CCS - Especialização em Psicomotricidade Clínica e Escolar
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/43709
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Navegando CCS - Especialização em Psicomotricidade Clínica e Escolar por Autor "Amorin, Anna Kareninna de Melo Arraes"
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postGraduateThesis.type.badge "Ser" de afeto ao "Ser" afetado: a psicomotricidade relacional e sua função para o desenvolvimento psicomotor da criança de 3 a 6 anos do orfanato de Natal/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-08-02) Souza, Jeane Cristina de; Dias, Maria Aparecida; Amorin, Anna Kareninna de Melo Arraes; Dias, Maria AparecidaO objetivo deste projeto é de construir e executar uma proposta de intervenção psicomotora relacional junto aos orfanatos da cidade de Natal/RN que atendam crianças de 3 a 6 anos de idade cronológica registradas no cadastro único para adoção (CNA). Minha experiência familiar com primos adotivos é uma das justificativas para a minha motivação em querer desenvolver um estudo voltado ao conhecimento da realidade da criança do orfanato, porém não sendo a única justificativa, buscar compreender como se organiza o seu desenvolvimento psicomotor, correlacionando suas necessidades reais com intervenções psicomotoras é a maior importância para a continuidade deste projeto, que visa a humanização destas crianças na instituição, valorizando o seu tempo enquanto construção de um ser sujeito único e capaz de seguir progressivamente nas outras etapas de desenvolvimento. Almejo também contribuir para a regulamentação do profissional Psicomotricista tão tardiamente reconhecido no Brasil e quem sabe colaborar com a fixação deste profissionais em vários espaços envolvidos com o desenvolvimento infantil como, escolas, clínicas, hospitais e projetos voltados a políticas públicas. De carácter qualitativo e de abordagem Etnográfica baseada na Pesquisa-ação, almejamos imergir no conhecimento de um grupo social específico, (crianças de 3 a 6 anos do orfanato), buscando investigar, interagir, estudar, propôr e modificar possíveis problemas encontrados transformando o seu meio de vida institucional através da reflexão coletiva sobre a problematização vivenciada. De caracter investigativo no campo prático e não apenas no campo filosófico, sendo ambas metodologias passíveis à flexibilização e adaptação durante a execução do processo, utilizaremos metodologias baseadas em: Liberação dos orgãos competentes; reuniões de planejamento com os envolvidos na diária das crianças, responsáveis institucionais e profissionais voltados ao projeto; execução de 1(uma) sessão semanal de prática Psicomotora Relacional voltada a etapa do desenvolvimento infantil (faixa etária de 3 a 6 anos) com a utilização dos recursos passíveis a cada planejamento realizado: registro de campo através de fotos, vídeos e relatório de imagens das crianças, registro de campo enquanto questionário etno-social dos profissionais da diária, assim como registro de relatórios dos mesmo durante todo o processo de cada sessão diante de uma participação ativa por parte também destes profissionais. Concluo reforçando que é responsabilidade porém de toda a sociedade, Estado e família lidar com esta criança, devemos nos deter não apenas no acolhimento e no processo de adoção como principalmente na construção deste ser, focar na sua vida pré-orfanato, conhecer a sua cultura de movimento, sua ontologia, intervir e investir o seu pleno desenvolvimento psicomotor. Quanto antes este processo de autoconhecimento e auto aceitação for realizado, melhores respostas teremos em todos os âmbitos circundantes à esta criança. Acredito profissionalmente na hipótese que, em esfera social a contribuição que este projeto de intervenção psicomotora relacional pode trazer a esta faixa etária de 3 a 6 anos, está diretamente ligada à diminuição dos índices de adoção tardia e a não devolução destas crianças para o CNA. A partir do momento em que a prevenção relacionada à questões no âmbito da aprendizagem, do comportamento e das aquisições motoras sejam levadas às sessões psicomotoras e vistas pelo olhar diferenciado do Psicomotricista, é possível pensar na hipótese de uma vida acolhedora e um futuro promissor diante de uma convivência humanizada durante todo o período de convivência na instituição.