PPGG - Doutorado em Geodinâmica e Geofísica
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Tese Análise da evolução costeira do litoral setentrional do Estado do Rio Grande do Norte, região sob influência da indústria petrolífera(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2009-10-16) Souto, Michael Vandesteen Silva; Amaro, Venerando Eustáquio; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783253A6; ; http://lattes.cnpq.br/0361582288485437; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; Scudelari, Ada Cristina; ; http://lattes.cnpq.br/6556306307432176; Paranhos Filho, Antônio Conceição; ; http://lattes.cnpq.br/8366463150019459; Caldas, Luciano Henrique de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/1850164003052269O litoral setentrional do Estado do Rio Grande do Norte é caracterizado por fortes mudanças na sua morfologia costeira, ocasionadas por diversos fatores geológicos e climáticos. Nesta região estão instaladas as principais atividades socioeconômicas do Estado, destacando a Indústria Petrolífera, que exerce boa parte de suas atividades na zona costeira estudada. A erosão é o constante problema nesta região, pois afeta toda população local com a destruição de moradias e comércio, inviabilizando o turismo, comprometendo as atividades de subsistência e as atividades industriais. O risco maior está relacionado ao dano ambiental que pode ser causado pelo derramamento de óleo nesta região. Para entender o que condiciona estas modificações na morfologia costeira esta Tese de Doutorado se propôs em identificar os fatores de escala local, regional e até global que corroboram com a dinâmica costeira para este litoral em questão. Para tal estudo foram utilizados diversos produtos e diversas ferramentas para interpretação das condicionantes do efeito erosivo que predomina como um todo o litoral setentrional do Estado, na tentativa de quantificar e qualificar as causas e efeitos que afetam toda zona costeira monitorada. O desenvolvimento das atividades está inserido em projetos Rede 05 PETROMAR (CTPETROFINEP/PETROBRAS/CNPq), PETRORISCO, HIDROSEMA, PETROMAR e Rede 05/04 POTMAR (FNDCT/CTPETRO-FINEP/CNPq), no âmbito das atividades de características multidisciplinares e interinstitucional em temas que envolvem o monitoramento ambiental e a atividade petrolíferaTese Análise estratigráfica integrada do Albiano ao Campaniano da Bacia Potiguar: da escala sísmica à de reservatórios(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-07-29) Melo, Anderson Henrique de; Lima Filho, Francisco Pinheiro; Magalhães, Antônio Jorge Campos; 16841522591; http://lattes.cnpq.br/7278609149703896; http://lattes.cnpq.br/9888320802954176; http://lattes.cnpq.br/9256001573771083; Scherer, Claiton Marlon dos Santos; http://lattes.cnpq.br/3488329717814652; Riccomini, Claudio; http://lattes.cnpq.br/8670893946594677; Gabaglia, Guilherme Pederneiras Raja; Becker, Mauro Roberto; http://lattes.cnpq.br/5944589406034425O TSMA 3 ocorre em downlap sobre a SIM 3 na porção marinha e é composto por depósitos carbonáticos e seus correlatos siliciclásticos no continente. As sequências deposicionais 4 e 5 estão completamente inseridas no contexto das rochas carbonáticas da Formação Jandaíra, de idade Turoniana a Campaniana, onde apenas os tratos transgressivos e de mar alto foram interpretados. A Formação Açu, a principal produtora de hidrocarbonetos da Bacia Potiguar, está inserida nas sequências deposicionais 1, 2 e 3 e é fortemente afetada pelas variações laterais e verticais dos sistemas deposicionais, típica dos tratos de sistemas. O arcabouço estratigráfico definido em escala sísmica serviu de ponto de partida para o refinamento estratigráfico em escala de reservatórios de parte da porção continental do TST 2 – nos domínios fluviais da Formação Açu – e de parte da porção marinha do TSMA 1 – nos domínios carbonáticos da Formação Ponta do Mel. A análise integrada de dados de rocha, perfis de poços e de dados produção de um campo maduro de óleo pesado levou à subdivisão do TST 2 em 9 sequências deposicionais de 4ª ordem. Estas sequências são ciclos assimétricos onde apenas o trato transgressivo está preservado, sendo composto por uma sucessão de depósitos de canais e planícies fluviais, limitadas no topo por níveis de paleossolo. Os paleossolos são o único registro estratigráfico do evento regressivo de 4ª ordem e constituem as feições diagnósticas a partir das quais são interpretadas as discordâncias subaéreas que limitam as sequências. Constatou-se que os níveis de paleossolos e, consequentemente, as discordâncias subaéreas de alta frequência, são correlacionáveis ao longo de toda a área do campo produtor e que controlam o fluxo de fluidos de seus reservatórios, constituindo assim as principais heterogeneidades verticais. Com isso, as nove sequências deposicionais de alta frequência do TST 2, mais o TSMB 2, passaram a representar o zoneamento de reservatórios do intervalo estudado, em substituição às quatro zonas litoestratigráficas anteriores. O novo zoneamento permitiu uma caracterização mais detalhada dos reservatórios, o que resultou em uma melhor representação dos sistemas fluviais em modelos geológicos 3D e na correção de erros de mapeamento. O novo entendimento do fluxo de fluidos nos reservatórios levou ao fechamento de intervalos prejudiciais à produção bem como a identificação de intervalos com óleo remanescente ainda não produzido, responsáveis pelo aumento da vida útil de poços submetidos a injeção cíclica de vapor. Tais resultados não seriam possíveis sem a utilização do zoneamento cronoestratigráfico de alta frequência e reforçam a importância da estratigrafia de sequências de alta resolução como ferramenta na busca pelo incremento do fator de recuperação de campos maduros. A mesma metodologia foi utilizada no refinamento estratigráfico de parte dos depósitos carbonáticos do TSMA 1 e permitiu a subdivisão deste intervalo em quatro sequências genéticas de 4ª ordem. Estas sequências são compostas por tratos regressivos e transgressivos que representam diferentes configurações paleofisiográficas das plataformas carbonáticas com borda, cujo empilhamento compõe a porção marinha do TSMA 1. Embora este intervalo não seja portador de hidrocarbonetos, o refinamento estratigráfico proposto serve como analogia para o estudo e descrição de heterogeneidades estratigráficas em reservatórios carbonáticos marinhos. Por fim, a metodologia multi-escalar utilizada neste trabalho pode ser replicada em outras áreas e intervalos estratigráficos da Bacia Potiguar, bem como em qualquer outra bacia sedimentar, onde resultados similares podem contribuir com a indústria do petróleo tanto em escala exploratória quanto de reservatórios.Tese Análise multiescalar de afloramento digital análogo de reservatório carbonático na formação salitre(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-04-29) Furtado, Carla Patrícia Queiroz; Bezerra, Francisco Hilario Rego; Borges, Sérgio Vieira Freire; https://orcid.org/0000-0002-3512-5212; http://lattes.cnpq.br/6050302316049061; http://lattes.cnpq.br/4902372515924001; Vasconcelos, David Lino; http://lattes.cnpq.br/1404826919358723; Bagni, Fábio Luiz; Reis Júnior, João Andrade dos; Sousa, Maria Osvalneide Lucena; http://lattes.cnpq.br/1224024758602281O presente estudo investiga a influência de fraturas subsísmicas na interconectividade e fluxo de fluidos associados a rochas carbonáticas dobradas e seu papel nas fases de evolução do processo cárstico no Sistema Brejões, Bacia de Irecê, Nordeste do Brasil. Procuramos também promover a caracterização geofísica (Electrical Resistivity Tomography – ERT) de Brejões I e do sistema cárstico associado. Realizamos levantamentos de sensoriamento remoto 3D na superfície com um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) e subsuperfície com Terrestrial Laser Scanning (TLS). Com base nos afloramentos digitais, nós realizamos análises de atributos de fratura e medição de estratificação, distribuições de comprimento de fratura, estimativas de persistência, topológica, morfométrica e investigação geofísica. A análise multiescalar mostra que corredores de fraturas, cavernas e cânions ocorreram ao longo do eixo de uma anticlinal orientada N-S ou paralelo a ele. Os dados de fraturas superficiais e subsuperficiais estão relacionados e com dois eventos de compressão relacionados à orogênese Brasiliana (740-560 Ma). Os expoentes da lei de potência superiores a 2,5 sugerem a influência de todos os comprimentos de fratura na conectividade do Sistema Brejões, enfatizando fraturas menores que 50 m. A análise topológica demonstrou uma rede de fraturas altamente conectada, acima do limite de percolação, com agrupamentos extensos e vários níveis de interações. Esses resultados são suportados pela ampla distribuição de valores de persistência nos mapas de intensidade de fratura (P21) e densidade (P20). Os atributos morfológicos aplicados na prospecção geofísica permitiram a otimização de suas etapas e correlação direta com a assinatura da caverna. O método ERT apresentou uma ampla faixa de resistividade elétrica (100 - 10.000 Ohm.m), refletindo assim diferentes níveis de intemperismo e carstificação no Sistema de Brejões. Com base no cenário geomorfológico e estrutural descrito, os reservatórios do tipo I e II foram associados ao Sistema Brejões. Sua marcada anisotropia pode implicar em rotas preferenciais de migração de fluidos, o que pode impactar todas as fases de exploração. Nossos resultados revelam que o mapeamento de zonas de dano relacionadas a dobras pode ser uma abordagem alternativa para identificar corredores de fraturas em