PPGPSICO - Mestrado em Psicobiologia
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/12044
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Dissertação Bioindicadores do transtorno do espectro alcoólico fetal: como o zebrafish (Danio rerio) pode ajudar?(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-26) Lima Filho, Romério de Oliveira; Luchiari, Ana Carolina; http://lattes.cnpq.br/7859231596449028; https://orcid.org/0000-0003-1336-958X; http://lattes.cnpq.br/5095854024245700; Godard, Ana Lucia Brunialti; Rachetti, Vanessa de Paula SoaresO consumo de etanol por gestantes pode acarretar nos fetos um conjunto de manifestações clínicas em decorrência à exposição embrionária ao etanol conhecido por Transtorno do Espectro Alcoólico Fetal (TEAF). Este transtorno no neurodesenvolvimento apresenta diversos fenótipos comportamentais e cognitivos a depender da concentração, persistência e período da exposição ao etanol. Suas manifestações comportamentais assemelham-se a outras condições neuropsiquiátricas, como o Transtorno do Espectro Autista e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, que pode levar a confusões diagnósticas e tratamentos equivocados. Este trabalho teve como objetivo investigar indicadores biológicos, tanto comportamentais como moleculares, para o TEAF. Utilizamos o zebrafish (Danio rerio), um pequeno peixe de água doce com alta homologia genética com seres humanos, como modelo para investigar os efeitos da exposição embrionária ao etanol no comportamento, cognição e padrões de expressão gênica. Realizamos a exposição alcoólica de embriões de zebrafish AB com 24 horas pós fertilização por duas horas a três concentrações de etanol (0.0%, 0.5% e 1.0%). Para observar o efeito da exposição embrionária em diferentes fases ao longo da ontogenia, realizamos análises comportamentais – por meio do teste de Padrão de Movimento Livre em labirinto em Y – e moleculares – por meio de expressão gênica por qPCR – com os animais nas fases larval (15 dias pós fertilização, dpf), juvenil (45 dpf) e adulta (90 dpf). Nossos resultados apontaram hipolocomoção no estágio larval e hiperlocomoção nos juvenis e adultos, além de comprometimento cognitivo nestes dois últimos estágio nos indivíduos expostos a baixa concentração de etanol, evidenciado pelo aumento dos movimentos de padrões repetitivos e redução na estratégia de alternância. Quanto aos marcadores moleculares avaliados, os resultados indicam déficit significativo na expressão da maior parte dos genes estudados nos estágios larval e adulto, mas não nos juvenis. Avaliações comportamentais e moleculares em zebrafish expostos ao etanol no período embrionário colaboram para elucidar as alterações cognitivas e fisiológicas envolvidas no TEAF.Dissertação Revelando a comunicação vocal do ratinho-goytacá (Cerradomys goytaca) e sua relação com diferentes traços comportamentais(2025-02-27) Ferreira, Hugo Eduardo de Moura; Lima, Renata Santoro de Sousa; Oliveira, Gisela Barbosa Sobral de; https://orcid.org/0000-0002-1399-1953; http://lattes.cnpq.br/0297679988545991; Ferreira, Renata Gonçalves; Santos, Fábio Hepp Silva Fernandes dosInvestigamos aspectos da comunicação acústica e sua relação com traços comportamentais do Cerradomys goytaca, um roedor neotropical ameaçado e endêmico do Brasil. O estudo foi conduzido com 27 indivíduos mantidos em cativeiro, e gravados em pares, para obter dados focando em dois objetivos principais: descrever o repertório vocal da espécie e explorar possíveis associações entre parâmetros bioacústicos e traços comportamentais, como ousadia, ansiedade, exploração e atividade. Para a descrição do repertório vocal, os pareamentos foram realizados em diferentes configurações (díades hétero-. homossexuais e com diferentes graus de parentesco), enquanto para investigação da personalidade seguimos um protocolo de díades heterossexuais independente do parentesco. Na descrição do repertório vocal, identificamos seis tipos vocais, abrangendo um espectro de frequência que inclui vocalizações audíveis e ultrassônicas. Esse achado representa o primeiro registro de vocalizações ultrassônicas para a subfamília Sigmodontinae. Classes vocais, como "trinado" (quaver) e "chamadas descendentes" (sweep calls), apresentaram alta acurácia de classificação, enquanto outras, como "guincho" (squeak), exibiram maior variabilidade e sobreposição com outras classes vocais, sugerindo um repertório vocal potencialmente contínuo. Observamos também que a emissão de diferentes tipos de vocalizações variou com o contexto de pareamento, como o maior uso de "trinados" em interações entre machos e fêmeas não-aparentados. Quanto à relação entre traços comportamentais e acústicos, identificamos associações significativas entre a frequência dominante e duração das vocalizações, e a ansiedade e ousadia. Além disso, o tamanho do repertório vocal foi associado a todos os traços medidos. Apesar das limitações em inferências sobre o comportamento e comunicação acústica da espécie, como o contexto de cativeiro, este trabalho contribui para o entendimento de uma espécie pertencente a um grupo ainda pouco estudado. De maneira geral, este estudo fornece uma base descritiva e analítica para a comunicação acústica de C. goytaca e destaca o potencial de integração entre abordagens comportamentais e bioacústicas. Esses resultados destacam a complexidade e riqueza do repertório vocal da espécie e oferecem insights iniciais sobre sua relevância ecológica e social. Além disso, as informações aqui descritas fornecem dados de grande importância no uso da bioacústica em estratégias de conservação de espécies elusivas como o ratinho-goytacá, como o monitoramento acústico ecológico e comportamental de populações selvagens.Dissertação Motivação e procrastinação acadêmica: o papel da imprevisibilidade ambiental durante a pandemia da Covid-19(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-23) Soares, Júlia Mendes Pacheco; Lopes, Fivia de Araújo; https://orcid.org/0000-0002-8388-9786; http://lattes.cnpq.br/2583445528542625; https://orcid.org/0000-0001-6727-4397; http://lattes.cnpq.br/6925126590774854; Medeiros, Mayara Wenice Alves de; Tokumaru, Rosana SuemiDefinida como o atraso voluntário de um pretendido curso de ação, apesar da expectativa de consequências negativas inevitáveis, a procrastinação ainda permanece pouco compreendida. As pesquisas mais antigas se voltam principalmente para a tomada de decisões, e apenas recentemente começou-se a incluir a motivação individual como uma possível explicação para a procrastinação. Além disso, quase não há estudos desse comportamento sob uma óptica evolucionista, e a situação de pandemia global gerada pela COVID-19 proporcionou uma rara oportunidade de avaliar a influência de pistas ambientais na motivação e procrastinação humana. Diante disso, este trabalho objetivou compreender o fenômeno da procrastinação acadêmica a partir de sua relação com a pandemia da COVID-19. Participaram do estudo 216 estudantes que, de maneira anônima e online, responderam a seis instrumentos: Questionário Sociodemográfico; Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21); Inventário de Motivos Fundamentais; Mini-K (versão reduzida); Escala de Crenças de Imprevisibilidade e Escala de Procrastinação Acadêmica, sendo as duas últimas referentes a três períodos: 2019, 2020 e 