Programa de Pós-Graduação em Ecologia
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Tese Adição de policloreto de alumínio e remoção de peixes bentívoros como técnicas de restauração de lagos rasos do semiárido brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-02-03) Silva, Fabiana Oliveira de Araújo; Attayde, José Luiz de; Becker, Vanessa; ; http://lattes.cnpq.br/2999389235108507; ; http://lattes.cnpq.br/4121209629385349; ; http://lattes.cnpq.br/4092497452096511; Araújo, André Luis Calado; ; http://lattes.cnpq.br/7133712883742750; Amado, André Megali; ; http://lattes.cnpq.br/4312158184208542; Barbosa, José Etham de Lucena; ; http://lattes.cnpq.br/0287280830465959; Panosso, Renata de Fátima; ; http://lattes.cnpq.br/2543467420133635A eutrofização é a causa mais comum de deterioração da qualidade da água no mundo. Este processo se dá pela entrada excessiva de nutrientes, nitrogênio e fósforo, nos corpos aquáticos causando florações de algas e cianobactérias. Em lagos rasos esses efeitos são mais complicados devido a uma maior interação do corpo aquático com o entorno, com o ar e o sedimento. Existem várias técnicas de restauração de lagos eutrofizados, com uma vasta gama de resultados bem sucedidos, mas no Brasil há apenas um único caso de restauração bem sucedida: o lago Paranoá em Brasília. A região semiárida brasileira possui milhares de lagos artificiais, regionalmente chamados de açudes, em sua maioria rasos e eutróficos. A eutrofização desses corpos aquáticos é documentada e o fitoplâncton desses ambientes é frequentemente dominado por cianobactérias potencialmente tóxicas. O principal objetivo desta tese de doutorado é testar diferentes técnicas de restauração da qualidade da água que possam ser facilmente aplicadas em lagos rasos do semiárido brasileiro. Resultados de um experimento em laboratório sugerem que a aplicação de argila adsorvente de fósforo associada a um coagulante à base de alumínio é uma técnica efetiva na remoção do fósforo reativo solúvel e na diminuição da taxa de crescimento da Cylindrospermopsis raciborskii, cianobactéria potencialmente tóxica que domina nos reservatórios do semiárido brasileiro, mas que esse efeito é dependente da biomassa no momento da aplicação da técnica. Os resultados de um experimento de campo realizado em mesocosmos num lago raso eutrofizado demonstraram que a aplicação de coagulante à base de alumnínio em conjunto com a da remoção de peixes bentívoros é mais eficiente na remoção de fósforo total e clorofila-a da coluna de água do que a aplicação isolada de apenas uma dessas técnicas. Por fim, testes de laboratório demostraram que o coagulante à base de alumínio apresentou um bom desempenho em remover turbidez e fósforo total em testes de bancada com água de seis reservatórios do semiárido, sendo a eficiência reduzida com o aumento da biomassa de clorofila e pH. Os resultados deste estudo mostram que é possível melhorar a qualidade da água de reservatórios eutrofizados no semiárido brasileiro através do controle da carga interna de nutrientes seja pela precipitação e inativação do fósforo no sedimento, como também pela inibição da liberação do fósforo no sedimento por peixes bioturbadores, e que os resultados são aditivos quando as técnicas são aplicadas em conjunto.Dissertação Ajudando os inimigos: espécies nativas facilitam a invasão do semiárido brasileiro por árvores exóticas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-08-30) Fernandez, Laura Martina; Fonseca, Carlos Roberto Sorensen Dutra da; ; http://lattes.cnpq.br/2567786500828682; ; http://lattes.cnpq.br/462171234606112; Ganade, Gislene Maria da Silva; ; http://lattes.cnpq.br/3024078007563102; Zalba, Sergio M.;Interações positivas entre plantas nativas são forças fundamentais determinantes da estrutura e composição de comunidades em habitats estressantes. Em ecossistemas áridos e semiáridos, as condições microclimáticas fornecidas pelas árvores nativas ( enfermeiras ) são um fator chave, promovendo o estabelecimento de plântulas arbóreas. Escassos estudos avaliam se esse mecanismo beneficia também espécies exóticas. Este trabalho visou testar se árvores exóticas podem ser facilitadas por árvores nativas para invadir o bioma semiárido Caatinga. Realizou-se um experimento na Estação Ecológica do Seridó (RN, Brasil), com um desenho fatorial em blocos, incluindo duas espécies exóticas invasoras importantes Leucaena leucocephala e Prosopis pallida, assim como cinco espécies nativas dominantes Aspidosperma pyrifolium, Combretum leprosum, Croton sonderianus, Poinceianella pyramidalis e Mimosa tenuiflora. Quatro mil sementes das espécies exóticas (alvo) foram semeadas em presença e ausência das plantas enfermeiras. Nós encontramos evidencias de que árvores nativas podem facilitar a invasão de espécies exóticas neste bioma. A presença de enfermeiras reduziu a temperatura do solo incrementando tanto o número de sementes germinadas quanto a altura máxima das plântulas, assim como o número máximo de folhas e a sobrevivência das mesmas. A predação de sementes de L. leucocephala não variou com a presença das árvores nativas, enquanto que a herbivoria média das folhas foi maior dentro da copa, diminuindo a intensidade da facilitação. A intensidade do efeito facilitador foi maior para L. leucocephala do que para P. pallida. Os resultados indicam que a intensidade de facilitação na fase de germinação pode variar dependendo da espécie da planta enfermeira, enquanto que a herbivoria demostrou ser um processo espécie-específico. Todas as plântulas morreram passados sete meses do experimento devido a condições de extrema seca. Por fim conclui-se que as modificações microclimáticas associadas com espécies enfermeiras podem ser importantes para o sucesso de germinação e estabelecimento de plântulas de espécies exóticas em ambientes semiáridos, porém em anos secos a facilitação não é suficienteDissertação Alteração da qualidade do solo em zona ripária sob diferentes usos: potencial de poluição para um manancial tropical(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013-08-23) Faria, Bruno Gazola de; ; http://lattes.cnpq.br/1431958912117459; ; http://lattes.cnpq.br/1009082906666601; Becker, Vanessa; ; http://lattes.cnpq.br/2999389235108507; Nascimento, Clístenes Williams Araújo do; ; http://lattes.cnpq.br/2562022438053334O crescimento demográfico pressiona ambientes intrinsecamente sensíveis frente às perturbações, como as zonas ripárias de mananciais, sem que se conheçam os efeitos da substituição desses ambientes naturais por diferentes usos na qualidade do solo e, consequentemente, da bacia hidrográfica. O estudo da qualidade do solo tem evoluído como importante ferramenta para o manejo sustentável deste componente da biosfera que influencia diretamente e indiretamente no funcionamento de ecossistemas terrestre e aquáticos. Assim, a caracterização de atributos físicos e químicos do solo foi realizada sob diferentes usos (agrícola, pastagem, urbano, industrial e vegetação natural) na zona ripária de uma lagoa tropical, um importante manancial de abastecimento, para avaliar a qualidade do solo e sua possível degradação, gerando potencial risco de poluição do manancial. Os dados obtidos foram submetidos à analise descritiva e à análise de componentes principais (PCA),. Os resultados mostraram alterações negativas na qualidade do solo como alcalinização e aumento dos teores de P, Pb, Mn e Zn em áreas mais antropizadas. A substituição da vegetação natural na zona ripária da lagoa por usos antrópicos, aliada à textura arenosa e ao baixo teor de matéria orgânica do solo nessas áreas, concorrem para a fragilidade do solo frente à erosão e à lixiviação de nutrientes e metais pesados para os corpos d água, o que dá o potencial desses solos atuarem como intensa fonte difusa de poluição para o manancial. O monitoramento e práticas de manejo conservacionistas do solo são necessários para manutenção de um adequado equilíbrio ecológico na zona ripária da lagoa de Extremoz, permitindo assim o controle e mitigação do processo de degradação da qualidade da águaDissertação Ambientes com maior variação de temperatura selecionam corais mais resistentes ao estresse térmico?