escala sub-sísmica. A utilização do LiDAR como metodologia auxiliar nas etapas de prospecção geofísica com ERT fornece uma nova perspectiva à análise dos efeitos 3D em ambientes cársticos.Tese Análise probabilística da ameaça sísmica para o Nordeste do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-11-29) Fonsêca, José Augusto Silva da; Nascimento, Aderson Farias do; https://orcid.org/0000-0002-3961-5884; http://lattes.cnpq.br/8600906973888297; https://orcid.org/0000-0002-2756-686X; http://lattes.cnpq.br/8516129832322936; Bezerra, Francisco Hilário Rego; Ferreira, Joaquim Mendes; Assumpção, Marcelo Sousa de; Miranda, Paulo de Souza TavaresApesar de apresentarem sismicidade inferior à de regiões de borda de placa, as Regiões Continentais Estáveis (RCE) não estão livres de impactos sísmicos adversos. Avaliar a ameaça sísmica nessas regiões é essencial, sobretudo diante da existência de infraestruturas críticas e zonas urbanas, onde eventos de baixa probabilidade, mas de tamanhos significativos, podem ainda assim representar riscos substanciais. Dentro desse cenário, o Nordeste do Brasil se sobressai como uma das áreas com maior atividade sísmica na RCE da América do Sul, contando com eventos que, nas últimas décadas, causaram danos relevantes a estruturas civis. Neste trabalho, realizou-se uma Análise Probabilística de Ameaça Sísmica para o Nordeste do Brasil, com ênfase em locais críticos, utilizando um catálogo regional atualizado de terremotos e novas zonas de fontes sísmicas. Para isso, buscou-se, a aplicação de modelos mais adequados para a distribuição de magnitude, sendo verificada a rejeição da relação de Gutenberg-Richter em uma das fontes sísmicas. Os resultados revelaram valores de PGA < 0,01 g para a maior parte da área de estudo e tipicamente entre 0,01 g e 0,04 g para boa parte da sua porção nordeste, considerando uma probabilidade de 10% de excedência em 50 anos. Nessa região, sob a mesma probabilidade condicional, os maiores valores de PGA foram encontrados na faixa entre 0,10 g e 0,20 g ao redor das quatro fontes sísmicas mais ativas. O espectro uniforme de ameaça mostrou valores entre 0,18 g e 0,08 g em uma faixa ampla de período estrutural para um local crítico, atingindo um pico médio de 0,31 g. Os achados sugerem que, embora a maior parte da região atenda ao código sísmico brasileiro vigente, certas áreas apresentam ameaças sísmicas bem mais elevadas. Nessas áreas, as respectivas intensidades sísmicas podem variar entre VI e VIII, podendo provocar desde danos leves em construções civis até o colapso de edificações mais antigas.Tese Arcabouço geofísico, isostasia e causas do magmatismo cenozóico da província Borborema e de sua margem continental (Nordeste do Brasil)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-07-27) Oliveira, Roberto Gusmão de; Medeiros, Walter Eugênio de; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072; ; http://lattes.cnpq.br/3502030878720766; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; Lins, Fernando Antônio Pessoa Lira; ; http://lattes.cnpq.br/9090815121890821; Neves, Benjamim Bley de Brito; ; http://lattes.cnpq.br/4141785292003086; Ussami, Naomi; ; http://lattes.cnpq.br/6704246490515612A Província Borborema (PB) é um domínio geológico-estrutural localizado no Nordeste do Brasil, limitado a sul pelo Cráton do São Francisco, a oeste pela Bacia do Parnaíba e a norte e leste pelas bacias costeiras. Embora bastante estudada por geologia de superfície, na PB ainda estão em aberto aspectos importantes de sua evolução, notadamente: i) a sua compartimentagem tectônica após a Orogênese Brasiliana, ii) a arquitetura da margem continental implantada no Cretáceo, iii) as propriedades elásticas de sua litosfera, e iv) as causas do magmatismo e do soerguimento no Cenozóico. Esta Tese empregou dados geofísicos de cobertura regional (elevação, gravimetria, magnetometria, altura geoidal e tomografia), para aportar informações de geologia profunda aos problemas acima colocados. A sutura gerada pela colisão neoproterozóica entre o Domínio Sul da PB e a Placa Sanfranciscana (PSF) é marcada, na Faixa Riacho do Pontal e no oeste da Faixa Sergipana, por uma forte anomalia gravimétrica dipolar, cujo pico positivo corresponde ao alçamento da crosta inferior da PB e o negativo corresponde às nappes de supracrustais empurradas sobre a PSF. Na região leste da Faixa Sergipana não há assinaturas gravimétricas que indiquem cavalgamento e flexura de placas, mas a interpretação de truncamentos de assinaturas geofísicas de direção N-S da PSF permite localizar a sutura na margem sul do complexo de arco Marancó, ao longo da Z. C. Porto da Folha. Por sua vez, o limite colisional do Domínio Ceará da PB com o Cráton Oeste-Africano, ao longo da Z. C. Sobral-Pedro II, é também marcado por uma anomalia gravimétrica dipolar, cujo pico positivo coincide com a Z. C. Sobral-Pedro II, e o negativo coincide com o arco magmático de Santa Quitéria. A julgar pela expressão geofísica, os limites internos mais importantes da PB são: i) a Z. C. Pernambuco Oeste e sua continuação na Z. C. Congo, ii) a Z. C. Patos e iii) a Z. C. Jaguaribe e sua continuação na Z. C. Tatajuba. Estes limites dividem a PB em cinco grandes domínios geofísicos-tectônicos: Sul (ou Externo), Transversal, Rio Grande do Norte, Ceará e Médio Coreaú. O Domínio Sul é marcado por assinaturas geofísicas associadas à colisão da PB com a PSF. O Domínio Transversal teve a sua concepção original de limites modificada porque a parte leste do seu limite sul foi associada com a Z. C. Congo. O Domínio Rio Grande do Norte apresenta a crosta mais magnética da PB, com superposição de fontes pré-cambrianas e fanerozóicas. No Domínio Ceará, a Z. C. Senador Pompeu é o divisor de dois subdomínios: o leste corresponde à Faixa Orós-Jaguaribe e o oeste corresponde ao Ceará-Central, onde ocorre uma assinatura gravimétrica interpretada como uma descontinuidade crustal de direção ENE-WSW, que funcionou como um anteparo para as nappes brasilanas, com sentido de deslocamento para sul. O Domínio Médio Coreaú apresenta uma anomalia gravimétrica dipolar, cujo pico positivo está associado com rochas granulíticas, e o negativo com rochas supracrustais. A assinatura geofísica do seu limite com o Domínio Ceará é evidente, apesar dos sedimentos da Bacia do Parnaíba. A análise conjunta da anomalia ar-livre, admitância ar-livre e estimativas da espessura elástica efetiva (Te) evidenciou que as margens Leste e Equatorial possuem propriedades elásticas bastante diferentes: enquanto a primeira tem Te entre 10 e 20 km, a segunda tem Te em torno ou inferior a 10 km. Essa diferença é devida ao enfraquecimento da litosfera da Margem Equatorial produzida pelo magmatismo cenozóico. A margem continental da PB apresenta segmentações que incorporaram heranças das estruturas e dos domínios pré-cambrianos, que se correlacionam com os limites conhecidos das bacias. Descrevendo de sul para norte, o limite da separação da Bacia Sergipe - Alagoas em duas sub-bacias coincide com a sutura entre o Domínio Sul da PB e a PSF; as estimativas de Te indicam, concordantemente, que a Sub-bacia Sergipe (Te ≅ 20 km) se instalou em uma litosfera mais resistente do que a da Sub-bacia Alagoas (Te ≅ 10 km). Adicionalmente, no interior da crosta da Sub-bacia Sergipe ocorre um grande corpo denso (underplating ou herança crustal?) que não continua na Sub-bacia Alagoas. A margem da Bacia de Pernambuco (15 < Te < 25 km) apresenta características diferentes das outras bacias costeiras, porque no Platô de Pernambuco há duas anomalias do efeito de borda , o que indica a existência no platô de uma crosta continental afinada, contudo ainda relativamente espessa. A Bacia da Paraíba se apresenta bastante uniforme, com Te em torno de 15 km, e possui uma crosta inferior relativamente densa, que foi interpretada como uma modificação por underplating magmático relacionado com o magmatismo cenozóico. A segmentação da Bacia Potiguar em três partes é corroborada pelas estimativas de Te: Rifte Potiguar (Te ≅ 5 km), Plataforma de Aracati (Te ≅ 25 km) e Plataforma de Touros (Te ≅ 10 km). A fragilidade da litosfera na região do Rifte Potiguar está associada com fluxo térmico atual alto, e a resistência relativamente maior da Plataforma de Touros pode ser devida a uma crosta arqueana. A margem da Bacia do Ceará, no trecho das sub-bacias Mundaú e Icaraí, possui anomalia ar-livre uniforme, com Te entre 10 e 15 km. A análise da admitância Bouguer revelou que a condição isostática da PB é compatível com um modelo em que ocorrem carregamentos combinados na superfície e na base da crosta, com a carga da base 15 vezes maior que a do topo. Em adição, a PB possui uma crosta inferior anormalmente densa. Estas afirmações são especialmente adequadas para a parte norte da PB porque aí a aderência dos dados observados ao modelo é maior. Para o mesmo modelo isostático e usando a função coerência, estimou-se que a Te da PB deve ser inferior a 60 km, embora sua porção norte tenha Te de apenas 20 km. A inversão de espessura de crosta, usando o modelo isostático com carga apenas na superfície, indicou que existem na PB duas regiões de espessamento: uma abaixo do Planalto da Borborema (de origem cenozóica) e a outra no Domínio Ceará, sob o arco magmático de Santa Quitéria (vestigial do Pré-cambriano). Por outro lado, ocorre um afinamento ao longo do Trend Cariri-Potiguar, que representa o registro no interior do continente de um rifteamento cretáceo abortado. A interpretação das anomalias ar-livre de fontes oceânicas levou à proposição de que ocorreu um volumoso magmatismo na área oceânica adjacente à PB, ao