2022/23. A análise foi realizada levando em consideração duas dimensões distintas da procrastinação acadêmica: adiamento e autorregulação. A autorregulação apresentou redução significativa durante o período da pandemia para os estudantes que tiveram aumento das crenças de imprevisibilidade; além disso, após a pandemia, esta apresentou correlação positiva significativa com estratégias de História de Vida Lenta e motivações de autoproteção, além de negativa com o motivo fundamental de afiliação-preocupação de exclusão, sendo a autoproteção o fator que melhor explica a autorregulação; houve, ainda, correlação negativa e significativa entre autorregulação e depressão. O adiamento não mostrou aumento durante a pandemia para os participantes que apresentaram crescimento de crenças de imprevisibilidade; no entanto, em 2022/23, a correlação positiva e significativa entre esses dois fatores indica a possibilidade de eles estarem relacionados, principalmente ao considerar que as crenças de imprevisibilidade possuem poder explicativo quase duas vezes maior que os motivos fundamentais de autoproteção e afiliação (preocupação de exclusão), os outros dois motivos que apresentaram correlação com o adiamento – negativa e positiva, respectivamente; ademais, houve correlação negativa entre adiamento e estratégias lentas de História de Vida, além de positiva com níveis de depressão e estresse. Os resultados apontam para a necessidade de se estudar esse fenômeno a partir de um ponto de vista minucioso, observando-o como um comportamento complexo com diferentes dimensões, que podem ser influenciadas por diversos fatores internos e externos ao indivíduo, como as estratégias de História de Vida, crenças de imprevisibilidade, motivações, indicadores de saúde mental, e ainda outros a serem explorados.Dissertação Caminhos na floresta: a área de vida de macacos-pregos-galegos (Sapajus flavius) em um fragmento Mata Atlântica no Nordeste brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-27) Pereira, Ítalo Ferreira; Ferreira, Renata Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/6566269393468726; http://lattes.cnpq.br/9762137242861406; Lopes, Fivia de Araújo; https://orcid.org/0000-0002-8388-9786; http://lattes.cnpq.br/2583445528542625; Oliveira, Maria Adelia Borstelmann deA Mata Atlântica, um dos biomas mais biodiversos do planeta, enfrenta uma intensa fragmentação, colocando em especial risco espécies para grupos de primatas de hábitos arbóreos, como o macaco-prego-galego (Sapajus flavius), espécie ameaçada de extinção. Este estudo investigou o uso do espaço por um grupo de aproximadamente 90 indivíduos que habitam um fragmento de Mata Atlântica de 270 hectares localizado em Caaporã, PB, no nordeste brasileiro. A pesquisa tem como base um banco de dados coletados de 2014 a 2023 pelo grupo de pesquisa, tendo 39 meses com dados completos, com informações sobre comportamentos e localização dos animais, produtividade mensal de frutos e insetos do fragmento. No trabalho foram usados 26.243 pontos de GPS para calcular a área domiciliar total (ADT) e a área nuclear (AN) por densidade de kernel e área total por mínimo polígono convexo (MPC), analisando a variação no uso do espaço pelo grupo ao longo dos meses. Neste trabalho investigamos a hipótese de que o uso do espaço sofre influência da disponibilidade de alimentos e da temperatura. Testamos as seguintes predições. P1- Devido à baixa oferta alimentar na área, os animais usarão a estratégia de minimizadores de energia, diminuindo a área domiciliar total e alterando a dieta para itens alternativos nos meses com menor produtividade de frutos. P2- Nos meses com temperatura mais elevadas, o grupo percorrerá uma menor área (menor ADT, MPC e AN) como estratégia para evitar aquecimento corpóreo. Encontramos que a área domiciliar total compreendeu até 100% da área monitorada, enquanto a área nuclear apenas 15%, indicando uma limitação de espaço total e baixa proporção de locais preferidos no fragmento. Duas estações puderam ser definidas, com fevereiro e março como alta produtividade e o restante do ano como baixa produtividade em termos de disponibilidade de frutos. Foi observado uma relação negativa significativa no Índice de Disponibilidade de Frutos (FAI) e ADT indicando que os macacos prego galegos estão fazendo uso de uma estratégia de minimizadores de energia. A temperatura mínima apresentou efeitos marginalmente significativos tanto na área de MPC quanto em ADT e AN, porém na direção oposta à prevista, com a temperatura mínima apresentando correlação positiva com os indicadores utilizados para a ADT. Sendo a área domiciliar total um importante indicador da adequabilidade do espaço para os animais, e os macacos-prego-galegos um dos poucos remanescentes de médio porte que realizam dispersão zoocórica de frutos maiores, o conhecimento sobre os fatores que guiam as estratégias de forrageio, e as consequências delas, são importantes para o manejo, principalmente de áreas fragmentadas.Dissertação Percepção do estresse acadêmico, padrões de sono e desfechos em saúde mental em estudantes do ensino médio no turno matutino(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-04-09) Vasconcelos Filho, José Péricles Magalhães; Azevedo, Carolina Virginia Macedo de; https://orcid.org/0000-0003-4985-4755; http://lattes.cnpq.br/2667344626234863; https://orcid.org/0009-0001-0094-6918; http://lattes.cnpq.br/7204346583290708; Araújo, John Fontenele; https://orcid.org/0000-0002-8022-2425; http://lattes.cnpq.br/3347815035685882; Miguel, Mario André LeocádioO ambiente acadêmico do ensino médio é propício a funcionar como desencadeador de estresse nos estudantes, se tornando mais evidente quanto maiores forem as expectativas dos pais, o currículo escolar, o medo de falhas e as dificuldades em tomar decisões. A adolescência é marcada por modificações fisiológicas no ciclo sono-vigília, em que os indivíduos passam a dormir e acordar mais tarde. Em contraste, as escolas geralmente iniciam as aulas pela manhã muito cedo, gerando sonolência diurna, dificuldades de concentração e processamento cognitivo. Neste contexto, o sofrimento psíquico vem aumentando em diversos países e pode causar impacto importante no desenvolvimento dos jovens. Portanto, este estudo tem como objetivo analisar a relação entre a percepção do estresse acadêmico, padrões de sono e desfechos em saúde mental em adolescentes do ensino médio no turno matutino em escolas particulares. A amostra contou com 78 participantes de ambos os sexos matriculados no turno matutino no primeiro, segundo e terceiro anos do ensino médio de duas escolas privadas de Juazeiro do Norte/CE. Os participantes responderam os seguintes questionários de forma online: “A Saúde e o Sono”, Escala de Percepções de Estresse Acadêmico, Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, Questionário de Cronotipo de Munique, Escala de Sonolência Diurna Pediátrica, e Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse para Adolescentes. Os dados foram analisados por Modelos de Equações Estruturais após definição de um modelo final composto por: 1) percepção do estresse acadêmico; 2) variável latente representativa do sono, constituída pelos horários de dormir e acordar nos dias de escola e livres, cronotipo, jetlag social e irregularidade na duração do sono; 3) sonolência diurna; 4) e pela