PPGe - Doutorado em Geografia
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Tese Integração bancária do território potiguar(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2015-09-04) Santos, José Erimar dos; Costa, Ademir Araújo da; ; http://lattes.cnpq.br/8382380271380702; ; http://lattes.cnpq.br/3239534442956034; Silva, Aldo Aloisio Dantas da; ; http://lattes.cnpq.br/7256935171597850; Carvalho, Antonio Alfredo Teles de; ; http://lattes.cnpq.br/7576677974638781; Contel, Fábio Betioli; ; http://lattes.cnpq.br/3084478148165302; Gomes, Rita de Cássia da Conceição; ; http://lattes.cnpq.br/3188665123953039Objetiva-se compreender o processo de territorialização dos serviços bancários e como isso se configura no plano da existência do território e da economia política urbana no atual período, tomando como recorte empírico o estado do Rio Grande do Norte. Para tanto, foi necessária uma análise teórica e empírica, em que ao mesmo tempo buscasse apreender a coisa em estudo como nexo e sistema, sendo necessários uma pesquisa bibliográfica e um levantamento de dados primários e secundários. A tese é de que a manifestação da expansão dos serviços bancários e financeiros constitui uma dinâmica territorial dada pelos lugares a partir do arranjo normativo e técnico, invasor da vida cotidiana, constituindo uma dimensão espacial que aqui se está a chamar de Território (onto)Lógico. Território por tratar-se de uma discussão geográfica que enfatiza o controle efetivo de certas instituições bancárias sobre objetos e práticas sociais. (Onto)lógico corresponde, simultaneamente, a duas formas de ser-do-homem no mundo: 1) ser-do-espaço, daí onto (relativo ao Ser, ao fazer-se humano, pois o homem é sempre projeto que está-por-ser, assim como o é o espaço geográfico e os processos, a exemplo da expansão dos serviços bancários); 2) ser-no-espaço, que corresponde a uma lógica de apreensão do espaço: condição para uma ordem de dispersão de objetos e organizações, daí lógico (relativo ao uso do lugar mediante intencionalidade que visa apreendê-lo como campo a ser preenchido por arranjos de objetos e ações estratégicas). Como resultado desse processo tem-se o lugar enquanto base de concretização da integração financeira do território constitutivo de forma-ações bancárias herdadas (agências bancárias) e novas variáveis (correspondentes bancários e novos arranjos técnicos, científicos, informacionais e comunicacionais: computador e celular plugados à internet), cuja expressividade no plano da economia urbana caracteriza-se por elos cada vez mais intensos entre circuito superior e circuito inferior. Portanto, no território (onto)lógico, há a existência enquanto um recurso dos atores hegemônicos, realizada por uma ordem da dispersão dos fixos e das ações bancários (lógica), influenciando direta ou indiretamente na organização da existência ou (re)produção social (onto), que por sua vez também solidariza-se à forma como essa dispersão ocorre ou pode ocorrer, pois a dimensão do território enquanto abrigo dos atores hegemonizados é fundamental na realização dessa disputa territorial bancária.Tese Da análise sistêmica à Serra de Martins: contribuição teórico-metodológica aos brejos de altitude(2016-12-16) Medeiros, Jacimária Fonseca de; Cestaro, Luiz Antonio; ; http://lattes.cnpq.br/8560399929947927; ; http://lattes.cnpq.br/7137009169288085; Cavalcanti, Lucas Costa de Souza; ; http://lattes.cnpq.br/0571151043430712; Zanella, Maria Elisa; ; http://lattes.cnpq.br/4796364766536684; Camacho, Ramiro Gustavo Valera; ; http://lattes.cnpq.br/1079760233135463; Lima, Zuleide Maria Carvalho; ; http://lattes.cnpq.br/1283103005046733Os sistemas ambientais devem ser entendidos sob a ótica de um todo complexo formado por partes (rochas, formas de relevo, solo, água e cobertura da terra) e carregados de processos e interações entre os elementos, movidos pelos constantes fluxos de matéria e energia. Nessa perspectiva, esta pesquisa objetiva analisar a Serra de Martins a partir de uma metodologia sistêmica com vistas à delimitação de Unidades Geoambientais. O primeiro capítulo aborda uma discussão teórica acerca dos conceitos concebidos à luz da análise sistêmica, destacando-se a evolução teórico-metodológica da Teoria Geossistêmica. Além disso, foi traçada uma discussão acerca dos Brejos de Altitude do Nordeste brasileiro. O segundo capítulo objetivou uma caracterização climática da Serra de Martins, buscando diferenciar este maciço das regiões do entorno. Para tanto foram utilizados dados climáticos (temperatura e precipitação) de uma série histórica de 30 anos para os municípios de Antônio Martins e Martins, os quais subsidiaram a posteriori, o balanço hídrico da área. Como resultado, afere-se que a Serra de Martins apresenta particularidades climáticas influenciadas pela altitude. O terceiro capítulo se pautou na caracterização dos aspectos geológicos e geomorfológicos da área de estudo, baseando-se em levantamento de dados secundários, elaboração cartográfica e trabalhos de campo. Com efeito, destaca-se que a Serra de Martins está erguida sobre terrenos cristalinos de diversas litologias com a ocorrência de capeamento sedimentar concentrado nas áreas planas da Chapada. Concluiu-se ainda, que as formas de relevo presentes na área estão condicionadas às diferentes Unidades Litoestratigráficas e se classificam em unidades denudacionais e unidades agradacionais. O quarto capítulo traz uma caracterização dos solos da área de estudo, a partir de análises física e química de amostras coletadas em 20 pontos. Posteriormente, os dados foram submetidos à técnicas estatísticas de agrupamento de dados. Assim, a discussão dos resultados se estabeleceu numa perspectiva físico-química, e as diferenças encontradas propiciaram a compartimentação pedológica da área de estudo em três grupos, Depressão, Encostas e Chapada. O quinto capítulo se pautou na discussão de como a Serra de Martins está ocupada, sendo identificadas na área as seguintes classes de cobertura da terra: Floresta Estacional Semidecidual, Savana-Estépica Florestada, Savana-Estépica Arborizada, Agricultura Permanente, Agricultura Temporária, Solo Exposto, Área urbana e Corpos D’água. Os capítulos acima mencionados foram de fundamental importância para o desenvolvimento do último capítulo que intencionou a compartimentação geoambiental da área de estudo ancorada na análise multivariada de dados. Deste modo, na área de estudo foram identificadas as seguintes Unidades Geoambientais, sendo, fácie 1: Superfícies Rebaixadas de Relevo Plano a Suave Ondulado em Embasamento Cristalino com Savana-Estépica Arborizada sobre Luvissolos, fácie 2: Superfícies Rebaixadas de Relevo Movimentado em Embasamento Cristalino com Savana-Estépica Arborizada sobre Argissolos Vermelho-Amarelo Eutrófico, fácie 3: Escarpas Serranas de Relevo Movimentado em Embasamento Cristalino com Savana-Estépica Floresta sobre Neossolos Litólicos, fácie 4: Superfícies Tabulares com Relevo Plano em Capeamento Sedimentar com Floresta Estacional Semidecidual sobre Latossolos Amarelo Distróficos, fácie 5: Escarpas Serranas com Relevo Suave Ondulado em Embasamento Cristalino com Savana-Estépica Florestada em Neossolos Litólicos e fácie 6: Escarpas Erosivas de Relevo Movimentado em