de vitamina E do leite materno (β=-0,144, p=0,014). Os principais achados deste estudo revelaram impacto negativo da maior participação do consumo de alimentos ultraprocessados no perfil de indicadores de vitamina E em mulheres lactantes, alertando para a possível redução dos níveis circulantes maternos da vitamina e do seu fornecimento aos lactentes via leite materno. Assim, reforçamse as atuais diretrizes alimentares para a população lactante, no tocante a se evitar o consumo de alimentos ultraprocessados, visando a promoção de uma alimentação adequada e saudável e prevenção da DVE nesse período da vida.Dissertação Relação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o perfil antropométrico de mulheres lactantes: uma análise transversal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-03-27) Lima, Lara Virginia Pessoa de; Rodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro; Bagni, Úrsula Viana; https://orcid.org/0000-0002-2251-5967; http://lattes.cnpq.br/5658288179573297; https://orcid.org/0000-0003-2067-6262; http://lattes.cnpq.br/3058579659135985; Lopes, Márcia Marilia Gomes Dantas; http://lattes.cnpq.br/0512077912732473Alimentos ultraprocessados (AUP) geralmente apresentam alta densidade energética e têm sido associados à maior adiposidade e risco de desenvolvimento de excesso de peso em diversas fases da vida. Apesar disso, pouco se sabe sobre o impacto de seu consumo durante a lactação, fase em que a qualidade da dieta é importante para prevenir a retenção de peso pós-parto e a obesidade em mulheres adultas. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre o consumo de AUP e o perfil antropométrico de mulheres lactantes. Foram coletados dados socioeconômicos e de saúde, consumo alimentar materno e medidas antropométricas de mulheres lactantes que amamentavam de forma exclusiva ou parcial, entre 30 e 150 dias pós-parto. O consumo alimentar foi obtido pelo recordatório de 24 horas e avaliado segundo Classificação Nova. O perfil antropométrico foi analisado por retenção de peso pós-parto (kg), presença de excesso de peso segundo o Índice de Massa Corporal (IMC), medidas de perímetros corporais (cm) e dobras cutâneas (mm). As participantes foram agrupadas segundo tercil de participação energética de AUP na dieta (tercil 1-2 x tercil 3). A associação entre os tercis de AUP e perfil antropométrico foi avaliada por modelos de regressão linear ajustados por IMC prégestacional, aleitamento materno exclusivo (AME), número de dias pós-parto, ganho de peso gestacional, número de partos, renda per capita e escolaridade ambos categorizados. As mulheres tinham 28 (7) anos, 68 (42-104) dias pós-parto, 34,7% apresentavam baixa escolaridade, e a maioria possuía baixa renda (82,3%). A participação média calórica de AUP na dieta foi 23,31% (0-76%). O excesso de peso estava presente em 66,1% das avaliadas e 40,9% tinham retido mais que 4 kg no período pós-parto, com uma mediana de retenção de 3,0 kg (-0,3-5,0). Após análise de regressão linear ajustada foi encontrada uma associação positiva entre a maior contribuição energética de AUP na dieta e a retenção de peso pós-parto (β= 3,75, IC 95% 1,40 – 6,10, p= 0,002). Já para as outras medidas antropométricas associadas à adiposidade, o IMC pré-gestacional foi a variável com maior poder explicativo após os ajustes. Os resultados reforçam a necessidade de ações voltadas à redução do consumo de AUP e prevenção do excesso de peso ainda no período da lactação.