PPgBBM - Mestrado em Bioquímica e Biologia Molecular
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Dissertação Desenvolvimento de Nested-PCR para identificação do grupo Apicomplexa e de espécies de Plasmodium spp. que causam infecção humana(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-08-09) Souza, Maria Fernanda Bezerra de; Lanza, Daniel Carlos Ferreira; http://lattes.cnpq.br/6851351991421755; http://lattes.cnpq.br/2541212177120399; Guedes, Paulo Marcos da Matta; Moreira, Patrícia de Abreu; http://lattes.cnpq.br/3453951631458342As doenças causadas por protozoários do grupo Apicomplexa tem alta prevalência no Brasil e, muitas vezes, a identificação desses organismos não é simples, o que dificulta o diagnóstico. Dentro do grupo Apicomplexa, temos o gênero Plasmodium, que compreende o grupo de causadores da malária, uma das doenças parasitárias que causa o maior número de óbitos mundialmente. Atualmente, sete espécies do gênero Plasmodium são observadas infectando seres humanos: Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae, Plasmodium ovale, Plasmodium knowlesi, Plasmodium cynomolgi e Plasmodium simium. A identificação desses protozoários ainda é um desafio, sobretudo quando se pretende identificar no nível de espécie. Nesse contexto, por meio do presente trabalho, foram desenvolvidos dois novos sistemas: (1) uma nested-PCR para identificação de Apicomplexa com base no marcador 18S rDNA, e (2) uma nested-PCR para identificação das principais espécies de Plasmodium que ocorrem no Brasil. O sistema para identificação de Apicomplexa foi validado primeiramente in silico e foram identificadas regiões no gene para 18S rDNA que permitiram discriminar os principais elementos desse grupo. Para validação in vitro foram utilizadas amostras contendo DNA humano, de P. falciparum e Toxoplasma gondii. O sistema desenvolvido foi comparado aos sistemas de marcadores utilizados internacionalmente como referência. Os iniciadores usados na PCR para detecção dos Apicomplexa não amplificaram o DNA humano, o que permitiu maior sensibilidade e especificidade quando comparados aos iniciadores referência. Uma vez finalizado o desenvolvimento do sistema para identificação do grupo Apicomplexa, iniciou-se o desenvolvimento de um sistema que permitisse a discriminação dentro do gênero Plasmodium. Para isso, em uma abordagem inicial in silico, foram selecionados marcadores que pudessem discriminar as diferentes espécies de Plasmodium que causam malária humana, por meio dos bancos de dados GenBank e plasmoDB, e os dados foram processados em programas para o alinhamento e comparação entre as sequências como o MAFFT e o Geneious. O gene escolhido como marcador molecular para o Plasmodium foi o Merozoite Surface Protein 1 (MSP1). O conjunto dos iniciadores para identificação de Plasmodium foi construído de forma a produzir amplicons de tamanhos diferentes para cada uma das seis espécies, possibilitando a identificação das seis espécies de Plasmodium (P. vivax, P. falciparum, P. malariae, P. ovale, P. knowlesi e P. cynomolgi) sem a necessidade de sequenciamento. A nested-PCR para identificação do P. vivax e P. falciparum foi validada in vitro por meio dos testes de limite de detecção, gradiente da temperatura de anelamento e teste de especificidade. Os iniciadores específicos para P. vivax e P. falciparum foram validados por meio da verificação da amplificação, a partir de amostras de cultura de células infectadas e de pacientes. As nested-PCR foram eficientes para discriminação entre P. vivax e P. falciparum, e considera-se que elas poderão ser ferramentas úteis para o diagnóstico da malária no Brasil. Dessa forma, sugere-se a aplicação conjunta do sistema para o alvo 18S rDNA, que poderá ser usado como uma triagem inicial visando a detecção dos parasitos do grupo Apicomplexa, seguida da utilização do alvo MSP1 para determinação da espécie de Plasmodium.Dissertação Caracterização química e efeito preventivo do extrato hidroetanólico liofilizado do cladódio de Cereus jamacaru P.DC. (Mandacaru) em modelo experimental de doença inflamatória intestinal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-09-28) Melo, Nadja Maria da Costa; Guerra, Gerlane Coelho Bernardo; Araújo, Daline Fernandes de Souza; 04748892463; http://lattes.cnpq.br/4876007142880494; http://lattes.cnpq.br/5677318431530876; http://lattes.cnpq.br/0184785975512819; Morais, Ana Heloneida de Araújo; http://lattes.cnpq.br/1233944493334651; Damasceno, Renan Oliveira Silva; http://lattes.cnpq.br/7699067518129569As doenças inflamatórias intestinais (DII) são patologias crônicas inflamatórias associadas a alterações genéticas e fatores ambientais. Os medicamentos disponíveis para o tratamento, podem provocar efeitos adversos, mostrando a necessidade de busca por novas estratégias terapêuticas. Destacam-se os alimentos ricos em compostos bioativos, com atividade anti-inflamatória como Cereus jamacaru P. DC. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o perfil físico-químico, fitoquímico e efeito anti-inflamatório do Extrato Hidroetanólico Liofilizado do cladódio de Cereus jamacaru P.DC. (mandacaru) em modelo experimental de doença inflamatória intestinal aguda induzido por DNBS. Os cladódios do mandacaru foram coletados na cidade Jucurutu/RN, retirados os espinhos, cortados, secos e triturados, passando pormacerações com etanol e água, obtendo o Extrato Hidroetanólico Liofilizado de Cereus jamacaru (EHCJ). A fitoquímica do EHCJ foi realizada por cromatografia líquida acoplada a espectrômetro de massas para avaliar a presença de compostos fenólicos. No estudo da atividade anti-inflamatória intestinal foram utilizados Rattus norvegicus (Wistar) (n = 8/grupo), peso 230 ± 20 g distribuídos aleatoriamente, nos grupos: controle normal, DNBS, sulfassalazina 250 mg/Kg e EHCJ (50, 100 e 200 mg/Kg/dia). Foram avaliados o Índice de atividade da doença (IAD), sinais preliminares de toxicidade aguda, macroscópicos, microscópicos, compostos voláteis e os ácidos graxos presentes no material fecal. Ademais, marcadores inflamatórios como dosagem da mieloperoxidase (MPO), a expressão do gene da proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK), da proteína metaloproteínase 9 (MMP-9) e do gene e da proteína do fator kappa B (NF-κB p65); dosagens de citocinas (TNF-α, IL-10 e IL-1β); avaliação do estresse oxidativo pela dosagem do malondialdeido (MDA) e glutationa reduzida (GSH); integridade da barreira intestinal por meio da expressão do gene ocludina (OCL), expressão das proteínas mucina 2 (MUC-2) e zôna de oclusão (ZO-1) todos em tecido colônico. Na fitoquímica foram identificados os compostos derivados do ácido benzoico, sacarídeo, Kampferol-3- O-dirhamnosil-hexosideo, Isorhamnetina-3-O-dirhamnosilglicosídeo, Kaempferol-3-O- rutinosídeo, Isorhamnetina-3-O-rutinosídeo e o Ácido oxodi- hidroxi-octadecenóico. Por meio da GC-MS dos materiais fecais identificou-se dezoito compostos, sendo eles ácidos graxos, hidrocarbonetos, esteróis e fenol. No modelo de colite, o EHCJ em todas as doses testadas foi capaz de provocar quimioprevenção observada por meio do IAD (p <0,05). Ainda, protegeu contra os danos colônicos induzidos pelo DNBS com menor escore do dano macroscópico (p<0,05). O EHCJ promoveu menor atividade da MPO (p<0,05), menor atividade do MDA (p<0,01) e maiores níveis de GSH (p<0,05) para todas as doses testadas. O EHCJ ainda provocou menores níveis teciduais das citocinas TNF-α (p<0,0001) e IL- 1β (p<0,05) e maiores de IL-10 na dose de 200 mg/Kg (p<0,01). O efeito preventivo também foi demonstrado pela maior expressão do gene OCL e menor expressão dos marcadores das vias MAPK (p<0,01) e NF-κB p65 (p<0,0001) no cólon. As análises histopatológicas mostraram que o EHCJ apresentou menor densidade do infiltrado (p<0,001) e a imuno-histoquímica exibiu maior imunorreatividade para MUC-2 (p<0,01) e ZO-1 (p<0,05) e menor para as proteínas NF-κB p65 (p<0,05) e MMP-9 (p<0,05). Dessa forma, os resultados pré-clínicos