Embasamento Cristalino e Capeamento Sedimentar com Floresta Estacional Semidecidual sobre Latossolos Amarelo Distróficos. A partir dos elementos constituintes e interações entre estes, foi possível identificar que a fácie 4, deve ser entendida sob a luz dos Brejos de Altitude, denominada Brejo de Altitude Chapada de Martins.Tese Territórios rurais e desenvolvimento no Rio Grande do Norte: política e planejamento(2016-12-20) Rodrigues, Leandro Paiva do Monte; Locatel, Celso Donizete; ; http://lattes.cnpq.br/2047387364725653; ; http://lattes.cnpq.br/2202602945566827; Mariano Neto, Belarmino; ; http://lattes.cnpq.br/2870634336094461; Costa, Fernando Bastos; ; Azevedo, Francisco Fransualdo de; ; http://lattes.cnpq.br/2719998085102847; Carneiro, Rosalvo Nobre; ; http://lattes.cnpq.br/8412414250233687O rural brasileiro é marcado pelo conflito direto entre os latifundiários e os trabalhadores (camponeses), compondo a base de sua formação socioespacial. Esta relação conflituosa acirrou-se com o desencadeamento da expropriação dos trabalhadores rurais, a partir da década de 1960, e a intensificação da saída da população para as cidades. O foco de investimento por parte do Estado foi às cidades e o campo, por outro lado, ficou com as estruturas intocadas, pautada no latifúndio e na monocultura. Os conflitos agrários chamaram a atenção para o problema da terra e da vida na terra, pressionando o Governo a desenvolver Políticas Públicas que atendessem aos agricultores familiares, e dessem protagonismo as organizações sociais. Foi nesse contexto que foi criado o Programa de Desenvolvimento Sustentável dos Territórios Rurais (PRONAT), no ano de 2003. Esta pesquisa tem por objetivo analisar o Programa de Desenvolvimento Sustentável dos Territórios Rurais, enquanto política do Estado, da formulação à execução, tomando como referência a concepção de desenvolvimento que estrutura o Programa, o caráter territorial do desenvolvimento e sua aplicação nas políticas públicas, enfocando empiricamente o Território Rural do Trairí/RN. Parte-se da premissa que a falta de institucionalização do PRONAT e das instâncias de governanças territoriais inviabilizam a participação efetiva dos poderes públicos, com poder de decisão, e dos agentes do mercado. Neste sentido a política de desenvolvimento rural tem se estabelecido como uma política setorizada para o rural, mantendo a antiga estrutura de execução das políticas de desenvolvimento. O trabalho se constituiu a partir da experiência do autor como assessor territorial do Território Rural do Trairí/RN. Foi feito uma análise sobre a composição dos participantes dos territórios, dos eventos realizados e dos investimentos do PROINF. É necessário a legitimação das instâncias territoriais como um espaço com poder decisório, composto pela sociedade civil, o Estado e o agente do mercado. Para assim, efetivar um desenvolvimento com base territorial.Tese A digital geográfica do turismo: uma análise teórico-metodológica e conceitual de teses e dissertações no âmbito dos programas brasileiros de pós-graduação stricto sensu em geografia(2017-02-10) Maranhão, Christiano Henrique da Silva; Azevedo, Francisco Fransualdo de; Locatel, Celso Donizete; ; http://lattes.cnpq.br/2047387364725653; ; http://lattes.cnpq.br/2719998085102847; ; http://lattes.cnpq.br/1578152240799398; Gomes, Rita de Cássia da Conceição; ; http://lattes.cnpq.br/3188665123953039; Nóbrega, Wilker Ricardo de Mendonça; ; http://lattes.cnpq.br/0025142529544906; Brumes, Karla Rosário; ; http://lattes.cnpq.br/0774134842869438; Silva, Márcia da;Esta pesquisa analisa as principais tendências teórico-metodológicas e conceituais presentes nos estudos sobre o turismo, a partir da produção do conhecimento geográfico (teses e dissertações), fomentada no âmbito dos Programas brasileiros de Pós-graduação stricto sensu em Geografia. Paralela a essa questão, está a possibilidade de identificar a relevância do uso do conteúdo científico contido no conceito de Espaço geográfico e na sua teoria, com base na obra do geógrafo Milton Santos, verificando com isso, a significância de um conhecimento específico da Geografia para a construção e validação do saber em questão. Este estudo classifica-se como descritivo-exploratório, dotado de um viés qualiquantitativo. Além disso, aplicou-se a análise de conteúdo de Bardin (2004), análise temática indicada por Richardson (2008), além dos Programas Wordle (Nuvens de palavras) e Pajek (constituição de Redes). Como suporte analítico, tem-se a forma como o turismo se materializa no Brasil, desde 1930, gênese da atividade no país. Somada com o ordenamento dos principais subsídios teórico-metodológicos da ciência geográfica, a fim de identificar as possibilidades, pelas quais as pesquisas norteiam-se. Por tudo isso, atesta-se que, dos 63 programas brasileiros de pós-graduação stricto sensu em Geografia validados no período do levantamento, 44 deles apresentaram 814 pesquisas sobre o turismo, das quais 641 são dissertações (nível mestrado) e 173 teses (nível doutorado), espacializadas por 35 Instituições de Educação Superior. De posse desses dados, entende-se que a Geografia estuda o turismo por meio das ações que ele promove nas paisagens, sobretudo naturais, revelando que o turismo brasileiro se dá, prioritariamente, pela utilização dos recursos naturais, os quais motivam os deslocamentos turísticos. E a partir dessa atuação nas paisagens, o turismo acaba transformando-as em “produtos” e “mercadorias” a serem comercializadas e consumidas, com todo processo mediado pelo sistema capitalista. Com isso, os principais estudos realizados pela ciência geográfica para interpretar a organização da práxis do turismo brasileiro, variam pelo viés econômico, pelo enfoque sobre o espaço geográfico, pelos impactos causados na natureza, pela busca por sustentabilidade e pela consolidação da instância social. Grande parte dessas informações é respaldada pelo método de abordagem dialético. A ciência geográfica ainda empenha-se em desvendar o fenômeno turístico entendendo-o como fenômeno social intrínseco ao processo de desenvolvimento. Contudo, essa forma de analisar o turismo ainda se configura como minoritária, fato que justifica a pífia presença de pesquisas com base no método fenomenológico. Enquanto tema de pesquisa, o turismo não precisa ser mais nem menos importante para a Geografia. Juntamente com os demais temas, só precisa ser estimulado, em função da contribuição que pode fornecer, a fim de construir uma sociedade mais justa no futuro breve.Tese A natureza da centralidade urbana em Natal(2017-04-10) Araújo, Josélia Carvalho de; Gomes, Rita de Cássia da Conceição; http://lattes.cnpq.br/3188665123953039; http://lattes.cnpq.br/6959230069047497; Costa, Ademir Araújo da; Silva, Alexsandro Ferreira Cardoso da; http://lattes.cnpq.br/8083307867459651; Diniz, Lincoln da Silva; http://lattes.cnpq.br/9661738814291410; Holanda, Virginia Célia Cavalcante de; http://lattes.cnpq.br/9956987624407961Este trabalho versa sobre a natureza da centralidade urbana em Natal. Apresenta como pressuposto de tese que a natureza da centralidade urbana é diversa em seus conteúdos, processos e formas, por ser o espaço urbano permeado por igual diversidade. Objetiva explicitar a natureza da