(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-03-01) Pacheco, Maria Carolina de Oliveira; Longo, Guilherme Ortigara; http://orcid.org/0000-0003-2033-7439; http://lattes.cnpq.br/3947302863354812; http://lattes.cnpq.br/6456782308123960; Faria, Samuel Coelho de; Garrido, Amana GuedesAs mudanças climáticas têm tornado o branqueamento de corais mais frequente e intenso, contribuindo para a mortalidade em massa desses organismos e a degradação dos recifes. Apesar disso, corais em alguns recifes têm mostrado diferentes suscetibilidades ao branqueamento e diferentes capacidades de recuperação após eventos de estresse, com alguns corais branqueando menos e sobrevivendo mais. Esse padrão pode estar relacionado à variabilidade natural da temperatura no habitat de origem dos corais, que pode influenciar diferentes mecanismos dos corais para lidar com o estresse térmico, seja por adaptação ou aclimatização. Diante disso, realizamos experimentos, em laboratório e em campo, com colônias de Siderastrea stellata de habitats com alta (poças de maré), média (recifes rasos; 2m) e baixa variação de temperatura (recifes fundos; 28m). Em laboratório, avaliamos a resposta dos corais de diferentes origens ao estresse térmico, medindo sua eficiência fotossintética e analisando mudanças na sua coloração. Em campo, investigamos a capacidade de aclimatização dos corais por meio de um experimento de transplante recíproco entre esses ambientes com diferentes dinâmicas de temperatura. Corais de poça de maré branquearam menos e não sofreram grande diminuição da eficiência fotossintética quando expostos ao estresse térmico, ao passo que corais de ambientes com temperaturas mais estáveis (raso e fundo) se mostraram mais vulneráveis ao estresse térmico, branqueando mais e sofrendo grande diminuição da eficiência fotossintética. Os corais do fundo também apresentaram branqueamento e diminuição da eficiência fotossintética ao serem transplantados para ambientes mais termicamente variáveis. Nossos resultados revelaram que corais de poça de maré são mais resistentes que os de recifes rasos e fundos, sugerindo que ambientes com grande variação térmica favorecem mecanismos de tolerância que favorecem a persistência dos corais nesses locais, tornando-os também mais preparados para lidar com as mudanças climáticas.Tese Among flowers and thorns: the natural history and the role of macambira bromeliads for the biodiversity and humans of the Brazilian semiarid(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-27) Jorge, Jaqueiuto da Silva; Silva, Adriano Caliman Ferreira da; https://orcid.org/0000-0001-9218-5601; http://lattes.cnpq.br/4147444251852878; http://lattes.cnpq.br/7651436848651543; Vieira Filho, Edson Aparecido; Versieux, Leonardo de Melo; Bonifácio, Kallyne Machado; Mendes, Raone BeltrãoA presente tese de doutorado oferece uma visão abrangente da importância ecológica das bromélias não-fitotelmatas (macambiras) na região Neotropical, com foco especial em Encholirium spectabile na região Semiárida do Brasil. A tese está estruturada através de diversos estudos que se unem em cinco capítulos, abordando a relevância dessas bromélias para a fauna local e as implicações dessas interações para os grupos envolvidos, bem como a conservação desses ecossistemas. Pesquisas realizadas de 2011 a 2018 revelam associações com uma ampla variedade de fauna, incluindo artrópodes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos de diversos grupos. E. spectabile desempenha diversas funções ecológicas, como fornecer habitat, local de forrageamento e recursos alimentares. Capítulo 1: As bromélias são destacadas por seu papel como engenheiras ecossistêmicas, funcionando como plantas de berçário e espécies-chave, formando microecossistemas diversos. Apesar de seu papel crucial, essas plantas enfrentam uma grave ameaça devido às atividades de mineração, enfatizando a necessidade de políticas de conservação. Capítulo 2: Aves, especialmente na região semiárida, utilizam as bromélias de diversas formas, incluindo local para alimentação, nidificação e repouso, destacando a interconexão entre a conservação dessas plantas e a preservação de espécies de aves envolvidas. Capítulo 3: Explora o papel de E. spectabile na diversidade de artrópodes, enfatizando sua importância em sustentar táxons diversos, especialmente durante a estação chuvosa. A pesquisa destaca a relevância ecológica das macambiras em ambientes desafiadores. Capítulo 4: Discute os himenópteros, esclarecendo os Serviços Ecossistêmicos fornecidos por esses insetos, enfatizando a necessidade de esforços de conservação para proteger suas interações com as bromélias. Finalmente, Capítulo 5: Destaca o conhecimento local sobre bromélias, especificamente as macambiras, entre o povo sertanejo, revelando sua importância multifacetada em fornecer Serviços Ecossistêmicos, identidade cultural e suporte à biodiversidade. Apesar de seu papel crucial, esse conhecimento atualmente é pouco divulgado, destacando a necessidade de uma divulgação mais ampla. No geral, esses estudos enfatizam a importância de intricadas relações ecológicas, serviços ecossistêmicos e a significância cultural das bromélias e suas interações, especialmente Encholirium spectabile, na região Semiárida do Brasil, destacando a urgência de medidas de conservação.Dissertação Análise da resiliência sócio-ecológica em unidades de conservação de uso sustentável: subsídios para o manejo da pesca artesanal no Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012-05-17) Silva, Monalisa Rodrigues Oliveira da; Lopes, Priscila Fabiana Macedo; ; http://lattes.cnpq.br/0025274238475995; ; http://lattes.cnpq.br/1441709111286357; Leite, Tatiana Silva; ; http://lattes.cnpq.br/1003039770050759; Silvano, Renato Azevedo Matias; ; http://lattes.cnpq.br/8546785979905053O uso da biodiversidade pelo homem leva a alterações no funcionamento dos ecossistemas, podendo ainda levar a perda de resiliência. Pode-se definir resiliência como a capacidade de um sistema absorver um distúrbio e reorganizar-se, enquanto submetido a mudanças, mantendo a mesma estrutura e funcionamento. Em um sistema social, entende-se como a capacidade dos usuários de recursos naturais de