indicam que o EHCJ é benéfico na quimioprevenção da colite, podendo, no futuro se tornar uma alternativa no tratamento da DII humana.Dissertação Avaliação dos efeitos bioquímicos e histopatológicos da suplementação de creatina: estudo pré-clínico com modelo de diabetes tipo I induzida por estreptozotocina(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-10-25) Gonçalves, Meline Gomes; Lima, João Paulo Matos Santos; https://orcid.org/0000-0002-6113-8834; http://lattes.cnpq.br/3289758851760692; http://lattes.cnpq.br/6932874648532542; Abreu, Bento João da Graça Azevedo; https://orcid.org/0000-0001-8010-806X; http://lattes.cnpq.br/1725848357337658; Araújo, Diego NevesDiabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica metabólica de prevalência crescente em todo o mundo. Pesquisas são realizadas constantemente na tentativa de amenizar as complicações do DM e aumentar a qualidade de vida dos portadores. A creatina é um suplemento nutricional que vem sendo estudado para esse fim devido às suas capacidades antioxidantes e hipoglicemiantes. Entretanto, não há estudos que relatam o efeito da creatina tanto no metabolismo quanto nos tecidos que podem ser afetados na DM do tipo I (DMI). Dessa forma, este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da suplementação de creatina sobre os sinais clínicos, os parâmetros bioquímicos e histopatológicos do pâncreas e rins em ratos com DM induzida por estreptozotocina (STZ). Foram utilizados 32 ratos Wistar, divididos em quatro grupos aleatoriamente, contendo oito animais cada (n=8): (C) animais normoglicêmicos sem suplementação de creatina, (CCr) animais normoglicêmicos com suplementação de creatina, (D) animais diabéticos induzidos com STZ sem suplementação de creatina e (DCr) animais diabéticos induzidos com STZ e suplementados com creatina. Os grupos D e DCr receberam dose única de STZ (40 mg/kg, via i.p.) para indução da diabetes. Os grupos CCr e DCr receberam a suplementação de creatina por meio da ração isocalórica em duas fases (saturação, cinco dias antes da indução do DMI, e manutenção durante os 35 dias de experimento, com 13% e 2% de creatina respectivamente). A fim de avaliar os sinais clínicos da doença foram mensurados o consumo de água e de ração diariamente bem como o peso corporal semanalmente. Após a anestesia e eutanásia dos animais, o sangue e os órgãos foram coletados e armazenados para a análise de parâmetros bioquímicos [glicemia de jejum, creatinina, ureia sérica, aspartato transaminase (AST) e aspartato aminotransferase (ALT)] e morfológicos dos tecidos pancreático e renal dos animais. Observou-se, além da hiperglicemia durante todo o experimento, polidipsia, polifagia e diminuição do peso corporal nos animais diabéticos induzidos por STZ. A suplementação de creatina foi capaz de reduzir nos animais com DMI a glicemia (p<0,05), as concentrações séricas de ureia e de ALT do grupo DCr quando comparado ao grupo D (p<0,01). Avaliou-se histomorfometricamente o tecido pancreático, onde foi observado que os animais do grupo DCr não apresentaram diferença estatística em relação aos animais do grupo C e CCr (p>0,05). Nesse mesmo grupo (DCr), os animais apresentaram aumento da área das ilhotas em relação ao grupo D (p<0,01). Para o tecido renal os animais do grupo DCr apresentaram redução significativa na contagem de glomérulos renais em comparação aos outros grupos experimentais (p<0,05). Quanto às áreas glomerulares, os animais do grupo DCr foram semelhantes aos grupos C e CCr, enquanto os animais do grupo D apresentaram menores áreas dos glomérulos renais (p<0,05). A suplementação de creatina em ratos diabéticos induzidos por STZ apesar de ter atenuado os parâmetros bioquímicos de glicemia, ureia e AST, como também apresentado uma manutenção e proteção da histomorfometria pancreática, não foi capaz de causar efeitos benéficos ao grupo DCr quanto às consequências teciduais da DM. Ao contrário, o CCr apresentou características histopatológicas referentes à danos teciduais tanto de pancreatite quanto de necrose tubular renal. Portanto, a suplementação de creatina pode ser prejudicial nesse inédito arquétipo experimental. Portanto, mais investigações são necessárias para somar evidências quanto aos seus efeitos morfológicos e metabólicos.Dissertação Efeitos da exposição e da retirada da sacarose sobre comportamento relacionado à depressão em ratos adolescentes(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-11-11) Oliveira, Juliete Tavares de Arruda; Rachetti, Vanessa de Paula Soares; http://lattes.cnpq.br/1524215726056886; http://lattes.cnpq.br/6521682525320469; Soares, Bruno Lobão; http://lattes.cnpq.br/3124118595692286; Bortoli, Valquíria Camin de; http://lattes.cnpq.br/3992098322056730O açúcar refinado (sacarose) é muito versátil e barato, podendo estar em várias receitas. Uma dieta rica em açúcar pode ter consequências negativas, como a obesidade e o diabetes, e sua retirada pode promover alterações comportamentais, tais como a compulsão. O objetivo desta pesquisa foi o de testar a hipótese de que a retirada da sacarose favorece a comportamentos relacionados à depressão. Para tal, foram utilizados ratos Wistar de 30 dias provenientes do Biotério do Centro de Biociências- UFRN, que receberam água e ração ad libitum e foram submetidos ao paradigma de escolha de duas garrafas com 250 ml de água e/ou sacarose a 5% (grupo sacarose) por 16 dias, seguido de sua retirada de 72h a 96h (grupo retirada curto prazo) ou 22 a 23 dias (grupo retirada longo prazo). Animais do grupo controle, sacarose, retirada curto prazo e retirada longo prazo foram submetidos ao teste do campo aberto 72h e 22 dias após a substituição de sacarose por água para os grupos retirada curto e longo prazo, respectivamente. Vinte e quatro horas após o teste no campo aberto, todos os grupos foram submetidos ao teste do nado forçado. Os dados aqui obtidos não evidenciaram efeitos comportamentais da exposição ou da retirada em curto e longo prazo da sacarose no teste de nado forçado, assim como não ouve diferenças estatísticas nos resultados do parâmetro de locomoção no teste de campo aberto. Dessa forma concluímos que a exposição e retirada em curto e longo prazo da sacarose não foram capazes de gerar comportamento do tipo depressivo em ratos adolescentes.Dissertação Efeitos da exposição e retirada da sacarose sobre comportamentos relacionados à ansiedade em ratos adolescentes(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-11-12) Silva, Rodrigo Thiago da; Rachetti, Vanessa de Paula Soares; http://lattes.cnpq.br/1524215726056886; Schiavon, Manuela dos Santos Carvalho; http://lattes.cnpq.br/2637093640078272; Lima, Ramón HypolitoA adolescência é um período crítico para o desenvolvimento do sistema nervoso central (SNC) e processos de plasticidade neuronal podem ser sensíveis a desafios ambientais. Evidências mostram que a exposição à sacarose pode afetar o desenvolvimento encefálico de ratos, promovendo, inclusive, alterações comportamentais. O objetivo deste trabalho foi o de testar a hipótese de que a exposição e a retirada da sacarose alterem comportamentos relacionados à ansiedade, em ratos adolescentes. Ratos Wistar de 30 dias provenientes do Biotério do Centro de Biociências – UFRN receberam água e ração ad libitum durante todo o período de experimentação. Animais dos seguintes grupos experimentais foram submetidos ao teste do labirinto em cruz elevado (LCE) durante 5 minutos, individualmente: grupo controle (animais que receberam água como fonte de líquido durante todo experimento), grupo sacarose (animais que receberam sacarose 5% como fonte adicional de líquido por 16 dias, tendo acesso à sacarose até o dia do teste no LCE), grupo retirada curto prazo (animais que receberam sacarose 5% como fonte adicional de líquido por 16 dias, sendo a sacarose substituída por água48 horas anteriores ao teste no LCE) e grupo retirada longo prazo (animais que receberam sacarose 5% como fonte adicional de líquido por 16 dias, sendo