PPGe - Mestrado em Geografia

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  • Dissertação
    Levantamento de base cartográfica adequada para cadastro territorial multifinalitário: uma análise de Barra de Tabatinga, Nísia Floresta (RN)
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-04-30) Oliveira, Carlisson Gleidson Silva de; Sousa, Silvio Braz de; https://orcid.org/0000-0002-9776-3295; http://lattes.cnpq.br/5542860613403348; http://lattes.cnpq.br/0797395033062552; Almeida, Rherison Tyrone Silva; Amorim, Rodrigo de Freitas
    O Cadastro Territorial Multifinalitário (CTM) se constitui uma ferramenta moderna de planificação do ambiente urbano que tem ganhado destaque na última década, principalmente em função da evolução tecnológica que tem promovido maior acessibilidade a dados de melhor detalhe, seja pela evolução dos sistemas sensores orbitais submétricos, técnologias de posicionamento por satélite e as Aeronaves Remomentamente Pilotadas (ARPs). Esta pesquisa em nível mestrado, tem como objetivo geral avaliar dados, técnicas e possibilidades para o emprego do CTM como uma ferramenta para gestão de riscos na área de falésias de Barra de Tabatinga, município de Nísia Floresta (RN). Quanto aos objetivos específicos têm-se: 1) Montar um banco de dados geoespacial do município de Nísia Floresta; 2) Avaliar a correlação entre as mudanças de uso e cobertura da terra e a estabilidade ambiental em áreas de falésias; 3) Avaliar métodos e tecnicas para o emprego do CTM na área das falésias de Tabatinga, e a possibilidade de se conFigurar uma ferramenta para tomada de decisão para os gestores locais. A metodologia adotada inclui a coleta de dados por meio de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP’s) que permitem alta precisão planimétrica, com o modelo DJI Matrice 300 RTK, e o uso de técnicas de geoprocessamento para a realização de um ensaio para construção de um CTM. Os resultados indicam que as técnicas aplicadas, foram capazes de mapear áreas suscetíveis a riscos e identificar construções irregulares e ou em locais inadequados, fornecendo subsídios para estratégias de mitigação de impactos e promoção da sustentabilidade e segurança das áreas urbanas costeiras. A possibilidade de empregar dados geoespaciais processados em ambiente de Sistema de Informações Geográficas (SIG), aliados às técnicas cartográficas apresentadas neste trabalho, em ambientes de análise multidados e web services, proporciona aos gestores uma análise mais rica e aprofundada da realidade territorial.
  • Dissertação
    Panorama das pesquisas sobre o clima urbano no Brasil
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-26) Silva, Matheus Maciel da; Amorim, Rodrigo de Freitas; Castelhano, Francisco Jablinski; http://lattes.cnpq.br/9294061567973701; http://lattes.cnpq.br/6992565821797521; Sousa, Silvio Braz de; Moura, Marcelo de Oliveira
    As mudanças climáticas globais colocam em discussão questões relacionadas ao direcionamento das pesquisas científicas que estão sendo desenvolvidas. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo produzir panorama da produção científica sobre o clima urbano no Brasil entre 2010 e 2023 e contribuir para o debate nessa área, considerando o contexto de mudanças climáticas globais que afetam as cidades e a sociedade brasileira. Por meio da revisão da literatura, utilizando-se da bibliometria, técnicas de tratamento de dados com o software estatístico R e análise estatística de artigos científicos publicados em revistas da área de Geografia e dissertações e teses oriundas das universidades brasileiras, foi possível traçar um cenário dos estudos sobre o clima urbano no Brasil. Foram analisados 466 artigos científicos publicados em 50 periódicos de Geografia e um total de 175, dissertações(129) e teses (46) defendidas entre 2011 e 2022 nos programas brasileiros de pós graduação em Geografia sobre o clima urbano. Por meio de tabelas, gráficos e mapas, observou-se que a maior parte das produções sobre o clima urbano se localiza na região Sudeste. Além disso, constatou-se que a região Sudeste é responsável por abrigar a maior parte das universidades que realizaram pesquisas sobre essa temática, seguida pela região Nordeste. Nos artigos científicos, as cidades mais analisadas foram Recife (PE), Presidente Prudente (SP) e Belém (PA), por sua vez, as dissertações e teses, abordam em maiores casos, as cidades de São Paulo (SP), Dourados (MS) e Fortaleza (CE). Notou-se uma tendência de acréscimo para todas as pesquisas sobre o clima urbano. O subsistema mais pesquisado foi o Termodinâmico, em todos os tipos de pesquisa. Espera-se que esta dissertação possa servir de subsídio para formulação de políticas públicas que incentivem novas pesquisas na área.
  • Dissertação
    Diagnóstico integrado da bacia hidrográfica do rio Jacu/PB-RN, Brasil: uso, ocupação e compartimentação Geoecológica
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-25) Lima, Marlon Nelo de; Farias, Juliana Felipe; http://lattes.cnpq.br/3431876696268959; http://lattes.cnpq.br/5742709706820571; Castelhano, Francisco Jablinski; Saraiva Júnior, João Correia
    Localizada na Região Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental (RHANO), a Bacia Hidrográfica do Rio Jacu (BHRJ) ocupa uma área total de 2.842,5 km2, pertencentes aos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Esse contexto interestadual proporcionou a BHRJ não ser contemplada de forma integrada, apenas parcial, nos relatórios estaduais de recursos hídricos; se referindo, especificamente, às partes que abrangem cada estado, o que inviabiliza o conhecimento das suas potencialidades, assim como, sobre as suas limitações. Levando-se em consideração à problemática destacada acerca da área de pesquisa, esta Dissertação de Mestrado tem como objetivo geral realizar um diagnóstico integrado da Bacia Hidrográfica do Rio Jacu/PB-RN, Brasil; levando em consideração as suas formas de uso e ocupação, bem como, o seu suporte natural para o desenvolvimento dessas atividades humanas. Ademais, a presente pesquisa foi desenvolvida com base na concepção teórico-metodológica da Geoecologia das Paisagens, que foi sistematizada nas fases de: organização e inventário, análise, diagnóstico e propositiva. Além disso, o diagnóstico da BHRJ foi realizado sob duas perspectivas Geoecológicas: a) o enfoque histórico-antropogênico: onde foram identificadas 18 classes de uso e ocupação de acordo com o MapBiomas (2022), sendo estas sistematizadas de acordo com o nível II do SCUT (IBGE, 2013); e b) o enfoque estrutural: onde enfatiza a regionalização físico-geográfica, que consiste na análise e classificação dos complexos individuais das Paisagens. Com base nos seus domínios morfoesculturais, que corresponde aos seus principais compartimentos geomorfológicos, assim como, nas suas formas de uso e ocupação, as unidades geoecológicas compartimentadas na BHRJ, são: Unidade Planalto Cuités (UPCs); Unidade Maciço Residuais da Bica (UMRB); Unidade Piemonte Sertanejo (UPSt); Unidade Tabuleiro Canavieiro (UTCn) e a Unidade Planície das Guaraíras e Aquicultura (UPGAq). Com base nos dados levantados, a BHRJ apresenta uma população total de 177.038 habitantes. No setor agropecuário, a produção de cultivos temporários alcança cerca de 929.031 toneladas, seguida de 5.241 toneladas nos cultivos permanentes. Na criação de animais de grande, médio e pequeno porte, a BHRJ apresenta um quantitativo de 515.402 cabeças. No tocante ao saneamento básico, a bacia apresenta uma média de sua rede urbana com esgotamento adequado de apenas 24%. Desta forma, de acordo com seus aspectos naturais e socioeconômico, como principais potencialidades da bacia, destacamos os setores de: Agropecuária; Extrativismo; Turismo; Ecoturismo; Arqueologia; Produção de Energia Eólica; Mineração; Construção Civil; Pluviosidade; Irrigação e Aquicultura. Como principais limitações, se destacam os aspectos de: Susceptibilidade à Erosão; Estresse Hídrico; Baixa capacidade de retenção de água; Salinização dos solos; Baixa fertilidade dos solos e Risco de inundações de águas continentais e costeiras. Além disso, os principais problemas ambientais identificados na BHRJ foram: Baixo índice de tratamento de esgoto; Desmatamento de Encostas; Erosão dos solos; Ocupação irregular das margens fluviais; Assoreamento; Poluição dos corpos hídricos. Portanto, esses aspectos nortearam as propostas de planejamento ambiental para a BHRJ, em que, no total, são elencadas 22 propostas, sendo 5 de caráter geral, que contemplam aspectos mais abrangentes. Em síntese, as demais, são distribuídas de acordo com as zonas da bacia, tendo o alto curso com 6 proposições; o médio curso com 7; e o baixo curso com 4.