enfrentar e adaptar-se as mudanças nas regras que regem o uso e acesso a estes. Alterações na resiliência, tanto ecológica quanto social, podem ser resultantes das ações de exploração e manejo destes recursos. Assim, torna-se essencial compreender como funcionam as estratégias de manejo e sua interação com a resiliência sócio-ecológica, permitindo a auto-avaliação das ações e possíveis modificações das mesmas. Neste projeto, propõe-se comparar a resiliência sócio-ecológica de três Unidades de Conservação (UCs) de uso sustentável: Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Ponta do Tubarão, localizada no estado do Rio Grande do Norte; e as Reservas Extrativistas do Batoque e Prainha do Canto Verde, ambas localizadas no estado do Ceará. Em cada área de estudo serão escolhidas comunidades pesqueiras, permitindo a comparação entre elas. A partir destas comunidades, alguns aspectos relacionados ao uso dos recursos serão analisados, como atividade pesqueira, dieta e modo de vida. Os dados serão coletados através de questionários semi-estruturados, contendo questões baseadas em aspectos sociais, econômicos e ecológicos. Os resultados obtidos servirão de indicadores para a resiliência ecológica (informações obtidas com base na atividade pesqueira) e social (informações obtidas com base no acompanhamento da dieta e análise do modo de vida). Apesar da similaridade ecológica entre as áreas de estudo, algumas estratégias de manejo distintas em função da categoria da UC podem apresentar diferentes resultados sobre a resiliência sócio-ecológica. Desta forma, compreender como a resiliência sócio-ecológica se comporta, dentro dos sistemas de manejo estudados, permitirá avaliar a influência destes dois tipos de UCs (RDS e RESEX) na promoção da sustentabilidade ecológica e/ou socialDissertação Análise dos remanescentes de mata atlântica do Estado do Rio Grande do Norte : uma perspectiva em alta resolução(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-07-08) Maciel, Luiz Vicente Burle; ; http://lattes.cnpq.br/6310990045769627; ; http://lattes.cnpq.br/4187101397146992; Almeida, Adriana Monteiro de; ; http://lattes.cnpq.br/1733681004723492; Venticinque, Eduardo Martins; ; http://lattes.cnpq.br/3582966116563351; Metzeger, Jean Paul; ; http://lattes.cnpq.br/3873580432710177A perda e fragmentação de habitat são consideradas as principais ameaças a biodiversidade. Essas ameaças atuam ao nível da paisagem, o que impele a necessidade de manejar paisagens por inteiro e não somente suas componentes. Embora o acompanhamento sistemático do bioma Mata Atlântica venha sendo feito desde o final da década de oitenta, dados atualizados sobre fragmentação florestal para a sub-região de Pernambuco são praticamente inexistentes. O presente estudo teve como objetivo mapear, sobre imagens de alta resolução espacial, os remanescentes do bioma Mata Atlântica no estado do Rio Grande do Norte e conduzir uma análise ao nível de paisagem. Os resultados mostram que a paisagem encontra-se altamente fragmentada, onde restam cerca 13,6% a 17% dos remanescentes florestais do bioma. A grande maioria dos fragmentos é menor do que 10 ha, enquanto poucos fragmentos possuem área maior do que 100 ha. Embora seja elevado o grau de fragmentação, a distância média entre fragmentos encontrada foi pequena (128 m), essa estimativa é menor do que a que tem sido observada para o bioma (1440m). Há indícios de que mudanças bruscas na quantificação da estrutura da paisagem podem ocorrer quando se observa a fragmentação em alta resolução espacial. Os resultados aqui apresentados podem ser utilizados em ações de manejo, com vistas a tornar o cenário mais propício à manutenção da biodiversidade.Tese Análise sistêmica de ambientes lacustres do semiárido tropical: suporte para projetos de manejo e mitigação da eutrofização(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-08-30) Rocha Júnior, Carlos Alberto Nascimento da; Becker, Vanessa; Silva, Fabiana Oliveira de Araújo; http://lattes.cnpq.br/2999389235108507; http://lattes.cnpq.br/6478807086616861; Attayde, José Luiz de; http://lattes.cnpq.br/4121209629385349; Panosso, Renata de Fátima; Lima Neto, Iran Eduardo; Menezes, Rosemberg Fernandes deA eutrofização é considerada um dos principais problemas de qualidade da água da atualidade em ecossistemas lacustres, levando a perdas de bens e serviços ecossistêmicos importantes, além de consequências econômicas e diminuição da biodiversidade. A eutrofização é resultado da entrada de nutrientes transportados aos ecossistemas aquáticos, os quais são posteriormente depositados no sistema. A seleção de medidas de gestão e mitigação da eutrofização requer uma análise sistêmica (diagnóstico) adequado de cada lago. Além disso, ecossistemas aquáticos do semiárido estão entre um dos sistemas mais vulneráveis a eutrofização. O objetivo geral desta tese foi fornecer informações que suportem projetos de manejo e mitigação de ambientes eutrofizados no semiárido tropical, por meio de análise sistêmica integrada envolvendo qualidade de água, além da análise de fontes e fluxos de fósforo. O capítulo 1 abordou a dinâmica temporal e um diagnóstico sobre a qualidade da água de um reservatório semiárido tropical utilizado para usos múltiplos. Os resultados evidenciam o processo de degradação da saúde ambiental do reservatório ao longo dos períodos estudados, sendo intensificado por um período de seca prolongada, ocasionando uma redução do volume hídrico armazenado, favorecendo também características de um ambiente raso e misturado com dominância de cianobactérias. Características como ausência de eventos de anoxia de fundo, altas concentrações de substâncias húmicas e elevado pH, podem inviabilizar certas medidas e estratégias de mitigação. O capítulo 2 analisou o uso e ocupação do solo e sua influência sobre a distribuição espacial de formas móveis de fósforo no sedimento. O foco deste capítulo foi quantificar as potenciais fontes de eutrofização, externas e internas. Assim, os resultados do capítulo evidenciaram as atividades antrópicas ao longo da bacia de drenagem e área de influência, e seu potencial de contribuição de fósforo móvel presente no sedimento, sendo este distribuído espacialmente de forma heterogênea ao longo do reservatório. Esses resultados apontam a agricultura, pecuária e vegetação inundável como atividades e coberturas prioritárias para o manejo adequado, além da preservação da zona ripária. O capítulo 3 mostrou uma análise temporal de balanço de massa, utilizando um modelo de estimativa de carga de P, bem como avaliou os impactos dessa carga sobre a qualidade da água. Os resultados do capítulo evidenciaram uma alta e constante carga de fósforo interna devido a redução do volume de água armazenada e suscetibilidade à ação de ventos para ressuspensão de nutrientes. Além disso, evidenciouse um atraso na diminuição das cargas internas, as quais podem continuar intensificando o fenômeno da eutrofização mesmo com a redução das cargas externas. Os resultados da tese ressaltam que o manejo e a mitigação de ambientes eutrofizados nessa região ainda é deficitário, pois evidências mostradas ao longo desta tese demonstraram a intensificação dos efeitos da