PPgBBM - Mestrado em Bioquímica e Biologia Molecular
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Navegando PPgBBM - Mestrado em Bioquímica e Biologia Molecular por Autor "Arantes, Thales Domingos"
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Dissertação Prospecção de atividade antifúngica e potencial modulador para fármacos de referência em extratos e frações de Tephrosia toxicaria (Sw.) Pers.(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-09) Silva, Melissa Farias Alves da; Uchôa, Adriana Ferreira; Silva, Giulian César da; https://orcid.org/0000-0002-3822-6502; http://lattes.cnpq.br/6644671747055211; https://orcid.org/0000-0002-9931-2367; http://lattes.cnpq.br/7085509522800469; Taveira, Gabriel Bonan; Scortecci, Katia Castanho; Arantes, Thales DomingosOs fungos patogênicos são um dos principais contribuintes para o crescimento da taxa de mortalidade global associada a doenças infecciosas e o uso indiscriminado de agentes antibióticos e antifúngicos compromete a eficácia do fármaco pelo desenvolvimento de resistência aos patógenos. Além disso, os fármacos de uso clínico podem ocasionar efeitos adversos em organismos não-alvo. Neste cenário, os extratos botânicos e suas frações têm se revelado como fontes promissoras para o desenvolvimento de novos antifúngicos e adjuvantes terapêuticos. No qual, a Tephrosia toxicaria (Sw.) Pers., uma leguminosa bem adaptada ao semiárido nordestino, tem se destacado por seu biopotencial. Neste contexto, a presente pesquisa objetivou investigar o potencial antifúngico de extratos e frações proteicas obtidas de sementes de T. toxicaria contra Candida albicans, Candida parapsilosis, Cryptococcus gattii e Cryptococcus neoformans, e a sua atividade moduladora para antimicrobianos de referência. Os extratos e frações obtidas pelos métodos de Scopes e Osborne foram parcialmente caracterizados bioquimicamente e avaliados quanto sua atividade antifúngica pela determinação das CIMs (Concentração Inibitória Mínima). Posteriormente a fração mais ativa e suas combinações foram também investigadas quanto sua atividade moduladora com fármacos de uso clínico, através do método de associação (checkerboard) por ICIF (Índice de Concentração Inibitória Fracionada) e por modelos matemáticos. Dos 2 extratos e 13 frações produzidos, todos apresentaram atividade antifúngica contra pelo menos uma das leveduras testadas, em diferentes graus. Em destaque, a fração T 50-75 foi a mais ativa sobre C. gattii, C. neoformans e C. parapsilosis e apresentou a Menor Concentração capaz de Inibir 100% do crescimento (CIM100), com 32 µg/mL contra C. gattii (R-265), seguido do extrato da Semente em Tampão Tris-HCl (ST) com 128 µg/mL e das frações T 50-75 e T 75-100 com 256 µg/mL, todos contra C. gattii (FC1). Portanto, o extrato ST e as frações T 50-75 e T 75-100 foram os mais promissores ao apresentarem os menores valores de CIM e por isso foram selecionadas para investigação do seu potencial modulador em combinação com Anfotericina B, Fluconazol e 5-Flucitosina sobre C. gattii. Todas as combinações testadas foram capazes de reduzir a CIM e após harmonização dos dados, as combinações entre as frações T 50-75 e T 75-100 com Anfotericina B e Fluconazol foram classificadas como sinérgicas e as combinações com a fração T 50-75 apresentaram maior sensibilidade (93%) e grau de intensidade sinérgica. A combinação da fração T 50-75 com os fármacos causou maiores interferências na curva de crescimento, na melanização e significativa redução do tamanho da cápsula. Entretanto, a exposição de C. gattii ao tratamento com a fração T 50-75 isolada também causou alterações morfológicas na parede celular e cápsula, indicando que a fração contribuiu fortemente para o resultado observado na combinação com o fármaco. Portanto, a fração T 50-75 se apresenta como uma candidata promissora ao desenvolvimento de adjuvantes e/ou novos fármacos para a quimioterapia antifúngica. A análise dos resultados sugere que a ação fungistática da fração T 50-75 pode contribuir para minimizar o surgimento de resistência no patógeno, agindo em vias redundantes e reduzindo as concentrações efetivas dos fármacos de referência clínica, melhorando, assim, o tratamento e minimizando a toxicidade gerada.Dissertação Tenebrio molitor como modelo experimental para comparação de perfis de virulência e resposta imune a fungos patogênicos do gênero Sporothrix(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-04-05) Naliato, Georggia Fátima Silva; Theodoro, Raquel Cordeiro; Arantes, Thales Domingos; https://orcid.org/0000-0001-5016-1046; http://lattes.cnpq.br/0977453259767928; http://lattes.cnpq.br/3686551907646334; Lanza, Daniel Carlos Ferreira; Bastos, Rafael Wesley; Fernandes, Éverton Kort KampAs doenças causadas por fungos patogênicos possuem um impacto substancial tanto em pacientes imunocomprometidos como imunocompetentes, devido a longos tratamentos que, em alguns casos exigem internação. Neste sentido o diagnóstico espécie e/ou genótipo específico pode melhorar o prognóstico da doença, uma vez que possibilita um tratamento mais assertivo a depender do agente etiológico. Ainda assim, estudos comparativos sobre as relações de parasitismo envolvendo espécies fúngicas próximas, muitas vezes crípticas, de um mesmo gênero, ainda são poucos. A categorização da virulência espécie-específica reflete diretamente no direcionamento terapêutico e prognóstico adotado na clínica podendo assim otimizar a resolução do caso. Diante disso, o modelo padrão ouro de infecção para o aferimento da virulência desses patógenos é o modelo murino, entretanto, atualmente, devido a maior preocupação com questões bioéticas e financeiras, animais invertebrados vêm sendo propostos como alternativas atrativas de modelo de infecção, uma vez que apresentam imunidade inata evolutivamente muito próxima ao mamífero, facilidades infra estruturais e robusta reprodutibilidade de dados. Neste trabalho a virulência de diferentes espécies de importância médica, dos clados clinico e ambiental, do gênero de fungos dimórficos Sporothrix, bem como aspectos da resposta imune inata, foram aferidos no modelo invertebrado Tenebrio molitor, tanto na fase micelial como leveduriforme do fungo. Dessa forma, foi possível comparar perfis de virulência e a relação parasita-hospedeiro entre isolados de espécies do gênero. Observamos diferenças significativas entre as fases micelial e leveduriforme das espécies patogênicas de ambos os clados de Sporothrix. As espécies S. chilensis e S. pallida (clado ambiental) se mostraram mais virulentas na morfologia micelial, enquanto as espécies S. schenckii e S. brasiliensis (clado clínico) se mostraram mais virulentas na morfologia de levedura. Foi quantificada a expressão de peptídeos antimicrobianos (AMP’s) do modelo invertebrado, que mostraram diferença significativa de expressão dos grupos infectados com S. pallida e S. schenckii, evidenciando que há alteração no padrão da resposta imune inata em relação a espécie de Sporothrix que é inoculada no modelo.