  • Dissertação
    Rotas de fuga da aridez: o sertão cinemático de Lírio Ferreira
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-17) Dantas, Airon Sarug Ferreira; Costa, Maria Helena Braga e Vaz da; https://orcid.org/0000-0002-3604-1483; http://lattes.cnpq.br/5114110813711387; https://orcid.org/0000-0002-7588-7123; http://lattes.cnpq.br/2478686806293481; Dantas, Eugênia Maria; http://lattes.cnpq.br/6296149707446296; Gomes Júnior, Gervásio Hermínio
    Esta dissertação se debruça sobre a diversidade temática e estética do cinema pernambucano surgido a partir dos anos 1990, com foco nos filmes Baile Perfumado (1996), Árido Movie (2005) e Acqua Movie (2019), dirigidos por Lírio Ferreira. Sob a ótica da ciência geográfica, o trabalho investiga como as narrativas ressignificam o sertão, explorando suas dimensões simbólicas, afetivas e temporais a partir de determinados caminhos. Esses caminhos são chamados de rotas de fuga, onde o estudo revela como os filmes oferecem visões multifacetadas do semiárido, articulando questões culturais, históricas e ambientais. Ao unir Cinema e Geografia, a pesquisa questiona estereótipos, propondo o sertão como um espaço narrativo complexo, onde os metatemas propõem as rotas que ampliam as interpretações e renovam o imaginário acerca da região. São explorados alguns aspectos como a construção do discurso e da paisagem do sertão cinematográfico, o desafio às concepções tradicionais e a contribuição das tramas imagéticas para um conhecimento geográfico mais profundo do Nordeste brasileiro. Para isso, a fundamentação teórica utiliza diferentes conceitos e categorias para se examinar o cinema como dispositivo geográfico. Autores como Deleuze (2007) e Aumont (1994) discutem seus paradigmas dos filmes como meio de construção de narrativas socioespaciais e representações da realidade. O cinema é visto também como ferramenta para entender geografias (Claval, 2001; Costa, 2011; Gomes & Ribeiro, 2013) e como espaço relacional que reflete dinâmicas socioespaciais (Harvey, 2004, 2015). A paisagem é analisada enquanto representação cultural (Cosgrove, 1998), vinculada às práticas sociais e percepções subjetivas (Berque, 1998; Barbosa, 1999). No Brasil, o cinema é uma forma de resistência e reinterpretação cultural, especialmente no Nordeste e no sertão (Albuquerque Jr., 1999). Em termos metodológicos, investigamos as representações utilizando a análise fílmica, onde inicialmente decompomos o filme, descrevendo os planos, sequências, enquadramentos, cenas, ângulos, sons e composição de quadro, e reconstruímos a partir da compreensão dos elementos decompostos, integrando-os em uma abordagem que considera a interação entre espaço fílmico e geográfico, examinando paisagens, locações, estruturas narrativas, discursos e os movimentos de câmera. Como resultado, observamos que o cineasta transforma o semiárido nordestino em um universo dinâmico e pulsante de possibilidades, subvertendo as imagens tradicionais de miséria e desolação. Seus filmes revelam uma paisagem em constante metamorfose, onde as rotas de fuga da aridez, com suas durezas e fissuras, funcionam como espelhos das vidas e emoções que nele se entrelaçam. Através de uma poética visual, Ferreira configura a paisagem como um reflexo dos corpos, convidando o espectador a repensar o sertão não como um espaço de escassez, mas como um território de potência. As narrativas cinematográficas indicam que a aridez do sertão se apresenta como um campo criativo e um espaço narrativo dinâmico. Ao longo da trajetória dos personagens, como Benjamin Abrahão, Jonas, Cícero e Duda, o sertão não se dissolve, mas se reinventa, mantendo sua identidade ao mesmo tempo em que se caracteriza por uma ambiguidade entre rupturas e permanências. O sertão, embora profundamente vinculado às suas raízes históricas, se configurou como um espaço fértil, onde a aridez potencializa a força e a capacidade de transformação, evidenciando dinâmicas fundamentais para a singularidade da região e dos que nela habitam.
  • Dissertação
    Segregação e valorização do espaço urbano de Campina Grande - PB: um olhar para a Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) Jardim Europa
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-10-24) Attem, Gabriel Madureira; Salvador, Diego Salomão Cândido de Oliveira; https://orcid.org/0000-0001-5119-1888; http://lattes.cnpq.br/5656990960651016; http://lattes.cnpq.br/6019989089503728; Morais, Hugo Arruda de; Moraes, Demóstenes Andrade de
    Este trabalho analisa o processo de segregação e valorização do espaço urbano de Campina Grande - PB mediante a análise de uma Zona Especial de Interesse Social (ZEIS): o Jardim Europa. A delimitação das ZEIS é um instrumento da política urbana brasileira proposto para recuperar assentamentos precários por intermédio da regularização fundiária, regulações no uso e ocupação do solo e produção de habitação de interesse social considerando-se as especificidades da cidade e dos assentamentos. Não obstante, no caso do Jardim Europa, o que se observa são ações de interesse de agentes imobiliários, que intensificaram-se a partir de 2020, as quais não reverberam na produção do espaço conforme o bem-estar social. Desse modo, no trabalho é discutida a efetivação da política das ZEIS, com atenção para as práticas no espaço dos agentes do capital imobiliário. Para essa discussão, foram realizadas reflexões sobre a produção do espaço urbano e as ações dos agentes produtores desse espaço; a segregação urbana; e, a valorização imobiliária. Ademais, foram realizadas pesquisas de dados documentais e de campo, com registros fotográficos do Jardim Europa, a aplicação de questionários junto a moradores locais e a realização de entrevistas com os representantes do poder público, dos movimentos sociais e do setor imobiliário. Outrossim, dados estatísticos do Censo Demográfico foram coletados no acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para qualificar as análises sobre a segregação e a valorização do espaço urbano de Campina Grande. Os resultados alcançados com a pesquisa destacam que as ações do Estado não condizem com o direito à cidade e a justiça espacial, sobretudo, no que se refere às ZEIS, com a intensificação da segregação socioespacial no Jardim Europa. As ações do Estado são alinhadas com os interesses privados, reverberando na expansão urbana com o fundamento do lucro para os agentes desse capital. Assim, no Jardim Europa, a produção do espaço de acordo com os princípios de equidade e justiça social permanece inerte, ao contrário das diversas metamorfoses em favor das intencionalidades hegemônicas.