eutrofização sobre a qualidade da água dos reservatórios. Por fim, esta tese representa uma importante análise sistêmica, podendo esta metodologia servir de reflexo para reservatórios semiáridos e sustenta a escolha de medidas de gestão e recuperação de ambientes eutrofizados do semiárido.Tese Aplicação de técnicas químicas para mitigação da eutrofização e seus efeitos nos organismos planctônicos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-01-23) Brito, Fernanda Monicelli Câmara; Becker, Vanessa; Dias, Juliana Deo; http://lattes.cnpq.br/8119278936427700; http://lattes.cnpq.br/2999389235108507; Silva, Hérika Cavalcante Dantas da; http://lattes.cnpq.br/7724097005059203; Oliveira, José Neuciano Pinheiro de; http://lattes.cnpq.br/4920511661069792; Miranda, Marcela Aparecida Campos Neves; https://orcid.org/0000-0001-6994-8690; http://lattes.cnpq.br/4454563659703678; Costa, Mariana Rodrigues Amaral da; https://orcid.org/0000-0001-8768-8546; http://lattes.cnpq.br/9565880232504027Existem várias técnicas para controle da eutrofização, as técnicas físicas e químicas têm sido bastante utilizadas, entretanto existem poucos estudos sobre os os efeitos dessas técnicas no semiárido e nas comunidades planctônicas. Floc & Sinke Floc & Locksão técnicas de geoengenharia que tem como objetivo manipular o ciclo biogeoquímico do fósforo (P), removendo o P particulado (biomassa algal) por sedimentação (Floc & Sink), e o P dissolvido da água por adsorção e capeamento do sedimento (Floc & Lock). A técnica utiliza a combinação de coagulante e argilas (naturais ou modificadas) para sedimentação e/ou adsorção. Diante disso o objetivo geral dessa tese é analisar as respostas da comunidade planctônica frente à técnica de geoengenharia para controle da eutrofização e sua eficiência em águas de mananciais da região semiárida tropical. O primeiro capítulo teve por objetivo realizar uma análise cienciométrica da literatura para observar o efeito de técnicas químicas e físicas de controle da eutrofização em organismos planctônicos em ambientes eutróficos, avaliando a produção bibliométrica e determinando lacunas de conhecimento. Os resultados mostraram que as técnicas mais estudas foram: Floc & Sink, algicidas, Floc & Lock, aeração, dragagem e ultrassom, e que tem ocorrido mais interesse nelas ao longo dos anos. Os efeitos da técnica em outros grupos fitoplanctônicos, além das cianobactérias e no zooplâncton são pouco abordados, sendo uma das lacunas encontradas. Além disso, estudos que observem os efeitos ao longo do tempo, mostrando a sucessão da comunidade planctônica e em mesocosmos são minoria. No geral, todas as técnicas químicas removeram a biomassa ou o biovolume das cianobactérias. Ao contrário das técnicas físicas que tiveram resultados conflitantes, com resultados inconclusivos. Os poucos estudos após a aplicação da técnica mostram efeitos positivos na diversidade do fitoplâncton após o Floc & Sink e um aumento na riqueza após o Floc & Lock e a aeração. Todas as técnicas afetaram negativamente o zooplâncton, diminuindo a biomassa, sobrevivência ou abundância desses organismos. O capítulo dois objetivou analisar os efeitos na biomassa e composição fitoplanctônica, ao aplicarmos a técnica de mitigação Floc & Sink (F&S), em águas eutrofizadas de reservatórios da região semiárida tropical. Em escala experimental, utilizou-se um coagulante químico (Policloreto de Alumínio - PAC) e materiais naturais (Planossol e calcários bege e branco) como lastros para sedimentação e aplicamos uma abordagem funcional, Grupos Funcionais Baseados em Morfologia (MBFG), baseada em características morfológicas do fitoplâncton (Kruk et al., 2010), para avaliar quais mecanismos adaptativos são mais resistentes à sedimentação. A técnica foi capaz de sedimentar biomassa algal com adição coagulante mais lastro (PAC+Planosso; PAC+Calcário Bege e PAC+Calcário Branco). Os efeitos da técnica sobre a biomassa e composição do fitoplâncton variaram de acordo com o mecanismo de resistência à sedimentação. MBFG IV, sem características especializadas, sedimentado apenas com uso de coagulante. A presença de bainha mucilaginosa e aerótopos (Microcystis aeruginosa, MBFG VII), impediu sua sedimentação em todos os tratamentos. Nem o MBFG V (flagelados) nem o MBFG VI (diatomáceas pequenas) exibiram sedimentação. Além disso, as cianobactérias filamentosas (MBFG VIII) demonstraram maior resistência à sedimentação. O emprego de materiais de lastro naturais proporciona uma alternativa econômica para a remoção da biomassa de algas. O terceiro capítulo tem por objetivo testar a eficiência da técnica Floc & Lock no controle da fertilização interna e na remoção de biomassa algal de ambiente eutrofizado da região semiárida. Nós hipotetizamos que a técnica seria capaz de imobilizar o fósforo presente no sedimento, diminuindo a liberação de fósforo e assim, limitar o crescimento fitoplanctônico. O estudo foi conduzido em escala experimental em tubos de pvc contendo água e sedimento, incubados por 47 dias. Os tratamentos foram: adição de PAC, adição Phoslock® (PHOS), PAC + PHOS e PAC+PHOS+Calcário Bege (CB), além do controle, sem adição de nenhum tratamento. Nossos resultados mostraram que a técnica Floc & Lockconseguiu diminuir a liberação do fósforo no sedimento e limitar o crescimento fitoplanctônico, confirmando a hipótese do estudo. Apesar de todos os tratamentos terem sido eficientes no capeamento do sedimento e na remoção da bioamssaalgal, a combinação de PAC+PHOS foi o que alcançou menores taxas de liberação de fósforo. Entranto, os tratamentos PAC+ PHOS+CB e apenas PHOS também obtiveram bons resultados de remoção de biomassa algal e capeamento do sedimento, mostrando alternativas mais econômicas de aplicação.Dissertação O aquecimento dos oceanos pode ajudar zoantídeos a superar competitivamente hidrocorais ramificados?(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-03-31) Lonzetti, Bruno Charnaux; Longo, Guilherme Ortigara; ; ; Ramos, Bárbara Segal; ; Cruz, Igor Cristino Silva;Interações competitivas entre organismos sésseis em ambientes recifais geralmente ocorrem através do contato físico, dada a limitação espacial nesses ambientes. O aquecimento dos oceanos é um dos fatores que podem afetar os resultados dessas interações, alterando a habilidade competitiva e o potencial de recuperação dos organismos. