O papel do SEBRAE como mediador do estado na prática empreendedora: uma análise crítica
dc.contributor.advisor | Ferraz, Janaynna de Moura | |
dc.contributor.advisorID | https://orcid.org/0000-0003-3668-4195 | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/6047443183161152 | pt_BR |
dc.contributor.author | Marques, Mayara Carla | |
dc.contributor.authorID | https://orcid.org/0000-0002-5001-2195 | pt_BR |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/6386685742898789 | pt_BR |
dc.contributor.referees1 | Andrade, Adrianne Paula Vieira de | |
dc.contributor.referees2 | Franco, David Silva | |
dc.date.accessioned | 2025-01-08T22:09:36Z | |
dc.date.available | 2025-01-08T22:09:36Z | |
dc.date.issued | 2024-07-31 | |
dc.description.abstract | The contradictions of the popularization of entrepreneurship, mainly after the productive restructuring of the 1970s, as well as the expansion of concepts that surround it, are also supported by the actions of the State, subsumed under capital and the emergence of institutions that act in maintaining a production model that is not responsible for the misery it creates. This research follows the tradition of studies based on historical materialism, which teaches us that as research evolves, the object can gain layers and dimensions that will only be grasped when pursuing its movement. Not surprisingly, the paths explored led to the relationship between the rising concept of the Entrepreneurial State, SEBRAE and entrepreneurial practice. As an entrepreneur, the State fundamentally invests in structure, technologies, resources and institutions that will serve as a basis for creating innovations whose fruits are protected by capital. SEBRAE is the result of investments by the Entrepreneurial State, from its conception to the present day it operates with public transfers, legally supported, and its operations do not serve purposes that were not aligned with capital. Its confirmed contribution to capital is on the one hand in the diffusion of entrepreneurship as a solution, for the working class, for men whose roots are in the capitalist mode of production, who find themselves in a reality of increasingly precarious work and without rights, or in other words, a precarious entrepreneurial practice. And, on the other hand, there is no direct incentive to create technologies that are also important privately. In view of the above, this work's main objective was to critically analyze the contradictions that involve SEBRAE's actions, as a promoter of entrepreneurial practice, in a scenario of legitimization of precarious work in the order of capital in Brazilian society. Specifically, we sought to delve deeper into the structuring of SEBRAE based on resources, main axes of action, objectives and active programs, as well as the concept of the Entrepreneurial State and how both institutions relate to entrepreneurial practice. Among the main results, we highlight that with regard to SEBRAE, the institution is both the result of the Entrepreneurial State, as well as serving as its arm in maintaining the capitalist mode of production to the extent that it served to support national capital, entrepreneurial ideology, masking the capital-labor relationship and confusing the class struggle. Finally, it appropriates public transfers for private purposes that do not contribute to improvements in the living conditions of the working class, since the so-called economic development on which the diffusion of entrepreneurship is based is not sustained when data such as employment, income and even the aspirations of the working class. Furthermore, the increasing insertion in the literature of the designation of Entrepreneurial State has gradually sought to expose that the State has been the main investor in innovations and not private capital, and to reformulate in a certain way the idea of minimum action. Not necessarily something new, but rather a different discourse in response mainly to the crisis of financial capital, demanding even more public resources to meet private interests. | pt_BR |
dc.description.resumo | As contradições da popularização do empreendedorismo, principalmente após a reestruturação produtiva da década de 1970, bem como do alargamento de conceitos que o cercam, encontrase amparadas também na atuação do Estado, subsumido ao capital e na emergência de instituições que atuem na manutenção de um modelo de produção que não se responsabiliza pelas misérias que cria. Esta pesquisa seguiu a tradição dos estudos baseados no materialismo histórico, que nos ensina que no envolver da pesquisa, o objeto pode ganhar camadas e dimensões que só serão apreendidas ao perseguir seu movimento. Não à toa, os caminhos desbravados levaram à relação do conceito em ascensão do Estado Empreendedor, SEBRAE e a prática empreendedora. Como empreendedor, o Estado investe fundamentalmente em estrutura, tecnologias, recursos e instituições que servirão de base para criação de inovações cujos frutos são apropriados pelo capital. O SEBRAE é resultado dos investimentos do Estado Empreendedor, desde sua concepção até os dias presentes, opera com repasses públicos, amparados legalmente, e sua atuação não serve para propósitos que não estejam alinhados ao capital. Sua contribuição alinhada ao capital está de um lado na difusão do empreendedorismo enquanto solução, para a classe trabalhadora, para os males cujas raízes estão no modo de produção capitalista, que finda em uma realidade de trabalho cada vez mais precário e destituídos de direitos, ou seja, uma prática empreendedora precarizada. E, de outro lado, no incentivo direto à criação de tecnologias que também são apropriadas privadamente. Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo principal analisar criticamente as contradições que envolvem a atuação do SEBRAE, enquanto incentivador da prática empreendedora, em um cenário de legitimação do trabalho precário na ordem do capital na sociedade brasileira. De modo específico, buscou-se aprofundar-se tanto na estruturação do SEBRAE a partir dos recursos, principais eixos de atuação, objetivos e programas ativos, bem como no conceito de Estado Empreendedor e como ambas as instituições se relacionam com a prática empreendedora. Dentre os principais resultados, destacamos que no que se refere ao SEBRAE, a instituição é tanto fruto do Estado Empreendedor, como também serve como braço deste na manutenção do modo de produção capitalista na medida em que serviu no apoio ao capital nacional, à ideologia empreendedora, mascarando a relação capital-trabalho e embaralhando a luta de classes. Por fim, se apropria de repasses públicos para fins privados que não contribui para melhorias nas condições de vida da classe trabalhadora, já que o dito desenvolvimento econômico em que se baseia a difusão do empreendedorismo não se sustenta quando analisados dados como emprego, renda e até mesmo as aspirações da classe trabalhadora. Além disso, a inserção, crescente na literatura, da designação de Estado Empreendedor, tem buscado aos poucos expor que o Estado tem sido o principal investidor das inovações e não o capital privado, e reformular de certa forma a ideia de atuação mínima. Não necessariamente uma novidade, mas sim, um discurso diferente como resposta principalmente à crise do capital financeiro, demandando ainda mais dos recursos públicos para atender interesses privados. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES | pt_BR |
dc.identifier.citation | MARQUES, Mayara Carla. O papel do SEBRAE como mediador do estado na prática empreendedora: uma análise crítica. Orientadora: Dra. Janaynna de Moura Ferraz. 2024. 127f. Dissertação (Mestrado em Administração) - Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/61071 | |
dc.language | pt_BR | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal do Rio Grande do Norte | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFRN | pt_BR |
dc.publisher.program | PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | Empreendedorismo | pt_BR |
dc.subject | Prática empreendedora | pt_BR |
dc.subject | Estado empreendedor | pt_BR |
dc.subject | SEBRAE | pt_BR |
dc.subject | Marxismo | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ADMINISTRACAO | pt_BR |
dc.title | O papel do SEBRAE como mediador do estado na prática empreendedora: uma análise crítica | pt_BR |
dc.type | masterThesis | pt_BR |
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