a sacarose substituída por água 21 dias anteriores ao teste no LCE). Vinte e quatro horas após o teste no LCE, os animais de todos os grupos experimentais foram submetidos ao teste do campo aberto. Os resultados mostraram que a exposição, bem como a retirada da sacarose em ratos adolescentes não alteraram comportamentos relacionados à ansiedade no LCE e no teste do Campo Aberto. Este estudo sugere que o consumo de sacarose por 16 dias e sua retirada não favorece a expressão comportamental do tipo ansiosa em ratos adolescentes submetidos a testes comportamentais amplamente empregados na pesquisa básica em Psicofarmacologia.Dissertação Floração em cana-de-açúcar - desvendando o papel da HINT1 e Subtilase(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-21) Morais, Emanoelly Roberta de Carvalho; Scortecci, Katia Castanho; Medeiros, Nathalia Maíra Cabral de; http://lattes.cnpq.br/1130922293513012; https://orcid.org/0000-0002-4690-2785; http://lattes.cnpq.br/4808910380593455; https://orcid.org/0000-0003-1726-5331; http://lattes.cnpq.br/4263101789342611; Meneses, Carlos Henrique Salvino Gadelha; Golbert, Daiane Cristina FerreiraO processo de floração é uma etapa crítica que promove a transição do ápice meristemático vegetativo para ápice meristemático reprodutivo e, consequentemente, o desenvolvimento das estruturas florais e das sementes. Essa transição é orquestrada por diferentes sinais externos e internos que vêm sendo caracterizados em diferentes plantas como os modelos Arabidopsis thaliana, Oryza sativa e Zea mays. Nas plantas de cana-de-açúcar, o processo de floração não é muito conhecido, mas sabe-se que a transição do ápice meristemático vegetativo para reprodutivo tem um forte impacto na produção do suco, açúcar e álcool. Devido a este aspecto, este trabalho está associado com a caracterização de uma sequência que apresenta homologia à proteína HINT e foi identificada anteriormente por meio de bibliotecas subtrativas do grupo de pesquisa. Este trabalho visa a compreensão do papel desta proteína em canade-açúcar e em outras plantas utilizando algumas ferramentas de bioinformática. Verificou-se que estas sequências são conservadas em plantas e se separam em dois grandes ramos: monocotiledôneas e dicotiledôneas. Os dados obtidos com a modelagem mostraram que a ScHINT pode ser uma proteína funcional, pois apresenta os sítios de ligação importantes para sua atividade catalítica. Uma segunda proteína, ScSUBTILASE, foi caracterizada neste trabalho e já havia sido identificada anteriormente num ensaio de proteína-proteína por meio da metodologia de dois-híbridos. Foi verificado que a proteína ScSUBTILASE também é conservada em plantas, e a modelagem mostrou que ela também pode ser funcional pela estrutura obtida e pelos sítios catalíticos identificados. Nos ensaios de dois híbridos foi identificado uma terceira proteína com homologia a PHENYLALANINE AMMONIA-LYASE. Foi realizado a modelagem e foi observado que essa também deva ser funcional. Os resultados obtidos com os interactomas para as proteínas HINT, SUBTILASE e PHENYLALANINE AMMONIA-LYASE no modelo Arabidopsis mostraram que estas sequências estão associadas a resposta da produção de EROs. Com base nos resultados apresentados e nos dados da literatura, pode-se propor que ScHINT e ScSUBTILASE podem ter o papel de manter o nível de EROs no ápice meristemático durante o processo de transição. Os resultados obtidos com plantas transgênicas de Nicotiana tabacum contendo cassetes de superexpressão nas orientações senso e anti-senso para ScHINT1 reforçam a proposta que ScHINT esteja associada ao processo de floração.Dissertação Influência da cafeína no perfil proteico e na viabilidade celular de Escherichia coli e potencial adjuvante para antibióticos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-12-24) Carelli, Gabriella Silva Campos; Santos, Elizeu Antunes dos; http://lattes.cnpq.br/6762251930590306; http://lattes.cnpq.br/3384152759391301; França, Anderson Felipe Jácome de; http://lattes.cnpq.br/6032490085835412; Soeiro, Vinícius CampeloA cafeína é uma substância encontrada em mais de 100 espécies de plantas. Além dos seus efeitos neuroestimulantes, sua atividade antimicrobiana já foi comprovada pela ciência, seja de forma isolada ou em combinação com antibióticos. As terapias combinadas entre compostos naturais e antibióticos tem sido uma estratégia eficaz no combate a resistência bacteriana. Nesse âmbito, o objetivo deste trabalho foi testar a influência da cafeína no perfil proteico e na viabilidade celular de Escherichia coli e seu potencial adjuvante para antibióticos in vitro. A princípio foi determinada a concentração de cafeína a ser utilizada no presente estudo, onde evidenciou-se que uma concentração de 0,20 mg/mL permite o crescimento bacteriano parcial, sem inviabilizar totalmente as células. Para realizar a extração das proteínas de E. coli foram comparados dois métodos distintos, um com acetona p.a e outro com pérolas de vidro, ao analisar a SDSPAGE e as densitometrias da extração, concluiu-se que o método com acetona foi o mais satisfatório. Para os demais ensaios foram cultivadas três gerações da bactéria. As cepas bacterianas cultivadas com cafeína apresentaram alterações no perfil proteico quando comparadas aquelas cultivadas na ausência desta substância, este fato foi constatado através de SDS-PAGE e densitometrias óptica. Após concluir que a cafeína teve influência no perfil proteico da bactéria estudada, testou-se seu potencial como adjuvante dos antibióticos ampicilina e estreptomicina, os resultados do ensaio de adjuvância demonstraram que a cafeína foi mais eficaz quando combinada com a ampicilina, reduzindo a concentração inibitória mínima deste antibiótico de 0,250 mg/mL para 0,125 mg/mL. Avaliados conjuntamente, os dados encontrados sugerem que a cafeína, isolada ou em combinação com à ampicilina, é uma candidata potencial para aplicações em terapias antibacterianas.Dissertação Avaliação da atividade do alginato conjugado com ácido gálico como agente antioxidante e modulador da formação de cristais de oxalato de cálcio(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-05-16) Lisboa, Lucas dos Santos; Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira; https://orcid.org/0000-0003-2252-1221; http://lattes.cnpq.br/4651814546820796; http://lattes.cnpq.br/4996483838368546; Santos, Pablo de Castro; http://lattes.cnpq.br/6456286305129050; Pinto, Talita Katiane de BritoO alginato ou ácido algínico é um polissacarídeo carboxilado que pode ser extraído de algas marinhas marrons (Phaeophyceae) ou bactérias. Este é polímero linear constituído por dois monossacarídeos: ácidos manurônicos e ácidos gulurônicos. O alginato já vem sendo bastante utilizado nas indústrias alimentícia, têxtil e farmacêutica. Porém, o alginato não apresenta uma característica desejada: atividade antioxidante proeminente. Outra molécula comercial interessante é o ácido gálico. Este é um composto fenólico com baixa toxicidade, de fácil obtenção, encontrado em várias fontes de alimentos e potente atividade antioxidante. Contudo, a atividade antioxidante do ácido gálico in vivo não é tão proeminente devido a sua baixa biodisponibilidade. O que impõe a ingestão de grande quantidade do mesmo para que esse possa atuar e, mesmo assim, devido a sua fácil degradação, o que dificulta sua ação, pode-se não ter o benefício esperado. Foi observado que este composto tem a capacidade de se conjugar a outras moléculas, o que é interessante, pois essa conjugação pode melhorar sua atividade/biodisponibilidade. A ideia do presente trabalho foi então conjugar o ácido gálico ao alginato, favorecendo assim uma melhor atividade antioxidante do alginato potencializando-o, e concomitantemente, melhorando a biodisponibilidade do ácido gálico. Para tal, foi realizado da conjugação do ácido gálico ao alginato por meio de uma modificação redox, gerando assim, um composto denominado de alg-GA. Sua caracterização foi feita por