Projeções populacionais para áreas subnacionais de Moçambique por idade e sexo até 2047

dc.contributor.advisorFreire, Flávio Henrique Miranda de Araújo
dc.contributor.authorMacia, Elfas Albertopt_BR
dc.contributor.authorLatteshttp://lattes.cnpq.br/9773886132313803
dc.contributor.referees1Gonzaga, Marcos Robertopt_BR
dc.contributor.referees2Diógenes, Victor Hugo Dias
dc.contributor.referees3Queiroz, Bernardo Lanzapt_BR
dc.date.accessioned2025-05-20T23:46:30Z
dc.date.available2025-05-20T23:46:30Z
dc.date.issued2025-04-01
dc.description.abstractThe objective of this study was to project the population of subnational areas of Mozambique (provinces and districts) by age and sex for the period from 2022 to 2047, using the CohortComponent Method based on data from the National Institute of Statistics (INE) and the United Nations. To achieve this, census data from 2007 and 2017, provided by the National Institute of Statistics (INE), were used as the basis for developing the population projections. The method adopted was the cohort-component approach, which relies on the age distribution derived from survival ratios, allowing for more accurate capture of demographic dynamics through their fundamental components. In the course of the research, two projection exercises by age and sex were carried out for Mozambique's provinces. In the first methodological exercise, we used the population projections made available by INE for the period from 2017 to 2047. These projections were available on the INE website for each province, which were considered as large areas in this study. From this data, we projected the population of the districts treated here as small areas based on age distribution and the cohort behavior over time. Thus, the provinces served as a reference to disaggregate the data and estimate the demographic evolution of the districts with the level of detail required by the study. A second methodological exercise, complementary and alternative to the first, was also developed. In this exercise, we used the United Nations projections for Mozambique as a whole, treated as a broad area, to build our own projection model. From the UN data, we first projected the population of the provinces, now treated as smaller areas. For this, we again applied the Cohort-Component Method, ensuring internal consistency between age groups and sexes over time. This exercise made it possible to construct an alternative projection for the provinces, based on international parameters and with clearer and more accessible methodology. In the final stage of the second exercise, with our own provincial projections in hand (developed from UN data), we carried out a new projection for the districts, now using these provinces as major areas. Therefore, the districts were projected a second time, but now based on the provinces derived from our own projection model, ensuring greater methodological consistency and comparability between the two exercises. This strategy of dual district projections one based on INE data and another based on the custom projections allowed us to contrast the results obtained under two distinct scenarios, enhancing the analytical robustness of the study and contributing to a more critical interpretation adapted to Mozambique's demographic specificities. Throughout the study, when referring to this custom population, the term "own projection" is used. The projections carried out by INE for the provinces were made using the demographic components method. The projection results for all districts of Mozambique, for the period from 2022 to 2047, show variations in average annual growth rates, with population losses in some districts and excessive growth in others. The differences between INE’s projections and the own projections vary considerably by age group and province, revealing distinct patterns in the modeling of demographic indicators. It is observed that, for most provinces, the difference between the projections tends to be negative over time for both males and females. This indicates that the own projections point to a larger total population compared to the INE projections. This behavior suggests methodological differences between the approaches used, which may be related to different assumptions regarding fertility, mortality, and migration. However, one notable aspect of the analysis is that in older age groups, the difference between the projections becomes positive, indicating that INE's projection anticipates a larger population in comparison to the own projection. A similar scenario is observed at the district level, where, when analyzing the differences by sex, it is seen that in several districts, the projections for the male population are consistently higher than those for the female population. This phenomenon suggests that the male population dynamics may be projected more robustly, possibly due to differential rates of migration, mortality, or other specific demographic factors. However, there are districts where the opposite occurs: the projections for the female population are substantially higher than those for males, indicating a possible concentration of women in certain regions. This disparity may be related to sex-selective migration patterns, mortality differences, or even socioeconomic factors that influence the permanence of men and women in specific locations. The own projections indicate that the population of Mozambique will reach approximately 60,117,595 inhabitants by 2047, with an average annual geometric growth rate of 2.47%. Among the provinces, Maputo, Nampula, and Zambézia will experience the highest population growth, while Sofala and Tete will see more moderate increases. At the district level, the districts with the highest population growth by 2047 are Matola, Tete, and Nampula, with annual growth rates of 1.28%, 1.25%, and 1.16%, respectively. In contrast, the districts with the lowest growth include Massangena, Chimonila, and Chigubo, with growth rates of 0.93%, 0.74%, and 0.83%, which may be related to factors such as migration and varying demographic transitions across regions. These results are important for demographic planning and for the development of public policies aimed at spatial population distribution in the country.