contrário da área continental, como indicam as informações de geologia de superfície. A PB apresenta uma expressiva anomalia positiva de geóide, com correlação espacial com o Planalto da Borborema e o Alinhamento Macau-Queimadas. A integração de dados de tomografia de ondas superficiais e de anomalias residuais de geóide permitiu interpretar que uma convecção em pequena escala (Edge Driven Convection-EDC), gerada na interface entre a raiz da litosfera continental fria e o manto quente da área oceânica, pode ter sido a causa do magmatismo cenozóico. O mecanismo de EDC teria causado o arrasto do manto litosférico continental frio para dentro do manto astenosférico quente, ocasionando assim contraste positivo de densidade, que seria uma componente importante da origem da anomalia de geóide. A compatibilidade dos dados gravimétricos da PB com o modelo isostático que combina carregamentos no topo e na base da crosta, e a correlação temporal entre o magmatismo cenozóico e o soerguimento do planalto, permite propor que o soerguimento deste ocorreu por causa do empuxo provocado pela raiz da crosta, produzida por um underplating magmático no CenozóicoTese Arcabouço tectono-estrutural da Margem Equatorial Brasileira: uma abordagem baseada em dados de sensoriamento remoto e geofísicos potenciais(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-15) Lima, Francisco Gabriel Ferreira de; Jardim, Emanuel Ferraz; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; https://orcid.org/0000-0002-6513-3993; http://lattes.cnpq.br/6506556020822609; Silva, Fernando César Alves da; Silva, Carlos César Nascimento da; http://lattes.cnpq.br/5136096872133075; Araújo, Mário Neto Cavalcanti de; Medeiros, Vladimir Cruz deAo longo da Margem Equatorial Brasileira (MEB), se desenvolveram um conjunto de bacias sedimentares do Neobarremiano ao Albiano. Esta região tem despertado grande interesse devido às recentes descobertas de reservas de hidrocarbonetos nas margens continentais de Gana, na África, e Guianas/Suriname, na América do Sul. No entanto, a falta de exposições do rifte aptiano-albiano e a superposição de estruturas rúpteis relacionadas a este evento com outras mais antigas e/ou mais novas relacionadas ao rifte neocomiano-barremiano e à deformação intraplaca pós-campaniana, dificultam a correlação de estruturas mapeadas em superfície com os eventos tectônicos transtrativos/transpressivos relacionados à evolução do Atlântico Equatorial. Na porção onshore das margens equatoriais brasileira e africana, foi realizada uma análise da orientação e distribuição dos lineamentos rúpteis. Em maior detalhe, e considerando dados de campo, os trends associados a lineamentos rúpteis em superfície foram comparados com lineamentos magnéticos nas bacias Potiguar, São Luís, BragançaViseu, Grajaú e Barreirinhas. Os resultados indicam reflexos continentais da tectônica albiana até a porção sul da Bacia do Grajaú, apontando para uma transtração dextral da MEB durante o Albiano e controle da herança de zonas de cisalhamento brasilianas das faixas Gurupi e Araguaia, Província Borborema, e do Lineamento Transbrasiliano no desenvolvimento e reativação de estruturas rúpteis em diversos estágios de evolução da MEB. Além disso, foi conduzido um estudo da arquitetura crustal profunda na região offshore da MEB, em que foram integrados dados gravimétricos, magnéticos e sísmicos 2D de diferentes fontes. A MEB foi dividida em quatro domínios: proximal (PD), zona de necking (NZ), transição oceanocontinente (OCT) e crosta oceânica (OC). Esses domínios apresentam predominância de falhas normais e de rejeito oblíquo NW-SE do Aptiano ao Albiano, associadas a falhas de rejeito direcional e oblíquo E-W, além de dobras e empurrões NE-SW. As transições oceanocontinente podem variar de forma gradual a abrupta, dependendo da localização e do estilo estrutural predominante em cada segmento da margem. Os limites definidos proporcionaram um bom encaixe entre as crostas continentais da MEB e da Margem Equatorial Africana (MEA) durante o Cenomaniano. Este estudo tem como objetivo principal contribuir para uma melhor compreensão dos mecanismos de formação das bacias na MEB, abrindo perspectivas para exploração de seu potencial petrolífero em águas profundas e ultraprofundas.Tese Avaliação de impacto ambiental e gestão dos recursos naturais no estuário Apodi Mossoró, nordeste do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-07-21) Boori, Mukesh Singh; Amaro, Venerando Eustáquio; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783253A6; ; http://lattes.cnpq.br/7028211581560028; Tabosa, Werner Farkatt; ; http://lattes.cnpq.br/1313536081076361; Scudelari, Ada Cristina; ; http://lattes.cnpq.br/6556306307432176; Paranhos Filho, Antônio Conceição; ; http://lattes.cnpq.br/8366463150019459; Silveira, Odete Fátima Machado da; ; http://lattes.cnpq.br/9671710605343277O objetivo deste estudo é investigar a vulnerabilidade eco-ambiental, suas mudanças e suas causas e elaborar um sistema de gestão para a sua aplicação e para a avaliação de riscos no estuário do rio Apodi-Mossoró, região Nordeste do Brasil. Esta análise está enfocada na interferência nas condições da paisagem, e na sua alteração, dos seguintes fatores: a indústria de petróleo e gás; as indústrias de frutas tropicais; as fazendas de camarão; a indústria de sal marinho; a invasão de áreas sensíveis; demanda por terras; degradação da vegetação; assoreamento de rios; enchentes severas; aumento do nível do mar (SLR); dinâmica costeira; topografia baixa e plana; elevado valor ecológico e turístico da região e o rápido crescimento da urbanização. Dados convencionais e de sensoriamento remoto foram analisadas através das técnicas de modelagem usando os software ArcGIS, ER-Mapper, ENVI e ERDAS Imagine. As imagens digitais foram inicialmente processadas por Análise de Componentes Principais e transformação da fração máxima de ruído, então todas as bandas foram normalizadas para reduzir os erros causados por bandas de diferentes dimensões. Em seguida foram realizadas em Sistema de Informações Geográficas as análises de detecção de alterações, os modelos de elevação digital, os índices geomórficos e as demais variáveis da área de estudo. A combinação colorida de bandas multiespectrais foi empregada para acompanhar mudanças de uso/ocupação do solo e da cobertura vegetal entre os anos de 1986 a 2009. Essa tarefa também abrangeu a análise de vários dados secundários, como dados de campo, dados socioeconômicos, dados ambientais e perspectivas de crescimento. A intenção foi aprimorar a compreensão da vulnerabilidade natural e eco-ambiental e a influência destas na avaliação de riscos, definindo a intensidade, a distribuição e os efeitos sobre os ecossistemas, por meio da identificação de áreas de alta e baixa sensibilidade à inundação devido ao SLR futuro, e as perdas de terras devido à erosão costeira no vale do Apodi-Mossoró, de modo a se estabelecer uma estratégia de uso sustentável da terra. O modelo elaborado integra alguns fatores básicos como a geologia, a geomorfologia, os solos, o uso/cobertura do solo, a cobertura vegetal, a declividade, a topografia e a hidrologia. Os resultados numéricos indicaram que 9,86% do total da área de estudo estão sob vulnerabilidade muito elevada, 29,12% da área em alta vulnerabilidade, 52,90% da área em vulnerabilidade moderada e 2,23% está na categoria de muito baixa vulnerabilidade. As análises indicam a inundação de 216,1km² e 362,8km² de área para variações de 1m e 10m, respectivamente, nos níveis do mar. Os setores mais afetados serão as áreas residenciais, industriais e de recreação, os terrenos agrícolas, e ecossistemas de alta sensibilidade ambiental. Os resultados mostraram que as mudanças na vulnerabilidade eco-ambiental têm um impacto significativo no desenvolvimento sustentável do Estado do RN, uma vez que o indicador é uma função da sensibilidade, da exposição e do estado em relação a um nível de dano. O modelo é apresentado como uma ferramenta para auxiliar na indexação da vulnerabilidade, a fim de otimizar as ações e avaliar as implicações das tomadas de decisões e das políticas quanto à gestão de áreas costeiras e estuarinas. Nesse quadro os aspectos como crescimento populacional, degradação da vegetação, uso/ocupação do solo, grau e tipo de industrialização, SLR e as políticas governamentais para a proteção ambiental foram considerados os principais fatores que afetaram as mudanças eco-ambientais ao longo das três últimas décadas no estuário Apodi-MossoróTese Avaliação do impacto de recarga variável no Aquífero Barreiras em Natal-RN, associado com a urbanização e ampliação da rede de coleta de efluentes sanitários(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-08-31) Campos, Benedita Cleide de Souza; Lucena, Leandson Roberto Fernandes de; Righetto, Antônio Marozzi; http://lattes.cnpq.br/4673404543485023; http://lattes.cnpq.br/1569493583324352; Coimbra, Keyla Thayrinne Oliveira; Cabral, Natalina Maria Tinoco; Cunha, Paulo Eduardo Vieira; Castro, Vera Lucia Lopes deA recarga de aquíferos não confinados urbanos é substancialmente afetada por elevadas taxas de impermeabilização do solo, enquanto que ocasionalmente pode apresentar componentes adicionais àqueles provenientes da infiltração de águas pluviométricas. Nesse caso, infiltrações provenientes de vazamentos da rede de coleta de efluentes sanitários e da rede de distribuição de água podem representar importantes contribuições nessas taxas de recarga. Essa conjuntura mostra-se bastante comum em algumas áreas no nordeste do Brasil, sobretudo em locais com elevado adensamento populacional e deficiências