espectroscopia de infravermelho e cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), sendo sua massa determinada ~33,28 KDa. Nos testes antioxidantes in vitro o alg-GA exibiu uma elevada atividade como quelante de ferro, bem como de cobre, e como sequestrador de peróxido de hidrogênio. Não se detectou citotoxicidade desses compostos (300 µM) contra células renais de macaco verde africano (Vero CCL-81). Quando estas células foram expostas a estresse oxidativo induzido por H2O2 (2 mM) observou-se que alg-GA (300 µM) protegeu as células (~70%) de danos celulares. Com relação a modulação da formação de cristais de oxalato de cálcio, verificou-se que o alginato, em baixas concentrações (100 e 300 µM) induz a maior formação de cristais COM (cristais de oxalato monohidratado) e em altas concentrações (600 µM) induz a formação de cristais COD. Já o alg-GA induziu apenas a formação de cristais COD independente das concentrações avaliadas (de 300 µM a 1,5 mM). Com relação ao tamanho dos cristais, observou-se uma diminuição proporcional do tamanho dos COD (cristais de oxalato dihidratado) com o aumento da concentração do alg-GA utilizado, o que não foi observado com o alg. Os dados obtidos indicaram que a conjugação do alginato com ácido gálico promoveu a síntese de um composto com maior atividade antioxidante que o alginato e que esse promove a formação de cristais COD, que estão relacionados com a não formação com cálculos renais. Em estudos futuros pretende-se avaliar a atividade do alg-GA in vivo para indicar o seu possível uso em diversas aplicabilidades.Dissertação Modelagem molecular da biodegradação do corante vermelho congo por lacases(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-07-27) Gomes, Heloísa Silva Saraiva; Oliveira, Jonas Ivan Nobre; Fulco, Umberto Laino; https://orcid.org/0000-0002-4528-9878; http://lattes.cnpq.br/9579151361576173; https://orcid.org/0000-0003-1646-921X; http://lattes.cnpq.br/2461374517882321; Silva Júnior, Edilson Dantas da; https://orcid.org/0000-0001-5505-8056; http://lattes.cnpq.br/5459705151588106; Oliveira, Claudio Bruno Silva deO aumento global da urbanização e da atividade industrial levou àproduçãoeincorporação de moléculas contaminantes aos ecossistemas. Emespecial, apoluição dos corpos hídricos por efluentes sem tratamento prévio causainúmerosdanos às espécies que vivem em ambientes aquáticos. Processos biotecnológicoseestratégias físicas, químicas e biológicas têm sido adotadas para eliminar essescontaminantes dos corpos d'água sob estresse antropogênico. Na perspectivadabiorremediação, as lacases são enzimas capazes de degradar compostosfenólicos,aromáticos e não aromáticos, inclusive corantes sintéticos produzidos noâmbitodaindústria têxtil. Nesse contexto, o presente trabalho se propõeaanalisarqualitativamente (tipo de ligação química), quantitativamente (energia deinteração)ede forma comparada os contatos intermoleculares do corante vermelhoCongoacoplado às lacases de Tratametes versicolor (CR-LacTv) e Pycnoporus sanguineus(CR-LacPs), inclusive identificando padrões de interação. Para a descriçãodasenergias de ligação individuais do tipo ligante-receptor existentesnessesbiocomplexos, utilizamos o esquema de fracionamento molecular comcapasconjugadas (MFCC) no escopo da Teoria do Funcional da Densidade(DFT). Osresultados apontam para uma maior afinidade do corante vermelho Congocomalacase de Pycnoporus sanguineus. No caso, o corante interage comLacPs(LacTv)com uma energia de ligação de -38,26 kcal/mol (-19,26 kcal/mol), com63,3%(63,6%)dos contatos intermoleculares com os aminoácidos do receptor ocorrendoapartirdaregião iii (i) desse ligante. Os principais resíduos do complexo CR-LacPs (CR-LacTv)são a ARG161, PHE162, GLY392, GNL160, SER393, PRO391, PHE265eGLY266(PHE162, ALA161, GLY266, ALA393, PHE 265, PRO391, PRO160, GLY392), nosquais destacamos a existência de seis (cinco) importantes ligações dehidrogênioedois (três) contatos hidrofóbicos em CR-LACPs (LacTv). A descriçãoestrutural eenergética das interações dos biocomplexos em questão auxilia no entendimentodasdiferenças em termos de estabilidade e eficácia de enzimas da mesmafamília,porém organismos distintos. Consequentemente, possibilitará estudos deaumentoda efetividade da biorremediação promovida por tais enzimas após alteraçõespontuais dirigidas.Dissertação Avaliação dos efeitos da histamina na contração do ducto epididimário da cauda do epidídimo de rato(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-10-21) Trajano, Francisco Mateus Gonçalves; Silva Júnior, Edilson Dantas da; https://orcid.org/0000-0001-5505-8056; http://lattes.cnpq.br/5459705151588106; http://lattes.cnpq.br/1005011852692833; Oliveira, Jonas Ivan Nobre; Schiavon, Manuela dos Santos CarvalhoA atividade motora do ducto epididimário é um processo essencial para a fertilidade masculina, pois resulta no correto transporte, maturação, armazenamento e emissão dos espermatozoides. Este processo é regulado por mecanismos hormonais (testosterona, vasopressina, ocitocina), neuronais (inervação autonômica adrenérgica e colinérgica) e epiteliais (endotelina-1, NO, serotonina, prostaglandinas, angiotensina, etc.). No entanto, embora haja evidências da presença de histamina no epidídimo, ainda não se sabe sobre os seus efeitos modulatórios na atividade motora do ducto epididimário. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da histamina sobre as contrações do ducto epididimário da cauda do epidídimo de rato, identificando os receptores histaminérgicos e a participação de neurotransmissores autonômicos. Para alcançar estes objetivos, segmentos do ducto epididimário da cauda distal do epidídimo de ratos Wistar foram isolados e usados em experimentos funcionais em banho de órgão isolado para avaliação dos efeitos diretos da histamina no ducto epididimário ou nas contrações de induzidas por agonistas adrenérgicos. Estes experimentos foram realizados também na presença de antagonistas seletivos para os receptores histaminérgicos (H1, H2 e H3), adrenoceptores α1 e receptores muscarínicos. Verificamos que histamina produziu contrações de natureza fásica. A frequência e a amplitude das contrações fásicas induzidas pela histamina no ducto epididimário foram inibidas pela prometazina (antagonista dos receptores H1), ranitidina (antagonista dos receptores H2), atropina (antagonista dos receptores muscarínicos) ou prazosina (antagonista dos adrenoceptores α1). A histamina potencializou o efeito contrátil da noradrenalina e de reduzir o seu efeito máximo, sendo estes efeitos prevenidos pela ranitidina e prometazina, respectivamente. Concluímos que a histamina é capaz de promover contrações fásicas com a participação de receptores H2 e liberação de neurotransmissores autonômicos. Além disso, esta amina biogênica modificou as contrações do ducto epididimário induzidas pela noradrenalina, com a possível participação de receptores H1 e H2.Dissertação Eficácia e segurança do extrato de sementes de Angico (Anadenanthera colubrina) contra Aedes aegypti e Aedes albopictus, em condições de laboratório e de campo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-22) Silva, Leidiane Barboza da; Uchoa, Adriana Ferreira; https://orcid.org/0000-0002-3822-6502; http://lattes.cnpq.br/6644671747055211; http://lattes.cnpq.br/9205166125721995; Andrade Neto, Valter Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/4863082845974813; Silva, José Roberto da; Barbosa, Patricia Batista Barra MedeirosAedes aegypti (L., 1762) e Aedes albopictus (S., 1894) são vetores dos agentes etiológicos de inúmeras arboviroses de importância médica. As limitações no uso de inseticidas químicos têm estimulado a busca por opções efetivas e ecologicamente amigáveis, como os inseticidas botânicos. O presente estudo descreve o potencial aedicida do extrato de sementes de Anadenanthera colubrina (Vell.) em diferentes fases do ciclo de vida dos vetores, sua ação atraente/repelente na oviposição, caracterização bioquímica parcial e avaliação da cito- e ecotóxica. O extrato aquoso a quente das sementes de A. colubrina (EAQA) foi obtido por extração em água destilada (1:10, m/v) por 7 h a 80 °C. O efeito larvicida de EAQA foi avaliado em diluições seriadas e as concentrações letais CL50 e CL90 (mg/mL) determinadas após 24 h e 48 h de exposição. A atividade larvicida foi observada para A. aegypti e A. albopictus, registrando CL50 e CL90 em 24 h (0,16 e 0,94 mg/mL; 0,36 e 1,28 mg/mL) e 48 h (0,02 e 0,26 mg/mL; 0,06 e 0,62 mg/mL), respectivamente. EAQA foi pupicida para ambos os insetos em concentrações superiores às concentrações larvicidas (CL50 ≥ 0,85 mg/mL para 24 h e CL50 ≥ 0,53 mg/mL para 48 h). 