centralidade urbana em Natal, considerando os conteúdos, processos e formas que a constituem, bem como os fatores concorrentes para a sua diversificação. Para atingir o objetivo estabelecido, orienta-se pela teoria da produção do espaço, de Henri Lefebvre, buscando apreender os processos que vêm se desencadeando no contexto urbano de Natal, desde a década de 1980 à atualidade, sob uma perspectiva dialética. Como auxílio à leitura da realidade, baseia-se em importantes aportes teóricos atinentes à temática da centralidade urbana, espaço urbano e economia terciária; não descuidando da produção acadêmica sobre a temática, e sobre a Cidade do Natal, do exame a documentos que também tratam da história da referida cidade, arquivos oficiais junto a órgãos públicos, bancos de dados, pesquisa de campo, entrevistas junto a gestores públicos e líderes de organizações da sociedade civil organizada. Como resultado do processo investigativo, explicita que a natureza da centralidade urbana em Natal é diversa e multicêntrica. Diversa, por terem sido reveladas várias dimensões de centralidade, em conformidade com a natureza dos seus conteúdos: histórica, cultural, simbólica, ideológica e econômica; sendo a dimensão econômica da centralidade urbana proeminente no espaço urbano, e estando a mesma permeada junto às demais, dado que a cidade é lugar de trocas, onde o fator econômico se faz proeminente, e preside a produção do espaço urbano. Multicêntrica, pelos vários centros urbanos que vêm se conformando desde a formação do Núcleo do Centro histórico de Natal à atualidade, com as novas centralidades, decorrentes do processo de expansão do terciário moderno na cidade.Tese O Programa Minha Casa Minha Vida no Rio Grande do Norte: uma análise comparativa da habitação popular em contextos urbanos distintos(2017-05-30) Nascimento, Eduardo Alexandre do; Costa, Ademir Araújo da; ; http://lattes.cnpq.br/8382380271380702; ; http://lattes.cnpq.br/0826568876696395; Locatel, Celso Donizete; ; http://lattes.cnpq.br/2047387364725653; Gomes, Rita de Cássia da Conceição; ; http://lattes.cnpq.br/3188665123953039; Melazzo, Everaldo Santos; ; http://lattes.cnpq.br/5123023776386296; Holanda, Virginia Célia Cavalcante de; ; http://lattes.cnpq.br/9956987624407961A produção do ambiente construído em larga escala na forma de moradias promovida pelo Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), tem gerado um conjunto de resultados positivos e negativos em diversas cidades do Rio Grande do Norte (RN). Dentre esses resultados é possível destacar a transformação da paisagem e da configuração dos espaços urbanos; a dinamização da economia e a geração de postos de trabalho; as implicações sobre o déficit habitacional e as condições de habitabilidade de famílias de baixa renda; e uma série de problemas socioespaciais tais como, especulação imobiliária, encarecimento da terra e da moradia, periferização residencial, segregação e o endividamento de famílias de baixa renda. Diante da extensão do recorte espacial definido a priori (o território do RN), da grande heterogeneidade de seu quadro urbano e dos rebatimentos desiguais do Programa no território, optou-se por organizá-lo em três recortes espaciais menores para melhor operacionalizar a pesquisa do ponto de vista metodológico: a Região Metropolitana de Natal (RMN), Mossoró na condição particular de cidade média e as pequenas cidades do estado. A definição de tais recortes constitui uma ferramenta metodológica elaborada com duplo objetivo: 1) para contornar a grande heterogeneidade do quadro urbano do estado, colocando uma variedade significativa de cidades com características comuns dentro de recortes espaciais maiores e mais homogêneos, a fim de operacionalizar melhor o desenvolvimento da análise diante de um grande universo empírico de situações particulares; 2) demonstrar como o Programa se espacializa, com seus resultados e contradições, de forma distinta em cada conjunto de cidades, acarretando consequências socioespaciais, sobremodo variadas. Isto põe em relevo o poder contingente das condições pré-existentes de cada contexto urbano local, enquanto determinante fundamental dos resultados do Programa no RN e define, por conseguinte, a hipótese de trabalho desta pesquisa. Esta postula que cada um desses recortes não constitui um mero reflexo da realidade, eles interferem nos processos sociais como um todo, e, portanto, em aspectos centrais do Programa, como na predominância do tipo de faixa de renda; no valor das habitações; na localização dos empreendimentos; no tipo de financiamento para aquisição das habitações; na quantidade de empreendimentos; nos resultados de redução do déficit habitacional; e na qualidade estrutural e estética dos imóveis e assentamentos. Assim, o objetivo central do presente trabalho consiste em analisar o processo e os resultados do desenvolvimento desigual do PMCMV sobre a realidade urbana do RN, a partir da influência dos conteúdos particulares de três tipologias urbanas distintas. A fim de alcançar tal objetivo optamos pela combinação de abordagens metodológicas de cunho teórico e de coleta de dados secundários, enfatizando essencialmente o caráter e os aspectos gerais do objeto em tela, e de abordagens metodológicas empírico-quantitativas, privilegiando a coleta de dados concretos in loco, a fim de propiciar informações palpáveis, essenciais à compreensão da materialização desigual do PMCMV no quadro urbano do RN.Tese Vazios urbanos nas áreas centrais: os casos do Porto-PT e de Natal-BR(2017-07-21) Silva, Eugênio Ribeiro; Valença, Márcio Moraes; Costa, Ademir Araújo da; http://lattes.cnpq.br/8382380271380702; http://lattes.cnpq.br/7057449448661416; http://lattes.cnpq.br/5495595462647904; Dozena, Alessandro; http://lattes.cnpq.br/1811716812760920; Silva, Ângelo Magalhães; http://lattes.cnpq.br/5105554142306869; Lins, Regina Dulce Barbosa; http://lattes.cnpq.br/0222281897042995; Vidal, Soraia Maria do Socorro Carlos; http://lattes.cnpq.br/6734532008785730No âmbito da produção do espaço urbano, uma importante estratégia de valorização é a permanência de vazios urbanos para a especulação imobiliária. Além dessa visão clássica de vazios urbanos, outras formas de esvaziamento aparecem nas cidades do mundo inteiro. Por isso, esse trabalho objetivou a construção de uma tipologia para analisar o processo de esvaziamento em suas diversas nuances, como brownfields, greyfields e greenfields. Além desses, outros termos se enquadram para análise do processo de esvaziamento, sobremaneira nas áreas centrais das cidades, a saber: imóveis subutilizados, imóveis não utilizados, imóveis não edificados e imóveis em ruínas. Mediante o uso da tipologia dos vazios urbanos, foi possível caracterizar cada tipo de vazio urbano, possibilitando a elaboração de explicações balizadas pela teoria, acerca do seu papel na dinâmica imobiliária da cidade de Natal. Como contraponto, foi analisado o caso da cidade do Porto, em Portugal, onde se tem buscado minimizar o quadro de abandono e degradação das áreas centrais com políticas de reabilitação urbana. Por meio de visitas in loco, com levantamento fotográfico e observação para mapeamento dos tipos de vazios, bem como por meio de entrevistas semiestruturadas junto à agentes dos setores