nas redes coletoras de efluentes sanitários e da rede de distribuição de água. Nesse último aspecto, não raro tem-se a contaminação de aquíferos urbanos por nitrato, decorrente da infiltração de águas residuais não tratadas. A presente pesquisa objetivou avaliar os efeitos de uma recarga variável decorrente do uso e ocupação do solo, bem como de contribuições artificiais, no âmbito do Aquífero Barreiras, este de caráter hidráulico predominantemente não confinado, na área da cidade de Natal-RN. Adicionalmente, realizaram-se simulações acerca de perspectivas de depuração natural de águas com concentrações elevadas de nitrato, previamente caracterizados, a partir de distintos tempos de renovação associados com as respectivas variações de reservas de saturação decorrente de diminuições das taxas de recarga. A metodologia utilizada foi fundamentada na elaboração de modelos numéricos e análise de cenários, enfatizando-se as variações das recargas artificiais decorrentes da infiltração de águas residuais e perdas pela rede de distribuição de água. Dessa forma, as taxas totais de recarga foram calculadas individualizandose áreas com maior e menor adensamento populacional, com simulações posteriores de distintas contribuições naturais e artificiais. Os resultados demonstram variações expressivas em níveis potenciométricos de até 15 metros em diversas áreas apresentadas no cenário crítico, o qual considerou a remoção de contribuições artificiais na recarga, bem como inversões do fluxo subterrâneo. Nesse contexto, as reservas de saturação apresentaram uma variação de cerca de 44 milhões de m3 entre o cenário atual e o cenário crítico, este associado com a supressão de 100% da contribuição proveniente de perdas pela rede de distribuição de água e infiltração de águas residuais. Em termos de perspectivas de depuração natural de águas com concentrações elevadas de nitrato, a partir da análise de tempos de renovação e com base nas variações de reservas de saturação calculadas nos modelos numéricos, obtiveram-se valores variando de 6,5 a 12,9 anos, sendo esse tempo maior considerando o cenário mais crítico reportado em termos de recarga. Os resultados ora apresentados poderão contribuir para a gestão de aquíferos rasos em cenários similares, sobretudo em termos de taxas de urbanização e eficiência na rede de distribuição de água e coleta de efluentes sanitários.Tese Caracterização da dinâmica ambiental da região costeira do município de Galinhos, litoral setentrional do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2004-03-10) Lima, Zuleide Maria Carvalho; Vital, Helenice; Amaro, Venerando Eustáquio; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783253A6; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; ; http://lattes.cnpq.br/1283103005046733; Medeiros, Walter Eugênio de; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072Esta tese de doutorado sobre a caracterização da dinâmica ambiental da região costeira do município de Galinhos, Litoral Setentrional do Rio Grande do Norte, acha-se inserida na área de influência do Pólo Petrolífero de Guamaré, tendo como objetivo geral o entendimento da dinâmica costeira atuante na região de Galinhos, cujos objetivos específicos foram : estudar a variação da linha de costa nas décadas de 1954, 1967, 1988, 1996 e 2000, a partir de produtos de sensoriamneto remoto; elucidar a hipotese da região de Galinhos ter sido um antigo sisitema de ilhas barreiras, utilizando como ferramneta básica o radar de penetração no solo - GPR; monitorar e caracterizar a dinamica costeira da área em estudo a partir de dados mensais da perfis praiais, analise sedimentologica, dados hidrodinâmicos e dados de caracterização ambiental; este conjunto de dados foram utilizados para alimetar o banco de dados da Rede NNE de monitoramneto ambiental das áreas sob influência da industria petrolífera (REDE05/FINEP/CNPq/CTPERO/PETROBRAS). Esta pesquisa se justifica, do ponto de vista ambiental, por envolver ecossistemas de alta fragilidade como dunas, praias e manguezais. Do ponto de vista da exploração do petróleo, os sistemas de ilhas barreiras são propícios para reservatórios de hidrocarbonetos e, por conseguinte, alvos importantes para a indústria do petróleo e gás tornando esta região atrativa na comparação com depósitos similares litificados. O estudo da variabilidade na posição da linha de costa no Município de Galinhos/RN a partir da análise de imagens de sensores remotos, foi possível investigar as mudanças na linha de costa em escala temporal; a utilização de filtros direcionais permitiu enfatizar lineamentos de direção NE e identificar feições submersas tais como sandwaves. A utilização do GPR possibilitou a comprovação da existência de paleocanais confirmando a hipótese de que o spit de Galinhos foi formado a partir de um antigo sistema de ilhas barreiras. Os resultados das análises granulométricas indicaram que no período de verão os sedimentos nos perfis A e B na porção de estirâncio foram classificados como de granulometria areia com cascalho esparso e na antepraia foram constituídos por areia, já no período de inverno estes mesmos compartimentos morfológicos apresentaram-se com areia com cascalho esparso e areia siltosa respectivamente No perfil C, tanto no verão como no inverno, os compartimentos de estirâncio e antepraia apresentaram-se predominantemente por areia com cascalho esparso. Os resultados hidrodinâmicos mostraram que as maiores alturas de onda foram registradas no mês de fevereiro (62 cm) e o maior período de 1,00 m/s no mês de maio, o sentido das correntes litorâneas se manteve entre os quadrantes SW e NW, e os ventos provenientes de NE foram predominantes. A análise dos perfis praiais demonstrou que no perfil A, embora tenha ocorrido tanto erosão como deposição durante os meses monitorados, a morfologia do referido perfil permaneceu constante. Nos perfis B e C, ocorreram mudanças bruscas na morfologia, durante os meses monitorados, tendo sido identificada uma ciclicidade nas feições da zona de estirâncio ora formando barras arenosas longitudinais ora formando berma. Estes resultados evidenciaram, portanto, que estudos desta natureza são de fundamental importância para o zoneamento costeiro, dando subsídios aos órgãos gestores na tomada de decisões quanto à implantação de empreendimentos na região, e para a indústria do petróleo através de geração de informações que subsidiam a implementação de estruturas petrolíferas adequadas ao ambiente estudadoTese Caracterização de efeitos dispersivos em dados de GPR causados por bandas de deformação em arenitos: petrofísica, modelagem numérica e análise multiatributo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-15) Cedraz, Victória Maria de Almeida Santos; Medeiros, Walter Eugênio de; https://orcid.org/0000-0002-6757-0572; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072; http://lattes.cnpq.br/9706823103892668; Bruna, Vincenzo La; Costa, Jessé Carvalho; Strugale, Michael; Lupinacci, Wagner MoreiraNós avaliamos o efeito dispersivo em dados de Radar de Penetração no Solo (GroundPenetrating Radar – GPR) causados por bandas de deformação (BDs) presentes em arenitos. Para atingir este objetivo, utilizamos um cubo de GPR de 200 MHz levantado em um afloramento de arenito, altamente impactado por BDs, localizado na Bacia do Rio do Peixe (Nordeste do Brasil). Para interpretar o cubo de GPR, desenvolvemos uma abordagem integrada e multidisciplinar que consistiu de duas etapas. A primeira etapa foi baseada em medidas de laboratório e modelagem numérica e a segunda etapa, em análise multiatributo. Na primeira etapa, medidas de constante dielétrica complexa de arenitos limpos (faixa de frequência de 50-400 MHz) revelaram que o fator de qualidade (Q) é fortemente influenciado pelo tamanho dos grãos: Q diminui à medida que o tamanho dos grãos diminui. Portanto, as BDs estão associadas a valores relativamente baixos de Q porque sempre causam redução de grãos em comparação com a rocha hospedeira. Além disso, a modelagem bidimensional de radargramas confirmou o fato empiricamente conhecido de que as BDs aparecem como zonas de sinal atenuado em dois casos de estudo: um modelo conceitual de BDs e a reprodução aproximada de uma das seções do cubo de GPR. A segunda etapa consistiu em extrair do cubo de GPR a arquitetura tridimensional das BDs usando uma análise multiatributo. Nós mostramos que a aplicação sequencial dos atributos edge evidence e ant-tracking foi capaz de identificar automaticamente zonas contínuas de sinal atenuado dentro do cubo de GPR. Em consequência, foi possível extrair as BDs como um geobody. A confiabilidade geológica e as limitações do geobody foram evidenciadas comparando seções do mesmo com fotografias de BDs expostas em posicionamento similar, além de medidas estruturais obtidas em campo e no geobody.Tese Caracterização de falhas utilizando dados de afloramento e sísmica de reflexão 3D, Bacia Rio do Peixe - Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-03-13) Oliveira, Lorenna Sávilla Brito; Bezerra, Francisco Hilário Rego; Nogueira, Francisco Cezar Costa; https://orcid.org/0000-0002-3512-5212; http://lattes.cnpq.br/6050302316049061; http://lattes.cnpq.br/4041246284452547; Nicchio, Matheus Amador; Castro, David Lopes de; https://orcid.org/0000-0003-1110-9389; http://lattes.cnpq.br/8279954644750743; Maciel, Ingrid Barreto; Lima, Kledson Tomaso Pereira deZonas de falha acomodam a deformação de forma complexa, apresentando-se com diferentes geometrias, gerando variados tipos de estruturas secundárias e alterando parâmetros petrofísicos de rochas hospedeiras. Em uma perspectiva de exploração