O amor à negritude como ferramenta de resistência/descolonização no campo do jornalismo: as vivências e atravessamentos de jornalistas negras/os na atuação-prática do jornalismo antirracista

dc.contributor.advisorBöschemeier, Ana Gretel Echazú
dc.contributor.advisorIDhttps://orcid.org/0000-0003-0792-1307pt_BR
dc.contributor.advisorLatteshttp://lattes.cnpq.br/2727813198531300pt_BR
dc.contributor.authorSilva, Amanda Veríssimo da
dc.contributor.authorIDhttps://orcid.org/0000-0001-8898-9711pt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/1703575079707008pt_BR
dc.contributor.referees1Miller, Francisca de Souza
dc.contributor.referees1Latteshttp://lattes.cnpq.br/6834637163914977pt_BR
dc.contributor.referees2Melo, Juliana Gonçalves
dc.contributor.referees3Queiroz, Tobias Arruda
dc.date.accessioned2023-03-03T17:26:36Z
dc.date.available2023-03-03T17:26:36Z
dc.date.issued2023-02-07
dc.description.abstractThe main objective of this study is to understand how the love of blackness operates as a decolonization tool in the field of journalism. I consider for love what Maturana and Varela (1995) attribute as the socially constructed possibility of looking at the other as an equal. From bell hooks (2019), also understanding that the love of blackness is a tool of political resistance that transforms our ways of seeing and being and, therefore, creates the necessary conditions for us to move against the forces of domination and death that operate against black lives in Brazil. Based on these approaches, and on the social understanding pointed out by bell hooks (2019) that racism is established as a systematic way of denying the value and ways of seeing the world of black people, I seek to address: how the affective, conflicting and moral crossings occur caused by the experiences of racism of the black journalists; how blackness was incorporated into the experience of those who help me as partners in the field, analyzing how this feeling materialized and strengthened in their lives and daily lives.To do so, I used topical life history (SALTALAMACCHIA, 1992; BONI e QUARESMA, 2005; NOGUEIRA et al., 2017) and semi-structured interview (BONI e QUARESMA, 2005) as ethnographic techniques (PEIRANO, 1995; MATTOS, 2011), along with netnography (KOZINETS, 2010), which ethnographically analyzes the online world and its media. Through these methods, the practice of anti-racist journalism revealed - in those who carry it out - a pedagogical conduct used to report a certain event, considering the character of learning that journalistic information grants its public and the ethics of the human being, as it can be found in the works of Paulo Freire (1978). This conduct is based on practices such as active and sensitive listening to black experiences by professionals; and by anti-racist racial literacy (VIEIRA, 2022) on black anti-racist authors and afro-centered spaces. Throughout the research, it was observed that, in this process, the professional himself/herself actively faces the experience of becoming black and puts into practice, implicitly or explicitly, different strategies that decolonize oneself, the context and love of blackness. Thus, the anti-racist media can be defined as a systematic and strategic practice of producing and promoting the love of blackness, generating this love through its pedagogical capacity to teach through information, when it humanizes black people and dictates that they are also worthy of love, including them in society, and thus allowing interracial socialization.pt_BR
dc.description.resumoO presente estudo tem como principal objetivo compreender como o amor à negritude opera enquanto ferramenta de descolonização no campo do jornalismo. Considero por amor o que Maturana e Varela (1995) atribuem como a possibilidade, socialmente construída, de olhar o outro como um igual. A partir de bell hooks (2019), compreendo, também, que o amor à negritude é uma ferramenta de resistência política que transforma nossas formas de ver e ser e, portanto, cria as condições necessárias para que nos movamos contra as forças de dominação e morte que tomam as vidas negras no Brasil. Fundamentada nestas abordagens, e na compreensão social apontada por bell hooks (2019) de que o racismo estabelece-se como uma forma sistemática de negar o valor e formas de ver o mundo das pessoas negras, busco abordar: como se dá os atravessamentos afetivos, conflitivos e morais causados pelas vivências de racismo das/os jornalistas negras/os entrevistadas/os; como a negritude foi incorporada na vivência destas/os que me auxiliam enquanto parceiras/os de campo, analisando de que forma esse sentimento se materializou e se potencializou na vida e cotidiano destas/es. Para tanto, utilizei a história de vida tópica (SALTALAMACCHIA, 1992; BONI e QUARESMA, 2005; NOGUEIRA et al., 2017) e a entrevista semi-estruturada (BONI e QUARESMA, 2005) como técnicas etnográficas (PEIRANO, 1995; MATTOS, 2011), junto com a netnografia (KOZINETS, 2010), que analisa etnograficamente o mundo online e suas mídias. Através dessas metodologias, a prática do jornalismo antirracista revelou - naquelas/es que a executam - uma conduta pedagógica utilizada para relatar determinado acontecimento, considerando o caráter de aprendizado que a informação jornalística concede a seu público e a ética do ser humano, conforme pode ser encontrado nas obras de Paulo Freire (1978). Esta conduta se encontra a partir de práticas como a escuta ativa e sensível de vozes e vivências negras por parte das/os profissionais; e pelo letramento racial antirracista (VIEIRA, 2022) sobre autoras/es negras/os/antirracistas e espaços afrocentrados. Ao longo da pesquisa, foi observado que, nesse processo, a/o própria/o profissional encara de forma ativa a vivência de tornar-se negra/o colocando em prática, de forma implícita ou explícita, diferentes estratégias descolonizadoras de si, do contexto e de amor à negritude. Assim, a mídia antirracista pode ser definida como uma prática sistemática e estratégica de produção e promoção do amor à negritude, gerando esse amor por meio de sua capacidade pedagógica de ensinar através da informação, quando humaniza as pessoas negras e dita estes como também dignos de amor, incluindo-as na sociedade, e assim possibilitando a socialização interracial.pt_BR
dc.identifier.citationSILVA, Amanda Veríssimo da. O amor à negritude como ferramenta de resistência/descolonização no campo do jornalismo: as vivências e atravessamentos de jornalistas negras/os na atuação-prática do jornalismo antirracista. Orientador: Ana Gretel Echazú Böschemeier. 2023. 164f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2023.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51378
dc.languagept_BRpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Rio Grande do Nortept_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUFRNpt_BR
dc.publisher.programPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIALpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectNegritudept_BR
dc.subjectDescolonizaçãopt_BR
dc.subjectJornalismopt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIApt_BR
dc.titleO amor à negritude como ferramenta de resistência/descolonização no campo do jornalismo: as vivências e atravessamentos de jornalistas negras/os na atuação-prática do jornalismo antirracistapt_BR
dc.title.alternativeThe love for blackness as a tool of resistance/decolonization in the field of journalism, through the study of communities of black communicatorspt_BR
dc.typemasterThesispt_BR

Arquivos

Pacote Original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
Amornegritudeferramenta_Silva_2023.pdf
Tamanho:
5.89 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Nenhuma Miniatura disponível
Baixar