dc.description.resumoO objetivo deste trabalho foi de projetar a população das áreas subnacionais de Moçambique (províncias e distritos) por idade e sexo no período de 2022 a 2047, utilizando o método das Relações de Coortes com base em dados do INE e das Nações Unidas. Para isso, foram utilizados os dados dos censos de 2007 e 2017, disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que serviram de base para a elaboração das projeções populacionais. O método adotado foi o das relações de coortes, que se baseia na distribuição etária derivada das relações de sobrevivência, permitindo captar com maior precisão as dinâmicas demográficas por meio das suas componentes fundamentais. No desenvolvimento da pesquisa, foram utilizadas duas projeções por idade e sexo para as províncias de Moçambique: no primeiro exercício metodológico, utilizamos as projeções populacionais disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o período de 2017 a 2047. Essas projeções estavam disponíveis no site do INE para cada província, que aqui foram tratadas como áreas maiores. A partir desses dados, realizamos a projeção da população dos distritos, considerados pequenas áreas, com base na distribuição etária e no comportamento das coortes ao longo do tempo. Assim, as províncias funcionaram como referência para desagregar os dados e estimar a evolução demográfica dos distritos ao nível de detalhe requerido por este estudo. Foi desenvolvido um segundo exercício metodológico, de caráter complementar e alternativo ao primeiro. Nesse exercício, recorremos às projeções das Nações Unidas para Moçambique como um todo, tratado como área ampla, para construir um modelo de projeção próprio. A partir dos dados da ONU, realizamos inicialmente a projeção da população das províncias, agora tratadas como áreas menores. Para isso, aplicamos novamente o método das Relações de Coortes, respeitando a coerência interna entre as diferentes faixas etárias e sexos ao longo do tempo. Esse exercício permitiu construir uma projeção alternativa para as províncias, baseada em parâmetros internacionais e metodologicamente mais claros e acessíveis. Na etapa final do segundo exercício, com as projeções próprias das províncias em mãos (elaboradas a partir dos dados da ONU), realizamos uma nova projeção para os distritos, tomando agora essas províncias como áreas maiores. Assim, os distritos foram projetados pela segunda vez, mas com base nas províncias derivadas da projeção própria, garantindo maior consistência metodológica e comparabilidade entre os dois exercícios realizados. Essa estratégia de dupla projeção dos distritos, uma com base nos dados do INE e outra com base nos dados das projeções próprias, permitiu contrastar os resultados obtidos em dois cenários distintos, aumentando a robustez analítica do estudo e contribuindo para uma interpretação mais crítica e ajustada às especificidades demográficas de Moçambique. Ao longo do trabalho, quando se faz referência a essa população, o termo utilizado é "projeção própria". As projeções realizadas pelo INE para as províncias foram feitas com o método das componentes demográficas. Os resultados das projeções para todos os distritos de Moçambique, no período de 2022 a 2047, mostram variações nas taxas médias anuais de crescimento, com perdas populacionais em alguns distritos e ganhos excessivos em outros. As diferenças entre as projeções do INE e as projeções próprias variam consideravelmente conforme a faixa etária e a província, revelando padrões distintos na modelagem dos indicadores demográficos. Observa-se que, para a maioria das províncias, a diferença entre as projeções tende a ser negativa ao longo do tempo, tanto para homens quanto para mulheres. Isso indica que as projeções próprias apontam para uma população total maior em relação às projeções do INE. Esse comportamento sugere diferenças metodológicas entre as abordagens utilizadas, podendo estar relacionadas a distintos pressupostos sobre fecundidade, mortalidade e migração. No entanto, um aspecto que se destaca na análise é o fato de que, em faixas etárias mais avançadas, a diferença entre as projeções assume valores positivos indicando que a projeção do INE prevê uma maior população em relação a projeção própria. O mesmo cenário verifica-se nos distritos, onde ao analisar as diferenças por sexo, observa-se que, em vários distritos, as projeções da população masculina são consistentemente mais altas do que as da população feminina. Esse fenômeno sugere que a dinâmica populacional masculina pode estar sendo projetada de maneira mais robusta, seja devido a taxas diferenciadas de migração, mortalidade ou outros fatores demográficos específicos. No entanto, há distritos onde ocorre o oposto: as projeções para a população feminina são substancialmente mais altas do que as masculinas, indicando uma possível concentração demográfica feminina em certas regiões. Essa disparidade pode estar relacionada a padrões migratórios seletivos por sexo, diferenciais de mortalidade ou até mesmo a aspectos socioeconômicos que afetam a permanência de homens e mulheres em determinadas localidades. As projeções próprias indicam que a população de Moçambique atingirá aproximadamente 60.117.595 habitantes em 2047, com uma taxa de crescimento geométrico anual média de 2,47%. Entre as províncias, Maputo, Nampula e Zambézia apresentarão os maiores crescimentos populacionais, enquanto Sofala e Tete terão um aumento mais moderado. No nível distrital, os distritos com maior crescimento populacional até 2047 são Matola, Tete e Nampula, com taxas de crescimento anual de 1,28%, 1,25% e 1,16%, respectivamente. Em contrapartida, os distritos com menor crescimento incluem Massangena, Chimonila e Chigubo, com taxas de crescimento de 0,93%, 0,74% e 0,83%, o que pode estar relacionado a fatores como migração e transições demográficas diferenciadas entre as regiões. Esses resultados são importantes para o planejamento demográfico e para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a distribuição espacial da população no país.
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
dc.identifier.citationMACIA, Elfas Alberto. Projeções populacionais para áreas subnacionais de Moçambique por idade e sexo até 2047. Orientador: Dr. Flávio Henrique Miranda de Araújo Freire. 2025. 192f. Dissertação (Mestrado em Demografia) - Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2025.
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/63637
dc.language.isopt_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Rio Grande do Norte
dc.publisher.countryBRpt_BR
dc.publisher.initialsUFRNpt_BR
dc.publisher.programPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DEMOGRAFIApt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectDemografia
dc.subjectProjeção populacional
dc.subjectMoçambique
dc.subjectÁreas subnacionais
dc.subjectIdade e sexo
dc.subject.cnpqCIENCIAS EXATAS E DA TERRA
dc.titleProjeções populacionais para áreas subnacionais de Moçambique por idade e sexo até 2047
dc.typemasterThesispt_BR

Arquivos

Pacote Original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
Projecoespopulacionaisareas_Macia_2025.pdf
Tamanho:
2.11 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Nenhuma Miniatura disponível
Baixar

Licença do Pacote

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.53 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Nenhuma Miniatura disponível
Baixar