de reservatórios siliciclásticos de hidrocarbonetos, a compreensão da complexidade de zonas de falha é necessária, uma vez que essas estruturas alteram volumes de rocha influenciando assim no fluxo de fluidos. No desafio de entender essas estruturas faz necessário o uso de metodologias convencionais, proporcionando relações com o arcabouço estrutural da bacia, assim como compreendendo a deformação de uma zona de falha desde a escala de afloramento, onde é possível observar estruturas secundárias como bandas de deformação. Nessa pesquisa, foram investigadas zonas de falhas na Bacia Rio do Peixe em escala de afloramento, entendendo a influência mecânico-estratigráfica das bandas de deformação, e também foi realizada a detecção e caracterização de falhas de forma automática através de dados de sísmica de reflexão. Para isso, foram combinados dados estruturais, sedimentológicos e petrofísicos para analisar as propriedades geomecânicas das rochas, e caracterizar a alteração nas propriedades petrofísicas das rochas gerada por bandas de deformação. Ainda, foram utilizados dados sísmicos para a detecção automática de falhas através de atributos sísmicos e técnica de aprendizagem profunda de máquina. Nossos resultados mostram a influência mecânico-estratigráfica de bandas deformação em uma zona de falha que indicam mesma tendência regional de direção NE-SW, E-W e NW-SE, gerando alterações evidenciadas por nossos modelos em parâmetros petrofísicos como porosidade, permeabilidade, modulo de Young e razão de Poisson. As bandas de deformação transpassam as camadas sedimentares sem estarem condicionada a espessura dessas, variando parâmetros estruturais como frequência, mergulho, geometria e espessura de bandas. Em relação as análises de zona de falha em macro escala, nossos resultados demonstram uma comparação entre atributos sísmicos e aprendizagem profunda (DNN), na qual o DNN é mais bem sucedido na detecção de falhas, identificando seus segmentos subsidiários com maior variação de direção e quantidade de falhas menores. Atributos sísmicos se mostram condicionados ao ruido no dado sísmico. Ainda, interpretamos e mapeamos uma nova falha, que está alinhada paralela a Falha Malta de direção E-W, com uma estrutura em flor negativa central.Tese Caracterização geológica, geomorfológica e oceanográfica do Sistema Pisa Sal, Galinhos/RN - Nordeste do Brasil, com ênfase à erosão, ao transporte e à sedimentação(2009-02-27) Costa Neto, Leão Xavier da; Vital, Helenice; Silva, Mário Pereira da; ; ; Lima, Zuleide Maria Carvalho; ; Souza Filho, Pedro Walfir Martins e; ; Araújo Filho, Moacyr Cunha de;Este trabalho tem como objetivo estudar o comportamento das características físicoambientais do sistema Pisa Sal, especificamente, a configuração batimétrica, a caracterização faciológica e a morfologia de fundo; o padrão de circulação das correntes de marés e das propriedades termohalinas; as zonas de erosão e sedimentação, o volume de material erodido e suas relações com a hidrodinâmica; o transporte de sedimentos, a idade dos sedimentos e a taxa de sedimentação. Para isso, foram realizados levantamentos, meteorológico, batimétrico, sonográfico, oceanográfico (correntes e propriedades termohalinas), topográfico, amostragem de sedimentos de fundo e suspensão e datação por 14C e 210Pb. O sistema Pisa Sal faz parte do complexo estuarino lagunar Galinhos-Guamaré, localizado no litoral setentrional do estado do Rio Grande do Norte, no município de Galinhos-RN, uma região sob influência da indústria salineira, carcinicultura e indústria petrolífera. As informações meteorológicas definem para região um clima seco com temperatura elevada, precipitação baixa e ventos fortes e constantes que influenciam sobremaneira nas alterações ambientais do sistema. O sistema Pisa Sal apresenta pequenas dimensões (extensão de 8,0 km, largura média de 150 m e profundidade máxima de - 4,23 m), perfil longitudinal regular, perfil transversal em “V” (montante) e em “U” (jusante), gradiente horizontal e diferentes formas de leito (fundo plano, marcas de ondas, dunas subaquáticas 2D e 3D, superposição de formas e rochoso). As fácies sedimentares são representadas por sedimentos arenosos e lamosos de composição silicática, com variação na quantidade de grânulo e cascalho biodetríticos. Texturalmente, os sedimentos variam de areia muito grossa a silte. As correntes de marés variam de simétrica a fracamente assimétricas, com maiores velocidades durante as vazantes de sizígia no período de inverno, com direções que refletem a orientação dos canais. Os canais artificiais de despesca/drenagem (CDs) apresentam o mesmo comportamento do canal Pisa Sal, porém com menor intensidade. As propriedades termohalinas classificam o sistema Pisa Sal como um canal de maré com características hipersalinas, comportamento de um estuário inverso (negativo), verticalmente bem misturado, forçado, predominantemente, pela maré, no qual o processo de difusão turbulenta da maré é responsável pelo transporte de sal canal acima e que provoca a redução da salinidade ao longo do ano. A erosão no canal Pisa Sal e nos CDs estão associadas à margem côncava dos meandros causadas por fenômenos oceanográficos, climáticos e antrópicos, entre os quais destacam-se: as marés, as correntes de marés, a chuva, o escoamento superficial, o vento, as ondulações,a escavação de canais, a infiltração, a composição e a manutenção de taludes. O transporte de sedimentos de fundo e suspensão é controlado pela variação da velocidade das correntes de marés. O transporte é mais eficiente durante as marés de sizígia e nos ciclos de vazante, causando exportação de sedimentos. A idade dos sedimentos do canal Pisa Sal é de 1562 ± 22 cal AP e do canal Volta do Sertão é 332- 432 ± 25 anos cal AP. A taxa de sedimentação nesses dois canais varia de 0,47 e 0,50 cm/ano, respectivamente. As atividades econômicas da indústria salineira, da carcinicultura e da indústria petrolífera associadas aos fenômenos naturais (temperatura do ar e nível de evaporação alto, índice de precipitação baixo, regime de mesomaré, velocidade alta das correntes de marés e ação dos ventos) são responsáveis pelas alterações ambientais que ocorrem no sistema Pisa Sal.Tese Caracterização geológica-geofísica do meio aqüífero fissural : uma contribuição aos modelos de fluxo e armazenamento de água subterrânea(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2004-06-09) Silva, Carlos Cesar Nascimento da; Medeiros, Walter Eugênio de; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072; ; http://lattes.cnpq.br/5136096872133075A Região Nordeste do Brasil apresenta substrato composto principalmente por rochas cristalinas (em tomo de 60% de sua área).Além disso, esta região apresenta um clima semi-árido ocasionando secas periódicas. Estas caracteristicas envolvem a má qualidade da água explotada dos poços existentes na região, associadas a elevados índices de sais dissolvidos. Não obstante, os recursos hidricos subterrâneos nesta região ainda são uma fonte muito importante de água para os consumos humano e animal. Os poços perfurados em rochas cristalinas no Nordeste do Brasil envolvem um indice médio de sucesso quanto aos poços produtivos da ordem de 60%, sendo considerado poço produtivo aquele com vazão superior a 0,5 m³/h. Este baixo índice revela a falta de conhecimento sobre as verdadeiras condições de fluxo e armazenamento da água subterrânea em rochas cristalinas. Dois modelos de estruturas de fluxo e armazenamento de água subterrânea em terrenos cristalinos para o Nordeste do Brasil tem sido propostos na literatura. O primeiro modelo, tradicionalmente utilizado para locar poços desde a década de sessenta, está baseado no controle de drenagens retilineas por zonas de falhas ou fraturas. Este modelo é referido comumente na literatura hidrogeológica brasileira como o "modelo riacho-fenda". Com base neste modelo, são enfatizados os locais mais densamente fraturados - particularmente os pontos de interseção de drenagens. Com base no modelo riacho-fenda, o trabalho subseqüente de campo envolve normalmente a análise geológico-estrutural do terreno. Já o segundo modelo é denominado de "calha elúvio-aluvionar"; este modelo também é descrito na literatura mas ainda não é incorporado à prática de locação de poços. A estrutura tipo calha baseia-se na hipótese de que drenagens retilíneas também podem ser controladas pela foliação da rocha. Eventualmente, dependendo do grau de intemperismo, uma estrutura pré-existente preenchida por sedimentos (aluvião e regolito) pode ser desenvolvida de modo a armazenar e produzir água. Com base na análise de diversos estudos de casos, esta Tese apresenta uma análise detalhada dos modelos citados, além de propor um novo.Aanálise está baseada em uma técnica metodológica integrada que envolveu levantamentos geofisicos e análise geológica enfatizando a neotectônica. Foram utilizados levantamentos geofísicos terrestres (eletro-resistividade e Ground Penetrating Radar - GPR) e aeroportados (magnéticos e eletromagméticos no dominio da freqüencia). A análise estrutural enfatizou aspectos da neotectônica. Em geral, foram identificadas fraturas na direção E-W relativamente abertas, quando comparadas com as fraturas na direção N-S. Este comportamento é regido pelo campo de tensões neotectônico do Nordeste do Brasil, o qual é controlado por compressão E-We distensão N-S. O modelo riacho-fenda é válido onde drenagens são controladas por fraturas. O grau de fraturamento e o intemperismo associado ditam o potencial hidrogeológico da estrutura. Levantamentos de campo enfocando a geologia estrutural revelam que as fraturas