EMCM - Residência em Medicina de Família e Comunidade
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Navegando EMCM - Residência em Medicina de Família e Comunidade por Autor "Bastos, Raquel Littério de"
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TCC Entre muros: reflexões sobre o cuidado em saúde no cárcere(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-18) Medeiros, Diego Henrique Brilhante de; Oliveira, Ana Luiza de Oliveira e; https://orcid.org/0009-0004-7376-9498; Bastos, Raquel Littério de; Medeiros, Priscilla Brandão deO Brasil possui a terceira maior população carcerária do mundo, somando 644.794 mil pessoas. Destas, 10.477 vivem nas instituições penitenciárias do Rio Grande do Norte. O cenário das instituições é marcado por violência, má qualidade de saúde e higiene e presença de facções criminosas. Sendo a saúde prisional no país parte do Sistema Único de Saúde (SUS), torna-se fundamental garantir o cuidado para as pessoas privadas de liberdade. Institucionalizado pela Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), o acesso integral à saúde para esta população se dá pelo trabalho das Equipes de Atenção Básica Prisional (eABP) constituídas a partir do trabalho interprofissional. Este trabalho objetiva relatar a experiência de um médico residente em Medicina de Família e Comunidade como parte da equipe de saúde de uma prisional no Rio Grande do Norte. Esta é uma pesquisa qualitativa, descritiva e com inspiração etnográfica. Os dados foram registrados em caderno de campo de março de 2023 e dezembro de 2024. Para a análise, dados foram êmicamente organizados em três categorias, a saber: i) Saúde como troféu, ii) Gênero e controle, iii) Fármacos e as dinâmicas de poder no cárcere e, iv) O trabalho interprofissional no cuidado em saúde. Os resultados revelam desafios desde limitações estruturais, superlotação e ausência de políticas públicas até a não efetivação do acesso ao cuidado integral. Constatou-se que a saúde atua como uma moeda de troca dentro da instituição. As questões de gênero, marcadas por estigmas sociais, permeiam as dinâmicas do ambiente prisional. Além disso, os psicofármacos são frequentemente utilizados como instrumentos de controle e sobrevivência, ultrapassando sua função biológica. Nesse contexto, o trabalho interprofissional surge como uma estratégia fundamental para garantir o acesso à saúde dessa população. Conclui-se que a atuação de equipes multiprofissionais aliada à presença da Medicina de Família e Comunidade como especialidade generalista contribui para a promoção de reflexões sobre o cuidado em saúde no sistema prisional. Essa abordagem busca fomentar práticas éticas e humanizadas orientadas por ações integradas que considerem as complexidades e especificidades desse contexto.TCC Não convencional. Perceber-se como opressor(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-23) Xavier, Victor Chaussê; Bastos, Raquel Littério de; Santiago, Dayane Shirley de Lima; Luiz, Paulo Rosa; Tavares, Thais Raquel PiresO modelo flexneriano de produção de saúde, ainda muito em voga nas prática dos profissionais, aliena o usuário do SUS para a produção de saúde e qualidade de vida de forma autônoma. A Educação em saúde através de grupos é uma ferramenta extremamente potente para estimular os usuários a refletir sobre suas próprias práticas em saúde. Porém, os modelos mais usados de educação em saúde grupais prezam pela transmissão vertical do conhecimento, que além de desconsiderar o saber popular, desprotagoniza o usuário do seu papel ativo na materialização da saúde autônoma e de qualidade. Encontrou-se inicialmente na participação comunitária , através de grupos em saúde, com técnica artística de imersão sensorial dos artistas Sam Bompass e Harry Parr, um ambiente propício para a troca de experiência e construção conjunta do conhecimento em saúde. Porem, os modelos de planejamento e execução desta ideia também transfixou pensamentos opressores, estes que negam a participação da comunidade, desprotagoniza o homem e desprezar a vida