  • Dissertação
    Política, secas e algodão: a Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte e os usos do território
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-15) Araújo, Breno de Assis Silva; Barbosa, Jane Roberta de Assis; https://orcid.org/0000-0002-8424-5237; http://lattes.cnpq.br/7545246014722591; http://lattes.cnpq.br/7792809044097341; Dantas, Eugênia Maria; Ferreira, Ângela Lucia de Araújo; Pedrosa, Breno Viotto
    O desenvolvimento da rede ferroviária brasileira foi notoriamente vinculado ao escoamento da produção agrícola realizada no interior do território nacional desde o princípio das primeiras linhas. Nos estados que hoje compõem a região Nordeste, em geral, e no Rio Grande do Norte, em particular, o instrumento político de uso do discurso do “combate à seca” revestiu o propósito da construção das estradas de ferro como um dos elementos centrais das “obras contra as secas”. Dessa empreitada, intensamente promovida nas primeiras décadas do século XX, surgiu a Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte (EFCRGN), tida pelas oligarquias regionais que defendiam sua edificação como a infraestrutura que garantiria não apenas o arrefecimento dos efeitos causados pelas irregularidades climáticas, mas também o desenvolvimento econômico do estado. Do desígnio pronunciado inicialmente, esta ferrovia adquiriu outras atribuições no desenrolar dos anos que sucederam à sua inauguração em 1906. A historiografia da gênese das alterações nas funções atribuídas à EFCRGN demonstra que, por vezes, tais transformações estiveram alinhadas à interesses de elites locais e, em outras, mais vinculadas à projetos de orientação nacional. A partir disso, é possível questionar: como a EFCRGN refletiu as dinâmicas de poder entre as elites locais e o poder central na definição dos usos do território norte-rio-grandense? Isto posto, o objetivo desta pesquisa de dissertação é analisar como as interações entre o poder central e as elites locais influenciaram a utilização e o planejamento do território potiguar através do desenvolvimento e uso da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte entre 1872 e 1949. Para tal, elenca-se como princípio analítico os pressupostos da Geografia Histórica e a leitura do território usado como eixo norteador da investigação. Ainda no universo teórico-conceitual, promove-se a discussão sobre Situação Geográfica como categoria analítica e Federalismo como campo de disputa política. Todo o arcabouço conceitual foi confrontado com o exame de fontes diversas, que variam desde documentos e relatórios produzidos no âmbito governamental, aos jornais, revistas e demais registros produzidos no período estudado. A apreensão geral aqui emitida é a de que a maneira como o território potiguar foi usado econômica (fortemente vinculada ao algodão) e politicamente relacionado à Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte ao longo da primeira metade do século XX foi sempre determinado pelas aspirações das intervenções instituídas pelo governo federal, ou seja, o poder central. Por parte dos grupos oligárquicas locais, especificamente, e do governo estadual, de maneira geral, coube assimilar de que maneira suas intenções coadunavam com os propósitos nacionais. Nesse sentido, a “autonomia” proporcionada pelo federalismo brasileiro ficou, nesse caso, apenas no âmbito do discurso e da possibilidade de garantir alguma barganha. Do ponto de vista de projetos e administração, a União ditou de que forma seria utilizada a ferrovia enquanto objeto técnico, atrelando seu uso a interesses políticos e econômicos.
  • Dissertação
    Dinâmica geoespacial das usinas de energia eólica e solar fotovoltaica no nordeste brasileiro (1998-2023)
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-29) Simonetti, Thiago França; Sousa, Silvio Braz de; https://orcid.org/0000-0002-9776-3295; http://lattes.cnpq.br/5542860613403348; http://lattes.cnpq.br/6677067190885044; Amorim, Rodrigo de Freitas; http://lattes.cnpq.br/9294061567973701; Moura, Francisco Aracildo de
    A transição energética contemporânea surge como resposta às demandas de um mundo em transformação. O Brasil é protagonista nesse cenário e a região Nordeste desponta como o principal expoente da transição energética no território brasileiro. A área, destaca-se por suas condições naturais propícias para a geração de energia elétrica a partir de matriz eólica e solar, fazendo com que seja possível se observar, ao longo de todo o primeiro quarto do século XXI, uma franca expansão de usinas de geração de energia desses segmentos. A partir desse contexto, as inquietações e motivações para a execução deste trabalho são representadas pelas seguintes questões: quais foram os marcos que caracterizaram a implementação das usinas de energia eólica e solar no Nordeste brasileiro? Qual é a dinâmica de distribuição espacial das usinas de energia eólica e solar fotovoltaica no Nordeste brasileiro, durante o processo de implementação? E por fim, tendo como base as usinas já outorgadas e ainda não finalizadas, quais as perspectivas para a evolução do processo de implementação das usinas de matriz eólica e solar fotovoltaica no Nordeste brasileiro? A fim de elucidar tais questões, o objetivo principal desta dissertação é desenvolver uma caracterização do processo de implementação das centrais geradoras de energia eólica e solar fotovoltaica no Nordeste brasileiro, tendo como eixo, a análise geoespacial por meio da representação cartográfica. Para tanto, lança-se mão de técnicas de análise de densidade de pontos, a fim de se compreender a dinâmica da distribuição espacial dessas usinas ao longo do período estudado. Como resultado, foi proposta uma periodização para o processo de implementação de tais usinas, tendo como base cinco marcos temporais. Bem como, pode ser observado, que as usinas de matriz solar fotovoltaica possuem um padrão de distribuição espacial tendendo à dispersão, enquanto as usinas de matriz eólica apresentam um padrão de distribuição mais concentrado. Ademais, nota-se há em curso uma transição gradual no cenário de protagonismo entre as duas fontes de energia estudadas. O número de empreendimentos já outorgados, no Nordeste brasileiro, em dezembro de 2023, sugere que a quantidade de usinas e em consequência a capacidade de energia gerada, a partir de matriz solar fotovoltaica, se sobrepõe em números significativos as produções de energia de matriz eólica, a partir de 2024.