subverticais apresentam direções consistentes com as feições frágeis obsarvadas em afloramentos e fotografias aéreas. Levantamentos geofísicos identificam anomalias de condutividade associadas à rede de fraturas que controla a drenagem; nestas anomalias, uma de suas bordas coincide com a drenagem. Um aspecto importante e particular para validar o controle estrutural por fratura é a presença de anomalias de condutividade relativamente profundas que nâo apresentam continuidade ou propagação para a superfície. A origem da elevada condutividade da anomalia decorre do grau de intemperismo da rocha ou sedimentos (aluvião ou regolito) armazenando a água subterrânea ao longo da rede de fraturas. Levantamentos magnéticos são insensiveis a estas estruturas. Em casos especificos, nos quais a cobertura sedimentar ou o solo são resistivos (> 100 Ohm.m), o GPR pode ser utilizado para imagear precisamente a rede de fraturamento. Uma limitação principal ao modelo riacho-fenda, revelado por imagens de GPR, está associada ao fato de que fraturas subhori zontais têm um importante papel interconectando as diversas fraturas em subsuperfície e por sua vez, conectando-as com as zonas de recarga em superficie. Por outro lado, caso as fraturas apresentem um controle secundário da drenagem, o modelo riacho-fenda terá validade limitada. Neste caso, amplas porções da drenagem não coincidem espacialmente com as fraturas e desta forma, os poços locados ao longo da drenagem geralmente são secos. Normalmente, este controle secundário da drenagem somente pode ser identificado a partir de levantamentos geofisicos. O modelo calha elúvio-aluvionar é válido onde drenagens são controladas pela foliação. O grau de intemperismo da foliação dita o potencial hidrogeológico da estrutura. Análises de afloramentos revelam que as direções da foliação e da drenagem são compatíveis entre si e que, caso existam fraturas, a sua direçâo será diferente da direção da drenagem. Levantamentos geofisicos indicam condutividade elevada que pode resuitar da resposta de uma calha de sedimentos e/ou regolito preenchendo os espaços gerados pela forma do relevo e influenciado pelo intemperismo que atua sobre os planos da foliação. Neste caso, levantamentos magnéticos podem identificar a direção da foliação. Um aspecto importante para validar o controle da foliação é a presença de anomalias mostrando porções rasas e profundas que se interconectam. Na presença de coberturas sedimentares expressivas, os controles da drenagem segundo as estruturas tipo riacho-fenda ou calha elúvio-aluvionar podem ser facilmente confundidos na ausência de dados geofisicos. Certamente, este fato pode ser útil para explicar grande parte do índice de insucesso na locação de poços em terrenos cristalinos. Já o modelo bolsões de intemperismo é proposto para explicar casos nos quais ocorre uma alteração extremamente forte nas rochas cristalinas gerando ume porosidade intersticial secundária. A água é então armazenada nos poros do regolito de forma semelhante ao que ocorre nas rochas sedimentares. Um possivel exemplo para este modelo foi detectado em levantamento geofisico terrestre, no qual uma anomalia de condutividade relativamente profunda foi detectada. A partir do momento em que esta estrutura tenha a capacidade de armazenar água, é necessário conectá-la à superfície para garantir o seu suprimento sazonal. Este modelo pode ser utilizado para explicar as vazões anômalas, superiores a 50 m³/h, que algumas vezes são encontradas em poços perfurados em rochas cristalinas no Nordeste do BrasilTese Caracterização geométrica e parametrização de depósitos transicionais recentes e sua aplicação na modelagem de reservatórios petrolíferos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-03-31) Pérez, Yoe Alain Reyes; Lima Filho, Francisco Pinheiro; ; http://lattes.cnpq.br/9888320802954176; ; http://lattes.cnpq.br/1115982372037137; Medeiros, Walter Eugênio de; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072; Florencio, Cláudio Pires; ; http://lattes.cnpq.br/0006270502154615; Sábadia, José Antônio Beltrão; ; http://lattes.cnpq.br/0280662216554148; Bezerra, Francisco Hilario Rego; ; http://lattes.cnpq.br/6050302316049061Neste início do século XXI a Geologia transita por novos caminhos que demandam uma capacidade crescente de trabalhar com informações de naturezas variadas, assim como a aplicação de novas ferramentas. É dentro desse contexto que a caracterização de análogos recentes tem se tornado importante para o entendimento e predição das mudanças laterais na geometria e na distribuição dos corpos e fácies reservatório. No presente trabalho foi desenvolvida uma metodologia de integração de dados geológicos e geofísicos de depósitos transicionais recentes, em ambiente tridimensional, para serem empregados como subsídio na modelagem de reservatórios petrolíferos e estudada a influência dos mesmos no cálculo de volume. Para esta finalidade foram realizados levantamentos planialtimétricos e de geofísica rasa GPR em três áreas da desembocadura do Rio Parnaíba. Com as informações obtidas foi possível visualizar a superposição de diferentes gerações de canais estuarinos e realizar a delimitação da geometria do canal através dos parâmetros de largura e espessura. Para a visualização e modelagem tridimensional foram empregados dois dos principais softwares de modelagem de reservatórios. Este trabalho foi realizado com os parâmetros coletados e os dados de dois reservatórios. O primeiro foi criado com dados de poços da Bacia Potiguar existentes na literatura e correspondentes a unidade Açu IV. Já no segundo caso foi empregada uma base de dados reais de um modelo da região do mar do norte. Nos procedimentos de modelagem dos reservatórios foram criadas diferentes rotinas de trabalho e gerados cinco casos de estudo com seus respectivos cálculos de volumes. Em seguida, foi realizada uma análise para quantificar as incertezas referentes à modelagem geológica e a influência delas no volume. Esta análise foi orientada a testar a semente geradora e os dados de análogos empregados na construção do modeloTese Caracterização geomorfológica e sedimentar de uma plataforma tropical: área Pirangi (Nordeste do Brasil)(2015-10-09) Pierri, Guilherme Cherem Schwarz; Vital, Helenice; ; ; Gomes, Moab Praxedes; ; Leite, Tatiana Silva; ; Costa Neto, Leão Xavier da; ; Araújo, Tereza Cristina Medeiros de;O avanço das técnicas de investigação submarina vem motivando uma série de pesquisas para o reconhecimento detalhado das características de Plataformas Continentais em todo o mundo. A Plataforma Continental tropical brasileira, especificamente, carece de informações neste nível, apesar de sua relevância, tanto para exploração de recursos naturais, quanto para conservação marinha. Esta tese, desenvolvida na área Leste da Plataforma do Rio Grande do Norte, utiliza dados inéditos adquiridos a partir de métodos hidroacústicos (sondas mono, multifeixe e de varredura lateral) e amostras sedimentares, apresentando uma análise detalhada da paisagem submarina e das características da cobertura sedimentar. Integram às informações abióticas, padrões de distribuição biótica, que possibilitaram a caracterização de habitat para fundos consolidados na área de Pirangi. Este setor da plataforma, considerado raso e estreito, possui uma divisão nítida entre os sedimentos superficiais, que recobrem as zonas interna (terrígenos) e externa (biogênicos). Evidenciando as variações de nível do mar, antigas posições de linha de costa estão preservadas em quatro alinhamentos recifais, além de um paleo-canal formado em período de mar baixo, conservado ainda hoje pelo pequeno aporte sedimentar. A plataforma faminta por sedimentos apresenta ainda feições onduladas, pequenas dunas submersas compostas por cascalhos bioclásticos. A avaliação conjunta de parâmetros abióticos e do padrão de distribuição da cobertura bêntica, baseada em grupos foco, permitiu a individualização de habitat para as superfícies recifais, demonstrando uma sucessão de habitat desde os recifes praiais até os recifes fundos. Esta análise pode ser replicada para outras áreas de Plataforma Continental e contribuir para o delineamento de planos de gestão, para o necessário manejo sustentável de recursos naturais, bem como para a delimitação de propostas de conservação marinha.Tese Caracterização morfológica-sedimentar do vale inciso Apodi-Mossoró e plataforma continental adjacente - Bacia Potiguar Offshore(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-08-15) Nogueira, Mary Lúcia da Silva; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; ; http://lattes.cnpq.br/2546229173660779; Freire, George Satander Sá; ; http://lattes.cnpq.br/6803944360256138; Oliveira Júnior, Josibel Gomes de; ; http://lattes.cnpq.br/5366606027537031; Caldas, Luciano Henrique de Oliveira; ; http://lattes.cnpq.br/1850164003052269; Cordoba, Valéria Centurion; ; http://lattes.cnpq.br/8212523609187259; Tabosa, Werner Farkatt; ; http://lattes.cnpq.br/1313536081076361Sistemas de vales incisos têm sido estudados em diferentes plataformas continentais incluindo a margem continental Brasileira. O interesse de caracterizar esta feição se dá pelas indicações que a mesma pode fornecer sobre variações do nível do mar, assim como a possibilidade de abrigar quantidades economicamente significativas de hidrocarbonetos em reservatórios localizados nos depósitos de preenchimento dos vales incisos. A presente tese tem como objetivo geral caracterizar a morfologia e cobertura sedimentar do vale inciso Apodi-Mossoró, localizado na plataforma continental Norte do Estado do Rio Grande do Norte, adjacente a