variável latente representativa da saúde mental, formada pelos níveis de estresse, ansiedade e depressão. Maiores níveis de percepção do estresse acadêmico foram associados a escores mais elevados do constructo saúde mental (B=0,638; p<0,001), com maior frequência de sintomas de estresse, ansiedade e depressão; maior sonolência diurna (B=0,252; p=0,026); e impacto nas variáveis do constructo sono (B=0,162; p=0,046), com horários mais tarde para dormir e acordar nos dias de escola e livres, maior tendência à vespertinidade, maiores níveis de jetlag social e irregularidade na duração de sono. O prejuízo à saúde mental associado aos níveis elevados de percepção do estresse acadêmico é potencializado quando o constructo sono é adicionado como fator intermediador (B=0,731; p<0,001). Além disso, o constructo sono teve relação com a sonolência diurna (B=0,444; p<0,001), em que quanto maiores os níveis de sonolência maiores os escores do constructo saúde mental (B=0,361; p<0,001). Portanto, a percepção do estresse acadêmico influenciou diretamente, de forma negativa, os aspectos relacionados ao sono e o funcionamento mental dos adolescentes. O prejuízo à saúde mental relacionado à percepção do estresse acadêmico foi potencializado quando os aspectos relacionados ao sono foram adicionados como fatores intermediadores em uma única análise. Esse trabalho pode contribuir para ampliar o conhecimento sobre a relação entre estresse acadêmico, prejuízos ao sono e saúde mental em adolescentes, favorecendo a professores e profissionais de saúde levarem essa discussão para os seus ambientes de trabalho.Dissertação Photo identification on the flukebook platform reveals aspects of the behavioral biology of sotalia guianensis in Rio Grande do Norte and Paraíba states, Brazil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-03) Silva, Ísis Viviane Bezerra da; Lima, Renata Santoro de Sousa; Bassoi, Manuela; http://lattes.cnpq.br/6997001427168037; https://orcid.org/0000-0002-2638-1695; http://lattes.cnpq.br/1514389007687960; http://lattes.cnpq.br/4945608644406787; Ferreira, Renata Gonçalves; Lunardi, Diana GonçalvesOs cetáceos são afetados por fatores ecológicos como distribuição de presas e predadores, condições físicas da água, como salinidade e temperatura, além de fatores antrópicos como taxa de capturas acidentais e/ou intencionais, degradação de habitats, poluição e o aumento do tráfego de embarcações. Estas influências ecológicas podem mudar o comportamento de indivíduos, resultando em alterações no uso do habitat e distribuição das espécies. A coleta de informações demográficas de base é importante para a identificação dessas mudanças e para o manejo e conservação de espécies marinhas como o golfinho Sotalia guianensis, ainda pouco conhecido na região nordeste do país. Uma das formas de coletar esses dados é gerando catálogos para a identificação de indivíduos e sua distribuição, ao longo do tempo e espaço, permitindo estudos de longo prazo que utilizem marcas naturais na nadadeira dorsal. O principal objetivo deste estudo é gerar um desses catálogos, através do uso da plataforma Flukebook, utilizando os quatro algoritmos disponíveis no web site, realizando a análise das fotos pertencentes ao acervo da UFRN (ARC- Archive for Research and Conservation of Images and Sounds from Nature) obtidas entre Tabatinga-RN e Cabedelo-PB. Este catálogo resultou na identificação de 64 indivíduos, sendo 59 deles reavistados durante o período de coleta (2005 a 2023), sendo quatro das reavistagens de fêmeas, localizadas na Reserva de Fauna Costeira de Tibau do Sul (REFAUTS) ou entorno. Esses resultados indicam que a REFAUTS representa um habitat importante para o cuidado maternal. Resultados que também revelaram que alguns indivíduos utilizam mais de uma baía da região,com um certo grau de fidelidade. Outro resultado importante foi uma estimativa da longevidade na região (valor máximo de 11 anos). A urgência em compreender a ecologia comportamental desse cetáceo advém do fato da espécie ser costeira, de baixa taxa reprodutiva e vulnerável à extinção. Dados como o do presente estudo, que reúne dados longitudinais (2005 a 2023) da distribuição espacial de Sotalia guianensis na região nordeste, cuja população foi denominada como BRNE2, possibilitam estimar tendências de abundância e distribuição ao longo do tempo, nos dando pistas da saúde da população e docomportamento individual, além de facilitar a descoberta de possíveis sítios de alimentação, reprodução e berçários que são prioridades de proteção para ações de conservação da espécie.Dissertação Afinando o tom: um estudo vocal longitudinal em Callithrix jacchus juvenis selvagens(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-06-20) Santos, Pedro Gabriel Peixoto Honorato dos; Souza, Arrilton Araújo de; http://lattes.cnpq.br/8822052460371633; http://lattes.cnpq.br/3620719539690178; Lima, Renata Santoro de Sousa; https://orcid.org/0000-0002-2638-1695; http://lattes.cnpq.br/1514389007687960; Nogueira, Selene Siqueira da CunhaOs saguis-de-tufo-branco (Callithrix jacchus) são uma espécie de primata neotropical nativa do nordeste do Brasil, ocupando da Caatinga à Mata Atlântica e com muitas características biológicas e sociais parecidas com os humanos, possuindo um sistema de reprodução cooperativo e hábitos gregários, aliado a um amplo repertório vocal. Além de serem alvos de interesse de pesquisas biomédicas pela biologia similar e a facilidade de manutenção em cativeiro, recentemente as vocalizações desses animais vêm sendo muito estudadas com evidências crescentes de mecanismos de aprendizagem e plasticidade vocal. Entretanto, escassos estudos avaliam o contexto natural em que elas ocorrem na espécie e a maioria deles se concentra nas fases da infância e adulta dos animais. Nossa pesquisa investigou as variações nos parâmetros acústicos de quatro tipos de vocalizações em saguis juvenis (5-10 meses) ao longo de seis meses, em um ambiente natural: “phee”, “cry”, “twitter” e “trill”. Comparamos essas variações com as de vocalizações de saguis adultos (a partir de 15 meses de idade), buscando compreender o desenvolvimento vocal nos juvenis e o contexto social da utilização dos chamados. Nós não observamos variações significativas nos parâmetros das vocalizações analisadas nos juvenis ao longo do estudo, nem influências perceptíveis do feedback vocal para os indivíduos jovens. Entretanto, observamos diferenças entre valores de frequências de “cry” e “phee” entre juvenis e adultos, com uma tendência de aproximação das médias de juvenis em direção às de adultos. Nossos dados confirmam também a presença de vocalizações da fase infante até a fase adulta nos saguis e mostram variações nas frequências de uso e contexto para todas as vocalizações. De acordo com outros autores, estas variações sutis e graduais em parâmetros acústicos e no uso de vocalizações nos saguis juvenis sugerem que apesar de um perfil vocal que pode ser largamente explicado pelo desenvolvimento biológico as experiências sociais devem ser importantes para a maturação e contextualização das principais vocalizações dos saguis.Dissertação Influência da visão de cores e da formação de imagem de busca na detecção de insetos por humanos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-03) Bonifácio, Samyr Damasceno; Pessoa, Daniel Marques de