  • Dissertação
    Segurança hídrica: infraestrutura de abastecimento e modelagem de criticidade municipal
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-27) Santos, Daniel Carlos Alves; Sousa, Silvio Braz de; https://orcid.org/0000-0002-9776-3295; http://lattes.cnpq.br/5542860613403348; https://orcid.org/0000-0002-8909-4562; http://lattes.cnpq.br/1038961031054175; Gontijo Júnior, Wilde Cardoso; Almeida, Lutiane Queiroz de
    A segurança hídrica de uma país se dá quando sua população tem acesso sustentável a quantidades adequadas de água de qualidade para o desenvolvimento em diferentes setores. No contexto brasileiro, em que temos uma grande diversidade climática, de biodiversidade e cobertura e uso da terra, medidas que visam garantir as condições mínimas de acesso a água de qualidade e à promoção da segurança hídrica são institucionalizadas desde a Política Nacional de Recursos Hídricos (1997) até o Plano Nacional de Segurança Hídrica (2019). Nesse sentido, faz-se necessário destrinchar diferentes variáveis da questão hídrica, de maneira a criar cenários que nos permitam modelar e analisar a criticidade municipal nessa temática. Assim, este trabalho tem por objetivo compreender a criticidade dos municípios brasileiros quanto a satisfação de demandas por recursos hídricos e relacionar a emergência das intervenções estratégicas (concluídas, em obras e planejadas) existentes no PNSH. Para isso, utiliza-se metodologia baseada na modelagem espacial, com suporte nos Modelos de Estatística Espacial e Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE) e Autocorrelação Espacial Local com clusters e outliers. Essas abordagens mostram-se importantes, principalmente, quando se pretende compreender a reverberação territorial de diferentes variáveis. Dessa forma, delineouse o panorama da segurança hídrica brasileira a partir da recorrência de desastres deflagrados por eventos extremos (seca, estiagem, inundação e enxurrada), pelo comprometimento de mananciais para abastecimento municipal (balanço hídrico quantitativo), pela dinâmica de consumo de água para o desenvolvimento de diferentes atividades produtivas e segmentos sociais, pela dependência de comunidades rurais pelo abastecimento da Operação Carro-Pipa (OCP) e pela existência de intervenções estratégicas do PNSH em diferentes tipos (barragem, canal, eixos de integração e adutoras). A partir desse panorama, entre o total de municípios brasileiros, identificou-se dois em situação “muito crítica”, 1.263 municípios em situação “crítica” e 595 municípios em estado “preocupante”. Para 627 municípios brasileiros, prevê-se um montante de R$ 37,9 bilhões, com investimento per capita de R$ 610,10 reais voltados para o desenvolvimento de infraestruturas hídricas estratégicas, localizadas principalmente na região Nordeste do Brasil.
  • Dissertação
    A geodiversidade dos Geossítios de Currais Novos: elemento de (re)conhecimento territorial das comunidades locais
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-03-20) Simões, Joanderson Fernandes; Lima, Zuleide Maria Carvalho; Ribeiro, Simone Cardoso; https://orcid.org/0000-0002-6971-9801; http://lattes.cnpq.br/1283103005046733; http://lattes.cnpq.br/6160181152372276; Farias, Juliana Felipe; Nascimento, Marcos Antônio Leite do; http://lattes.cnpq.br/5356037408083015; Maciel, Ana Beatriz Câmara
    O Seridó Geoparque Mundial da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) compreende um território com seis municípios, no semiárido no Estado do Rio Grande do Norte, sendo estes: Acari, Carnaúba dos Dantas, Cerro Corá, Currais Novos, Lagoa Nova e Parelhas, abrangendo uma área total de 2.800 km². Trata-se de um verdadeiro testemunho dos últimos 600 milhões de anos e conta a história da Terra, sendo representado por diversos elementos físicos e humanos que, juntos, apresentam para a comunidade (e para o mundo) um patrimônio geológico de beleza singular. Esta pesquisa tem como recorte de estudo o município de Currais Novos/RN, dispondo de um vasto potencial científico, natural, histórico e cultural. Os seus cinco geossítios (Lagoa do Santo, Pico do Totoró, Morro do Cruzeiro, Mina Brejuí e Cânions dos Apertados) são agraciados com elementos da Geodiversidade e, nos seus entornos, são habitados por comunidades e seus saberes singulares. Dessa forma, tem-se como objetivo disseminar o conhecimento geocientífico do território do Geoparque Seridó, no município de Currais Novos, a partir do olhar e da participação da população local, bem como apontar um possível pedossítio que apresenta características de raridade no seu território. Metodologicamente, os trabalhos foram frutos de atividades de gabinete – com estudos de embasamentos teórico-conceituais; atividades de campo – realização de oficinas de divulgação e popularização de conhecimento geocientífico, bem como aplicações de questionários com a população local; e atividades de pós-campo, envolvendo análise e correlação de dados e experiências adquiridas. Os resultados evidenciam a potencialidade do município de Currais Novos na temática da Geodiversidade, bem como o papel potencializador exercido por moradores que convivem nas proximidades dos Geossítios em pesquisas nas áreas de Geociências. Ainda, aponta que o Geoparque Seridó apresenta locais raros do ponto de vista científico e do patrimônio pedológico, como é o caso dos Tecnossolos que estão em formação no Geossítio Mina Brejuí.
  • Dissertação
    Construções identitárias do k-Pop e suas manifestações territoriais em Natal (RN)
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-26) Xavier, Maxwell Cavalcanti; Dozena, Alessandro; https://orcid.org/0000-0001-9910-5715; http://lattes.cnpq.br/1811716812760920; http://lattes.cnpq.br/2232092803975266; Morais, Hugo Arruda de; http://lattes.cnpq.br/9546392459265148; Ó Filho, Antônio Carlos Queiroz do
    Korean Pop Music, mais conhecido como K-Pop, trata-se de um estilo musical que teve sua ascendência a partir da década de 1990, trazido pelo Hallyu ou Onda Coreana. A identidade de um grupo de pessoas que performam socialmente determinado gênero musical – neste caso o K-Pop – reverbera diretamente nos territórios em que os mesmos experienciam a sua vivência. A presente pesquisa possui como objetivo geral analisar como o fenômeno K-Pop é territorializado na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, diante da relação identitária da cena K-Popper no espaço urbano. A metodologia está estruturada em fundamentação teórica, no qual entendo o conceito de território que é trabalhado por autores como Souza (2000) e Silva (2013), ciberespaço por Silva (2013), socialidade com Maffesoli (1998) e Lemos (2002), identidade desenvolvido por Hall (2005) e Crozat (2016), corporeidade com Santos (1996) e Dozena (2016) e cena musical com Vasconcellos (2011); e procedimentos metodológicos, que é dividido em momentos: no primeiro momento do desenvolvimento da dissertação, foi realizada a pesquisa bibliográfica. Na sequência, houve a imersão em campo, na perspectiva da observação participante, quando passei a acompanhar os espaços onde ocorrem as socializações dos grupos de fãs de K-Pop em Natal, englobando parques, praças e eventos voltados a música coreana - com maior destaque para os eventos relacionados à cultura asiática. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas embasadas em um conjunto de perguntas que nortearam a coleta de dados. Em paralelo, foi realizado a metodologia de netnografia, com o objetivo de compreender as demarcações territoriais exercidas pela cena musical K-Popper no espaço digital. Esses momentos assumiram papel central na pesquisa, uma vez que houve o contato e a coleta de dados empíricos relacionados ao fenômeno, buscando-se obter informações sobre os indivíduos e a comunidade de maneira profunda. Em um terceiro momento, houve a análise dos dados coletados, dialogando diretamente com as teorias e os conceitos escolhidos. No primeiro capítulo do desenvolvimento intitulado “O florescer do pop coreano: A gênese do K-Pop e sua difusão no Brasil”, busco apresentar a estruturação do estilo musical na Coréia do Sul, bem como o início do processo de espacialização no Brasil e os principais eventos da música coreana no país. No segundo capítulo chamado “No meio virtual o estilo floresce: relações entre o ciberespaço e os kpoppers potiguares” é discutido os principais espaços digitais utilizados pelos fãs da música sul-coreana e as principais relações estabelecidas pelos membros da comunidade musical que reside em Natal. O último capítulo do desenvolvimento “A capital potiguar e suas multifaces: dimensões socioespaciais do K-Pop em Natal”, discorro as principais relações estabelecidas pelos k-poppers na cidade de Natal, bem como as relações identitárias promovidas pelo grupo.
