Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45654
Título: Associações entre a ingestão de nutrientes e fatores clínicos com a sobrevida de indivíduos com insuficiência cardíaca em seguimento ambulatorial
Autor(es): Torres, Núbia Rafaella Soares Moreira
Orientador: Evangelista, Karine Cavalcanti Mauricio de Sena
Palavras-chave: Insuficiência cardíaca;Consumo de alimentos;Micronutrientes
Data do documento: 17-Set-2021
Editor: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Referência: TORRES, Núbia Rafaella Soares Moreira. Associações entre a ingestão de nutrientes e fatores clínicos com a sobrevida de indivíduos com insuficiência cardíaca em seguimento ambulatorial. 2021. 77f. Dissertação (Mestrado em Nutrição) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.
Resumo: A inadequação na ingestão de nutrientes, além de fatores clínicos e antropométricos desfavoráveis, pode levar a piores desfechos em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). Esse estudo longitudinal retrospectivo teve como objetivo avaliar as prevalências de inadequações de micronutrientes, parâmetros clínicos e as associações com a sobrevida de 121 adultos e idosos com IC atendidos ambulatorialmente. Aplicou-se uma média de 3,4 Recordatórios de 24 horas para a avaliação do consumo habitual de micronutrientes. Os participantes foram divididos em grupos de deficiência moderada e alta, e em clusters de consumo, conforme avaliação individual da ingestão de cada micronutriente. Coletou-se dados sociobiodemográficos, clínicos, índice de massa corporal (IMC), e os desfechos clínicos (hospitalizações e mortalidade) ocorridos em 24 meses. As sobrevidas global e livre de eventos foram calculadas pelo Kaplan-Meier e as curvas comparadas pelo Log-Rank. Modelos de regressão de Cox foram construídos para identificar variáveis preditoras dos desfechos. Observou-se uma prevalência de 100% de inadequação da ingestão das vitaminas B1 e D, e de mais de 80% para as vitaminas B2, B9, E, e para o cálcio, magnésio e cobre. Não foram observadas diferenças na sobrevida global e na sobrevida livre de eventos entre os grupos de indivíduos com deficiência de micronutrientes moderada e alta (HR = 0,94; p = 0,91 e HR = 1,63; p = 0,26, respectivamente), e entre os Cluster de maior e menor consumo de cálcio, potássio, fósforo, magnésio e vitamina D (HR =0,94; p = 0,91 e HR = 1,08; p = 0,84), bem como quando a inadequação de micronutrientes foi avaliada isoladamente (todos p>0,05). O excesso de peso e a taxa de filtração glomerular >60 mL/min/1,73m2 apresentaram associações significativas com uma melhor sobrevida global (ambos p<0,05). Os modelos de regressão de Cox indicaram que a classe funcional da New York Heart Association (NYHA) III/IV é preditor independente da sobrevida global e livre de eventos, aumentando o risco de mortalidade (HR = 6,70 (2,21 – 20,29), p = 0,01) e de hospitalizações (HR = 5,64, p < 0,01). O peso adequado conforme IMC foi associado a melhor sobrevida global (HR = 4,53, p = 0,02). Conclui-se que indivíduos com IC atendidos ambulatorialmente apresentam altas prevalências de inadequação de micronutrientes. A classe funcional da NYHA e o IMC são preditores independentes da ocorrência de desfechos clínicos desfavoráveis em indivíduos com IC.
Abstract: Inadequate nutrient intake, in addition to unfavorable clinical and anthropometric factors, can lead to worse outcomes in patients with heart failure (HF). This prospective cohort study aims to assess the prevalence of inadequacies of micronutrients, clinical and anthropometric parameters, and associations with survival in 121 adults and elderly patients with HF treated in an outpatient clinic. An average of 3.4 24-hour recalls was used to assess the usual consumption of micronutrients. Participants were divided into moderate and high deficiency groups, and consumption clusters, according to individual assessment of the intake of each micronutrient. Sociobiodemographic, clinical and anthropometric data were collected, and clinical outcomes (hospitalization and mortality) occurred within 24 months. Overall and event-free survival were calculated by Kaplan-Meier and curves compared by Log-Rank. Cox regression models were built to identify outcome predictor variables. There was a 100% prevalence of inadequate intake of vitamins B1 and D, and more than 80% for vitamins B2, B9, E, and for calcium, magnesium and copper. There were no differences in overall survival and event-free survival between the groups of individuals with moderate and high micronutrient deficiency (HR = 0.94; p = 0.91 and HR = 1.63; p = 0.26, respectively), and between the Cluster with the highest and lowest consumption of calcium, potassium, phosphorus, magnesium and vitamin D (HR = 0.94; p = 0.91 and HR = 1.08; p = 0.84) as well as when the inadequacy of micronutrients was evaluated in isolation (all p>0.05). Overweight and glomerular filtration rate >60 mL/min/1.73m2 showed significant associations with better overall survival (both p<0.05). Cox regression models indicated that the New York Heart Association (NYHA) functional class III/IV is an independent predictor of overall and event-free survival, increasing the risk of mortality (HR = 6.70 (2.21 – 20 .29), p = 0.01) and hospitalizations (HR = 5.64, p < 0.01). Adequate weight according to BMI was associated with better overall survival (HR = 4.53, p = 0.02). In conclusion, individuals with HF treated in an outpatient clinic have a high prevalence of inadequacy of micronutrients. NYHA functional class and BMI are independent predictors of the occurrence of unfavorable clinical outcomes in individuals with HF.
URI: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45654
Aparece nas coleções:PPGNUT - Mestrado em Nutrição

Arquivos associados a este item:
Arquivo TamanhoFormato 
Associacoesentreingestao_Torres_2021.pdf1,57 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.