Almeida; https://orcid.org/0000-0002-2516-6766; http://lattes.cnpq.br/8413512010176898; https://orcid.org/0000-0001-9065-438X; http://lattes.cnpq.br/2754677429697968; Souza, Arrilton Araujo de; https://orcid.org/0000-0002-4804-389X; http://lattes.cnpq.br/8822052460371633; Moraes, Pedro Zurvâino Palmeira Melo Rosa de; https://orcid.org/0000-0003-3033-1209; http://lattes.cnpq.br/3119830537735230Insetos são um grupo abundante e fazem parte da dieta de muitos predadores. Para evitá-los, alguns insetos usam cores para se mesclar no ambiente, enquanto outros utilizam cores chamativas para avisar que não são palatáveis. O uso das cores dos insetos pode ajudá-los a sobreviver, porém a visão de cores do predador pode quebrar a camuflagem. Aqui, investigamos o fenótipo visual do predador, o tipo de coloração e tamanho do inseto. Com base nisso, nossa pesquisa objetiva determinar dentre humanos dicromatas e tricromatas quem possui vantagem na detecção de insetos. Estes utilizam diferentes colorações, como por exemplo: a coloração disruptiva, aposemática e background matching, além disso nós também verificamos se o tamanho do alvo (grande e pequeno) influência na detecção. Para isso, preparamos e editamos fotos de insetos na Trilha dos Saguis na UFRN e selecionamos 40 participantes, sendo eles 20 tricromatas e 20 dicromatas. Os participantes tocaram em um monitor touchscreen escolhendo uma foto entre quatro, sendo que apenas uma tem o estímulo positivo (foto contendo o inseto) e três com os estímulos negativos (fotos contendo a paisagem sem o inseto). Nossos resultados apontam: na latência de acerto dos alvos, os tricromatas são mais rápidos na detecção dos insetos quando apresentam a coloração aposemática, background matching e quando os alvos são menores. Na coloração disruptiva e quando os alvos são grandes não há diferença significativa entre dicromatas e tricromatas. Em relação ao número de acertos dos alvos, os dicromatas detectam mais insetos, principalmente quando possuem coloração background matching e quando os alvos são pequenos quando comparados com tricromatas. Já na coloração disruptiva e aposemática, os tricromatas acertaram mais que o esperado, quando comparado com os dicromatas. Nossos resultados apontam: tricromatas são mais rápidos e detectam mais insetos aposemáticos e com coloração disruptiva, pois essas cores conspícuas são eficientes contra predadores dicromatas, contudo a tricromacia favorece ao predador a detecção desses alvos. Os dicromatas detectam mais alvos, principalmente quando são pequenos e com coloração background matching, isso ocorre devido ao ruído cromático, que prejudica mais os tricromatas, já que eles distinguem melhor as cores, porém essa energia usada para distingui-las prejudica na identificação de pistas acromáticas, diferente dos dicromatas que conseguem redirecionar essa energia e usá-la para identificar pistas acromáticas, favorecendo uma melhor avaliação de formas, contornos e texturasDissertação Preferência alimentar e estratégias de forrageio de Odontomachus haematodus linnaeus, 1758 (Hymenoptera: formicidae) em ambiente laboratorial(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-24) Chaves, Matheus Bastos Costa; Souza, Arrilton Araujo de; https://orcid.org/0000-0002-4804-389X; http://lattes.cnpq.br/8822052460371633; https://orcid.org/0009-0002-3460-6062; http://lattes.cnpq.br/2012199611173605; Medeiros, Jeniffer da Câmara; https://orcid.org/0000-0003-4325-3588; http://lattes.cnpq.br/3115580586600457; Châline, Ronara de Souza Ferreira; http://lattes.cnpq.br/1038778628910246As formigas, que estão entre os insetos eusociais, são notórias pela sua alocação detarefas. Entre essas atividades está o forrageio, que consiste na exploração das proximidadesdo ninho, caça ou coleta do alimento, e transporte desse recurso de volta para o ninho paracompartilhamento com as companheiras de ninho. Essa atividade baseia-se em duasprincipais estratégias, o forrageio solitário ou em grupo, e pode ocorrer sob várias formas deorientação, como forrageamento guiado por pistas visuais, químicas e temporais, comdiferentes dietas e preferências alimentares. Visto isso, esta dissertação teve como objetivoinvestigar, por meio de experimentos de oferta de alimento, em diferentes variedades equantidades, a seletividade da espécie Odontomachus haematodus quanto à sua dieta emecanismos de coleta de alimento em laboratório. Essa espécie é membro de um mesmogênero em que outras espécies foram registradas tendo uma preferência clara por uma fontealimentar específica. Além da preferência alimentar, buscamos avaliar a possibilidade deOdontomachus haematodus realizar recrutamento, pois formas primitivas dessecomportamento foram observadas em outras espécies do gênero e formas mais complexas emoutras ponerines, além da possibilidade de a espécie realizar transporte cooperativo decomida. Obtivemos como resultado uma preferência clara por alimentos ricos em líquidos, ecom menor preferência por uma dieta carnívora que o esperado, com uma certa variabilidadenatural entre as colônias. Ademais, não registramos ocorrências de recrutamento de outrasforrageadoras ou transporte cooperativo de alimentoDissertação Pesticides: effects of acute and chronic exposure of diflubenzuron and pyriproxyfen in zebrafish (Danio rerio)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-26) Teixeira, Júlia Robert de Sousa; Luchiari, Ana Carolina; Pereira, Bruno Fiorelini; https://orcid.org/0000-0003-0416-7281; https://orcid.org/0000-0003-3294-7859; http://lattes.cnpq.br/0931415947199808; Souza, Marilia Cristina Oliveira; https://orcid.org/0000-0002-2947-992X; http://lattes.cnpq.br/2751283416118816; Moreira, Ana Luisa Pires; https://orcid.org/0000-0001-7748-6131; http://lattes.cnpq.br/4222960960439174A produção e liberação de pesticidas no Brasil aumentou significativamente nos últimos anos, resultando na presença de muitos produtos químicos desconhecidos no ambiente. O Diflubenzuron (DFB) e Piriproxifeno (PPF) são dois pesticidas pertencentes à classe dos inseticidas amplamente utilizados em culturas agrícolas e em áreas urbanas. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da exposição aguda e crônica do diflubenzuron, piriproxifeno e suas misturas na sobrevivência, desenvolvimento ontogenético e no comportamento de Zebrafish (Danio rerio). Para avaliação desses parâmetros, embriões de Zebrafish foram expostos a diferentes concentrações para ambos os produtos (0,025, 0,125, 0,25, 1,25, 2,5 e 10 mg/L) em uma exposição aguda por 120 horas pós-fertilização (hpf), assim como para suas misturas: 0,025 mg/L PPF + 10 mg/L DFB (Mix A), 0,125 mg/L PPF + 10 mg/L DFB (Mix B) e 0,25 mg/L PPF + 10 mg/L DFB (Mix C). Ao longo da exposição, foi observada mortalidade, teratogenia e cardiotoxicidade dos animais tratados e seus grupos controle (água e DMSO). Para a avaliação da neurotoxicidade os testes de resposta optomotora e de evitação foram utilizados. Para a exposição crônica, os embriões foram expostos por 30 dias, utilizando as concentrações de 0,025 e 0,125 mg/L (DFB) e 0,379 e 0,758 mg/L (PPF) obtidas a partir do cálculo da CL50. Após a exposição crônica, os animais foram testados para tanque novo, agressividade e teste de sociabilidade. Os resultados da exposição aguda demonstraram que a sobrevivência e a eclosão foram afetadas pelas concentrações de PPF e DFB e