público e privado, foi possível compreender melhor os efeitos dos vazios urbanos nas cidades em tela, bem como os processos em curso para reabilitação de áreas centrais. A tese concluiu que os vazios urbanos causam problemas de diversas ordens para a cidade e que, por isso, precisam ser combatidos. No entanto, é preciso desenvolver uma reabilitação urbana que leve em conta o interesse da população menos favorecida, a fim de evitar a gentrificação.Tese Usos do território e rede urbana potiguar(2017-09-29) Tavares, Edseisy Silva Barbalho; Silva, Aldo Aloisio Dantas da; ; ; Locatel, Celso Donizete; ; Gomes, Rita de Cássia da Conceição; ; Silva, Adriana Maria Bernardes da; ; Sposito, Maria Encarnação Beltrão;A rede urbana do Rio Grande do Norte vem sendo reestruturada no período atual devido às mudanças relacionadas à expansão dos sistemas de engenharia de transportes e telecomunicações. Pela disseminação de formas produtivas modernas, além das regiões polarizadas, e ainda pela expansão das redes comerciais de varejo e das formas de produção não-material, como é o caso dos serviços bancários, postais e educacionais. À medida que os novos usos do território estadual se realizam, aumentam a complexidade da configuração da rede urbana. Nesse sentido, nosso objetivo é compreender a rede urbana do Rio Grande do Norte no período técnico-científico-informacional, entendendo que o avanço desse novo meio no território promove a sua reestruturação em função da superposição de redes que quebra qualquer lógica pautada numa hierarquia rígida. Para tanto, buscamos conhecer o conjunto de materialidades e ações geografizadas no território estadual, a partir da difusão do meio técnico-científico-informacional, especialmente a partir dos anos 1990, bem como compreender as principais mudanças ocorridas no território estadual a partir desse período, identificando e analisando as principais redes que coabitam e reestruturam a rede urbana potiguar nesse espaço de tempo. As análises nos permitiram considerar que as mudanças ocorridas na rede urbana estadual a partir do meio técnico-científico-informacional são de várias ordens e a tornam, cada vez mais, complexa e diferenciada. Anteriormente, tinha-se uma rede de interações entre as cidades do estado que para uma boa parte das atividades, mesmo àquelas mais cotidianas, se mantinha uma situação de dependência em relação aos centros que exerciam algum nível de centralidade. No contexto atual, o uso do território norte-rio-grandense, dada uma certa densidade de técnica, ciência e informação, mantém a hierarquia clássica em algumas redes, mas coexistem com essas, redes com hierarquias diversas, cujos fluxos são redirecionados inclusive para cidades locais. De tal modo, as cidades do Rio Grande do Norte participam de mais de uma rede e em diferentes escalas simultaneamente, com funções e papéis diferenciados em cada uma delas.Tese Território sem lugar: a inexistência de políticas territoriais no Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017-12-11) Aranha, Pablo Ruyz Madureira; Silva, Aldo Aloisio Dantas da; http://lattes.cnpq.br/7256935171597850; http://lattes.cnpq.br/3490535550021736; Locatel, Celso Donizete; https://orcid.org/0000-0001-7006-1480; http://lattes.cnpq.br/2047387364725653; Gomes, Rita de Cássia da Conceição; Rocha Neto, João Mendes da; Barros, Sérgio Ricardo da SilveiraPor política territorial entende-se aquela que apreende o território como elemento fundamental e a totalidade como princípio fundante. Este trabalho conclusivo de doutoramento em Geografia defende a tese que não há políticas territoriais no Brasil. Parte-se da hipótese que no Brasil só há uma única forma de pensar a relação entre políticas públicas e território: o território é sempre pensado a partir das políticas públicas. Pensa-se o rebatimento das políticas públicas no território ao invés de pensar as políticas públicas com base nas demandas e problemas do território. Comprova-se que o território é somente uma adjetivação retórica nos documentos oficiais do governo federal brasileiro. Baseando-se na perspectiva geográfica miltoniana e na perspectiva estratégica matusiana como fundamentos teóricos, analisa-se as políticas públicas do governo federal que mencionam o território e demonstra-se que há uma retórica territorial generalizada, comprovando-se o pensamento invertido da relação entre políticas públicas e território, causa da cegueira situacional eminentemente geográfica da estrutura de planejamento governamental no federalismo brasileiro. Conclui-se que não existem políticas territoriais no Brasil. A origem desse resultado tem a ver com a incompreensão teórica e existencial do(s) lugar(es), lá onde as políticas públicas se efetivam. É urgente a formulação de uma política territorial brasileira.Tese Dinâmica do comércio das áreas tradicionais no contexto da produção do espaço urbano de Natal/RN(2018-03-02) Lopes, Rosa Maria Rodrigues; Gomes, Rita de Cássia da Conceição; ; ; Costa, Ademir Araújo da; ; Diniz, Lincoln da Silva; ; Clementino, Maria do Livramento Miranda; ; Vieira, Sidney Gonçalves;A pesquisa ora apresentada centra-se no estudo sobre a dinâmica comercial das áreas tradicionais de comércio no contexto da produção do espaço urbano de Natal. O direcionamento teórico se aporta na teoria da produção do espaço e em seus conceitos e categorias de análise, mas, também, nos conceitos de cidade, urbano e formas comerciais. Com base no método regressivoprogressivo de Henri Lefebvre, parte-se da leitura do objeto de estudo ao fazer uma descrição do momento atual, para em seguida, regressar ao passado na busca de analisar os diferentes momentos, os processos e os agentes que delinearam a materialidade presente. Por fim, pretende-se retomar o presente elucidado para compreendê-lo em suas contradições e as perspectivas desenhadas para o futuro. Do ponto de vista empírico, reporta-se à produção do espaço urbano da cidade do Natal para compreender os processos recentes que dão sentido à uma nova dinâmica comercial, com a inserção de novos espaços para a prática comercial citadina ao mesmo tempo em que os espaços tradicionais de comércio se mantêm no contexto da cidade. Como metodologia utilizou-se levantamento bibliográfico em livros e periódicos para efeito de discussão teórica, além de coleta de dados secundários em diversos órgãos e pesquisa de campo com o objetivo de empreender observações sistemáticas, entrevistas, bem como produzir material fotográfico sobre a área em estudo. A tese que se defende na pesquisa é a de que ainda que no processo de produção do espaço urbano de Natal, a atividade comercial tenha se expandido para outras áreas da cidade, essa atividade permaneceu nas áreas tradicionais de comércio que compreendem os bairros da Ribeira, Cidade Alta e Alecrim. Os resultados indicam que esse comércio, sobretudo o varejista, de acentuado caráter popular, se refaz no contexto da expansão, modernização e diversificação do comércio citadino. Dessa combinação de processos, tem-se, na atualidade um centro que tradicionalmente sediou a atividade comercial e que mantém condições de centralidade diversas, sendo a atividade comercial, seu ponto de referência. Subjacente a essas condições diversas, tem-se, como resultado, uma dinâmica