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas prevê em sua projeção com as maiores emissões de gases do efeito estufa um aumento médio na temperatura do Oceano Atlântico de 3 °C para o ano 2100. Millepora alcicornis é uma das únicas espécies de coral ramificado no Brasil, contribuindo para a complexidade estrutural no ambiente recifal. O zoantídeo Palythoa caribaeorum é um dos competidores de corais mais importantes do Atlântico Oeste. Ambas as espécies competem entre si desde a costa da Flórida até o Sudeste brasileiro. Se M. alcicornis suportar os 3 °C de aumento na temperatura, seguirá competindo com P. caribaeorum, pois esta, apesar de ter sua distribuição afetada, ainda ocorrerá em áreas recifais como o Caribe e o Nordeste brasileiro. Não se sabe como o aumento de temperatura afetará essa interação. Indo além de previsões da distribuição de espécies e levando em conta que interações também podem ser moduladas pelo aquecimento dos oceanos, estudamos a interação competitiva entre P. caribaeorum e M. alcicornis através de experimentos em campo e laboratório, abordando particularmente: o efeito do contato físico na saúde de M. alcicornis (campo e laboratório); o potencial de recuperação de M. alcicornis após o fim do contato (campo e laboratório); se essa interação é mediada por compostos químicos presentes na superfície de P. caribaeorum (campo e laboratório); e como o aquecimento do oceano pode afetar esses processos (laboratório; 27 °C vs. 30 °C). Descobrimos que o contato físico com P. caribaeorum causa mais danos do que com o seu controle em campo e em laboratório a 27 °C. A recuperação de M. alcicornis em laboratório a 27 °C e em campo ocorreu dentro de 10 dias. Algas filamentosas colonizaram a área de M. alcicornis que teve contato com P. caribaeorum em laboratório a 30 °C, dificultando sua capacidade de recuperação. O contato com o extrato químico de P. caribaeorum em laboratório a 27 °C e em campo causou mais danos a M. alcicornis do que o contato com seu controle. O contato com o extrato e seu controle causaram danos iguais a M. alcicornis em laboratório a 30 °C. Nossos resultados indicam que P. caribaeorum supera competitivamente M. alcicornis através de mecanismos físicos e químicos, e que um aumento de 3 °C na temperatura do oceano prejudica a recuperação de M. alcicornis e torna o aspecto físico do contato mais importante do que o aspecto químico. A taxa de sobrecrescimento de P. caribaeorum em M. alcicornis tende a subir com a intensificação dessa interação à medida que o oceano aquece, podendo levar à perda de complexidade estrutural e, consequentemente, de diversidade em recifes do Caribe e Brasil. Entender como o aquecimento dos oceanos pode afetar as interações competitivas é fundamental para projetarmos o futuro dos recifes.Dissertação Áreas importantes para a conservação do último grande herbívoro da caatinga potiguar: o veado-catingueiro (Mazama gouazoubira)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-06-23) Mello, Daniel Bezerra de; Venticinque, Eduardo Martins; ; http://lattes.cnpq.br/3582966116563351; ; http://lattes.cnpq.br/4353017631590227; Cardoso, Marcio Zikan; ; http://lattes.cnpq.br/6310990045769627; Mobley, Renata Santoro de Sousa Lima; ; http://lattes.cnpq.br/1514389007687960Cervídeo Mazama gouazoubira é a espécie de veado que possui maior distribuição dentre as espécies sul americanas. Aspectos da vegetação, predação, competição, caça e perda de habitat são fatores importantes para compreender a distribuição espacial de herbívoros na paisagem. Dessa forma, considerando a falta de estudos de mamíferos de médio e grande porte na Caatinga, objetivamos compreender quais os fatores ambientais e antrópicos que influenciam a ocupação do veado-catingueiro (M. gouazoubira) na região semiárida do estado do Rio Grande do Norte, Brasil. O estudo foi realizado em 10 áreas amostrais e utilizamos armadilhas fotográficas para amostragem e modelos de ocupação foram construídos representando nossas hipóteses biológicas. Os modelos foram ranqueados através dos valores obtidos do AIC. As variáveis cobertura vegetal de caatinga e densidade da vegetação mostraram maior efeito, já a caatinga arbórea mostrou um efeito menor, sugerindo que a espécie é altamente dependente da vegetação para ocorrer, possuindo menor dependência de caatinga arbórea. Esperamos que nossos resultados possam ser utilizados como suporte para planos de manejo e criação de novas unidades de conservação no estado.Dissertação Áreas marinhas protegidas e corais brasileiros: o que estamos protegendo?(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-25) Albuquerque, Fabricio Claudino de; Longo, Guilherme Ortigara; Pinto, Miriam Plaza; https://orcid.org/0000-0002-4030-5015; http://lattes.cnpq.br/7876219494961528; http://orcid.org/0000-0003-2033-7439; http://lattes.cnpq.br/3947302863354812; http://lattes.cnpq.br/0286902753168274; Brum, Heloísa Dantas; Gomes, Mariana BenderÁreas Marinhas Protegidas (AMPs) são estratégias importantes para a conservação de ambientes recifais, podendo reduzir impactos locais como poluição e sobrepesca, e ajudar na sobrevivência dos corais frente a eventos globais de branqueamento. No entanto, muitas dessas áreas não levam em consideração as mudanças climáticas em seu planejamento, podendo reduzir a proteção futura dos corais dado a provável mudança de distribuição dessas espécies. Conduzimos um diagnóstico para avaliar a representatividade de 23 corais escleractíneos e hidrocorais zooxantelados de águas rasas (< 30 m) entre as categorias e jurisdições da atual rede de AMPs no Brasil. Utilizamos análise de lacunas para investigar mudanças na representação da ocorrência de corais nas AMPs da província brasileira, considerando o cenário mais extremo predito pelo Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC, RCP 8.5). Observamos que 21 espécies de corais são incluídas em AMPs de uso sustentável e 19 nas de proteção integral, e que não existem diferenças na composição das assembleias entre as categorias ou jurisdições. As AMPs já encontram-se nos locais com maior probabilidade de ocorrência para os corais nas projeções atuais e futuras, sendo representados principalmente pela categoria de uso sustentável. Mudanças nas condições ambientais poderão contribuir para a maior probabilidade de ocorrência de corais em regiões subtropicais, consideradas áreas-chave para a conservação de corais no futuro. Portanto, adotar ações que incorporem mudanças climáticas no planejamento de AMPs pode contribuir para a sobrevivência desses organismos.Dissertação Áreas prioritárias para restauração de serviços ecossistêmicos de regulação e provisão em uma região semiárida(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-02-28) Costa, Thayna Larissa da Silva Rabêlo; Carvalho, Adriana Rosa; ; ; Almeida, Adriana Monteiro de; ; Noleto Filho, Eurico Mesquita;No semiárido Brasileiro, a Caatinga é afetada por vários distúrbios crônicos que ameaçam as condições de vida da população humana. A restauração ecológica é uma importante medida para aumentar a biodiversidade e garantir o fornecimento de serviços ecossistêmicos (SE) relevantes para o bem-estar das comunidades locais. No entanto, existe uma escassez de estudos que foquem na lacuna entre a oferta e demanda de SE. Por isso, buscamos identificar áreas prioritárias que contemplem a oferta e a demanda por SE. Para alcançar este objetivo usamos dois SE de provisão (madeira e espécies de uso alimentício e/ou medicinal) e um serviço de regulação (polinização). Desenvolvemos dois cenários para cada serviço: (i) Oferta de SE o qual utilizamos os mapas de distribuição geográfica potencial das espécies arbóreas nativas e (ii) Demanda por SE, que inclui, oferta e as áreas que demandam os SE. Realizamos a priorização no Software Zonation, ferramenta responsável pela priorização espacial de áreas que têm maior potencial para aumentar a biodiversidade e SE. Encontramos aumento percentual de representação nos cenários de demanda em todos os SE, seguindo em ordem crescente, a