pelas misturas de pesticidas em concentrações mais baixas. A exposição às misturas causou mais malformações do que a exposição isolada, sugerindo um efeito potencializador. Após a exposição crônica, os peixes expostos ao DFB tiveram maior redução nos padrões locomotores, enquanto os expostos ao PPF passaram mais tempo na parte superior da coluna d'água. Os achados mostram que o DFB altera os padrões locomotores, e o PPF, os padrões de percepção social e ambiental. Dessa maneira, é importante a redução do uso desses tipos de pesticidas tanto em ambientes agrícolas como em áreas urbanas e assim, poder minimizar os efeitos na saúde e bem-estar em animais e humanos, assim como, para o meio ambienteDissertação Entre a proteção e a ameaça: efeitos da exposição ao filtro UV Oxibenzona no peixe donzela (Stegastes Fuscus)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-29) Souza, Jéssica Ferreira de; Luchiari, Ana Carolina; Silveira, Mayara Cristina Moura Silva Dos Prazeres; https://orcid.org/0000-0001-7608-3074; http://lattes.cnpq.br/2257599085591584; https://orcid.org/0000-0003-3294-7859; http://lattes.cnpq.br/7859231596449028; https://orcid.org/0000-0002-1983-7842; Farias, Davi Felipe; https://orcid.org/0000-0001-5438-1919; http://lattes.cnpq.br/7568220396626488; Soares, Marta Candeias; https://orcid.org/0000-0002-8661-3400A oxibenzona (benzofenona-3 ou BP-3) é um dos filtros ultravioleta mais utilizados na fabricação de produtos de cuidado pessoal, como protetores solares, assim como na indústria plástica, alimentícia e têxtil. Devido ao grande uso em diversas áreas da indústria, esse composto chega de forma contínua nos ambientes aquáticos, especialmente nos ambientes recifais, de forma direta ou indireta, onde pode passar por processos de bioacumulação e biomagnificação na biota aquática. Estudos têm mostrado os efeitos deletérios da exposição à BP-3 em diversos organismos aquáticos, especialmente em peixes. No entanto, poucos estudos focam seus esforços em entender como a oxibenzona impacta os peixes recifais, diariamente afetados por descargas contínuas desse poluente. Diante disso, este estudo teve como objetivo investigar os efeitos toxicológicos da ingestão de BP-3 no peixe donzela Stegastes fuscus. Para isso, os animais foram expostos a BP-3 por meio da dieta e foram avaliados através de uma abordagem multinível, envolvendo respostas comportamentais, cognitivas e fisiológicas. Após 30 dias de exposição, avaliamos as consequências da BP-3 em indicadores de saúde (taxa de crescimento e índice hepatossomático), nos comportamentos de tomada de risco, tipo-ansioso e agressivo, bem como seus efeitos na atividade enzimática do sistema de defesa antioxidante e biomarcadores de neurotoxicidade no encéfalo e fígado (CAT, GST, LDH e AChE; capítulo 1). Em uma segunda exposição ao composto, após 60 dias, investigamos os efeitos da BP-3 em um teste de motivação através do comportamento de desvio (detour task), avaliando os efeitos desse poluente na motivação do peixe donzela (capítulo 2). Em geral, os animais expostos a BP-3 apresentaram prejuízos nos indicadores de saúde, na locomoção e no comportamento de tomada de risco. Além disso, houveram alterações na atividade enzimática, com diferentes respostas entre os tecidos analisados. Quanto à cognição, não foram observados efeitos da BP-3 na motivação dos animais durante o teste de detour. É crucial compreender os efeitos dos filtros UV, especialmente da BP-3, não apenas para avaliar seus impactos ambientais e na saúde, mas também para orientar políticas de gestão e desenvolver alternativas mais seguras e sustentáveis para proteção solar e outras aplicações industriaisDissertação Feeding time matters? Influência da restrição alimentar temporal sobre aspectos motores e cognitivos em modelo crônico da doença de Parkinson em ratos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-04-11) Costa, Isaura Ruth Vieira da; Engelberth, Rovena Clara Galvao Januario; https://orcid.org/0000-0002-5232-5275; http://lattes.cnpq.br/3745470149540939; https://orcid.org/0009-0004-4813-8129; http://lattes.cnpq.br/6291033496481567; Santos, Jose Ronaldo dos; Morais, Paulo Leonardo Araújo de Góis; https://orcid.org/0000-0002-9162-2280; http://lattes.cnpq.br/1545549464623271A doença de Parkinson (DP) permanece como a segunda condição neurodegenerativa global mais prevalente, afetando mais de 10 milhões de indivíduos em todo o mundo, com manifestações clínicas heterogêneas. Modelos animais como a reserpina são amplamente utilizados para avaliar seus mecanismos fisiológicos e possíveis intervenções terapêuticas. A restrição temporal alimentar (RTA), definida como o ajuste temporal da disponibilidade alimentar sem restrição calórica, surge como um potencial tratamento complementar em doenças neurodegenerativas. Nesse sentido, avaliamos os efeitos motores e cognitivos de uma intervenção alimentar com restrição de tempo em um modelo de rato com doença de Parkinson induzida por reserpina. Ratos Wistar machos (3-4 meses) foram distribuídos aleatoriamente em três grupos de tratamento: restrição temporal alimentar por 60 dias, começando 30 dias antes das injeções de reserpina; restrição temporal alimentar por 30 dias, começando com injeções de reserpina; e alimentação ad libitum com injeções de reserpina; e dois grupos controle: restrição temporal alimentar por 30 dias, começando com injeções de veículo e alimentação ad libitum com injeções de veículo. Ao longo do experimento, todos os animais foram submetidos aos seguintes testes: teste de catalepsia, teste de movimentos orais, campo aberto (CA) e teste de reconhecimento de objetos (TRO). Todos os grupos reserpina apresentaram déficit motor progressivo, conforme observado nos testes de catalepsia e mastigação no vácuo, entretanto, os grupos TRF apresentaram atraso no início dos sintomas motores em comparação com seus respectivos grupos ad libitum. Não foram encontradas diferenças de desempenho nos testes de CA ou TRO entre os grupos reserpina após a intervenção. Foram demonstrados os efeitos promissores da restrição temporal alimentar nos sintomas motores, mas não nos sintomas cognitivos resultantes da exposição crônica à reserpina. Este é o primeiro estudo a investigar a RTA em um modelo crônico da doença de Parkinson. Mais pesquisas são necessárias para explorar os diferentes efeitos da RTA nos sintomas emocionais e cognitivos da DPDissertação Efeito da terapia de luz azul na resposta cognitiva, emocional e de atividade-repouso em roedores jovens e idosos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-04-10) Seixas, Narita Renata de Melo; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; Meurer, Ywlliane da Silva Rodrigues; https://orcid.org/0000-0002-5232-5275; http://lattes.cnpq.br/3745470149540939; https://orcid.org/0000-0002-5967-3328; http://lattes.cnpq.br/8922168781031305; Silva, Eryck Holmes Alves da; Barbosa, Flavio FreitasO envelhecimento representa um evento natural, progressivo e heterogêneo pelo qual todos os seres vivos passam. No entanto, mudanças fisiológicas ou comportamentais podem ocorrer de diferentes formas entre os indivíduos, o que levanta alguns questionamentos referentes à relação existente entre o processo de envelhecimento e as mudanças dessas funções, como por exemplo, o declínio cognitivo. Nesse sentido, várias terapias, incluindo