0,26 mg/mL foi escolhida como a concentração diagnóstica na atividade ovicida e oviposição, apresentando atividade ovicida para ambos os insetos, comprometendo a eclosão larval em 76% e reduzindo a emergência de adultos das larvas sobreviventes em 25%. Em condições de campo, EAQA exerce efeito atraente para oviposição. EAQA apresentou uma maior concentração de carboidratos totais (15,5 mg/mL), em comparação aos teores de proteínas solúveis totais (2,0 mg/mL) e compostos fenólicos totais (0,1 mg/mL). Inibidores de bromelaína, papaína, tripsina e quimiotripsina, foram observados em EAQA com atividade de inibição enzimática em 90,94%, 68,93%, 68,75% e 9,32%, respectivamente. Não foi detectada citotoxicidade para linhagens celulares testadas (3T3) e (HepG2), nem ecotoxicidade para os microcrustáceos Ceriodaphnia dubia e Mysidopsis juniae. EAQA tem um potencial para ser adjuvante nas estratégias de manejo integrado de Aedes devido a versatilidade de atuação contra diferentes fases do ciclo de vida dos vetores, bem como sua cito- e ecocompatibilidade.Dissertação Desenvolvimento de uma vacina de subunidade multi-epítopo contra um arbovírus negligenciado das Américas: uma abordagem por imunoinformática e modelagem molecular(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-03-30) Silva, Maria Karolaynne da; Oliveira, Jonas Ivan Nobre; Fulco, Umberto Laino; https://orcid.org/0000-0002-4528-9878; http://lattes.cnpq.br/9579151361576173; https://orcid.org/0000-0003-1646-921X; http://lattes.cnpq.br/2461374517882321; http://lattes.cnpq.br/5060630863785164; Rodrigues Neto, João Firmino; Oliveira, Cláudio Bruno Silva deO vírus Mayaro (MAYV) é um arbovírus emergente nas Américas que pode causar doenças artritogênicas debilitantes. Embora a biologia do MAYV não seja totalmente compreendida, sabe-se que é derivado de alfavírus artritogênicos relacionados, como os vírus chikungunya, Ross River e O’nyong nyong. O controle efetivo da disseminação dessas doenças requer a identificação dos indivíduos infectados e o desenvolvimento de terapias preventivas e profiláticas. No entanto, atualmente, a única abordagem disponível para o controle do MAYV é o controle do vetor, já que não existem vacinas licenciadas para prevenir a infecção por MAYV nem terapêutica para tratá-la. Neste estudo, utilizamos abordagens imunoinformáticas e de modelagem molecular para identificar potenciais epítopos de células T para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus Mayaro. Para isso, analisamos 127 genomas de MAYV sequenciados nas Américas (08 Bolívia, 72 Brasil, 04 Guiana Francesa, 05 Haiti, 20 Peru, 04 Trinidad e Tobago e 14 Venezuela) e identificamos sequências de peptídeos que podem se ligar aos alelos do MHC classe I e classe II. Esses epítopos promíscuos foram selecionados com base na conservação da sequência de aminoácidos e na imunogenicidade. Através de análises de imunoinformática e modelagem molecular, identificamos 56 potenciais epítopos para MHC-I/TCD8+ e 29 para MHCII/TCD4+, sendo que apenas algumas sequências específicas de proteínas (nsP1191-199,nsP1501-509, nsP1498-506, nsP3348-356, nsP4305-314 e nsP4212-221 para TCD8+ e nsP157-71,nsP116-30, nsP1182-196, nsP1180-194, nsP115-29, nsP2640-654, nsP2639-653, nsP2679-693, nsP2677-691,nsP2680-694, nsP3127-141, nsP362-76, nsP4414-428, nsP4413-427, nsP4412- 426 e nsP4372-386 para TCD4+), exibiram alta antigenicidade, conservação, não-alergenicidade, não-toxicidade e excelente cobertura populacional. Com base nesses resultados, desenvolvemos uma vacina multiepítopo acoplada ao receptor Toll-Like 3 (TLR3) e aprimoramos sua qualidade por meio de cálculos de mecânica quântica. Com base nos resultados obtidos, a identificação de potenciais epítopos de células T pode ser importante para a compreensão da patogênese e da resposta imune a essa infecção. Além disso, o desenvolvimento de vacinas e intervenções imunoterapêuticas contra o vírus Mayaro pode ter implicações significativas para futuras pesquisas nessa área, bem como para o controle efetivo da disseminação de doenças arbovirais emergentes. Isso pode ajudar a prevenir surtos e epidemias, reduzindo o impacto dessas doenças na população e contribuindo para o avanço da saúde pública.Dissertação Aplicação dos íntrons do grupo I do mitogenoma de Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii para identificação de espécies e sua associação com susceptibilidade a antifúngicos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-04-17) Gomes, Ronald Muryellison Oliveira da Silva; Theodoro, Raquel Cordeiro; https://orcid.org/0000-0001-5016-1046; http://lattes.cnpq.br/0977453259767928; http://lattes.cnpq.br/4820520662037366; Medeiros, Silvia Regina Batistuzzo de; https://orcid.org/0000-0003-2431-0479; http://lattes.cnpq.br/5882662534904226; Andrade, Vania Sousa; Teixeira, Marcus de MeloOs complexos de espécies de Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii são compostos por fungos patogênicos que matam mais de 112.000 pessoas anualmente em todo o mundo, sendo a meningoencefalite o principal sintoma da criptococose. Características como virulência e susceptibilidade a antifúngicos podem variar dentro de cada espécie segundo o genótipo fúngico: C. neoformans é dividido nos tipos moleculares VNI, VNII, VNIII e VNIV e C. gattii em VGI, VGII, VGIII e VGIV. Sendo assim, é necessário e urgente um diagnóstico diferencial com marcadores moleculares específicos. Os íntrons autocatalíticos do grupo I podem ser um alvo potencial para distinção entre os tipos moleculares dessas leveduras já que possuem polimorfismos quanto a sua presença e sequência de pares de bases. Além disso, como o auto-splicing destes elementos é vital para a célula fúngica, eles são considerados importantes alvos terapêuticos, uma vez que estão ausentes no genoma humano. Com base nisso, este estudo objetivou avaliar a presença de íntrons do grupo I nos genes mitocondriais cob e cox1 de isolados fúngicos do gênero Cryptococcus, buscar ORFs com genes de endonucleases nas sequências intrônicas, averiguar o potencial uso desses elementos genéticos como marcadores moleculares para diferenciação de genótipos e/ou espécies e analisar sua relação com a susceptibilidade a antifúngicos, além de estudar sua origem, distribuição e evolução através de análises filogenéticas. Os dados obtidos da amplificação de íntrons dos genes cob e cox1 mostraram que o complexo C. neoformans possui em média menos íntrons em seu mitogenoma e que há um grande polimorfismo de presença e de tamanho destes elementos entre e dentro dos genótipos, o que impossibilita o uso de um único marcador intrônico para diferenciar genótipo e/ou espécie nos complexos C. neoformans e C. gattii. Contudo, a diferenciação entre as espécies é possível com combinações de PCRs dos íntrons de mtLSU e cox1 para espécies de C. neoformans e dos íntrons de mtLSU e cob para C. gattii. Aproximadamente 80,5% dos íntrons sequenciados possuíam homing endonucleases e as análises filogenéticas mostraram que íntrons que ocupam o mesmo sítio de inserção formam clados monofiléticos e provavelmente possuem como ancestral comum um íntron que invadiu esse sítio antes da divergência entre as espécies. Houve apenas um caso de invasão heteróloga oriunda provavelmente de transferência horizontal entre um isolado do genótipo VGIV