que vem marcando diferentemente o comércio desses bairros.Tese Sistema de Apoio a Decisão Espacial (SADE) para definição de corredores ecológicos em escala grande(2018-03-23) Pereira, Vitor Hugo Campelo; Cestaro, Luiz Antonio; ; ; Costa, Diógenes Felix da Silva; ; Lima, Eduardo Rodrigues Viana de; ; Prado Filho, José Francisco do; ; Diniz, Marco Tulio Mendonça;Considerando os efeitos negativos da fragmentação florestal, surgiram alternativas que visam à conservação de diversos biomas. Dentre essas alternativas, destaca-se a criação de corredores ecológicos por conectar os remanescentes florestais, aumentando a conectividade da paisagem e fornecendo ganhos significativos em relação à biodiversidade. Os projetos institucionais para implementação de corredores ecológicos no Brasil utilizam escala regional, possuem foco, tão somente, na indicação de áreas para conservação e não evidenciam como conectar tais áreas. Para o estabelecimento de corredores ecológicos são demandadas análises multidisciplinares para a tomada de decisão quanto as rotas mais adequadas para interligar os fragmentos florestais, além de uma escala de trabalho municipal, uma vez que é a menor unidade de gestão territorial e por oferecer um detalhamento que permite a avaliação minuciosa dos elementos que compõem a paisagem. Nesse contexto, a Geografia pode fornecer importantes contribuições, através da análise da integrada da paisagem e do uso da modelagem a partir de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), tornando o processo de tomada de decisão mais consistente a partir da conformação de Sistemas de Apoio a Decisão Espacial (SADE). A presente pesquisa objetiva elaborar um Sistema de Apoio a Decisão Espacial (SADE) em escala cartográfica grande com vistas o estabelecimento de propostas de corredores ecológicos, delineados a partir de elementos socioeconômicos, ambientais e da legislação ambiental brasileira. Para tanto, a metodologia adotada está fundamentada na modelagem da paisagem a partir da abordagem Geossistêmica e subdividida quatro etapas: Análise, Integração, Síntese e Aplicação. Na primeira etapa são analisadas a fragmentação florestal, a conservação e o risco de perturbação nos remanescentes florestais. Na segunda etapa são selecionados os critérios para composição dos quatro modelos criados na terceira etapa. Esses modelos quatro modelos objetivam indicar áreas potenciais para implantação de Corredores Ecológicos a partir das perspectivas ambiental (potencial à erosão), socioeconômica (custos, menores rotas, preço da terra), legislativa (áreas protegidas pela legislação ambiental) e integrada (combinação de elementos ambientais, socioeconômicos e legislativos). Com base nesses modelos, na etapa de Aplicação foram propostas rotas de interligação denominadas de “Cenários”, que subsidiarão a tomada de decisão com a finalidade de conectar os fragmentos florestais da área de estudo. Os resultados indicaram que as propostas de corredores ecológicos de cada Cenário refletem diferentes formas de se analisar a paisagem. As propostas de conexão do Cenário 3 (legislativo) apresentam boas possibilidades de aplicação, em razão do respaldo legal para a proteção das áreas utilizadas e pelas viabilidades ambiental e socioeconômica das mesmas. O conjunto de propostas de conexão do Cenário 4.4 (integrado sem atribuição de pesos) apresentou o maior número de vantagens em relação aos parâmetros de comparação entre os Cenários propostos. No entanto, a escolha de uma proposta em detrimento das outras depende diretamente dos objetivos do decisor, que por sua vez, deve avaliar qual das propostas ajusta-se melhor aos seus interesses ou ainda utilizar o SADE para realizar novos testes para criação de outros Cenários de delimitação de corredores ecológicos.Tese A expansão regional das redes de poder da Igreja Universal do Reino de Deus no Brasil(2018-04-06) Araújo, Bruno Gomes de; Albuquerque, Edu Silvestre de; ; ; Dantas, Eugênia Maria; ; Santos Filho, Ivanaldo Oliveira dos; ; Teixeira, Rubenilson Brazão; ; Gil Filho, Sylvio Fausto;O pentecostalismo se tornou o fenômeno religioso mais significativo no Brasil da segunda metade dos séculos XX e início do XXI, reverberando em sua estrutura social, cultural, política e econômica. A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), fundada em 1977, pelo bispo Edir Macêdo, apesar de não ser pioneira foi a principal protagonista nesse processo, produzindo uma nova dinâmica de expansão baseada no desenvolvimento e integração de múltiplas redes de poder que ultrapassaram o campo religioso convencional ao conquistar espaços nos circuitos superiores de produção da economia urbana, e em particular na indústria midiática, sempre interagindo fortemente com a reconfiguração regional brasileira posta em cada período. Vislumbrando as condicionantes espaciais da expansão e capilarização das redes iurdianas de poder, o núcleo central da tese buscou evidenciar que o desenvolvimento institucional e territorial da IURD de modo a completar sua universalização pelo território brasileiro, foi estruturado a partir de múltiplas estratégias, todas adequadas às condições geográficas específicas encontradas pela cúpula da Igreja (sobretudo a expansão das redes técnicas de informação e de circulação no território, e a normatização do território). Em outras palavras, a presente tese esteve sempre atenta ao ritmo das mudanças sociais e técnicas que marcaram a evolução do processo de integração diferenciada das macrorregiões brasileiras, particularmente no período de 1990 a 2010, quando a última fronteira ao evangelismo iurdiano é cruzada com sua tardia, mas intensa presença na Região Norte. A dispersão regional das redes iurdianas foi desvendada nos diferentes arranjos infraestruturais apresentados, entre eles, as redes de templos, de emissoras de radiodifusão e teledifusão, e a estrutura político partidária. Todos esses subsistemas possibilitaram a superação das contingências impostas pelas heterogeneidades do desenvolvimento socioeconômico nas regiões brasileiras, facilitando, assim, o controle e mobilização do fluxo de pessoas e de informação, bem como, o acesso às áreas mais remotas do território brasileiro.Tese Internacionalização e agricultura: a fruticultura tropical no Rio Grande do Norte no contexto da mundialização(2018-06-29) Andrade, Alexandre Alves de; Locatel, Celso Donizete; ; ; Barbosa, Jane Roberta de Assis; ; Santos, Josefa de Lisboa; ; Gomes, Rita de Cássia da Conceição; ; Nardoque, Sedeval;A internacionalização é um elemento do processo de mundialização da economia, atuando na promoção e integração seletiva de frações do território em ritmo e intensidade cada vez maiores. Na agricultura, as explicações a esse fenômeno econômico, político e geográfico estão na (re)configuração produtiva do território, demandando novos usos agrícolas embasados na lógica da produção de commoditie. Nosso principal objetivo é compreender a internacionalização da agricultura do Rio Grande do Norte, a partir da fruticultura tropical, no contexto da mundialização. Nosso recorte analítico são os cultivos do melão, castanha de caju e a banana, com intuito de abarcar diferentes segmentos produtivos da fruticultura. Nesse sentindo, partimos do pressuposto de