as não invasivas como a fototerapia, têm sido testadas em aspectos cognitivos em indivíduos humanos e não-humanos. Poucos estudos mostram os efeitos da terapia de luz azul no comportamento do animal idoso quando comparado ao animal jovem. Nesse estudo foi avaliado, em ratos jovens e idosos, o efeito da terapia de luz azul sobre os aspectos cognitivos e emocionais e na expressão do ritmo de atividade-repouso. Para isso, animais com 3 e 20 meses de idade (jovens e idosos, respectivamente), foram submetidos a testes comportamentais como o de campo aberto (CA) e de reconhecimento de objeto, antes e após o tratamento com a luz azul. Essa terapia foi aplicada durante um período de 14 dias, sob um ciclo C-C-E de 6:6:12 horas, sendo a luz azul aplicada nas primeiras horas do ciclo de luz. Foi observado que a terapia de luz azul melhorou o ritmo de atividade-repouso de ambos os animais no que diz respeito a amplitude relativa e acrofase, mas no teste de CA e reconhecimento de objetos, os animais idosos não apresentaram mudanças significativas. Já os animais jovens apresentaram resultados significativos apenas no teste de CA com relação à distância total percorrida e exploração das zonas do aparato. Acreditamos que mais investigações são necessárias para entender melhor o efeito da luz azul nas respostas cognitiva e emocional, de forma que a memória, assim como os mecanismos neurais a ela relacionados sejam melhor compreendidos.Dissertação Semelhantes, mas não iguais: escolha de parceiros intra e interpopulacional no caranguejo chama-maré Leptuca leptodactyla (Rathbun, 1898)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-04-05) Souza, Beatriz Aparecida de; Pessoa, Daniel Marques de Almeida; https://orcid.org/0000-0002-2516-6766; http://lattes.cnpq.br/8413512010176898; http://lattes.cnpq.br/0174633943551816; Gawryszewski, Felipe Malheiros; Costa, Felipe Pernambuco daA coloração corporal de caranguejos chama-marés é especialmente relevante no reconhecimento de coespecíficos e na escolha de parceiros reprodutivos. A cor dos chama-marés pode variar numa população, devido a fatores como idade e condição corporal, e entre populações, devido às diferenças ambientais existentes em cada local, como distintas pressões de predação ou composição dos alimentos. No presente trabalho, investigamos a influência da coloração corporal do chama-maré Leptuca leptodactyla na seleção de parceiros reprodutivos. Nós testamos as seguintes hipóteses: 1) as fêmeas são capazes de utilizar a variação natural de alguma das variáveis colorimétricas (i.e., brilho, matiz ou saturação) na escolha de seus parceiros reprodutivos; 2) as fêmeas preferem machos da sua própria população em detrimento de machos de outra população; e 3) as fêmeas preferem machos mais claros em detrimento de machos mais escuros. Para testar essas hipóteses, realizamos testes dicotômicos de escolha de parceiros em ambiente natural, que consistiam em oferecer às fêmeas de L. leptodactyla a opção entre dois machos da mesma população para testar a preferência intrapopulacional, e machos de duas populações, para testar a preferência interpopulacional. Também realizamos mensurações de cor dos quelípodos hipertrofiados dos machos com um espectrofotômetro. As análises das medidas de cor foram realizadas utilizando o pacote ‘pavo’, no software R (R Development Core Team). Os resultados mostraram que, quando dada a opção entre dois machos da sua própria população, as fêmeas preferiram machos com maior brilho. Por outro lado, quando confrontadas com machos locais e machos provenientes de outra população, as fêmeas preferiram machos locais, possivelmente baseando essa preferência em informações da saturação do quelípodo hipertrofiado, que difere significativamente entre as populações estudadas. Nossos achados trazem uma maior compreensão acerca do papel da coloração corporal do caranguejo chama-maré L. leptodactyla na seleção de parceiros reprodutivos. Demonstramos que a variação natural da coloração do quelípodo hipertrofiado influencia a preferência das fêmeas por parceiros reprodutivos e que essa preferência pode variar entre populações.Dissertação Coping & personalidade sob a perspectiva evolucionista(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-21) Oliveira, Rebeka Guerra de; Lopes, Fivia de Araújo; https://orcid.org/0000-0002-8388-9786; http://lattes.cnpq.br/2583445528542625; http://lattes.cnpq.br/0371298035497048; Yamamoto, Maria Emilia; http://lattes.cnpq.br/1410667846560350; Guerra, Valeschka MartinsA personalidade se caracteriza pelas diferenças individuais e influencia nos comportamentos assumidos, e pode ser relacionada com a forma de enfrentamento de situações adversas, na Psicologia, conhecido como coping. Como os problemas são inerentes à vida de todas as pessoas, diante da situação de pandemia de COVID-19, surgiu uma oportunidade ímpar para avaliar a relação entre o coping e os traços de personalidade, uma vez que isso poderia trazer à tona caminhos importantes quanto às recomendações de intervenção, respeitando tais diferenças individuais. O primeiro capítulo dessa dissertação apresenta os fundamentos teóricos sobre a temática dos traços de personalidade e do coping. O segundo capítulo, em formato de artigo, tem caráter empírico e focou investigar se as estratégias de coping diferem entre as pessoas com diferentes expressões de traços de personalidade; se os indivíduos que pontuam de forma diferente nos traços medidos apresentam diferença na dificuldade de enfrentamento da pandemia; se há diferença no grupo de atividades consideradas práticas relaxantes e atenuadoras de estresse em relação aos diferentes traços de personalidade. Tivemos a participação de 175 pessoas, através de coleta de dados online, que responderam quatro questionários: Sociodemográfico; Inventário Big Five; Escala Toulousaine de Coping; Práticas relaxantes. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente a partir da criação de clusters, aplicação de ANOVA e testes de Kruskal-Wallis. Observamos que as formas de enfrentar a pandemia e os impactos causados por ela, assim como a escolha de práticas relaxantes, diferem de acordo com a expressão de diferentes perfis e de diferentes traços de personalidade. A partir do presente trabalho, foi possível disponibilizar mais informação sobre a temática em situações de grande comoção coletiva, além de sugerir orientações específicas, relacionadas à escolha de práticas relaxantes, de forma mais individualizada, com vistas a ampliar o sucesso de possíveis intervenções. