PPGNF - Doutorado em Nanotecnologia Farmacêutica
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Navegando PPGNF - Doutorado em Nanotecnologia Farmacêutica por Assunto "Leishmaniose"
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Tese Desenvolvimento de sistemas terapêuticos para leishmaniose cutânea(2019-09-26) Alexandrino Júnior, Francisco; Egito, Eryvaldo Sócrates Tabosa do; ; ; Rocha, Helvecio Vinicius Antunes; ; Pohlmann, Adriana Raffin; ; Lima, Eliana Martins; ; Frezard, Frederic Jean Georges;Este trabalho objetivou desenvolver alternativas terapêuticas contendo anfotericina B (AmB) para o tratamento da leishmaniose cutânea. Para tanto, sistemas poliméricos formados a partir de polímeros com distinta hidrofilicidade (poli(álcool vinílico) e poli(ácido lático)) e geometria (filme e fibra) foram produzidos. Posteriormente, seus respectivos perfis cinéticos de liberação foram avaliados e correlacionados com esses parâmetros de produção e parâmetros termodinâmicos. Os dados demonstraram que a liberação da anfotericina B (AmB) se apresentou como um processo endotérmico e nãoespontâneo, com as fibras e filmes ajustando-se ao modelo de Peppas–Sahlin e Higuchi, respectivamente. Dos sistemas avaliados os hidrogéis de PVA foram os que demonstraram melhor controle na liberação. Assim, suas propriedades como potencial sistema terapêutico foram avaliadas in vitro. Esse sistema foi capaz de controlar a permeação ao vapor d’agua em níveis compatíveis com a pele em seu estado fisiológico, agir como barreira física contra microorganismos presentes no ambiente e simultaneamente apresentou eficiente atividade antifúngica e leishmanicida, sem apresentar citotoxicidade potencial para células renais (linhagem VERO). Paralelamente, foram desenvolvidas microemulsões (ME) contendo poloxamer 407 na concentração de 14%p/p, o qual permitiu atribuir ao sistema um comportamento termorreversível, com gelificação in situ em ~ 25°C, facilitando sua aplicação tópica. A adição desse polímero atenuou os fenômenos de instabilidade na ME durante o período de estocagem a 2°C, sem afetar o tempo de meia-vida do fármaco. No que se refere a retenção dérmica ex vivo, foi possível inferir que a ME atuou como agente permeabilizante permitindo, após 24h de contato, uma retenção dérmica da AmB de ~ 1,37 ± 0,75 g/cm2 . Contudo, a presença do polímero no sistema reduziu a velocidade de difusão da AmB, inviabilizando sua detecção durante o período avaliado. Assim, os resultados aqui obtidos demonstram que embora haja a necessidade de comprovação in vivo, os hidrogéis de PVA e as ME termorresponsivas são sistemas promissores para serem usados em uma terapia combinada, permitindo um tratamento tópico ambulatorial da leishmaniose cutânea.