que a produção de frutas desenvolvida no Rio Grande do Norte figura como atividade destinada ao suprimento alimentar de mercados regionais, majoritariamente, União Europeia e América do Norte, estabelecidos com os movimentos externos de normatização e controle dos mercados consumidores de alimentos e da conexão entre produção e consumo por uma complexa trama na circulação de capitais e mercadorias em territórios descontínuos. Pelo exposto, aferimos que a dinâmica da fruticultura no Rio Grande do Norte caracteriza-se pela internacionalização da agricultura a partir da mudança na concepção de segurança alimentar dos países centrais, exercendo o controle dos mercados mundiais de alimentos, normatizada pela imposição dos protocolos de boas práticas agrícolas.Tese Os ventos que movem as velas do mercado: intervenções urbanas em frentes de água no contexto da produção do espaço da cidade de Fortaleza - CE(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018-11-23) Mendes, Marília Colares; Costa, Ademir Araújo da; ; http://lattes.cnpq.br/8382380271380702; ; http://lattes.cnpq.br/6575384853383383; Gomes, Rita de Cássia da Conceição; ; http://lattes.cnpq.br/3188665123953039; Valença, Márcio Moraes; ; http://lattes.cnpq.br/7057449448661416; Nascimento, Alexandre Sabino do; ; http://lattes.cnpq.br/8204907642170910; Holanda, Virginia Célia Cavalcante de; ; http://lattes.cnpq.br/9956987624407961A pesquisa teve como propósito analisar as intervenções urbanas que atuam nas frentes de água e que reestruturam o entorno da área portuária da cidade de Fortaleza a partir da produção do espaço. Admitimos como recorte temporal o início do século XXI, e mais especificamente, os anos de 2000 a 2017. Partimos da tese de que as políticas urbanas são direcionadas para espaços privilegiados da cidade, nesse caso, as frentes de águas que correspondem ao trecho da Avenida Beira Mar. Para compreender a experiência fenomênica do recorte empírico, nos apoiamos nos aportes teóricos fomentados pelo método regressivo-progressivo, o que nos possibilitou entender a produção do espaço urbano das frentes de água de Fortaleza contextualizadas a uma totalidade. Entretanto, com base nesse método, recorremos aos processos históricos para desvendar as dinâmicas atuais, quando no decorrer da segunda metade do século XX, o espaço litorâneo torna-se um dos mais valorizados e disputados da cidade, fazendo com que o poder público começasse a efetivar distintas intervenções que culminou na incorporação e renovação urbana. Hoje, o segmento que compreende os bairros Praia de Iracema, Meireles e Mucuripe é marcado pela estreita relação das dinâmicas imobiliária e turística, caracterizado pelo elevado preço do solo urbano, pela concentração de condomínios residenciais e hotéis de alto padrão e pelas melhores condições de acesso aos serviços e infraestrutura urbana. Ao mesmo tempo, Fortaleza mantém uma importante particularidade no tocante à ocupação de suas frentes de água, visto que se caracteriza por uma cidade intensamente fragmentada, segregada, espoliada e que denuncia através do seu tecido urbano as desigualdades de todas as ordens. No atual contexto de empreendedorismo na governança urbana, e da consolidação de um planejamento estratégico, entendemos que essas intervenções urbanas surgem como gatilho para a incorporação imobiliária, na mesma proporção que o Estado cria e moderniza novos equipamentos urbanos e turísticos, a exemplo do Terminal Marítimo de Passageiros, o Aquário do Ceará e o Mercado do Peixe. Esses empreendimentos vão ao encontro das ideias de “requalificação” de áreas urbanas centrais e de frentes de água que já foram concretizadas em outras cidades no mundo, como as verificadas nas experiências das cidades americanas, da Península Ibérica (Portugal e Espanha) e dos projetos pioneiros no Brasil. Destacamos em nossa investigação os projetos que nesse momento estão sendo executados e concretizados nas frentes de água e que apontam uma nova proposta urbana para a cidade de Fortaleza. Constatamos através da pesquisa, que os investimentos em grandes projetos estão ligados à renovação urbana na cidade de Fortaleza e que se dão na produção de um cenário construído para atender os interesses de grandes agentes privados, o que intensifica e aguça as disparidades socioespaciais na cidade. Para a concretização de um projeto como a Nova Beira Mar identificamos algumas intencionalidades relacionadas à desburocratização da atuação do setor privado e alterações de finalidades jurídicas em prol do surgimento e elaboração de novos equipamentos, ou a modernização daqueles já existentes. Novas intervenções são pensadas e efetivadas buscando fomentar a inserção competitiva da cidade nos fluxos da economia global, gerando novos conflitos e formas de resistência.Tese Relação praia-falésia de São Cristóvão, Ponta do Mel - Areia Branca (Litoral Setentrional) e Cacimbinha - Tibau do Sul (Litoral Oriental), RN - Brasil(2019-03-19) Ferreira, Joyce Clara Vieira; Lima, Zuleide Maria Carvalho; ; ; Barros, Flávia Moraes Lins de; ; Vasconcelos, Fábio Perdigão; ; Vital, Helenice; ; Cestaro, Luiz Antonio;As praias oceânicas são caracterizadas como ambientes transicionais entre a porção emersa terrestre e o oceano, sendo capazes de exercer proteção ao continente. Considerando a importância desses sistemas ambientais e dos estudos litorâneos para um estado como o Rio Grande do Norte, que apresenta diversas praias com tendência à erosão e ao crescimento da rede urbana, esse trabalho tem como objetivo principal demonstrar como acontece a dinâmica do sistema praia-falésia de fragmentos praiais dos litorais setentrional (praia de São Cristóvão e Ponta do Mel) e oriental (praia de Cacimbinha) do RN. A investigação se apoiou em levantamentos bibliográficos e iconográficos; trabalhos de campo, onde realizou-se coleta de dados topográficos, hidrodinâmicos e sedimentológicos; e trabalhos de laboratório, voltados para as análises sedimentológicas e refinamento de mapas. Os resultados obtidos indicaram que: as praias estudadas possuem potencial erosivo, porém alguns trechos apresentaram acumulação de sedimentos; as falésias dos fragmentos do litoral setentrional apresentaram maior resistência às condições de erosão hídrica produzidas em laboratório, no entanto essas feições possuem mais processos erosivos instalados devido à dinâmica climática do semiárido; as feições de acumulação moldadas entre as falésias e as praias são diferentes para os litorais estudados, sendo as praias do litoral setentrional propícias a formação de dunas frontais, enquanto no litoral oriental ocorre a formação de terraços. Por fim, destaca-se que os estudos voltados para compartimentação do relevo, levantamento da estrutura superficial e fisiologia da paisagem contribuíram para o conhecimento da geodiversidade, auxiliando na delimitação e compreensão de geomorfossítios do ponto de vista geomorfológico. Portanto, o trabalho permitiu entender como ocorre a dinâmica das praias quanto aos processos de erosão e deposição, além de atentar para as potencialidades dos segmentos litorâneos no tocante à geodiversidade costeira do Rio Grande do Norte.Tese O uso agrícola do território no Rio Grande do Norte: da agroecologia à agricultura