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.Dissertação O cabo de guerra entre a evitação de patógenos e o comportamento sexual em um cenário pandêmico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-02-10) Ferreira, Lucas Emanuel; Lopes, Fívia de Araújo; https://orcid.org/0000-0002-8388-9786; http://lattes.cnpq.br/2583445528542625; Engelberth, Rovena Clara Galvão Januário; https://orcid.org/0000-0002-5232-5275; http://lattes.cnpq.br/3745470149540939; Mafra, Anthonieta LoomanUma vez que a defesa imunológica contra patógenos é dispendiosa e meramente reativa, a defesa antipatógena humana também é caracterizada por mecanismos comportamentais pró-ativos que inibem o contato com patógenos. Esse sistema imunológico comportamental (SIC) compreende processos psicológicos que reduzem o risco de contágio a partir da resposta a pistas ambientais por meio da ativação de comportamentos aversivos. Esses processos têm efeitos importantes para a cognição social humana e o comportamento social, incluindo implicações no comportamento sexual, sobretudo na sociossexualidade. Isto é particularmente importante quando novas doenças infecciosas (por exemplo, a COVID-19) se espalham pela população. Em nosso trabalho, apresentamos os conceitos teóricos sobre SIC, sociossexualidade e diferenças individuais. Empiricamente, buscamos compreender, a partir de uma perspectiva evolucionista, se o SIC tem relação com a resposta sociossexual e a ansiedade e se essas variáveis se manifestam de formas diferentes, de acordo com o sexo e a orientação sexual dos indivíduos. A pesquisa utilizou um conjunto de questionários online: questionário sociodemográfico, Escala de Transtorno de Ansiedade Generalizada, Questionário de Vulnerabilidade Percebida à Doença, Subescala de repulsa de patógenos, e Versão reduzida do inventário de sociossexualidade. Participaram 274 voluntários, de todas as regiões do país, com idade entre 18 e 64 anos, heterossexuais e não heterossexuais. No estudo 1, os homens tiveram níveis mais altos de sociossexualidade, sobretudo nos domínios de comportamento e desejo, mas não em atitude; já as mulheres apresentaram níveis mais significativos de aversão a patógenos e em ansiedade. Encontramos correlações negativas entre SIC e sociossexualidade e correlação positiva entre SIC e ansiedade. Somente o domínio comportamento da sociossexualidade se correlacionou com ansiedade. No estudo 2, paricipantes não-heterossexuais pontuaram mais no questionário de sociossexualidade, sendo caracterizados como mais irretristos sexualmente, enquanto o público heterossexual pontuou mais nas escalas de aversão moral e aversão germinativa, embora não tenham sido encontradas diferenças gerais na escala total do SIC. Nossos dados revelam que há uma tensão entre o comportamento sexual e a tendência em evitar pistas consideradas potencialmente patogênicas, indicando que esses dois aspectos estão em constante interação ou conflito.Dissertação Classificação de sinais de EEG: uma abordagem da visão computacional com redes neurais convolucionais para predição de crises epilépticas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-10-18) Arruda, Hanna Carla Gurgel; Araújo, John Fontenele; Medeiros, Inácio Gomes; http://lattes.cnpq.br/8450369742588953; https://orcid.org/0000-0002-8022-2425; http://lattes.cnpq.br/3347815035685882; http://lattes.cnpq.br/8417403092838797; Laplagne, Diego Andres; Santos, Lucas Galdino Bandeira dos; Moioli, Renan CiprianoA eletroencefalografia (EEG) é uma técnica não invasiva de registro e monitoramento da atividade elétrica cerebral. Os sinais EEG obtidos proporcionam informações valiosas sobre processos cognitivos, estados mentais e condições neurológicas, como a epilepsia. O EEG desempenha um papel fundamental como ferramenta de diagnóstico na medicina e se estende como ferramenta para pesquisa à diversas áreas, como neurociências e engenharia biomédica. Um dos aspectos cruciais do estudo do EEG está relacionado à detecção e previsão de crises epilépticas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a epilepsia afeta aproximadamente 50 milhões de pessoas em todo o mundo. O diagnóstico tradicional da epilepsia envolve a análise visual, realizada por um neurologista, de horas de registros EEG, com o objetivo de identificar padrões eletroencefalográficos associados às crises. No entanto, esse processo pode ser dispendioso e está sujeito a erros humanos. Diante desse desafio, pesquisadores têm se dedicado à busca por alternativas que possam reduzir o tempo de análise e, assim, auxiliar no diagnóstico de forma mais eficiente. Como alternativa a esse cenário existe a aplicação de técnicas de inteligência artificial (IA), que podem auxiliar no processo de diagnóstico. O objetivo do nosso trabalho é propor uma metodologia para classificação de sinal de EEG a fim de detectar crises epilépticas. Utilizamos a base de dados de EEG de código aberto do Hospital Infantil de Boston, composta por registros de 198 convulsões em 24 pacientes com idade entre 1,5 e 22 anos. Os dados foram pré-processados para remoção de ruídos e artefatos utilizando a biblioteca MNE Python, específica para análises neurofisiológicas. Os dados foram transformados em imagem para input em uma rede neural convolucional (CNN). Implementamos uma CNN de 19 camadas na linguagem Python usando a plataforma gratuita Google Colaboratory. Selecionamos 6 pacientes para treinar o modelo usando validação cruzada e usamos os 18 pacientes restantes para testes individuais, a fim de verificar a capacidade de generalização do modelo. Realizamos quatro treinamentos usando técnicas diferentes para lidar com o desbalanceamento dos dados. Devido ao desbalanceamento de classes que enviesa a métrica de acurácia, consideramos o Recall da classe 1 a métrica mais importante para selecionar um modelo para aplicar aos dados de teste. Obtemos média do Recall da classe 1 de 73% com os dados desbalanceados e 83% com dados balanceados. No conjunto de teste as médias foram 38% e 74% respectivamente. Os recursos computacionais foram um fator limitante, o que influenciou o tamanho do conjunto de treino e a variabilidade de padrões a serem aprendidos pela rede. Ainda assim, consideramos que nossa classificação atingiu uma boa performance, especialmente pelo desafio de lidar com o extremo desbalanceamento de classes.Dissertação Origens do desenvolvimento do estado desamparado em zebrafish (Danio rerio): influência do estresse precoce e da exposição fetal ao álcool(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-06-02) Sousa, Igo Padilha de; Luchiari, Ana Carolina; Menezes, Fabiano Peres; http://lattes.cnpq.br/7859231596449028; http://lattes.cnpq.br/0597139503000567; Gavioli, Elaine Cristina; http://lattes.cnpq.br/1759328747578795; Gouveia, AmauriDiversos eventos ocorridos nos anos iniciais do desenvolvimento ontogenético podem causar perturbações observadas tardiamente, como alterações comportamentais e cognitivas que aparecem na juventude ou mesmo na fase adulta. As origens do desenvolvimento da saúde e da doença (DOHAD, do inglês Developmental Origins of Health and Disease) liga a ocorrência de distúrbios precoces, no início da ontogenia, ao desenvolvimento de desordens fisiológicas, comportamentais e psicológicas futuras. Diversos estressores presentes no meio ambiente são considerados fatores de risco, esses estressores são conceituados como circunstancias que ameaçam a integridade física ou o bem-estar psicológico, e podem trazer diversos malefícios à saúde. Neste sentido, o presente trabalho teve o objetivo de examinar a influência do estresse crônico imprevisível (ECI) e da exposição álcool na fase inicial do desenvolvimento (fase embrionária e larval) no comportamento desamparado de peixes zebra. No estado de desamparo, os indivíduos têm dificuldades na resposta de alerta e na capacidade de evitar situações adversas como consequência da exposição a estímulos aversivos incontroláveis. Assim, no primeiro capítulo, propomos uma nova ferramenta para avaliação do estado de desamparo em peixe zebra, o teste de escape de hipoxia. Observamos que o teste proposto é eficiente para medir a motivação