  • Dissertação
    Paisagem, comunidade e território: diálogos de saberes e mapeamento participativo em Baía Formosa (RN)
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-02) Soares, Larícia Gomes; Farias, Juliana Felipe; http://lattes.cnpq.br/3431876696268959; https://orcid.org/0000-0001-8731-8780; http://lattes.cnpq.br/3746719015783117; Nogueira, Sheila Kelly Paulino; Troleis, Adriano Lima; http://lattes.cnpq.br/8830982074139789; Costa, Natane Oliveira da
    O município de Baía Formosa, localizado no estado do Rio Grande do Norte, apresenta problemas socioambientais e conflitos ligados ao uso dos seus recursos naturais. A utilização diversa de cada porção do território por diferentes agentes, especialmente na última década, ressalta mudanças, impactos e conflitos nessa área. Diante desse contexto, a presente pesquisa tem como objetivo elaborar o mapeamento participativo do município, ressaltando potencialidades e problemas/limitações, por meio da leitura da paisagem e do uso diverso dos recursos naturais presentes no território. Para isso, três núcleos são focos nesta análise enquanto grupos participantes do estudo: agentes representativos da sede urbana e dos distritos Pituba e Vila da Usina; a comunidade indígena Sagi Jacu, e o núcleo representativo de pescadores. Quanto ao aporte téorico-metodologico, a pesquisa tem como bases principais a Geoecologia das Paisagens e Cartografia Social, onde se destacam autores como Farias (2012, 2015), Rodriguez e Silva (2018), Acselrad e Coli (2008), Gorayeb, Meireles e Silva (2015), Costa (2016, 2021), entre outros. Em termos metodológicos, o estudo se pauta em quatro fases inerentes à Geoecologia das Paisagens, que foram adaptadas para a pesquisa, são elas: fase de organização e inventário, fase de análise, fase de diagnóstico, e fase propositiva, as quais, ocorrem alinhadas à tríade da Cartografia Social: investigação-ação-participação. Como resultado, foi realizado o mapeamento participativo social da sede urbana do município, assim como, do distrito Pituba, Sagi, Vila da Usina e aldeia Sagi Jacu, todos com ênfase nas potencialidades e problemas identificados nas localidades, além da elaboração coletiva de propostas de mitigação e melhores usos dos recursos naturais. Ademais, foi produzido um mapa social de pesca, ressaltando essa atividade tradicional que marca a história de município. Desse modo, o mapeamento participativo de Baía Formosa não se apresenta apenas como uma ferramenta técnica, mas sim, um processo que promove a conexão entre a comunidade e seu território, conhecimento científico e os saberes tradicionais. Portanto, espera-se que as análises e produtos advindos da pesquisa possam auxiliar o município, a compreender e investir em suas potencialidades respeitando suas limitações, mitigando problemas e conflitos, com o fim de conquistar uma relação entre atividades humanas e capacidade de suporte do meio mais harmônica e compatível com a realidade local.
  • Dissertação
    Práticas cotidianas: a invenção do bairro de Cidade Nova, Natal - RN
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-15) Silva, Emilly Domingos da; Dantas, Eugênia Maria; http://lattes.cnpq.br/6296149707446296; https://orcid.org/0000-0001-7165-5352; http://lattes.cnpq.br/3721091825564331; Melo, Evaneide Maria de; Morais, Hugo Arruda de; http://lattes.cnpq.br/9546392459265148
    O cotidiano é uma experiência que tece o viver do ser humano. Atravessando a escrita do dia a dia, o cotidiano narra as múltiplas camadas de subjetividades enredadas no lado prosaico e poético do viver. O movimento entre o prosaico e o poético cria a geopoética espacial com caminhos e bifurcações que evidenciam à realidade a partir da dinâmica das práticas espaciais, cuja unidade se mostra, de modo singular, no bairro. Nesse quadro, tem-se como objeto de estudo o bairro de Cidade Nova, localizado na Zona Oeste de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Esse bairro carrega em sua trama espacial cotidiana escritos diversos, porém, em grande medida, tem sido identificado pelo enredo do crime e do medo, o que leva os estudos a acentuarem elementos de estigmatização espacial. Nesta pesquisa, colocamos em questão o que é o cotidiano do bairro como central, para atenuar esse enredo, trazendo à tona as múltiplas afetações que passam a fragmentar e marcar as tramas cotidianas. Diante do exposto apresenta-se como objetivo central, descrever o bairro Cidade Nova, considerando o cotidiano imbricado as práticas espaciais. Essa pesquisa pauta-se metodologicamente na perspectiva complexa, em que o cotidiano e as práticas espaciais se mesclam como categoria, conceito e recorte analítico, sendo guiados pelos movimentos imbricados de lembrança e esquecimento e as trajetórias de um caminhante metafórico, inspirado na figura do deus Atlas que apreende, dissipa, dissemina amores, sofrimentos, medos e esperanças encravadas no espaço e que tecem dia a dia do habitante de Cidade Nova. Para acessar tal cotidiano foi efetuado o projeto de extensão “A geo-história não contada sobre o vivido espacial no bairro de Cidade Nova, Natal-RN”, na Escola municipal Professora Emília Ramos onde foi elaborado a cartografia do cotidiano, que dar luz as subjetividades, desvios, desejos e táticas dos moradores do bairro de Cidade Nova.
