PPGe - Doutorado em Geografia
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Navegando PPGe - Doutorado em Geografia por Autor "Araújo, Bruno Gomes de"
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Tese A expansão regional das redes de poder da Igreja Universal do Reino de Deus no Brasil(2018-04-06) Araújo, Bruno Gomes de; Albuquerque, Edu Silvestre de; ; ; Dantas, Eugênia Maria; ; Santos Filho, Ivanaldo Oliveira dos; ; Teixeira, Rubenilson Brazão; ; Gil Filho, Sylvio Fausto;O pentecostalismo se tornou o fenômeno religioso mais significativo no Brasil da segunda metade dos séculos XX e início do XXI, reverberando em sua estrutura social, cultural, política e econômica. A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), fundada em 1977, pelo bispo Edir Macêdo, apesar de não ser pioneira foi a principal protagonista nesse processo, produzindo uma nova dinâmica de expansão baseada no desenvolvimento e integração de múltiplas redes de poder que ultrapassaram o campo religioso convencional ao conquistar espaços nos circuitos superiores de produção da economia urbana, e em particular na indústria midiática, sempre interagindo fortemente com a reconfiguração regional brasileira posta em cada período. Vislumbrando as condicionantes espaciais da expansão e capilarização das redes iurdianas de poder, o núcleo central da tese buscou evidenciar que o desenvolvimento institucional e territorial da IURD de modo a completar sua universalização pelo território brasileiro, foi estruturado a partir de múltiplas estratégias, todas adequadas às condições geográficas específicas encontradas pela cúpula da Igreja (sobretudo a expansão das redes técnicas de informação e de circulação no território, e a normatização do território). Em outras palavras, a presente tese esteve sempre atenta ao ritmo das mudanças sociais e técnicas que marcaram a evolução do processo de integração diferenciada das macrorregiões brasileiras, particularmente no período de 1990 a 2010, quando a última fronteira ao evangelismo iurdiano é cruzada com sua tardia, mas intensa presença na Região Norte. A dispersão regional das redes iurdianas foi desvendada nos diferentes arranjos infraestruturais apresentados, entre eles, as redes de templos, de emissoras de radiodifusão e teledifusão, e a estrutura político partidária. Todos esses subsistemas possibilitaram a superação das contingências impostas pelas heterogeneidades do desenvolvimento socioeconômico nas regiões brasileiras, facilitando, assim, o controle e mobilização do fluxo de pessoas e de informação, bem como, o acesso às áreas mais remotas do território brasileiro.Tese Poder financeiro e eleições estaduais no Brasil em 2014, 2018 e 2022(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-07-31) Almeida, Cássio Rodrigo da Costa; Albuquerque, Edu Silvestre de; http://lattes.cnpq.br/3353125804259611; https://orcid.org/0000-0002-9732-4145; http://lattes.cnpq.br/1337928327316971; Locatel, Celso Donizete; Barbosa, Jane Roberta de Assis; Araújo, Bruno Gomes de; Costa, Rodolfo Ferreira Ribeiro daA relação entre geografia política e contabilidade envolve a análise de como o espaço territorial e as dinâmicas de poder influenciam a distribuição de recursos financeiros no período eleitoral. neste sentido, a pesquisa teve como objetivo analisar a importância dos aspectos financeiros nas eleições majoritárias das Unidades Federativas (UFs) brasileiras nos pleitos de 2014, 2018 e 2022. Quanto aos objetivos específicos, buscou-se: identificar as fontes de arrecadação das campanhas eleitorais majoritárias das UFs; analisar a composição dos gastos das campanhas eleitorais majoritárias das UFs; e analisar a influência das variáveis independentes e de controles no êxito das campanhas eleitorais majoritárias das UFs. Nossa hipótese é de que a variável financeira é um fator que influencia em campanhas eleitorais, possibilitando maior alcance dos eleitores e o êxito eleitoral dos candidatos. Quanto aos procedimentos técnicos, adotou-se a análise comparativa histórica e definiu-se como amostra as candidaturas dos eleitos e não eleitos ao cargo de governador das 27 UFs nas eleições de 2014, 2018 e 2022. O levantamento dos dados ocorreu por meio do DivulgaCand (TSE). Para verificar o comportamento espacial dos dados através da localização, interação e representação dos fenômenos, empregamos o software aberto Qgis versão 3.32.0. Para a construção do modelo estatístico foi utilizado a técnica de Regressão Logística (Logit). Quanto às variáveis dependentes, foi caracterizada como os candidatos eleitos e não eleitos ao cargo de governador. Para as variáveis