de escape, preservada em animais controle e em animais tratados com ansiolítico. No entanto, o escape foi significativamente reduzido em animais previamente expostos a ECI e álcool, bem como nos animas tratados com agente bloqueador da recaptação de monoaminas (reserpina). No segundo capitulo, utilizamos os mesmos estressores (ECI e álcool) e testamos o comportamento tipodesamparado através de teste de preensão pela cauda e evitação ativa de choque (protocolos já validados). Observamos que os estressores foram capazes de influenciar no desenvolvimento de depressão e desamparo nos dois testes. Por fim, nossos resultados indicam que a exposição a eventos aversivos no início da vida (representados pelo ECI e pela exposição alcoólica fetal) podem contribuir para o desenvolvimento do estado desamparado. Além disso, nosso estudo mostra que o zebrafish é um modelo animal adequado para testes que abordam estados de depressão e desamparo, e ressalta a importância do modelo como ferramenta na busca por terapias e tratamentos que possam amenizar ou evitar o desenvolvimento desta condição.Dissertação Efeitos farmacológicos dos principais compostos ativos da ayahuasca sobre comportamentos do tipo ansioso e memória no peixe paulistinha (Danio rerio)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-06-28) Vargas, Hector David Quinones; Soares, Bruno Lobao; Coelho, Nicole Leite Galvao; https://orcid.org/0000-0002-4887-8635; http://lattes.cnpq.br/9256395169042054; Luchiari, Ana Carolina; https://orcid.org/0000-0003-3294-7859; http://lattes.cnpq.br/7859231596449028; https://orcid.org/0000-0003-4564-2288; http://lattes.cnpq.br/3124118595692286; https://orcid.org/0000-0002-4864-7474; http://lattes.cnpq.br/0142452769611242; Fontes, Fernanda Palhano Xavier de; http://lattes.cnpq.br/5303845192389002; Savoldi, Robson; https://orcid.org/0000-0002-4031-4288; http://lattes.cnpq.br/2161636487729901Os transtornos de ansiedade, estão ente os transtornos de saude mental mais prevalentes, afetando mais de 500 milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar do progresso substancial no desenvolvimento de novos medicamentos para tratar transtornos de ansiedade, os tratamentos atuais têm eficácia limitada. Assim, um enorme esforço tem sido dedicado à busca de tratamentos farmacológicos alternativos. Uma classe de drogas com ação agonista serotonérgica central conhecida como psicodélicos tem se mostrado uma alternativa promissora de tratamento para transtornos de ansiedade e para os déficits cognitivos exibidos por pacientes depressivos críticos com ansiedade comórbida. Um psicodélico em particular, conhecido como Ayahuasca, que é feito a partir da infusão combinada do caule de Banisteriopsis caapi, rico em inibidores da monoamina oxidase (IMAO), como Harmine e outras Beta-Carbolinas, e folhas de Psychotria viridis, ricas em N, N-dimetiltriptamina (DMT), destacou-se particularmente como um novo tratamento para depressão e transtornos de ansiedade. Para fins deste estudo, avaliamos os efeitos de concentrações crescentes dos principais compostos ativos encontrados na Ayahuasca sobre o desempenho comportamental do peixe paulistinha ou zebrafish (Danio rerio). Os peixes adultos foram expostos a 3 concentrações diferentes de: DMT, Harmine e ambos os alcaloides combinados. Para determinar os efeitos terapêuticos dos alcaloides na memória e na ansiedade, os parâmetros comportamentais do peixe paulistinha foram avaliados com uma tarefa de tanque novo e uma tarefa de aversão condicionada ao lugar (CPA), na qual a memória aversiva condicionada ao local do peixe paulistinha foi avaliada, juntamente com parâmetros comportamentais locomotores indicativos de comportamentos do tipo ansioso. As variáveis comportamentais analisadas para este estudo foram velocidade média de natação, velocidade máxima, distância total percorrida, tempo total parado, número de entradas no padrão xadrez do tanque CPA associado a um estímulo aversivo (substância de alarme) e tempo gasto em cada lado do Tanque CPA. Os resultados deste estudo mostraram que o tratamento crônico (10 exposições, com intervalo de 3 dias) com concentrações crescentes dos principais compostos ativos da ayahuasca (administrados de forma independente ou em conjunto) exerceu efeitos ansiolíticos farmacológicos na aversão condicionada ao lugar e na tarefa do tanque novo . Para parâmetros relacionados à ansiedade em ambas as tarefas, altas concentrações de harmina e DMT em associação com Harmina foram eficazes, enquanto DMT em todas as concentrações foi eficaz apenas na tarefa CPA. Com relação aos efeitos desses compostos na aversão condicionada ao lugar, observamos que apenas a baixa concentração de DMT de 0,0038 mg/L fez com que os peixes passassem significativamente mais tempo no lado do tanque CPA que não estava associado a um estímulo aversivo (alarme substância). Com essa baixa concentração, os animais também exibiram um efeito ansiolítico na tarefa de CPA, além do efeito observado no tempo gasto em cada lado do tanque de CPA. Esses resultados sugerem que baixas concentrações de DMT podem ter um efeito no tempo gasto em cada lado de um tanque de CPA durante o teste, enquanto qualquer das concentrações de DMT usadas no estudo e concentrações mais altas de harmina têm propriedades ansiolíticas.Dissertação Entendendo a violência doméstica por múltiplos parceiros com uma amostra brasileira(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-05-30) Barreto, Davi Andrade; Lopes, Fívia de Araújo; https://orcid.org/0000-0002-8388-9786; http://lattes.cnpq.br/2583445528542625; http://lattes.cnpq.br/1142643430278070; Corrêa, Hellen Vivianni Veloso; http://lattes.cnpq.br/1492707116121325; Tokumaru, Rosana Suemi; https://orcid.org/0000-0003-2859-4114; http://lattes.cnpq.br/4294698135718928A violência por parceiro íntimo traz prejuízos para as vítimas e para a sociedade como um todo, e pode atingir tanto homens como mulheres. Uma das questões pouco investigadas na literatura sobre violência doméstica a partir de uma perspectiva evolucionista é a revitimização por múltiplos parceiros, sobretudo no contexto brasileiro. De acordo com tal perspectiva, espera-se que a escolha de parceiros favoreça a sobrevivência e reprodução da prole, elementos que são prejudicados em um relacionamento abusivo, ainda mais quando são recorrentes. Essa pesquisa teve um caráter transversal e exploratório com o objetivo de identificar que características individuais configuram os grupos com esse tipo de revitimização em adultos de ambos os sexos. Foi aplicado um questionário online que continha: questões sobre dados sociodemográficos, experiência de violência por parceiro íntimo, a Escala de Autoestima de Rosenberg, a Experience in Close Relationship Scale - Reduzida e o Questionário sobre Traumas na Infância. Foi encontrado que os grupos que sofreram violência por múltiplos parceiros possuem menor autoestima, elevada pontuação na ansiedade relacionada ao apego, elevada pontuação na evitação relacionada ao apego e mais experiências de violência infantil do que os grupos que sofreram uma ou nenhuma violência doméstica. Esses achados favorecem a perspectiva de que a revitimização é um subproduto de funções adaptativas da mente humana, relacionada à autopercepção de valor no mercado de acasalamento e ao modelo de relacionamento aprendido com os cuidadores.