provisão de espécies alimentícias e/ou medicinais (1,5%), provisão de madeira (1,8%) e o mais 19 expressivo a polinização (69,1%). Os resultados indicaram que para alguns SE a oferta supre a demanda enquanto para outros há uma divergência entre os dois. Os dois SE de provisão apresentaram maior sobreposição entre a oferta e demanda, sinalizando que medidas de restauração ativa nessas áreas podem contribuir diretamente para melhoria das condições de vida das pessoas que são dependentes da extração de recursos da floresta.Dissertação Aspectos populacionais de Xiphopenaeus kroyeri (Heller, 1862) (Crustacea, Decapoda, Penaeidae) no litoral oriental do nordeste do Brasil(2018-06-26) Moraes, Daniele Cosme Soares de; Freire, Fúlvio Aurélio de Morais; ; ; D'Oliveira, Rosangela Gondim; ; Costa, Tiego Luiz de Araújo;O camarão sete-barbas Xiphopenaeus kroyeri possui grande interesse econômico em diversas regiões da costa brasileira. Apesar da importância, sua história de vida ainda é pouco compreendida, o que dificulta avaliações sobre o impacto da exploração pesqueira e das mudanças climáticas sobre os estoques naturais dessa espécie. Desta forma, investigou-se a biologia e o crescimento populacional e a biologia reprodutiva da espécie em Baía Formosa, RN. Além da relação de sua abundância com fatores ambientais. Os camarões foram capturados mensalmente de Março/2013 a Fevereiro/2015, em 6 pontos amostrais. Os indivíduos foram mensurados, avaliados quanto ao sexo e ao estágio de desenvolvimento gonadal. Os fatores ambientais foram obtidos utilizando uma sonda multiparâmetro, além de coleta de dados pluviométricos e material sedimentológico. Os grupos intrapopulacionais adultos apresentaram correlação negativa com as variáveis hidrológicas de temperatura e salinidade de fundo, transparência da água e profundidade, enquanto os jovens apresentaram menor grau de relação com os fatores ambientais. Houve significante influência da temperatura de fundo, presença de algas e transparência da água, com a abundância total do camarão. As fêmeas apresentaram tamanhos maiores que os machos. Foi observada uma reprodução do tipo contínua, com picos reprodutivos maiores nos inícios de cada ano. O comprimento médio da primeira maturação gonadal, foram de 13,6 mm e 14,2 mm, para machos e fêmeas, respectivamente. Houve uma relação inversamente proporcional entre a pluviosidade total e a porcentagem de fêmeas reprodutivas. Os parâmetros do crescimento evidenciaram fêmeas maiores e apresentando coeficiente de crescimento (k) menor, resultando em uma longevidade maior que a dos machos.Dissertação Assessing scale-dependent effects of urbanization on avian diversity(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-02-23) Paz, Raiane Vital da; Gianuca, Andros Tarouco; Pichorim, Mauro; http://lattes.cnpq.br/9747367811959611; https://orcid.org/0000-0001-8951-9463; http://lattes.cnpq.br/0373636692294514; Venticinque, Eduardo Martins; http://lattes.cnpq.br/3582966116563351; Lima, Guilherme Santos Toledo de; Vizentin-bugoni, JefersonUrbanization is a major driver of natural habitat reduction and fragmentation, and it has been shown that these impacts can influence species richness. However, how different components of diversity are influenced by urban intensity, patch size, and isolation between patches has not yet been carefully investigated. In this context, urbanization gradients are ideal for assessing how species respond to these impacts, and also allow us to better understand how local and regional changes in habitat quality influence diversity components such as: species abundance distribution (SAD), total community abundance (N), and intraspecific spatial aggregation (Agg). Here, we evaluate how two different categories of urbanization intensity (urban squares and protected areas), patch size, and its connectivity influence bird diversity patterns at various scales. To assess scaledependent processes, 24 plots were allocated, each subdivided into 4 subplots, totaling 96 points, which were visited five times during the dry season. In these same plots/subplots local and regional environmental features were assessed. A significant reduction in species richness and abundance was observed with increasing urbanization, and this reduction was evident across all scales analyzed. However, the effect of urbanization was even stronger at plot than subplot scales, indicating a scaledependent effect of urbanization. Furthermore, both local and regional variables, including vegetation cover and structural connectivity, were important determina nts of bird diversity patterns. Thus, it is necessary to conduct practices that can reduce the intensive impact of urbanization. An example to be highlighted are actions that include more forested squares, as well as planting trees around these squares and forming ecological corridors, aiming to connect parks and green areas with urban squares.Dissertação Atividade vocal, ocupação e densidade populacional de duas corujas em fragmentos florestais do extremo Norte da Mata Atlântica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-03-27) Gomes, Carlos Salústio; Pichorim, Mauro; Venticinque, Eduardo Martins; http://lattes.cnpq.br/3582966116563351; http://lattes.cnpq.br/5696697654544552; https://orcid.org/0000-0003-4539-9919; http://lattes.cnpq.br/8241560541440884; Esclarski, Priscilla; Araújo, Carlos Barros deA compreensão dos padrões de atividade e distribuição de animais em relação aos fatores ambientais é crucial para a conservação das espécies. No domínio da Mata Atlântica, 72% das espécies de corujas apresentam declínio populacional, tornando fundamental a conservação tanto das espécies quanto dos habitats. O uso de monitoramento acústico passivo oferece oportunidades para coletar dados sobre a atividade vocal e o uso do habitat de espécies pouco estudadas, contribuindo para o monitoramento a longo prazo e conservação eficaz. Este trabalho busca preencher lacunas na compreensão dos padrões de atividade vocal e de uso do habitat de corujas que ocorrem no extremo norte da Mata Atlântica, especificamente no norte do Centro de Endemismo Pernambuco, Brasil. Nossos objetivos foram: (1) investigar os padrões de atividade vocal de duas corujas noturnas, a corujinha-do-mato (Megascops choliba) e a murucututu (Pulsatrix perspicillata), para contribuir com protocolos de monitoramento para conservação das duas espécies; e (2) identificar os fatores ambientais que afetam a ocupação da P. perspicillata, estimar sua densidade populacional e mapear os hotspots de ocupação e densidade da espécie para auxiliar na localização de áreas prioritárias para a conservação. Na primeira parte do trabalho, descobrimos que a M. choliba emitiu mais vocalizações às 19h, 01h e 04h, com a maior atividade vocal ocorrendo aproximadamente 4 horas antes do nascer do sol e 10 minutos após o nascer do sol. A P. perspicillata emitiu mais vocalizações entre 20h e 22h e às 02h, com a maior atividade vocal ocorrendo cerca de 3 horas após o pôr do sol e 4 horas antes do nascer do sol. A taxa de atividade vocal de P. perspicillata foi melhor explicada pelo índice de claridade lunar, densidade de árvores e detecção de M. choliba, enquanto