  • Dissertação
    A construção de um pensamento geográfico periférico na perspectiva de Euclides da Cunha
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-15) Silva, Alyne Karollayne Melquiades Souza da; Morais, Hugo Arruda de; http://lattes.cnpq.br/9546392459265148; http://lattes.cnpq.br/4403031821161244; Dantas, Eugênia Maria; http://lattes.cnpq.br/6296149707446296; Castilho, Cláudio Jorge Moura de
    Esta pesquisa debruça-se sobre a temática do Pensamento Geográfico Periférico, tendo a obra de Euclides como referência de análise. Com a Independência do Brasil, em 1822, surgia a necessidade de um sentimento nacionalista que justificasse a ideia do novo Estado-Nação, assim como, que fosse responsável por gestar elementos que configurassem uma certa brasilidade. Nesse caminho, diversos intelectuais, intitulados de “escritores-cidadãos”, tomaram para si a responsabilidade de constituir uma interpretação da formação da sociedade e do território, apontando a singularidade nacional. Dentre várias obras e literatos do período, se destacam os livros Os Sertões e À Margem da História, de Euclides da Cunha, uma vez que foram responsáveis por gerar uma perspectiva de saber histórico e geográfico, além de carregarem em seu cerne uma leitura do Brasil, a partir de seu território e suas diferenciações. Ao mesmo tempo, compreende-se que esses escritos carregam um saber centrado em uma forte dimensão espacial. Tendo em vista tais observações, chamamos a atenção para a questão central que norteia a presente pesquisa: em que medida a dimensão espacial presente em Euclides da Cunha possibilitou a construção de um Pensamento Geográfico Periférico no Brasil? Com base neste questionamento norteador, tem-se como objetivo principal analisar a dimensão espacial na literatura possibilitou a construção de um Pensamento Geográfico Periférico no Brasil, em específico, nas obras de Euclides da Cunha. Os procedimentos metodológicos assumidos pautaram-se, principalmente, em pesquisas bibliográfica e documental. Nesse processo, ainda destacamos que a análise das obras Os Sertões e À Margem da Histórica tomou como caminho interpretativo os “elementos de compreensão” apontados por Cândido (2000; 2006), os quais consistem em um estudo aprofundado sobre os aspectos referente aos fatores externos, ao autor, e, por fim, à obra. Como resultado desta pesquisa, observou-se que o literato discorreu de forma profícua sobre elementos que perpassavam a formação territorial do Brasil a partir de duas regiões centrais, o Sertão nordestino e a Selva Amazonense, representados respectivamente por Canudos e pelo Alto Purus, assim como contemplou uma visão da formação territorial do Brasil. Nessa perspectiva, percebeu-se que havia uma profunda disparidade entre as regiões do Norte e do Sul, que perpassava os aspectos sociais, econômicos e geográficos do país.
  • Dissertação
    Mobilidade espacial da população: fluxos pendulares entre os municípios do Rio Grande do Norte
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-10-30) Paixão, Maria Josiane da; Barbosa, Jane Roberta de Assis; https://orcid.org/0000-0002-8424-5237; http://lattes.cnpq.br/7545246014722591; https://orcid.org/0000-0002-4116-7443; http://lattes.cnpq.br/5746549688295198; Santos, Aline Lima; Azevedo, Francisco Fransualdo de; http://lattes.cnpq.br/2719998085102847; Medeiros, Sara Raquel Fernandes Queiroz de
    A mobilidade espacial da população envolve o movimento de pessoas no tempo e no espaço. Para auxiliar na abordagem deste tema, a pesquisa apoia-se na teoria do espaço geográfico, de Milton Santos (2006). Esta pesquisa visa analisar os fluxos pendulares no Rio Grande do Norte – deslocamentos diários que não envolvem mudança de residência – em direção à capital. Dados do censo demográfico de 2010 mostram que a capacidade de atração populacional de Natal ultrapassa seus limites territoriais e influencia os municípios próximos; enquanto aqueles menores e mais distantes são áreas menos atrativas, têm pouco dinamismo econômico e nem sempre ofertam cursos de ensino superior, cursos técnicos e médio, o que motiva, em grande parte, os deslocamentos pendulares, especialmente entre os municípios da RIMN. Como metodologia, foi utilizada uma revisão bibliográfica, documental e empírica com abordagem qualiquantitativa, numa perspectiva descritiva e explicativa do fenômeno e dos fatos. Trata-se de um estudo amostral não proporcional, o qual se amparou na aplicação de questionários em campo e por meio das redes sociais, este último procedimento amparou-se no método bola de neve. A pesquisa de campo identificou o perfil sociodemográfico, as motivações e a origem do destino daquelas pessoas que realizam deslocamentos pendulares dos municípios da RIMN em direção à capital. Os dados do censo demográfico de 2010, com base nas variáveis Trabalho e Estudo, junto aos resultados da pesquisa empírica, colaboram para uma ampla discussão acerca da dinâmica dos deslocamentos intermunicipais nos municípios da RIMN. Com os questionários aplicados, pode-se conhecer especificidades da realidade dos fluxos, o que possibilitou apresentar quem são essas pessoas e entender como se configuram esses deslocamentos pendulares em direção a Natal. Além disso, ao comparar com dados do IBGE, este estudo enfatizou que, embora a pesquisa tenha mais de 10 anos, os municípios com maior número de fluxos permanecem sendo: Parnamirim, São Gonçalo, Extremoz, Macaíba, Ceará-Mirim, todavia a novidade foi a inserção de Poço Branco como o terceiro município com maior número de deslocamentos em direção a Natal. Os dados evidenciam que, atualmente, há uma maior dinamicidade na mobilidade espacial intermunicipal, isso tem sido viabilizado pela desconcentração das atividades produtivas, a nova divisão territorial do trabalho, associado às facilidades de locomoção, de forma que isso tem interferido e alterado as distâncias dos fluxos no espaço e tempo. Entretanto, essas mudanças ainda estão permeadas por problemas sociais, como desemprego, dificuldades em acesso a serviços essenciais, elevado preço do solo urbano em áreas mais centrais, entre outros. Tais pontos têm favorecido maior incidência de deslocamentos pendulares, que têm sido vistos como escapes para buscar melhores condições de sobrevivência.
  • Dissertação
    Rio Araguaia: identidade sociocultural e os geossímbolos em Conceição do Araguaia - Pará
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-08-25) Parente, Ester Brito; Silva, Anelino Francisco da; http://lattes.cnpq.br/1121335958524063; https://orcid.org/0000-0002-0849-3159; http://lattes.cnpq.br/2363437671873648; Dantas, Eugênia Maria; http://lattes.cnpq.br/6296149707446296; Dantas, Geovany Pachelly Galdino
    Em diferentes contextos, o rio Araguaia influenciou o cotidiano da população que vive, viveu e vivenciou Conceição do Araguaia/PA, revelando muito das histórias e das geografias do lugar.Na vida e no imaginário dos indígenas, sertanejos, dominicanos, extrativistas, pescadores, barqueiros ou comerciantes, entre outros sujeitos que fizeram/fazem parte deste espaço-tempo, o Araguaia é percebido e representado de formas distintas. Logo, cada qual desses grupos possuem uma relação identitária particular com o rio. Ainda que sejam construídas diferentes identidades (e consequentemente, diferentes “lugaridades”), e embora o Araguaia seja percebido de múltiplas formas, consideramos que cada qual desses sujeitos que vivenciaram Conceição do Araguaia, poderiam construir simbolismos e afetividades com esse espaço das águas.Diante disso, como objetivo deste estudo, buscamos compreender a relação identitária dos moradores de Conceição do Araguaia/PA com o rio e as possibilidades de percebê-lo enquanto um geossímbolo.Para alcançar tal objetivo foram realizados levantamentos bibliográficos e documental, trabalho de campo no qual foram possíveis realizar entrevistas exploratórias, registro de fotografias e observações participantes, tais procedimentos possibilitaram construir uma descrição densa a respeito do objeto de estudo.Realizando uma leitura mais ampla a respeito daqueles que fizeram parte dos processos que levam a formação de Conceição do Araguaia, é preciso considerar a pluricidade cultural ao longo desse recorte espaço-temporal que parte desde o final do século XIX até os dias de hoje.Cada qual desses sujeitos inscreve seus símbolos e signos, deixando marcas efêmeras e duradouras ao longo do percurso deste rio. São grupos sociais que compartilharam um mesmo tempo-espaço, mas que percebe o rio a partir de olhares quase sempre distintos. A paisagem, é, portanto, formada por camadas socioculturais. A variedade de sujeitos que vivenciaram a cidade resulta em identidades pluriculturais e que estão em consonância com as diferentes temporalidades e espacialidades vividas por esses sujeitos, repercutindo diretamente em suas percepções sobre o rio Araguaia. Portanto, ainda que se trate de múltiplas percepções, é possível dizer que a presença viva do rio na vida dessas pessoas, faz dele, um geossímbolo.