independentes, empregou-se as receitas e as despesas, financeiras e não financeiras. Quanto as variáveis de controle, foram: reeleição, gênero, patrimônio do candidato, IVS – infraestrutura e renda per capita. Os resultados mostraram que a variável “receita total” recebida pelos candidatos, não obteve um bom nível de significância, ou seja, não influenciou no caso dos eleitos. Da mesma forma, a variável “receita financeira” não obteve um bom nível de significância. Considerando a variável “despesa total”, a mesma também não obteve um bom nível de significância no caso dos eleitos. No entanto, a variável “despesa financeira” mostrou que na medida que mais gastam, aumentam em 1% a probabilidade de serem eleitos. Sobre as variáveis de controle, pode-se identificar que o “patrimônio” dos candidatos, mostrou que quanto maior for seus recursos, maior será a razão de chances de êxito. Da mesma forma, quando um candidato pleiteia a “reeleição”, sua razão de chances aumenta. Em termos percentuais, tal aumento representa 15,14% a mais de probabilidade de ser eleito. Com relação ao “gênero”, foi identificado que quando os candidatos são do gênero masculino, a sua razão de chances de êxito é maior. Quanto ao “IVS - dimensão infraestrutura”, das cidades onde residiam os candidatos no período eleitoral, quanto maior tal índice, maior a sua razão de chances de êxito. Da mesma forma a “renda per capita”, pois quanto maior for esse indicador nos estados em que concorreram, a sua razão de chances de êxito aumenta em 1%. Isto posto, a hipótese da pesquisa foi respondida, pois identificamos que o candidato que gasta mais, tem 1% de chance a mais de êxito. Assim, a hipótese testada foi considerada positiva, aliada ainda com as demais variáveis. Conclui-se que o modelo proposto ofereceu subsídios suficientes para analisar a importância dos aspectos financeiros nas eleições majoritárias dos estados brasileiros.Tese Práticas espaciais, religião e poder: uma análise geográfica da atuação política das denominações neopentecostais no Brasil (1988-2022)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-28) Correia, José Leandro Fernandes dos Santos; Albuquerque, Edu Silvestre de; http://lattes.cnpq.br/3353125804259611; http://lattes.cnpq.br/6368842396010620; Carvalho, Antônio Alfredo Teles de; Araújo, Bruno Gomes de; Locatel, Celso Donizete; Morais, Hugo Arruda deAs igrejas neopentecostais representam um fenômeno religioso que se estruturou no Brasil desde a década de 1970. O objetivo geral desta pesquisa foi analisar as diversas estratégias de difusão espacial dessas instituições religiosas com foco na análise de suas ações políticas, considerando que o seu poder é demonstrado por meio da eleição de diversos parlamentares que são atores religiosos (bispos, pastores) e têm em sua estratégia a expansão, o controle e o gerenciamento territorial. Para tanto, foram considerados dados que explicam a lógica de crescimento das igrejas pesquisadas por meio do processo eleitoral, do controle de partidos políticos e da destinação de recursos públicos para a criação e manutenção de empreendimentos religiosos. A análise dos dados teve como base a teoria da problemática relacional de Raffestin (1993) e o conceito de práticas espaciais de Corrêa (1995) e Souza (2022). Dentre os resultados alcançados, foi possível demonstrar que as três maiores organizações religiosas pesquisadas nesta tese (Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Mundial do Poder de Deus e Igreja Internacional da Graça de Deus) compõem em suas práticas espaciais um conjunto ordenado de mecanismos estratégicos que reforçam a relevância política dessas organizações no contexto do Estado brasileiro. Destarte, desde o recorte temporal que estamos tratando, isto é, o ano de 1988, com a publicação da Constituição Brasileira, até 2022, tais organizações religiosas lançam na agenda política posturas ideológicas que não se sustentam perante sua inserção no sistema de relações políticas. Outrossim, comprovou-se que, dentro da lógica patrimonialista e pragmática do chamado presidencialismo de coalizão, as igrejas neopentecostais participaram de todos os governos federais do período 1988-2022. Com isso, confirmou-se a tese desta pesquisa de que a estratégia espacial na expansão das igrejas neopentecostais se dá em função da busca por mais projeção social e poder, bem como a sua atuação institucional com discursos e práticas que não cabem em definições ideológicas, mas se adaptam a governos de distintas matizes ideológicas, propondo barganhas políticas e se encaixando no jogo político característico do chamado Estado Patrimonialista brasileiro.