cidade de Areia Branca. A metodologia utilizada incluiu a integração de imagens de satélite, dados batimétricos, de sísmica rasa, sedimentológicos e de identificação de foraminíferos. Os resultados obtidos indicam que o vale inciso Apodi-Mossoró é formado atualmente por dois canais, denominados de canal raso e canal profundo, que apresentam características morfológicas e sedimentológicas distintas. O canal profundo apresenta conexão com uma das cabeças do canyon Apodi localizado na área do Talude. A aquisição, processamento e interpretação de dados de sísmica rasa possibilitaram o reconhecimento no fundo e no subfundo marinho de superfícies deposicionais/erosionais, discordâncias e sismofáceis. A superfície erosional mapeada nas seções de sísmica rasa possivelmente é indicativa de uma antiga superfície de incisão do vale inciso, onde a sua formação estaria provavelmente associada ao limite Pleistoceno/Holoceno. Diferentes sismofáceis foram identificadas no subfundo e refletem a subida no nível do mar com padrões ora agradacional ora progradacional. A espessura dos sedimentos sobre esta superfície foi estimada em um máximo de 22 m de espessura na porção central do vale inciso. Estatisticamente há diferenças entre a plataforma continental adjacente e os canais raso e profundo quanto ao conteúdo de carbonato de cálcio, matéria orgânica, areia e lama, com exceção para granulometria cascalho. A análise de foraminíferos vivos e mortos mostrou a presença de cinquenta espécies distribuídas conforme morfologia, profundidade e tipo de sedimento. Quatro tipos de ecocaráteres sísmicos foram identificados e mapeados, assim como suas respectivas formas de fundo, indicando distintos processos sedimentares ao longo do vale inciso. A integração dos dados batimétricos, de sísmica rasa e sedimentologia sugerem uma ativação do vale inciso Apodi-Mossoró no Pleistoceno Tardio, corroborando com a evolução morfológica-sedimentar deste setor da plataforma continental no Quaternário.Tese Caracterização tectono-estratigráfica da sequência transicional na sub-bacia de Sergipe(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008-09-26) Cruz, Liliane Rabêlo; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; Córdoba, Valéria Centurlon; ; http://lattes.cnpq.br/8212523609187259; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; ; http://lattes.cnpq.br/2059175738186545; Antunes, Alex Francisco; ; http://lattes.cnpq.br/1519973126832391; Scherer, Claiton Marlon dos Santos; ; http://lattes.cnpq.br/3488329717814652; Bueno, Gilmar Vital; ; http://lattes.cnpq.br/9431151350510653Esta tese aborda a evolução tectono-estratigráfica da Seqüência Transicional na Subbacia de Sergipe (porção sul da Bacia Sergipe-Alagoas, Nordeste do Brasil), depositada no intervalo que abrange o Alagoas superior. Foram identificadas as suas superfícies limítrofes e seqüências internas, de maior ordem, bem como as estruturas que a afetaram ou controlaram a sua deposição. Essa abordagem integrada teve como objetivo caracterizar o contexto geodinâmico e os processos atuantes durante a deposição desta seqüência e sua relação com os estágios tectônicos reconhecidos na evolução das bacias da Margem Leste Brasileira. O tema da tese remete a uma problemática amplamente discutida na literatura, envolvendo a passagem entre os estágios Rifte e Drifte, a expressão e o significado da discordância de breakup, a relação entre a sedimentação e o tectonismo em ambientes distensionais, bem como os controles dos processos de subsidência neste intervalo de tempo. A análise tectono-estratigráfica da Seqüência Transicional foi realizada com base em seções sísmicas e perfis de poços, distribuídos ao longo da Sub-bacia de Sergipe (SBSE). Foram executadas seções geossísmicas e análise de sismofácies, perfis e seções estratigráficas, que recobrem os principais compartimentos estruturais desta sub-bacia. A partir desses produtos, foram elaborados modelos deposicionais e da evolução tectonoestratigráfica da Seqüência Transicional. A análise estrutural demonstra semelhanças no estilo e cinemática da deformação atuante durante a deposição das seqüências Rifte e Transicional, que apontam para uma continuação dos processos de distensão litosférica ao longo da direção NW (eixo de strain X), até o final do Neo-Aptiano, quando se encerrou a deposição desta última. Os estágios tardios da distensão/rifteamento estariam marcados pela (i) contínua (embora em pulsos) atividade de falhas ao longo da bacia, controlando a criação do espaço de acomodação nas suas imediações e caracterizando o afinamento da crosta superior, e (ii) deposição em estilo sag, quando a Seqüência Transicional é visualizada numa escala mais ampla, refletindo o componente de estiramento e afinamento dúctil de níveis infra e subcrustais, combinado à crescente importância do regime de subsidência térmica. Além da tectônica rifte nos seus incrementos tardios, a Seqüência Transicional também se encontra afetada pela reativação das falhas de borda na SBSE, durante e após a deposição da Formação Riachuelo (porção inferior da Seqüência Marinha Transgressiva, de idade albiana). É possível que essa reativação constitua o reflexo (transmissão de tensões ao longo da margem continental em formação) dos processos de rifteamento ainda ativos mais a norte, entre a Sub-bacia de Alagoas e a Bacia Pernambuco-Paraíba. As camadas evaporíticas da Seqüência Transicional contribuíram para o desenvolvimento de estruturas pós-rifte, relacionadas à halocinese e ao colapso da margem, as quais perturbam os estratos das seqüências marinhas sobrepostas num intervalo que se estende do Mesoalbiano ao Maastrichtiano, ou mesmo até o Paleógeno. A análise estratigráfica demonstrou a ocorrência de 5 seqüências deposicionais de maior ordem, cuja sucessão vertical indica um aumento progressivo do nível de base, marcado pela deposição dos sistemas siliciclásticos continentais, que passam para sistemas lagunares-evaporíticos e marinhos restritos, indicando que a Seqüência Transicional foi depositada num flanco de subida relativa do nível eustático. Num ciclo de 2ª ordem, essa seqüência pode representar a deposição inicial de um Trato de Sistemas Transgressivo, cuja passagem para a Seqüência Marinha Transgressiva também estaria marcada por um afogamento dos sistemas deposicionais. Num ciclo de 3ª ordem, a passagem entre estas seqüências é balizada por uma discordância restrita que lateralmente passa a uma concordância correlativa, mais abrangente. Esta passagem corresponde à discordância de breakup , equivalente à Discordância Pré-Albiano na SBSE, e contrasta com a maior expressão da Discordância Pré-Alagoas superior, esta última na base da Seqüência Transicional e alternativamente referida, na literatura, como a discordância de breakup. Nesta Tese, é adotado o conceito de que a Discordância Pré-Albiano seria o marco da mudança de contexto deposicional e do ambiente tectônico (Rifte-Drifte) na SBSE, com superfícies equivalentes mas também diácronas, em outras bacias da Margem Atlântica. A Discordância Pré-Alagoas superior teria se formado em resposta à subida da astenosfera (aquecimento sob altas taxas de distensão litosférica) e pós-data o último pulso importante de falhamentos (a ela sotopostos) e erosão de blocos. Acima dela, o número de falhas ativas e o seu rejeito decresceram significativamente. Em águas profundas a ultraprofundas, os seaward-dipping reflectors (SDRs) são capeados em discordância pelos horizontes sísmicos correlatos à Seqüência Transicional. Essas rochas vulcânicas foram (pelo menos parcialmente) alojadas sobre crosta continental, sendo tentativamente atribuídas à fusão do manto astenosférico em processo de subida e descompressão adiabática. Embora seja uma feição muito importante na SBSE (e possivelmente, em outras bacias), a Discordância Pré-Alagoas superior não delimita o final do processo de distensão litosférica e o início de criação de assoalho oceânico, haja vista as evidências de estruturas distensionais de escala (pelo menos) crustal, que afetam a Seqüência Transicional. Considerando todo esse contexto, a deposição da Seqüência Transicional é melhor posicionada no intervalo tardio do Estágio Rifte, com a entrada de um mar epicontinental sobre o segmento de crosta ainda em processo de distensão. Ao longo deste segmento, a sedimentação estaria então controlada pela combinação de subsidência térmica e mecânica. Em seqüência, o início de criação de litosfera oceânica conduziu ao declínio do componente de subsidência mecânica, a distensão foi transferida para a cadeia mesoceânica e a margem continental em formação (e a correspondente Seqüência Marinha) passou a ser controlada exclusivamente pelo componente de subsidência térmica. Conceitos clássicos, dados multidisciplinares e novos modelos arquiteturais e de evolução da crosta podem ser reconciliados e melhor compreendidos sob as linhas discutidasTese Caracterização, modelagem, origem e evolução dos depósitos Pós-Barreiras e sistemas eólicos em Pitangui, RN(2018-02-28) Júlio, Katia de; Lima Filho, Francisco Pinheiro; ; ; Castro, David Lopes de; ; Costa Neto, Leão Xavier da; ; Caldas, Luciano Henrique de Oliveira; ; Gomes, Moab Praxedes;Esta tese apresenta os resultados de uma pesquisa geológica e geofísica em depósitos da unidade informal Pós-Barreiras e em dunas na região de Pitangui, litoral oriental do Rio Grande do Norte. No caso dos depósitos Pós-Barreiras, utilizou-se o método Ground Penetrating Radar (GPR) e sondagem a fim de calibrar radargramas com fácies sedimentares e obter dados a respeito de sistemas deposicionais - estruturas internas, paleocorrentes e