  • Dissertação
    Caracterização das morfologias cársticas do metacalcário do Vale do São Romão, Ceará-Brasil
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-11-30) Araújo, Carlos Renir Soares de; Sousa, Silvio Braz de; https://orcid.org/0000-0002-9776-3295; http://lattes.cnpq.br/5542860613403348; http://lattes.cnpq.br/3547512619372319; Amorim, Rodrigo de Freitas; http://lattes.cnpq.br/9294061567973701; Jesus, Cleberson Ribeiro de
    Este trabalho efetua uma caracterização da morfologia cárstica presente na região do Vale do São Romão, entre os municípios de Altaneira e Farias Brito, estado do Ceará. A região se encontra inserida no contexto geológico e tectônico da porção setentrional da Província da Borborema, Domínio Rio Grande do Norte. Trata-se de uma região de clima semiárido, que apresenta um conjunto de formas típicas constituídas em metacalcários, tais como os lapiás, que se encontram expostos à superfície e compõem a paisagem das vertentes do Vale do São Romão. Com o objetivo de caracterizar as referidas feições presentes na região, o trabalho visa entender os aspectos morfológicos das feições presentes na região, além de descrevê-las e mapeá-las. A metodologia da pesquisa se baseou em quatro etapas, a pesquisa bibliográfica, trabalho de campo e mapeamento, subsidiando a compreensão e descrição da dinâmica das formas e processos da litologia em estudo. A área de estudo é parte integrante da depressão sertaneja, com a presença de um grande maciço (serra do Quincuncá), sendo comum a presença de cristas residuais, estruturadas nos metacalcários e uma morfoestrutura com forte influência de lineamentos estruturais. A gênese e evolução do carste da região ocorreu pela ação conjunta de fatores exógenos, tais como a umidade e temperatura, condições que não estão presentes nos dias atuais. Por conta das temperaturas elevadas e baixos índices de umidade ao longo do ano, a morfologia cárstica da região é reflexo de uma formação em condições climáticas pretéritas. Estas feições, possuem uma gênese particular, necessitando de climas propícios, com grande aporte de umidade, temperaturas elevadas e componentes mineralógicos ideais para dissolução/erosão, como a calcita e dolomita. As morfologias mais comuns identificadas na área, fazem parte do carste exógeno, com a presença de paredões lapiezados, lapiás em caneluras, campo de lápias e blocos exumados, mas também, o endocarste, com a presença de cavernas e condutos calcários.
  • Dissertação
    Macrossistema hídrico e os seus efeitos no território de Jati, Ceará
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-10-27) Pereira, Jeremias Rocha; Barbosa, Jane Roberta de Assis; https://orcid.org/0000-0002-8424-5237; http://lattes.cnpq.br/7545246014722591; http://lattes.cnpq.br/1975312302623309; Medeiros, Sara Raquel Fernandes Queiroz de; https://orcid.org/0000-0003-0712-6135; http://lattes.cnpq.br/5457263655417572; Nobre, Francisco Wlirian; Silva, Rafael Pereira da; Silva, Silvana Cristina da
    No Brasil, diversos projetos e iniciativas de cunho político, nas esferas federal e estadual, vêm sendo desenvolvidos ao longo da história direcionados a mitigar problemas decorrentes de graves períodos de estiagem registrados na região Nordeste. Como exemplo, temos o Programa de Açudagem, que surgiu como alternativa de curto e médio prazo, beneficiando estados da região Nordeste, dentre os quais se destaca o Ceará – com regime chuvoso menos privilegiado, tendo quase todo o seu território no polígono das secas. Ele possui 12 bacias hidrográficas, tendo a do Jaguaribe como a mais importante, que é composta por três bacias (alto, médio e baixo Jaguaribe); juntas, possuem aproximadamente 54% da capacidade de armazenagem de água do estado (CEARÁ, 2015). Sobre o prisma de uma gestão hídrica eficiente, as obras hídricas de transposição Projeto de Integração do Rio São Francisco, com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF) e o Cinturão da Águas do Ceará (CAC), vêm deixando efeitos e marcas nos territórios onde passam. Essas marcas e esses efeitos causam transformações e impactos socioambientais de forma direta e indireta. O que é percebido nesta lógica de ideias globais e ações locais são problemas ambientais e sociais que se manifestam localmente, deixando sua marca na paisagem urbana e rural, no meio ambiente e nos modos de vida, transformando e remodelando territórios de maneira particular a cada ação pensada e executada. Para alcançar nosso objetivo, que é compreender a relevância do macrossistema hídrico do estado do Ceará projetado/instalado no território de Jati e os seus efeitos na dinâmica socioambiental, realizamos uma pesquisa bibliográfica, em que destacamos as ideias de Santos (1993), Saboia (2015) e Brito (2016) que possam nos trazer inquietações e contribuições. Também, desenvolvemos a pesquisa documental, por meio da qual analisamos leis, projetos, decretos, documentos sobre projetos e políticas hídricas no Ceará e demais documentos acerca da questão hídrica no Nordeste e no Brasil. A pesquisa de campo constituiu outra etapa na qual observamos as obras hídricas no município de Jati e, ao mesmo tempo, por meio de entrevistas, conseguimos perceber as marcas, os efeitos e as transformações territoriais de tais obras. Por fim, os dados, registros e demais materiais foram organizados e analisados e isto nos permitiu investigar, de forma mais aprofundada e concisa, o que foi proposto em nossa pesquisa. Estes megaprojetos que fazem parte de um complexo macrossistema hídrico não são acompanhados de benefícios locais, sua idealização surge a partir do discurso da escassez hídrica e da necessidade de ofertar água para o consumo humano; sua materialização marca os territórios de forma permanente e diversa e sua serventia está relacionada a projetos econômicos e aos interesses do capital que fazem uso do discurso da seca, e a partir destes, legitimam seus interesses. Tais interesses, sendo extraterritoriais, deixam marcas locais, que carecem de ser pesquisadas e entendidas.