a taxa de atividade vocal de M. choliba foi melhor explicada pela temperatura do ar e densidade de sub-bosque. Na segunda parte, identificamos que a P. perspicillata responde a variações ambientais tanto na escala do fragmento como na escala da paisagem em 1000 ha e sua ocupação é afetada positivamente pela presença de florestas primárias e áreas com maior rugosidade topográfica. As regiões de maior ocupação e densidade estão concentradas em áreas protegidas, terras indígenas e outros fragmentos com alto potencial para conservação. Os resultados deste trabalho podem auxiliar na identificação de cenários favoráveis para o monitoramento eficiente de corujas noturnas florestais e para o estabelecimento de protocolos para a conservação de espécies sensíveis aos efeitos da perda florestal e que carecem de informações relacionadas ao uso do habitat.Dissertação Atividade vocal, riqueza de espécies, e os coros e "nãocoros" das aves em dois pontos com condições ambientais diferentes no RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-03-18) Pinheiro, Thiago Augusto Mendes; Lima, Renata Santoro de Sousa; Ferreira, Luane Maria Stamatto; https://orcid.org/0000-0002-2638-1695; http://lattes.cnpq.br/1514389007687960; http://lattes.cnpq.br/6008949452293667; Pichorim, Mauro; Almeida, Marina Scarpelli Drummond deA atividade vocal das aves é uma característica marcante destes animais, e suas vocalizações são frequentemente utilizadas como fator de detecção (presença/ausência) em estudos variados sobre ecologia deste grupo. A atividade acústica das aves pode ser influenciada por fatores ambientais que também impactam a riqueza de espécies numa determinada região. Utilizando gravações obtidas por meio de monitoramento acústico passivo (MAP), este estudo teve como objetivos 1) investigar a influência de um conjunto de variáveis ambientais na atividade vocal (medida em número de vocalizações) e na riqueza de espécies de aves em dois pontos amostrais com condições ambientais distintas no estado do RN; e 2) comparar a dinâmica das variáveis ambientas durante o período estudado, com as dinâmicas das variáveis resposta (atividade vocal e riqueza de espécies) entre os dois pontos amostrais. O estudo foi conduzido em um ponto na zona rural do município de Currais Novos, RN (bioma Caatinga) e no Parque Estadual Dunas de Natal, em Natal, RN (bioma Mata Atlântica) durante doze coletas mensais com três dias de duração, amostrando dois turnos (04:00 – 10:00 h e 14:00 – 20:00) em gravações de 1 minuto de duração a cada ciclo de 10 minutos. Modelos Aditivos Generalizados (GAM) foram construídos a fim de compreender a relação entre as variáveis ambientais Precipitação horária, índice de vegetação NDVI, Nebulosidade, Sensação térmica e Estado de iluminação e Velocidade do vento, com as variáveis resposta atividade vocal e riqueza de espécies. Os resultados sugerem que os fatores ambientais são importantes em conjunto no sistema, tendo as variáveis utilizadas exercido efeitos distintos nas variáveis resposta nos diferentes pontos amostrais. A variável que representa o estado de iluminação apresentou os maiores coeficientes em todos os modelos, sempre com efeitos positivos. Até onde sabemos, este é o primeiro trabalho que avalia como fatores ambientais podem influenciar o comportamento acústico de aves no Brasil, conduzido em ambientes negligenciados.Tese Atributos funcionais de caatinga, uma floresta sazonalmente seca: estratégias, distribuição espacial, interações entre plantas e restauração de comunidades(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-02-13) Fagundes, Marina Vergara; Ganade, Gislene Maria da Silva; Souza, Alexandre Fadigas de; ; ; ; Rowland, Lucy; ; Costa, Flávia Regina Capellotto; ; Leal, Inara Roberta; ; Staggemeier, Vanessa Graziele;Atributos funcionais são características fisiológicas, morfológicas, anatômicas e bioquímicas, responsáveis pelo sucesso da interação dos organismos com o meio em que habitam. Tais características adaptativas que compõem os organismos de uma região, aqui limitado à plantas arbóreas, são primeiramente selecionadas através de filtros ambientais. Neste sentido, compreender como as estratégias da vegetação são limitadas e moduladas pelos diferentes tipos de ambiente ao redor do mundo, é uma questão chave em ecologia. Os atributos funcionais das plantas, uma vez selecionados, também exercem efeitos sobre o ambiente em que vivem, alterando características abióticas como disponibilidade hídrica, radiação solar e disponibilidade de nutrientes. Além disto, estas alterações causam efeitos diretos e indiretos nos organismos vizinhos, podendo também agir como força moduladora da estrutura das comunidades. Compreender estes processos é fundamental para, além de entendermos padrões ecológicos gerais, podermos efetivar ações de restauração e montagem de comunidades com uma abordagem ecológica robusta. Neste sentido, este trabalho possui três capítulos, todos focados no ambiente sazonalmente seco Caatinga. O primeiro capítulo tem o objetivo de analisar os principais trade-off entre atributos funcionais de 20 espécies lenhosas, determinar seus grupos funcionais, testar se estes grupos estão associados espacialmente e se sua distribuição é limitada pela aridez. Foram coletados diversos atributos fisiológicos, anatômicos, bioquímicos e estruturais de espécies adultas in situ. Realizamos análises de componentes principais, para analisar os trade-off, análise de k-means para determinar os grupos funcionais, teste de Ripley para testar a distribuição espacial dos grupos e um gls para testar se os grupos ocorrem em locais com diferentes níveis de aridez. Encontramos que as espécies da Caatinga possuem diversos trade-offs com diferentes atributos representando um continuum entre estratégias aquisitivas e conservativas. Todos os trade-off deste continuo, colapsam em dois grupos funcionais de estratégias conservativas e aquisitivas, porém grande parte das espécies está contida no grupo de estratégias conservativas. Os dois grupos ocorrem de modo independente através do bioma e o grupo de espécies aquisitivas tende a ocorrer em locais mais áridos do bioma. O segundo capítulo busca testar como e quais os atributos funcionais das plantas afetam seus vizinhos positivamente e se atributos funcionais podem explicar as relações espécies-específicas comumente encontradas. Para isto, fizemos um experimento in situ com interações entre 60 combinaçoẽs de pares de espécies, cada um replicados cinco vezes. Utilizando os atributos funcionais das espécies adultas já coletados como variáveis preditoras e a performance de plantas vizinhas como variáveis resposta, calculamos um modelo linear misto generalizado, seguido de simplificação de variáveis. Vimos que, tanto espécies com características conservativas quanto aquisitivas têm o potencial de afetar positivamente os indivíduos vizinhos e que o resultado é altamente dependente do par de espécies em interação. No entanto, os resultados positivos, surgem quando a espécie que está exercendo o efeito possui atributos funcionais, cujo efeito no ambiente, majoritariamente relacionados à água, suprem as necessidades ecológicas das plantas vizinhas. Por