geometrias 3D; datações auxiliaram na montagem de um arcabouço cronoestratigráfico destes depósitos, nunca antes datados no estado. Avaliou-se a relação destes com depósitos com a curva de variação relativa global do mar. Dados a respeito de seus sistemas deposicionais, relações estratigráficas com unidades adjacentes e idades absolutas de tais depósitos preencheram lacunas de conhecimento desta unidade informal. Os resultados indicam a existência de sistemas eólicos datados em 83.842 ± 7.383 e 90.109 ± 8.689 anos A.P. e de sistemas fluviais exclusivamente continentais, com migração de barras arenosas laterais e frontais em canais amplos e rasos, datados em 52.000 ± 4.381 e 54.687 ± 5.688 anos A.P. Estas idades são similares a unidades correlatas em outras regiões do estado da Paraíba, da zona costeira de São Luís, Maranhão e do nordeste do Pará. Os estratos de origem eólica se tornam os depósitos mais antigos de origem eólica datados até então pertencentes à unidade Pós-Barreiras. Em um campo de dunas recentes, a pesquisa feita com GPR auxiliada com dados de campo objetivou o imageamento de sistemas eólicos com vistas à sua evolução estratigráfica, que foi obtida com a interpretação de radarfácies, que representam a estrutura interna geral, e superfícies de radar, que representam superfícies limitantes e tem caráter cronológico. Dessa forma, os limites e a posição estratigráfica entre três tipos de sistemas eólicos presentes na área, depósitos eólicos pleistocênicos, dunas parabólicas vegetadas e frentes parabólicas ativas, antes vagamente definidos, ficaram mais claros. Análises sedimentares identificaram os minerais pesados presentes nessas dunas e permitiram explicar que a origem dos padrões de refletores longos e de alta amplitude nos foresets de dunas ativas se deve, dentre outros fatores, à presença de minerais pesados, especialmente os opacos (hematita, ilmenita e magnetita). Estudos adicionais poderiam explicar as razões de a (paleo)direção de migração de arenitos eólicos pertencentes ao Pós-Barreiras diferir significativamente da direção de migração das dunas atuais na região.Tese O Carste Jandaíra, Bacia Potiguar, e suas implicações para a qualidade de reservatórios(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-15) Bagni, Fábio Luiz; Bezerra, Francisco Hilario Rego; Balsamo, Fabrizio; 00000000000; http://lattes.cnpq.br/6050302316049061; http://lattes.cnpq.br/5738721688385326; Antunes, Alex Francisco; http://lattes.cnpq.br/1519973126832391; Pereira, Leonardo Cabral; http://lattes.cnpq.br/1281231497187169; Vieira, Lucieth Cruz; http://lattes.cnpq.br/1125986627827570O presente estudo investiga a concentração de carste em uma zona de charneira de anticlinal e abaixo de uma discordância regional subaérea. O principal objetivo do estudo é compreender os controles geológicos da distribuição da porosidade e permeabilidade nas rochas carbonáticas fraturadas e carstificadas da Formação Jandaíra, Bacia Potiguar, Brasil. A área de estudo encontra-se em um vale cárstico formado pelo colapso de galerias e paredes de cavernas. A base de dados integra imagens de satélite e VANT, modelo digital do terreno, dados sísmicos 2D, dados de poços exploratórios, dados de campo e de laboratório (mineralogia, geoquímica, petrologia, petrofísica). Através da análise regional e local dos dados geológico e geofísicos, foi mapeado um anticlinal (10 km de largura e 20 km de comprimento) com eixo de direção NE-SW, caimento de charneira para NE e concordante com a drenagem atual do Rio ApodiMossoró. Esta estrutura é compatível com o campo de tensões atual (regime transcorrente com compressão NW-SE e distensão NE-SW). Os resultados indicam que a densidade de fraturas e da carstificação aumentam na zona de charneira da dobra, com o desenvolvimento de corredores de fraturas singenéticos à dobra e paralelos ao seu eixo. Esses corredores de fraturas estão dissolvidos e alargados, favorecendo o aumento da porosidade e da permeabilidade vertical do reservatório. Fora da área dobrada, o efeito da carstificação é superficial. Além disso, sistemas de cavernas e condutos estão concentradas abaixo de uma discordância subaérea, formadas por dissolução epigenética. A sequência sedimentar abaixo da discordância é composta por depósitos de perimaré, enquanto a sequência acima consiste em depósitos de submaré. As feições cársticas associadas à discordância subaérea formam uma zona de alta permeabilidade de extensão regional. Ambas as sequências são reconhecidas em toda a bacia. O presente estudo indica que a superposição de eventos de exposição subaérea, fraturamento e dinâmica hidrológica são elementos-chaves que influenciam a carstificação epigênica das rochas carbonáticas. Eventos de exposição subaérea controlam o zoneamento lateral do reservatório, enquanto as falhas e fraturas concentram a porosidade nas zonas hidrológicas vadosa / freáticas. Este estudo apresenta ainda uma abordagem multidisciplinar e multiescalar para analisar a carstificação em rochas carbonáticas. Ele contribui para a previsão da ocorrência, distribuição e concentração de feições cársticas em unidades carbonáticas e o aumento na permeabilidade e porosidade em reservatórios carbonáticos.Tese Cartografia dos enxames de diques máficos da Província Borborema com base em dados aerogeofísicos e mapas auto-organizáveis(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-04-30) Melo, Alanny Christiny Costa de; ; http://lattes.cnpq.br/8279954644750743; ; http://lattes.cnpq.br/6542699550245691; Medeiros, Walter Eugênio de; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072; Souza, Zorano Sérgio de; ; http://lattes.cnpq.br/1259445348649589; Carneiro, Cleyton de Carvalho; ; http://lattes.cnpq.br/2853220869923540; Archanjo, Carlos José; ; http://lattes.cnpq.br/0302090618069167O mapeamento de enxames de diques vem sendo utilizado no estudo de processos tectônicos que culminam em rifteamento continental, especialmente em suas fases iniciais e intrusão de magma. Sendo assim, enxames de diques se tornaram elementos chave para estudar a atividade de plumas do manto, grandes províncias ígneas (LIP’s) e fragmentação continental. Dados magnéticos aerotransportados são eficaz para determinar a extensão de enxames de diques em escala continental devido ao expressivo contraste magnético entre corpos magmáticos e rochas hospedeiras. No entanto, muitas características geológicas exibem padrões magnéticos semelhantes, tornando a interpretação qualitativa dos mapas de anomalias magnéticas bastante subjetiva e ambígua. Para melhorar e otimizar o mapeamento preditivo de enxames de diques, esta pesquisa apresenta uma análise multivariada de levantamentos geofísicos aerotransportados, aplicando a técnica Mapas Auto-Organizáveis (SOM), com a adoção de duas variáveis magnéticas e três variáveis gama-espectrométricas. O método SOM foi aplicado para investigar um conjunto de enxames de diques máficos cretáceos, que intrudiram a Província Borborema (PB), a Bacia do Parnaíba (BP) e o Cráton do São Francisco (SFC) no NE do Brasil. Esses diques fazem parte de um vasto evento magmático associado à ruptura do supercontinente Pangeia, que formou o Oceano Atlântico Equatorial no Cretáceo (145-100 Ma), denominado EQUAMP. Inicialmente, os parâmetros SOM foram definidos, executando o algoritmo em uma área representativa na parte central da PB. Esta área de treinamento funcionou como uma configuração padrão dos parâmetros do SOM, a partir do qual todos os dados da área foram processados. A análise semiautomática do SOM identificou sete populações diferentes, de acordo com as características encontradas nas cinco variáveis geofísicas de entrada. Duas dessas populações estão associadas aos diques máficos, reduzindo a subjetividade da interpretação dos diques a partir da simples observação das anomalias magnéticas. Essas populações representam alto erro de quantização do SOM, o que significa que esses grupos representam os dados mais anômalos, evidenciados no conjunto de dados aerogeofísicos. Esses resultados foram validados durante o trabalho de campo, revelando que os enxames de diques ocorrem de forma mais ampla do que se conhecia anteriormente, em todo a PB, intrudindo também o SFC, e revelando algumas ocorrências de diques intrudindo o preenchimento sedimentar paleozoico da borda leste da BP. Em um segundo momento, técnicas de realce de anomalias foram também aplicadas aos dados magnéticos para obter a distribuição espacial dos diques e estimar a profundidade das fontes causativas das anomalias. Uma análise estrutural foi realizada integrando padrões magnéticos, dados de campo e uma compilação de mapas geológicos anteriores para descrever a distribuição detalhada dos enxames de diques na PB. Nossas análises demonstram que os enxames de diques se estendem por 6,8 x 106 km2. Os 1388 diques máficos mapeados estão agrupados em três enxames distintos: 1135 - Rio CearáMirim (RCM); 168 - Canindé (CD); e 86 - Riacho do Cordeiro - (RC). Os enxames de diques mostram três tendências preferenciais para E-W, NW-SE e NE-SW. Os enxames invadem as unidades do embasamento pré-cambriano e bordejam as bacias sedimentares do Cretáceo. A distribuição espacial e a análise estrutural dos diques permitiram estabelecer o campo de paleotensão ativo no momento da intrusão. Para o RCM, as trajetórias de paleotensão representam uma extensão N-S, rotacionando para NW-SE na porção oeste do enxame. Já para CD, a orientação de paleotensão demonstra uma extensão NW-SE rotacionando para NE-SW. Enquanto para o RC, as trajetórias se mostram semelhantes às traçadas para o RCM, apresentando uma extensão NW-SE predominante.