e outros fungos. Quanto aos ensaios de susceptibilidade aos antifúngicos, viu-se que os valores de concentração inibitória mínima do fluconazol, 5-flucitosina e pentamidina se mostraram estatisticamente associados aos complexos de espécies, tendo o C. gattii maiores MICs para o fluconazol e o C. neoformans maiores MICs para 5-flucitosina e pentamidina. A presença de íntrons se mostrou relacionada com a susceptibilidade à anfotericina-B, para a qual uma maior quantidade de íntrons esteve associada a menores valores de MIC e à 5-flucitosina e pentamidina, para as quais a influência da presença de íntrons variou entre os complexos: quanto à 5-flucitosina, a presença de íntrons se relacionou com menor susceptibilidade em C. neoformans e maior em C. gattii, e o cenário oposto foi visto para pentamidina, para a qual os íntrons estiveram associados à maior susceptibilidade em C. neoformans e menor em C. gattii.Dissertação Characterization of Chondroitin-4-Sulfate extracted from Tilapia viscera (Oreochromis niloticus) and evaluation of its effect on the crystallization of Calcium Oxalate(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-05-15) Silva, Marianna Barros; Câmara, Rafael Barros Gomes da; Souza, Giulianna Paiva Viana de Andrade; http://lattes.cnpq.br/9747224552107070; https://orcid.org/0000-0001-5109-1991; http://lattes.cnpq.br/9200036511632745; http://lattes.cnpq.br/3882800505938474; Queiroz Neto, Moacir Fernandes de; Oliveira, Moacir Franco deGlicosaminoglicanos (GAG) são polissacarídeos sulfatados que podem modular a formação de cálculos urinários. Nesse contexto, a busca por possíveis moduladores do crescimento de cristais tem revelado o efeito promissor de um tipo de glicosaminoglicano, denominado condroitim sulfato (CS). Estudos revelam que os organismos aquáticos são fontes alternativas de condroitim sulfato. Dentre as espécies marinhas, o peixe Oreochromis niloticus, conhecido como tilápia do Nilo foi escolhida para esse trabalho por representar 52% da produção nacional de piscicultura e gerar grande quantidade de rejeitos. O presente estudo teve como objetivo isolar condroitim sulfato de vísceras do O. niloticus e avaliar o efeito modulador desse composto no crescimento de cristais de oxalato de cálcio (OxCa). Para isso, os resíduos da tilapiocultura foram expostos a um processo de proteólise enzimática, seguido de complexação e descomplexação com resina catiônica Lewatit. Esse método permitiu obter uma mistura de GAGs, que em seguida foi exposta a técnicas de purificação baseadas em fracionamentos com acetona e cromatografia de troca iônica. Para caracterizar o material de estudo, foram realizadas análises de espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier e ressonância magnética nuclear demonstraram que o CS purificado era de um condroitim-4-sufato (CSA), e este passou a ser denominado de condroitim sulfato de tilápia (CST). Dentre os resultados obtidos o CST (0,01 mg/mL) diminuiu o tamanho dos cristais de OxCa e aumentou em 15 vezes o número de cristais formados. Ensaios de microscopia de fluorescência mostraram que o CST tem esse efeito por interagir com as faces do cristal monohidrato de OxCa (COM), mas não nos cristais di-hidratados. Já dados de microscopia eletrônica de varredura indicaram que CST altera a morfologia dos cristais COM, fazendo-os assumir uma forma mais longilínea do que aqueles observados no grupo controle. Em paralelo, os testes realizados em células MadinDarby célula renal canina (MDCK) mostraram que CST não apresenta citotoxicidade nas condições avaliadas (0,01 – 0,2 mg/mL). Os dados mostram que o CST é um CSA e que esse modula a formação de cristais OxCa, o colocando em uma posição de um possível agente anti-urolitíase, porém ainda são necessários mais estudos principalmente in vivo.Dissertação Avaliação da teratogenicidade e toxicidade em peixe-zebra (danio- rerio) do extrato bruto rico em carotenoides de melão cantaloupe (cucumis melo l.) e nanonoencapsulado em gelatina(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-09-14) Pais, Tatiana dos Santos; Morais, Ana Heloneida de Araújo; Passos, Thais Souza; https://orcid.org/0000-0003-2054-1544; http://lattes.cnpq.br/9685790797554876; https://orcid.org/0000-0002-6460-911X; http://lattes.cnpq.br/1233944493334651; http://lattes.cnpq.br/8562758282690525; Camillo, Christina da Silva; Silva, Kelly AlencarO melão Cantaloupe apresenta uma polpa alaranjada rica em carotenoides, os quais podem promover diversos efeitos benéficos à saúde humana. Contudo, os carotenoides são extremamente instáveis a presença de oxigênio, luz, e ao calor, podendo ocasionar a redução das propriedades bioativas. Nesse contexto, a nanoencapsulação se apresenta como uma excelente estratégia para garantir a preservação e potencialização dos efeitos bioativos. Por outro lado, uma das grandes preocupações atuais está relacionada aos efeitos de toxicidade dessas nanopartículas. Com isso, o objetivo desse estudo foi avaliar a toxicidade e teratogenicidade do extrato bruto rico em carotenoides do melão Cantaloupe (EB) e das nanopartículas a base de gelatina suína contendo EB (EGS) em modelo animal de peixe-zebra (Danio rerio). O EB foi obtido a partir do melão Cantaloupe (Cucumis melo L.) em processos que envolveram secagem da polpa de melão (55 ̊C/24 h) para a obtenção de farinha, maceração em etanol (1:4 p/v), e partição em hexano (1:1 v/v). As nanopartículas foram obtidas por meio da técnica de emulsificação óleo em água (O/A). Para a caracterização das nanopartículas quanto a morfologia, interações químicas, tamanho de partículas e eficiência de encapsulamento, foram realizadas análises de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), Difração a Laser e Eficiência de Incorporação (EI), respectivamente. Nos experimentos em modelo animal com peixezebra, para o teste de embriotoxicidade, os 308 embriões, distribuídos em 7 grupos foram expostos a concentrações de 12,5 mg/L e 50,0 mg/L de EB e EGS durante 96 horas pós fertilização (hpf) e com 7 dias pós fertilização (dpf) foi realizado o teste optomotor. Nos testes de toxicidade com peixe-zebra adultos, os 60 peixes foram distribuídos em seis grupos e expostos a concentrações de 12,5 mg/L e 50,0 mg/L de EB e EGS durante 96 horas, e então submetidos as análises de neurotoxicidade claro/escuro, tanque novo e social. Com base nos resultados de caracterização, EGS apresentou EI de 94% (4,04), superfície lisa, sem depressões, diâmetro de 88,7 nm (7,02) e índice de polidispersão de 0,41 (0,03). O FTIR evidenciou o surgimento de novas bandas vibracionais em EGS em comparação com EB, demonstrando novas interações químicas. Nos experimentos em modelo animal, após exposição por 96 hpf, não foram observadas anomalias nos grupos tratados com EB e EGS, e os batimentos cardíacos se mantiveram entre 132 e 138 rpm dentro do esperado para embriões, semelhante aos grupos controle negativo e DMSO. Os grupos que receberam EB e EGS não apresentaram alterações morfológicas significativas. O nível de mortalidade se apresentou abaixo de 20% revelando não haver um caráter embriotóxico e nem teratogênico para EB e EGS nas concentrações utilizadas. Houve uma melhora significativa (p = 0,01) na resposta visual motora das larvas exposta ao EB e EGS que pode ser atribuída ao poder antioxidante e precursor de vitamina A dos carotenoides. Não foram identificados efeitos adversos no comportamento dos adultos, todos foram similares ao comportamento do grupo controle, sem sinais de ansiedade, estresse, nem alterações no nado, velocidade, sociabilidade que indicassem qualquer tipo de toxicidade. Portanto, foi constatado que EB e EGS mantiveram características encontradas em estudos anteriores comprovando a reprodutibilidade do método, não houve sinais de teratogenicidade, cardiotoxicidade ou neurotoxicidade nas larvas e tanto EB quanto EGS melhoraram a função cognitiva e de resposta no modelo avaliado. Os peixes adultos não apresentaram sinais de ansiedade ou qualquer