orgânica(2019-08-23) Andrade, Vanessa de Cássia Tavares; Locatel, Celso Donizete; ; ; Hespanhol, Antonio Nivaldo; ; Brasil, Deusimar Freire; ; Nonato Júnior, Raimundo; ; Nardoque, Sedeval;O território nacional é modificado e transformado pelo Estado, a partir de uma lógica territorial própria, comandada pelos interesses dos agentes hegemônicos, que contribui para a manutenção da hegemonia dos mesmos. Em outras palavras, o Estado garante as condições para que o capital crie e recrie estratégias para sua produção e reprodução ampliada. No atual período, a ciência, a técnica e a informação comandam a produção, o uso dos objetos, direcionam as ações e determinam as normas. Os objetos técnicos adquirem importância central, pois são criados para cumprir funções determinadas, são carregados de intencionalidades. Nesse sentido, a certificação da produção orgânica revela estratégias de agentes hegemônicos voltadas para produção e reprodução ampliada de capitais, de forma seletiva e desigual, através do discurso da preservação ambiental, da defesa das práticas agrícolas agroecológicas. Nesses termos, o trabalho tem como objetivo avaliar os diferentes usos do território do Rio Grande do Norte a partir da agroecologia e da agricultura orgânica, no período técnico-científico-informacional. Refletir como as normatizações impostas pelo Estado, pelas empresas e pelos organismos internacionais dificultam as propostas agroecológicas. Considera-se as normatizações da produção orgânica muito perversas para os agentes não hegemônicos, uma vez que é seletiva, atende a um público consumidor muito seleto e exclui os camponeses sem recursos financeiros suficiente para acatálas. Embora existam experiências exitosas com base agroecológica, muitos produtos disponibilizados no mercado como agroecológicos são, na verdade, produtos orgânicos, identificados pelos consumidores por um selo de certificação. Para avaliar os diferentes usos agrícolas do território do Rio Grande do Norte, foram adotados, como procedimentos metodológicos, a análise bibliográfica, a partir de fontes secundárias e primárias, na qual foram obtidas informações em dados através de entrevistas aos sujeitos envolvidos na problemática em discussão. A análise dos diferentes usos do território do Rio Grande do Norte a partir da agroecologia e da agricultura orgânica colaborou para o entendimento de como o discurso agroecológico tem sido apropriado pelo capital e está sendo mercantilizado por meio da agricultura orgânica, que tem se caracterizado como nicho de expansão do capital.Tese Território, Estado e política de irrigação: uma leitura a partir das técnicas, normas e configurações espaciais no Rio Grande do Norte(2019-08-27) Silva, Rafael Pereira da; Azevedo, Francisco Fransualdo de; ; ; Suberviola, Enrique Viana; ; Locatel, Celso Donizete; ; Morais, Hugo Arruda de; ; Silva Filho, Raimundo Inácio da;O processo de expansão da agricultura tipicamente capitalista no campo brasileiro é sumariamente marcado pelas ações engendradas pelo Estado, estas tendo como eixos centrais as políticas de crédito, o estimulo à adoção de pacotes tecnológicos, à delimitação e a consolidação de áreas especializadas na produção de commodities, visando à inserção crescente do Brasil na divisão internacional do trabalho. Dentre as políticas ancoradas nestas diretrizes, merece destaque a Política Nacional de Irrigação (1979), a qual teve como um de seus principais desdobramentos a instalação dos projetos públicos de irrigação (perímetros irrigados), os quais se constituíram em um dos principais mecanismos para inserção do Nordeste no hall das atividades agrícolas modernas, especialmente a partir da produção de frutas irrigadas. Partindo destes pressupostos, a presente tese tem como objetivo principal compreender como no período histórico atual as materialidades e ações associadas a criação e a dinâmica dos perímetros irrigados, têm se constituído em um elemento (re)definidor nos/dos usos agrícolas do território potiguar. Do ponto de vista teórico as reflexões aqui empreendidas estão alinhadas com o sistema conceitual proposto na obra do Milton Santos, especialmente com os conceitos de espaço, técnica e normas, estes imbricados a noção de território usado. Quanto à metodologia empregada para a construção deste trabalho, cabe mencionar o esforço em construir matrizes de eventos e normas associados à realidade que ora analisada, não obstante a elaboração de produtos cartográficos por meio dos quais se apresenta a localização dos sistemas de engenharia hídrica e se espacializa o uso de técnicas de irrigação. O trabalho que campo realizado nos cinco perímetros irrigados existentes no estado também se configura em uma importante estratégia metodológica, pois através deste foi possível observar as particularidades e semelhanças existentes entre os diferentes projetos de irrigação, ainda que todos resultem da mesma política. As reflexões empreendidas evidenciam que o uso dos sistemas de irrigação possui natureza pontual e caráter seletivo, atributos que se agudizam em decorrência da agricultura irrigada ser uma atividade densamente normatizada. Ademais ressalta-se que a implantação dos projetos públicos de irrigação foi capaz de produzir frações do território com semelhanças estruturais e distinções quanto as formas de apropriação e uso deste, pois os perímetros irrigados criados na década de 1970, embora tenham sido dinâmicos e economicamente importantes para os municípios, hoje são usados eminentemente como abrigo, sendo o local de moradia, trabalho e socialização das famílias dos colonos de terras do DNOCS que mesmo com o desuso da irrigação, permaneceram nos lotes e áreas correspondentes ao perímetros. No Distrito irrigado do Baixo-Açu verifica-se que o uso do território se dar efetivamente como recurso, haja vista as lógicas de produção e mercado que o caracteriza, ainda que sua produção se destine basicamente ao abastecimento do mercado local e regional.Tese Proposta metodológica para mapeamento da cobertura da terra em grande escala no semiárido brasileiro: um estudo de caso em Serra Negra do Norte-RN(2019-08-29) Monteiro, Thereza Rachel Rodrigues; Cestaro, Luiz Antonio; Amaro, Venerando Eustaquio; ; ; ; Souza, Bartolomeu Israel de; ; Lima, Eduardo Rodrigues Viana de; ; Farias, Juliana Felipe; ; Lima, Zuleide Maria Carvalho;O ordenamento e a gestão do território perpassam por caminhos legislativos apoiados no Plano Diretor, e na aplicação de metodologias de mapeamento de cobertura da terra para planejamento municipal em que a sazonalidade climática interfere diretamente nos aspectos físicos e socioeconômicos no semiárido brasileiro. Nesse contexto, percebendo a ausência de informações sobre a cobertura da terra e a dificuldade dos municípios em ter uma base cartográfica que auxilie o planejamento municipal, sugere-se uma alternativa de baixo custo para a obtenção de informações da superfície terrestre. Com isso, o presente estudo tem por objetivo propor uma metodologia de classificação da terra para municípios do semiárido brasileiro, em grande escala, que possa ser gerada com produtos de Sensoriamento Remoto de baixo custo, tendo como experimento, o município de Serra Negra do Norte-RN. Diante disso, foram utilizadas as imagens híbridas, oriundas