Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática por Autor "Aranha, Carolina Pereira"
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Tese Docência na educação de jovens e adultos no Rio Grande do Norte (2020 - 2023): saberes e práticas de professores de matemática(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-25) Flôr, Anildo Soares; Gutierre, Liliane dos Santos; https://orcid.org/0000-0001-6124-7769; http://lattes.cnpq.br/8693761992237347; https://orcid.org/0000-0001-9780-8767; http://lattes.cnpq.br/8916236558027796; Sousa, Giselle Costa de; https://orcid.org/0000-0003-0213-4179; http://lattes.cnpq.br/1300121866958282; Anjos, Marta Figueredo dos; Alencar, Edvonete Souza de; Aranha, Carolina Pereira; Dalcin, Andréia; Gouveia Neto, Sérgio Cândido deA presente pesquisa se insere nos campos da história e da historiografia do ensino de Matemática, mais especificamente relacionada à história da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no estado de Rio Grande do Norte no período de 2020 a 2023. Realizamos uma historiografia a partir de entrevistas com dezessete professores de Matemática da EJA do RN, observando seus saberes e práticas. Utilizamos também análise documental em dissertações e teses e em documentos oficiais sobre o assunto como procedimentos para a coleta dos dados, e a gravação de áudio, como técnica de registro. Nossa questão de pesquisa é: “Como ocorreu o ensino de Matemática nas escolas de EJA do RN no período entre 2020 e 2023?”. Esta tese tem como objetivo geral registrar uma história do ensino de Matemática na EJA do RN (2020-2023). Buscamos examinar como ocorreu a atuação dos professores diante das peculiaridades dessa modalidade de ensino, antes e depois da pandemia de Covid-19, bem como sua qualificação acadêmica ao longo dos anos. A atuação dos professores na EJA diante das diferenças – idades, sociais, de saberes - dos alunos está intimamente ligada à compreensão dessas particularidades que compreendem um conjunto de estruturas objetivas, internalizadas ao longo da vida dos indivíduos, adquiridas tanto coletiva quanto individualmente. Por isso, devem desempenhar um papel fundamental na orientação das ações necessárias para delinear a prática de ensino em sala de aula. Nesse sentido, conduzimos uma pesquisa qualitativa aprimorada pela etnografia educacional. Ao sistematizar, organizar e analisar as informações obtidas, baseamo-nos nos princípios de Paulo Freire, sempre buscando interpretá-los com sensibilidade e empatia. Diante do exposto, defendemos a tese que a docência no ensino de Matemática na EJA no RN, no período entre 2002-2023, foi comprometida devido ao contexto pandêmico que inviabilizou a presencialidade, deixando evidente a dificuldade de acesso à internet e ao domínio das tecnologias tanto por estudantes como professores, bem como as incoerências entre os discursos e as práticas pedagógicas dos professores, seja na elaboração/adaptação de atividades, no processo de avaliação e na condução das aulas remotas. A pesquisa aponta que a abordagem da matemática foi linear, focada no conteúdo e em exercícios repetitivos. Apesar do discurso freireano dos docentes, alegando práticas comprometidas com a realidade e o cotidiano dos alunos, isso não aconteceu. A principal razão é que essa abordagem requer que os professores sejam capacitados por meio de uma formação que incentive a reflexão sobre os aspectos que sustentam suas práticas pedagógicas e a compreensão da temática da diversidade cultural no contexto contemporâneo e, principalmente, na EJA. A escolha dos três anos desta década (2020- 2023) foi intencional. Consideramos a prática do ensino de Matemática na EJA e a formação dos professores durante e após o período de isolamento social decorrente da epidemia da Covid19. Diante das dificuldades desse episódio, a alternativa foi aulas remotas, que exigiam tecnologia e conectividade, requisitos não disponíveis principalmente aos alunos. Assim, abriu-se uma lacuna no ensino de matemática, lacuna que não será preenchida com reposição de aulas, pois foi adotada a progressão continuada como solução geral, prejuízo para os alunos já tão prejudicados.