outro indício de toxicidade evidenciando que EB e EGS são potencialmente seguros.Dissertação Análise da toxicidade do biomaterial hidroxiapatita funcionalizada com o íon estrôncio (Sr-HA) em Zebrafish (Danio rerio)(2023-10-27) Silva, Elisângela da Costa; Medeiros, Silvia Regina Batistuzzo de; https://orcid.org/0000-0003-2431-0479; http://lattes.cnpq.br/5882662534904226; Rachetti, Vanessa de Paula Soares; https://orcid.org/0000-0002-9551-8771; http://lattes.cnpq.br/1524215726056886; Grisólia, César Koppe; https://orcid.org/0000-0002-4456-1577; http://lattes.cnpq.br/6611558584487547A hidroxiapatita (HA) é um componente inorgânico essencial encontrado no tecido ósseo humano, e sua compatibilidade com sistemas biológicos a torna amplamente aplicável em diversos campos biomédicos. A capacidade de incorporar íons diversos na estrutura da HA permite a modificação de suas propriedades, tornando-as mais semelhantes às do próprio tecido ósseo. Um desses íonsque pode ser incorporado é o estrôncio, conhecido por sua habilidade em estimular a atividade osteogênica. No entanto, osefeitosbiológicosdasnanopartículasdeHAfuncionalizadascom estrôncio (SrHA) ainda não são completamente compreendidos. Para abordar essa lacuna, foi realizado um estudo de embriotoxicidade utilizando zebrafish (Danio rerio), seguindo as diretrizes da OCDE 236. Os embriões de zebrafish foram expostos a microesferas contendo nanopartículas de nSrHA sintetizadas a temperaturas de 5 °C e 90 °C por 120 horas. Durante o teste, foi avaliado a taxa de mortalidade, os parâmetros de desenvolvimento e a produção de espécies reativas de oxigênio (ERO). Em 168 horas pós fertilização (hpf), parâmetros comportamentais foram avaliados por meio de respostas motoras e comportamento do tipo ansioso para verificar se os biomateriais causaram efeitos neurotóxicos. Os resultadosrevelaram que a taxa de sobrevivência diminuiunogrupoSrHAsintetizadoa5°C,ehouveumaumentona produção de ERO nesse grupo. No entanto, nenhum dos biomateriais causou alterações morfológicas que sugerissem toxicidade durante o desenvolvimento larval. Além disso, os testes comportamentais não mostraram diferenças significativas em nenhum dos grupos experimentais, sugerindo que a exposição aos biomateriais testados não teve efeitos neurotóxicos. Essas descobertasforneceminformaçõesvaliosassobreasegurançados biomateriais nanoestruturados à base de HA e destacam sua promissora aplicabilidade no reparo do tecido ósseo. Com o crescenteusodosbiomateriaisàbasedehidroxiapatita,éessencial investigações sobre a segurança dessesmateriaisDissertação Caracterização de marcadores moleculares com potencial para triagem seminal: vírus e doenças metabólicas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-11-10) Albuquerque, Beatriz Helena Dantas Rodrigues de; Lanza, Daniel Carlos Ferreira; https://orcid.org/0000-0002-1341-4814; http://lattes.cnpq.br/6851351991421755; https://orcid.org/0000-0002-0140-9356; http://lattes.cnpq.br/4873609583978445; Morais, Danielle Barbosa; https://orcid.org/0000-0003-3277-1857; http://lattes.cnpq.br/1297766314966746; Campos, Julliane Tamara Araujo de Melo; https://orcid.org/0000-0002-8501-5521; http://lattes.cnpq.br/3504274193684794; Mota, Kyvia Bezerra; http://lattes.cnpq.br/6175130067753726A infertilidade é uma condição que afeta milhões de casais em idade reprodutiva em todo o mundo, envolvendo tanto o sistema reprodutor masculino quanto o feminino. Embora os fatores masculinos contribuam para metade dos casos de infertilidade, uma parcela significativa desses casos permanece sem uma causa identificada. Isso sugere a possibilidade da existência de fatores etiológicos não caracterizados, que não são adequadamente avaliados pelas atuais investigações diagnósticas. Nesse contexto, o estudo realizado teve como objetivo a caracterização de marcadores moleculares e vírus associados à saúde masculina e à qualidade do sêmen. O primeiro capítulo apresenta uma revisão abrangente do viroma seminal humano. Foi observado que o número de pesquisas que investigam vírus que ocorrem no sêmen humano tem aumentado e, até o momento, esses estudos têm sido em sua maioria prospectivos ou relacionados a achados clínicos específicos. Através da análise conjunta de todos esses artigos, foram listados os vírus relacionados à piora dos parâmetros seminais e proposto um novo painel com os principais vírus já descritos que possivelmente afetam a fertilidade e a saúde masculina. Este painel pode auxiliar na avaliação da qualidade do sêmen e servir como ferramenta de investigação em casos de infertilidade. O segundo capítulo, teve por objetivo identificar genes relevantes para o diagnóstico e a detecção precoce de distúrbios metabólicos hereditários, usando bancos de dados renomados, como OMIM e Orphanet. Foram identificados 228 genes associados a distúrbios metabólicos, referidos aqui como GADM. Notavelmente, esses genes se distribuem por quase todos os cromossomos, com uma ausência notável no cromossomo Y. Em termos de variantes genéticas, o gene APOB destacou-se com o maior número registrado. Aprofundando na prevalência de fenótipos, os distúrbios do metabolismo dos aminoácidos emergiram como a categoria mais prevalente. Também foi observado que o padrão autossômico recessivo era dominante em termos de herança. Através de uma análise meticulosa de interações proteína-proteína, revelou-se uma rede intricada que liga genes de fenótipos altamente prevalentes a outros menos frequentes. Esse mapeamento tem implicações significativas, pois indica os genes-chave para futuras investigações. A partir desta pesquisa, foram estabelecidos painéis direcionados de genes primários para a triagem e diagnóstico de doenças metabólicas em variados contextos. Este estudo reforça a necessidade de integrar dados de interações proteína-proteína para iluminar os mecanismos subjacentes de fenótipos metabólicos e potencialmente descobrir novos alvos terapêuticos ou biomarcadores para estas condições. Em suma, os resultados desta dissertação contribuem para o avanço das estratégias de diagnóstico da infertilidade do fator masculino, bem como para uma compreensão mais substancial para o aconselhamento genético e reprodutivo das doenças metabólicasDissertação Prospecção química, antioxidante e toxicológica das Esponjas Marinhas Suberites aurantiacus, Mycale angulosa e Halichondrida da Bacia Potiguar - RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-11-10) Jorge, Nathália Cristina Lopes de; Santos, Elizeu Antunes dos; Santos, Paula Ivani Medeiros dos; https://orcid.org/0000-0003-4372-2161; http://lattes.cnpq.br/6762251930590306; https://orcid.org/0000-0002-8495-8253; http://lattes.cnpq.br/0256467676093786; Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira; Gomes, Dayanne LopesAs esponjas marinhas são organismos bastante promissores na busca por moléculas bioativas com uma gama de atividades biológicas já reportadas na literatura científica, com destaque para os agentes antioxidantes. Sabendo que o estresse oxidativo está associado a várias condições de saúde, tais como: câncer, Parkinson, Alzheimer, entre outros, a busca por compostos que atuem no controle oxidativo se torna elemento chave na busca por novos tratamentos. A Bacia Potiguar do RN possui um vasto litoral com uma rica diversidade de espécies de esponjas marinhas, mas que em contrapartida é pouco explorada quanto ao seu potencial biotecnológico. Neste trabalho, realizamos a prospecção química, antioxidante e toxicológica de três espécies de esponjas coletadas no litoral da Bacia Potiguar: Suberites aurantiacus, Mycale (Zygomycale) angulosa e Halichondrida. Foram realizadas extrações sequenciais com n-hexano (HE) para preparo dos extratos e posteriormente em clorofórmio/metanol (CM), cujos extratos obtidos somente com HE foram denominados: HESUB, HEMYC e HEHALI, e os extratos obtidos com CM: CMSUB, CMMYC e CMHALI para S. aurantiacus, M. angulosa e Halichondrida, respectivamente. Os extratos em CM foram caracterizados