  • Dissertação
    Desigualdade sócio-espacial e deslocamentos urbanos: a dinâmica da cidade de Juazeiro do Norte: ceno período técnicocientífico-informacional
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-08-30) Mendes, José Alves; Salvador, Diego Salomão Cândido de Oliveira; https://orcid.org/0000-0001-5119-1888; http://lattes.cnpq.br/5656990960651016; http://lattes.cnpq.br/6625555810989731; Silva, Anieres Barbosa da; Morais, Hugo Arruda de; http://lattes.cnpq.br/9546392459265148
    O espaço urbano é um produto social e historicamente produzido. Nele existem variados processos estruturais que favorecem a espoliação. Tais processos são determinados pelo modo capitalista de produção do espaço, detidamente, do espaço urbano. A dinâmica da cidade de Juazeiro do Norte (CE) é desencadeada conforme esse modo de produção, pois, no período técnico-científico-informacional, os agentes hegemônicos do mercado agem por intermédio dos bancos, hipermercados, concessionárias, indústrias, Estado para explorarem o trabalho e configurarem o espaço de maneira seletiva. Assim sendo, Juazeiro do Norte protagoniza fluxos na Região Metropolitana do Cariri, por localizar fixos e mercado mais complexos do que as demais cidades da região. Além disso, a cidade de Juazeiro do Norte é caracterizada por desigualdade sócio-espacial, decorrente do encarecimento do solo urbano e de problemas para a mobilidade diária das pessoas, sobretudo, dos trabalhadores. Neste trabalho objetivamos analisar a dinâmica urbana de Juazeiro do Norte no período técnico-científico-informacional, considerando a desigualdade sócio-espacial e os deslocamentos diários no espaço urbano. Para isto, realizamos revisão bibliográfica, levantamento de dados históricos e estatísticos, produção de tabelas e gráficos e pesquisa de campo com entrevistas. Como resultados da pesquisa, enfatizamos que a produção do espaço urbano da cidade de Juazeiro do Norte é fundamentada no capital hegemônico, ampliada ou consolidada pela especulação imobiliária. Assim, a moradia, a infraestrutura básica, o transporte e os deslocamentos são comprometidos para a maioria da população. As pessoas que residem nos bairros mais afastados dos principais fixos, necessitam realizar longos deslocamentos diários, sujeitos ao transporte e à infraestrutura precários.
  • Dissertação
    Dinâmica costeira das praias urbanas: Areia Preta, Praia do Meio e Praia do Forte em Natal/RN, Brasil
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-08-14) Nascimento, Vandetania Xavier; Lima, Zuleide Maria Carvalho; Saraiva Júnior, João Correia; https://orcid.org/0000-0002-6971-9801; http://lattes.cnpq.br/1283103005046733; http://lattes.cnpq.br/2444749028764368; Costa, Diógenes Felix da Silva; https://orcid.org/0000-0002-4210-7805; http://lattes.cnpq.br/4149669138364420; Moura, Christianne Maria da Silva; Ferreira, Joyce Clara Vieira
    As zonas costeiras são áreas ecologicamente vulneráveis e frágeis (MUEHE, 1996). Essas espacialidades têm chamado atenção da sociedade que tem feito uso desordenado devido às oportunidades econômicas, pesqueiras, petrolíferas e turísticas, atividades estas, desenvolvidas sob uma ótica capitalista, a qual por muitas vezes, não conserva o meio natural. A área de estudo analisada compreende as praias de Areia Preta, praia do Meio e praia do Forte localizadas em Natal/RN. A pesquisa consiste do monitoramento da faixa de praia para a obtenção dos dados quantitativos e qualitativos com o objetivo de entender a dinâmica das praias. A mesma é embasada na teoria geossistêmica a qual permite fazer uma interpretação integrada da paisagem através da escala espacial de análise do geotópo (entre 1:50.000 e 1:15.000), definida pela fisionomia do geossistema de (BERTRAND, 1972). Os procedimentos metodológicos utilizados foram: levantamento bibliográfico, trabalho de campo nos meses de fevereiro, junho e outubro de 2022 e fevereiro de 2023, caracterização ambiental, levantamento topográfico, coleta de sedimentos, coleta de dados hidrodinâmicos e análise sedimentológica. Os resultados obtidos também foram correlacionados com dados do monitoramento realizado na área no ano de 2011. No presente trabalho foi verificado níveis diferentes de erosão nas três praias. Isto pode estar relacionada com a construção de espigões na praia de Areia Preta, pois estes podem estar retendo sedimentos e assim diminuindo o processo erosivo nas adjacências. Em contraste com isto, percebeu-se uma maior erosão nas praias do Meio e do Forte confirmando que o transporte natural de sedimentos realizados pela deriva litorânea no sentido Sul-Norte está sendo prejudicado pela construção dos referidos espigões. A pesquisa atual se configura como um conjunto de informações que pode auxiliar os gestores, autoridades públicas e a sociedade, sobre as tomadas de decisões voltadas para o monitoramento costeiro, cujo objetivo seja mitigar os riscos futuros e socioambientais extremos ao ambiente praial.
  • Dissertação
    Avaliação do patrimônio geomorfológico dos municípios de Guamaré e Galinhos - RN
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-06-26) Chagas, Matheus Dantas das; Diniz, Marco Tulio Mendonca; https://orcid.org/0000-0002-7676-4475; http://lattes.cnpq.br/3075753552167640; https://orcid.org/0000-0002-5788-8552; http://lattes.cnpq.br/3317498591154765; Lima, Zuleide Maria Carvalho; https://orcid.org/0000-0002-6971-9801; http://lattes.cnpq.br/1283103005046733; Guimarães, Thaís de Oliveira; https://orcid.org/0000-0002-2907-3209; http://lattes.cnpq.br/3653630048041115
    Os municípios de Guamaré e Galinhos, ambos localizados no estado do Rio Grande do Norte, destacam-se em âmbito nacional com suas exuberâncias e atrações turísticas, com ênfase ao município de Galinhos, que é um dos destinos turísticos de destaque não apenas nacional como também internacional. A Geodiversidade definida aqui como designação de elementos e processos abióticos, está nos holofotes desses municípios, por dar gênese e forma a belas paisagens neles existentes. A Geodiversidade aqui trabalhada, nem sempre foi uma ciência que esteve em evidência no âmbito acadêmico, pois percebe-se que por um determinado período a ciência pode ter dado maior ênfase no meio biótico, principalmente, quando tratamos de conservação da natureza. Assim, nos anos de 1990 teóricos começam a desenvolver estudos buscando inserir os elementos abióticos como elementos cruciais na conservação natural, colocando-os com o mesmo valor da biodiversidade. A Geodiversidade, após três décadas de múltiplas pesquisas e métodos desenvolvidos, hoje tornou-se uma área de estudo variado, dando ênfase a seus elementos de maiores destaques, denominados na literatura de Geopatrimônio, ressaltando que a investigação dará ênfase ao patrimônio geomorfológico, âmbito do Geopatrimônio. Assim, esta pesquisa tem como objetivo avaliar o patrimônio geomorfológico dos municípios de Guamaré e Galinhos, a partir das fichas de avaliação quantitativa e qualitativa do patrimônio geomorfológico desenvolvidas por Araújo (2021), Diniz, Araújo e Chagas (2021; 2022), pautado em revisão bibliográfica, trabalho de campo e, por fim, a realização de um mapa síntese do patrimônio geomorfológico da área de estudo. Para tanto, foi então delimitado os seguintes locais de interesse geomorfológico: a Ilha do Presídio, as praias do Minhoto/Amaro, e o Cabeço da Pescada, localizados no município de Guamaré; as praias do Farol/Galinhos, as Dunas do André, as Dunas do Capim e o eolianito de Galinhos, localizados no município de Galinhos; o Complexo Estuarino Galinhos-Guamaré, que está presente nos dois municípios ora investigados. A partir da avaliação quantitativa esses locais foram classificados em geomorfossítios e sítios da geodiversidade: sete deles foram classificados como geomorfossítios e um deles como sítio da Geodiversidade.