da fusão dos satélites Sentinel 1 com imagens de radar e Sentinel 2, com imagens multiespectrais na composição colorida 843RGB (red, green, blue), no período chuvoso e seco no semiárido. Foram obtidas quatro imagens híbridas, sendo duas com a polarização VH e as outras demais na polarização VV, respectivamente no período chuvoso e seco.As datas das imagens do Sentinel 1 e 2 foram escolhidas em função da precipitação ocorrida no ano de 2016. Para o processamento digital de imagens utilizou-se os softwares livres SNAP 6.0, QGIS 218.16 e o Terraview 5.3.1 com o plugin GeoDMA(Geographic Data Mining Analyst) para a classificação orientada a objetos. Com isso, os resultados obtidos a partir do Kappa para o mapeamento de cobertura da terra com as quatro imagens híbridas classificadas na polarização do canal VH(Vertical-horizontal) que tiveram melhor precisão foi para o período chuvoso com o valor de 0,34 e 0,35 para o período seco.Enquantoos valores Kappa para o canal VV(Vertical-vertical) foram 0,25 para o mês chuvoso e 0,31 para período seco, indicando o mapeamento como razoável. Em detrimento disso, aponta-se que a classificação originada das imagens híbridas no canal VH teve melhor acurácia, apesar das imagens híbridas com a polarização VV apresentarem melhor as classes de cobertura da terra no mapa. Com isso, indica-se o mapa de cobertura da terra no período seco em função da acurácia apontada, mas tem-se que levar em consideração que a partir do período chuvoso no semiárido brasileiro tem-se a vegetação (Caatinga) verde mais em evidência e a elevação dos mananciais temporários e perenes. Portanto,essa tese vem com uma alternativa na proposta do mapeamento da cobertura da terra.Tese Produção do espaço urbano e expansão imobiliária: os loteamentos e os condomínios residenciais em Macaíba-RN (2000-2017)(2019-09-09) Dantas, Geovany Pachelly Galdino; Costa, Ademir Araújo da; ; ; Gomes, Rita de Cássia da Conceição; ; Silva, Alexsandro Ferreira Cardoso da; ; Barbosa, Adauto Gomes; ; Maia, Doralice Sátyro;A presente tese resulta de um esforço de reflexão cujo intuito é contribuir para o debate sobre produção do espaço urbano na atualidade e seus agentes produtores, focando a atuação dos agentes ligados ao setor imobiliário. Nos últimos anos, a implantação de grandes loteamentos e dos condomínios residenciais (verticais e horizontais) tem se expandido pelas cidades, provocando transformações nos seus espaços internos e na maneira como elas se relacionam com o entorno. A atuação dos agentes imobiliários assume grande relevância neste processo, visto que a produção de loteamentos e condomínios gera uma demanda pela incorporação de novas áreas, antes rurais, à mancha urbana, ao passo que também provoca transformações em seus padrões de crescimento, cada vez mais marcados pela expansão horizontal e pelas descontinuidades. Desde o final da década de 1990, a Região Metropolitana de Natal (RMN) se transformou num dos espaços privilegiados para a efetivação das ações dos agentes imobiliários, que resultaram na implantação de grandes empreendimentos imobiliários (loteamentos e condomínios residenciais) por diversos municípios, consolidando-os como um dos principais vetores da expansão do tecido urbano. Inserido na RMN, o município de Macaíba é um dos espaços onde os reflexos dessa dinâmica têm contribuído para impulsionar a expansão urbana. Mesmo não sendo um fenômeno recente, o parcelamento do solo e a inserção de novas tipologias se intensificaram entre os anos de 2000 e 2017 em Macaíba, com o surgimento de empreendimentos de diversos tamanhos pelas áreas urbanas e de expansão urbana, com reflexos sobre a forma como seu tecido urbano vem se configurando. A questão de pesquisa é: como a expansão imobiliária, por meio da implantação dos loteamentos e dos condomínios residenciais, tem contribuído para a produção do espaço urbano em Macaíba – RN, entre os anos 2000 e 2017? Assim, o objetivo desta tese consiste em analisar o processo de expansão urbana de Macaíba, tendo como foco a implantação dos loteamentos e dos condomínios horizontais fechados e suas implicações na estruturação do tecido urbano. A análise está fundamentada na perspectiva da produção do espaço, a partir das contribuições teóricas de Henri Lefebvre e de sua discussão por outros autores, assim como da discussão acerca da urbanização, espaço urbano, cidades, agentes produtores, setor imobiliário, renda da terra, expansão urbana e parcelamento do solo. Os procedimentos metodológicos utilizados no trabalho foram: pesquisa bibliográfica, visando à construção do referencial teórico e conceitual da tese; pesquisa documental e de dados secundários sobre a RMN e, particularmente, Macaíba; pesquisa de campo pelos municípios da RMN situados no entorno de Natal e áreas de expansão urbana de Macaíba, para identificação dos locais onde a produção imobiliária se apresenta de forma mais intensa; realização de entrevistas semiestruturadas com os promotores imobiliários (incorporadores e empresas construtoras) e com os representantes do poder público municipal. Constatamos que a produção imobiliária em Macaíba vem contribuindo para a configuração de uma realidade urbana fragmentada do ponto de vista espacial, caracterizada pelos aspectos de continuidade/adensamento e de descontinuidade/espraiamento, com a localização de muitos empreendimentos em áreas afastadas do núcleo urbano, realidade que reflete o padrão periférico que caracteriza a expansão urbana na RMN.Tese A dinâmica comercial nos eixos viários de Campina Grande(2019-09-17) Batista, Péricles Alves; Costa, Ademir Araújo da; ; ; Beserra, Fábio Ricardo Silva; ; Morais, Ione Rodrigues Diniz; ; Diniz, Lincoln da Silva; ; Gomes, Rita de Cássia da Conceição;O trabalho é resultado da pesquisa acerca dos principais eixos viários de expansão do comércio de Campina Grande, na Paraíba. O objetivo é entender a reestruturação do comércio nos principais eixos viários de Campina Grande, na perspectiva da produção do espaço. O estudo foi baseado na Teoria da Produção do Espaço, do filósofo Henri Lefebvre, a partir das relações sociais ocorridas no espaço. O texto tem a intenção de apresentar reflexões acerca do nosso objeto de estudo à luz dessa teoria. A tese parte do princípio de que o expansionismo comercial periférico, para além da Área Central de Campina Grande, ocorre através dos eixos comerciais, a partir da disseminação de atividades terciárias (de 1999 a 2019) que têm ajudado a estruturar a dinâmica socioespacial local. Foi estudado as alterações que tem desencadeado a produção do espaço urbano, nas vias que possuíam características residenciais, mas que passaram por reformulações intensas, configurando-se em eixos comerciais nesse período. Como procedimentos metodológicos, realizou-se o levantamento do uso do solo urbano nos seguintes eixos comerciais: Manoel Gonçalves Guimarães; Floriano Peixoto; Severino Bezerra Cabral; Manoel Tavares e Assis Chateaubriand. Ao se considerar a reestruturação comercial, depreendeu-se que as mudanças no espaço ocorrem com o processo de descentralização, que tem se intensificado a partir da instalação de redes comerciais de capital externo nesses eixos comerciais, alterando as funções, os usos e a composição social destas avenidas.