quimicamente por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (GC/MS) e avaliados quanto à sua atividade antioxidante pelos métodos: Capacidade Antioxidante Total (CAT), poder Redutor, sequestro de íons (superóxido, DPPH, Radical Hidroxila (OH • ) e atividade Quelante de Íons (Ferroso (Fe2+) e Cuproso (Cu2+)). Os extratos CM das três esponjas também foram submetidos a ensaios toxicológicos in vitro com eritrócitos humanos e in vivo com larvas de Tenebrio molitor. A caracterização química por GC/MS revelou padrões químicos específicos para os gêneros das esponjas estudadas. Os extratos apresentaram álcoois, alcaloides, compostos fenólicos e lipídios (destes, principalmente a classes dos esteróis, estanóis, ácidos e álcoois graxos). Nos testes antioxidantes in vitro os extratos apresentaram a capacidade de sequestrar os radicais DPPH (CMHALI 60,91% ± 3,05; CMSUB 59,32% ± 3,71 e CMMYC 53,78% ± 6,96 com 1000 µg/mL) e os radicais hidroxila (CMSUB 96% ± 0,04 na concentração de 2000 µg/mL; CMMYC 37% ± 0,17 e CMHALI 54% ± 0,086 com 1000 µg/mL de extrato) e de quelar íons cobre (CMHALI 113,5% ± 1,93; CMSUB 112,1% ± 5,81 e o CMMYC com 110,6% ± 3,19 de atividade com 25 µg/mL de extrato), com destaque para a atividade quelante de cobre para os três extratos. Os ensaios toxicológicos in vitro e in vivo revelaram que em ambos os testes, em diferentes concentrações, as amostras não apresentaram efeitos tóxicos. Além disso, foram realizados ensaios antibacterianos pelo método de MIC (Concentração inibitória mínima) contra as bactérias patogênicas Staphylococcus aureus e Escherichia coli, porém não foi observada tal atividade. Os resultados aqui apresentados sugerem que as esponjas marinhas desse litoral possuem propriedades farmacológicas que podem ser investigadas visando o isolamento dos metabólitos que são responsáveis pelas atividades antioxidantes apresentadas. Além disso, existe a possibilidade de investigar o potencial desses metabólitos frente a outras atividades biológicas.Dissertação Caracterização e expressão gênica de cepas ambientais do gênero acinetobacter sp. na biodegradação de petróleo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-01) Silva, Belicia Santana da; Lima, Lucymara Fassarella Agnez; https://orcid.org/0000-0003-0642-3162; http://lattes.cnpq.br/1083882171718362; https://orcid.org/0000-0001-6707-2269; http://lattes.cnpq.br/6283135269529122; Rodrigues, Thiago Bruce; Melo, Vânia Maria MacielA poluição derivada do petróleo pode ter impactos significativos e duradouros no meio ambiente. A biorremediação surge como uma alternativa viável para abordar essa problemática. Vários estudos destacam o potencial biotecnológico de cepas ambientais de Acinetobacter baumannii para a biorremediação. No entanto, é essencial aprofundar a compreensão dos mecanismos genéticos dessa espécie para otimizar seu potencial biotecnológico. Portanto, este trabalho tem como objetivo caracterizar cepas de Acinetobacter baumannii oleumficedula, identificando os genes relacionados à biodegradação de hidrocarbonetos, bem como sua presença nas vias de degradação, e analisar a expressão dos genes-alvo. Para tanto, foram realizadas análises de produção de biossurfactantes, estimativa de degradação de hidrocarbonetos, análises de expressão dos genes e avaliação do genoma das cepas. A partir dessas análises, foi possível constatar a eficiência de todas as cepas na produção de biossurfactante, com estimativas de degradação de hidrocarbonetos variando de 7,94% a 69,82%. Foram identificados aproximadamente 81 genes diferentes associados à biorremediação em 16 vias metabólicas distintas. A expressão positiva de todos os 12 genes observados sugere um potencial promissor. Ao examinar o contexto genômico, foi verificada a similaridade genética das cepas. No entanto, mesmo apresentando similaridades genéticas, as cepas exibem diferenças fenotípicas significativas, possivelmente atribuídas à presença de um regulador mestre ou regulon. Em resumo, pode-se inferir que todas as cepas são promissoras para aplicação na degradação de hidrocarbonetos.Dissertação Prospecção da atividade antioxidante in vitro e in vivo dos extratos da semente de chañar (Geoffroea decorticans) (Gill. ex Hook. et Arn.) Burkart (Fabaceae)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-22) Silva, Ariana Pereira da; Scortecci, Katia Castanho; Rocha, Hugo Alexandre de Oliveira; https://orcid.org/0000-0003-2252-1221; http://lattes.cnpq.br/4651814546820796; https://orcid.org/0000-0002-4690-2785; http://lattes.cnpq.br/4808910380593455; http://lattes.cnpq.br/8723484019767923; Câmara, Rafael Barros Gomes da; Meneses, Carlos Henrique Salvino GadelhaA utilização de plantas para propósitos medicinais é uma prática ancestral, caracterizada pelo emprego de diversas partes desses organismos como recursos terapêuticos complementares. A Geoffroea decorticans, conhecida popularmente como Chañar, é uma planta nativa do Chile, pertencente à família das Fabaceae, Todas as partes dessa planta possuem uso na medicina popular, indo desde atividade expectorante, incluindo distúrbios broncopulmonares e alívio das dores, além de atividade antioxidante e antinociceptiva. No entanto, há poucos estudos relatando tais atividades com extratos da semente de Chañar. Posto isso, nosso trabalho teve como objetivo avaliar e caracterizar o potencial antioxidante, citotóxico e de proteção frente ao estresse oxidativo induzido por sulfato de cobre (CuSO4) dos extratos etanólico (EE) e aquoso (EA) da semente de Chañar utilizando metodologias in vitro e in vivo. Os dois extratos produzidos tiveram sua caracterização fitoquímica realizada por meio de HPLC – GC-MS/MS além de ensaios expectofotométricos como: compostos fenólicos totais e flavonóides totais. Posteriormente, foram realizados ensaios bioquímicos com o intuito de avaliar o potencial antioxidante in vitro por meio de cinco ensaios espectrofotométricos (Capacidade antioxidante total-CAT, poder redutor; 2,2-difenil-1-picril-hidrazil-DPPH; quelação de cobre e ferro) que visaram verificar os possíveis modos de ação pelos quais estes compostos bioativos estariam contribuindo com a manutenção da homeostase redox celular. Foi utilizada também a linhagem celular de fibroblastos 3T3 ATCCCCL-92 para avaliar a citotóxicidade, do EE e EA, bem como o papel protetivo dos extratos quando esta linhagem celular foi submetida ao agente estressor sulfato de cobre (CuSO4), além do potencial em induzir ou não a migração celular. Após a realização dos testes in vivo, os extratos foram avaliados em modelo animal invertebrado Tenebrio molitor. Com esse modelo, foram realizados ensaios de sobrevivência onde foi avaliada a toxicidade dos extratos assim como a capacidade protetora contra estresse oxidativo por sulfato de cobre, avaliando também parâmetros de melanização. Deste modo, os resultados obtidos por cromatografia detectaram a presença de metabólitos secundários como: Fitol; Alfatocoferol; Vitexina e Rutina. Os ensaios espectrofotométricos in vitro demonstram a capacidade antioxidante dos extratos atuarem por diferentes mecanismos de ação (inibindo, sequestrando e quelando). Enquanto os ensaios em modelo celular 3T3 demonstraram a ausência de citotóxicidade do EE e EA, e também conferiram proteção frente ao estresse oxidativo induzido por CuSO4 e a capacidade de migração celular. No modelo animal utilizado, os extratos mostraram mais uma vez a excelente capacidade protetora frente ao estresse oxidativo, capaz de combater radicais livres gerados, mitigando a melanização exacerbada. Tomados em conjunto os resultados dos ensaios (in vitro e in vivo) os extratos EE e EA das sementes de Chañar podem ser considerados como fonte de compostos bioativos com excelentes propriedades antioxidantes, fortalecendo também a utilização dos derivados gerados pela planta, visto que a depender do consumo da fruta, as sementes são tidas como um resíduo da cultura e os resultados apresentados mostra seu potencial antioxidante.