fim, o terceiro capítulo desatrela os efeitos de facilitação e complementariedade funcional e testa quais são as principais características funcionais das comunidades que levam a maior produção de biomassa e funcionamento das comunidades. Produzimos 4704 mudas de 16 espécies nativas. Com elas, foram montadas 147 comunidades, com 5 níveis de diversidade, monocultura, duas, quatro, oito e 16 espécies e 45 composições diferentes, cada comunidade foi montada com 32 indivíduos. Monitoramos a produtividade das comunidades em biomassa foliar produzida e também seu ‘Net biodiveristy Effect’ (NBE) como variáveis resposta. Como variáveis preditoras, calculamos o nível de potencial de facilitação por parcela, o valor médio de atributos ponderado pela abundância para 9 atributos separadamente, e a complementariedade funcional de cada comunidade. Calculamos quais destas variáveis melhor explicariam a produção de biomassa e o NBE através de modelos lineares mistos generalizados. A produção de biomassa foi influenciada positivamente por atributos relacionados à rapida captura de recursos e fixação de carbono como área específica foliar e comprimento específico de raiz e pelo potencial facilitativo das comunidades. O NBE foi influenciado principalmente pela diversidade funcional e pelo potencial facilitativo das espécies. Por fim, demonstramos como ecologicamente a facilitação se diferencia de complementariedade funcional e quais suas consequências para restauração e montagem de comunidades. Ademais, propomos tomadas de decisões utilizando os componentes ecológicos testados para guiar práticas de restauração e maximizar tanto a produtividade das comunidades, quanto seus serviços.Dissertação Avaliação da atividade turística sobre a composição e a distribuição das macroalgas marinhas nos recifes de Pirangi (Rio Grande do Norte, Brasil)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2011-02-25) Azevedo, Carolina Angélica Araújo de; Soriano, Eliane Marinho; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786301Y8&dataRevisao=null; ; http://lattes.cnpq.br/4250339745901794; Câmara, Marcos Rogério; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783008H5; Melo, Maria das Dores; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4769454U0A área recifal da praia de Pirangi tem sofrido ações antrópicas, principalmente aquelas relacionadas à exploração turística. Para avaliar esses efeitos, amostragens de macroalgas foram realizadas em nove estações, distribuídas em áreas distintas (presença e ausência de turistas), ao longo da franja recifal. A comunidade macrobentônica (algas/corais) foi identificada com uso do método do fotoquadrado, ao longo de transectos de 50 metros, distribuídos aleatoriamente e paralelos à linha de costa. As seguintes categorias gerais foram examinadas em cada transecto: rocha, areia, algas, corais e moluscos. Os dados obtidos no campo foram analisados através do software Coral Point Count with Excel extensions. Um total de 30 espécies de macroalgas e 5 espécies de corais e uma de molusco foi identificado. Nos locais onde a atividade turística era mais intensa, foi observada uma dominância de algas de pequeno porte, enquanto que nos locais sem interferência humana ocorria a predominância de algas foliosas. As macroalgas com maior cobertura percentual foram Sargassum vulgare (59%), Caulerpa racemosa (47%) e Dictyopteris delicatula (33%), em diferentes estações de coleta. A análise de agrupamento dos organismos bentônicos indicadores revelou um padrão na distribuição espacial com cinco faixas: (1) área totalmente submersa caracterizada por apresentar uma flora bastante diversificada; (2) área com predomínio de Caulerpa racemosa e presença de coral de fogo (Millepora alcicornis), (3) área com elevada cobertura de Sargassum vulgare, (4) área de pisoteio caracterizada por espaços vazios, algas de pequeno porte e Zoanthus sociatus e (5) área caracterizada pela presença marcante do coral Palythoa caribaeroum. De acordo com os dados obtidos, nós pudemos inferir que a área estudada vem sofrendo alterações resultantes da atividade turística e que as diferenças observadas na comunidade algal podem ser um indicador importante da saúde da área recifal de PirangiDissertação Avaliação da capacidade adaptativa de comunidades camponesas do semiárido brasileiro às mudanças climáticas e à pandemia da COVID-19(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-08-30) Brito, Saulo Sidarta Henrique de; Baldauf, Cristina; http://lattes.cnpq.br/0749028891178457; http://lattes.cnpq.br/8231456069262813; Lopes, Priscila Fabiana Macedo; http://lattes.cnpq.br/0025274238475995; Junqueira, André BragaAs mudanças climáticas globais estão provocando alterações em muitos sistemas físicos e biológicos em diversas escalas, sendo também refletidas nos meios de vida locais. Em regiões semiáridas os efeitos das mudanças climáticas estão associados a aumentos consideráveis nos níveis de aridez, frequência e intensidade das secas. Este cenário representa grande desafio para as populações humanas que dependem do ambiente natural para a realização de atividades de agricultura e pecuária. Recentemente, o choque representado pela pandemia da COVID-19, aliada às rápidas mudanças ambientais que estão ocorrendo em escalas locais e globais, podem aumentar a vulnerabilidade dos meios de vida locais e, consequentemente, reduzir sua resiliência. Assim, o objetivo deste estudo é compreender a resiliência dos meios de vida das comunidades de campesinos do semiárido em face aos impactos provocados pelas mudanças climáticas globais e pela recente pandemia da COVID-19. Buscamos entender como a capacidade adaptativa varia em função da resiliência dos meios de vida (livelihood resilience) bem como em função do modelo agrícola empregado e das estratégias adaptativas adotadas para lidar com os choques. Realizamos entrevistas semiestruturadas com famílias campesinas residentes em três assentamentos rurais do Rio Grande do Norte, nas quais quantificamos a resiliência dos meios de vida, a renda familiar e o grau de transição agroecológica. Utilizamos modelos de equações estruturadas e modelos lineares generalizados para testar nossas hipóteses. De modo geral, tanto a resiliência dos meios de vida, quanto o grau de transição agroecológica foram baixos. Nossos resultados mostraram um efeito positivo da resiliência dos meios de vida sobre a capacidade adaptativa no cenário das mudanças climáticas. A transição agroecológica e as estratégias adaptativas não tiveram um efeito significativo na capacidade adaptativa relacionada às mudanças climáticas. Para o choque da COVID – 19, nenhum dos preditores estudados tiveram efeito significativo sobre a capacidade adaptativa. Encontramos um efeito positivo da atividade de fruticultura e tamanho da área cultivada sobre a capacidade adaptativa no cenário das mudanças climáticas, entretanto o mesmo não foi verdade para o choque da COVID – 19. Nossos resultados poderão servir de base para ações visando o aumento da resiliência dos sistemas socioecológicos em regiões semiáridas, bem como para o estabelecimento de métricas de monitoramento e avaliação de intervenções relacionadas aos estressores estudados.