PPGG - Mestrado em Geodinâmica e Geofísica
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Navegando PPGG - Mestrado em Geodinâmica e Geofísica por Autor "Almeida, Julio Cesar Horta"
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Dissertação Desenvolvimento de dobras e falhas em ambiente distensional: aplicação da modelagem física(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2010-03-05) Gaspar, Diogo Fonseca Alves; Silva, Fernando Cesar Alves da; ; http://lattes.cnpq.br/8572129314081197; ; http://lattes.cnpq.br/3724064528528693; Antunes, Alex Francisco; ; http://lattes.cnpq.br/1519973126832391; Almeida, Julio Cesar Horta; ; http://lattes.cnpq.br/0537716520189598A modelagem geológica permite analisar, na escala de laboratório, a evolução geométrica e cinemática de estruturas geológicas. A importância do conhecimento destas estruturas adquire maior relevo considerando a sua influência na criação de condutos ou trapas de fluidos tais como hidrocarbonetos ou água. No presente trabalho simulou-se a formação de dobras e falhas em ambiente tectônico distensional, através de experimentos de modelagem física, utilizando um aparato do tipo caixa-de-areia , e software de modelagem computacional. A modelagem física de estruturas desenvolvidas no bloco alto de uma falha lístrica, mostrou a formação de zonas axiais ativas e inativas, respectivamente em regiões proximais e distais da falha mestra. Em consonância com a literatura, verificou-se a formação de um anticlinal rollover entre as duas zonas axiais. O colapso da crista do anticlinal forma grabens delimitados por falhas secundárias, de aspecto curviplanar, perpendiculares à distensão. Junto às falhas secundárias foi possível registrar o surgimento de algumas dobras transversais, paralelas à distensão, caracterizadas por um sinclinal no teto da falha. Foram observadas, também, dobras de arrasto junto à superfície das falhas. Estas dobras são paralelas à falha mestra e são representadas por anticlinais no piso e sinclinais no teto da falha. Para observar a influência de variações (largura e mergulho) na geometria do piso de uma falha flat-ramp realizaram-se duas séries experimentais, sendo uma com o piso (flat) variando tanto em inclinação como em largura e a segunda onde o piso é horizontal mas conservou-se a variação de largura entre um extremo e o outro da falha. Esses experimentos desenvolveram falhas secundárias, perpendiculares à direção de distensão, que foram agrupadas em três conjuntos: i) falhas antitéticas com geometria curviplanar, falhas sintéticas, com uma geometria mais retilínea, nucleadas da base para o topo da pilha sedimentar. As falhas normais antitéticas podem rotacionar durante a distensão, passando a apresentar uma cinemática pseudo-inversa. ii) Falhas nucleadas no topo da pilha sedimentar. A propagação dessas falhas é feita pela coalescência de segmentos, às vezes originando rampas de revesamento. iii) Falhas reversas, nucleadas na interface piso-rampa da falha mestra. Comparando os dois modelos verifica-se que a III inclinação do piso favorece uma nucleação diferenciada das falhas nos dois extremos do experimento. Além das falhas, esses dois modelos com falha flat-ramp geraram um par anticlinal/sinclinal, de primeira ordem e dobras de arrasto e transversais, de segunda ordem. O anticlinal forma-se acima do piso da falha subparalelo ao plano da falha mestra, enquanto o sinclinal desenvolve-se em porções mais distais à falha mestra. Com base nas variações geométricas destas dobras ao longo da extensão da falha mestra foi possível definir três domínios estruturais distintos. Usando os modelos físicos como padrão, foi realizada a modelagem computacional de falhas flat-ramp apresentando mudanças geométricas no piso. Foram geradas falhas secundárias antitéticas, sintéticas e reversas de características semelhantes em ambos os modelos. A modelagem computacional gerou duas dobras, um anticlinal na região acima do piso da falha mestra, e um sinclinal mais distal à falha. Com base nas variações geométricas destas dobras é possível definir três domínios estruturais paralelos à direção da distensão. Esses dados reforçam os resultados obtidos com a modelagem física. A comparação de dados reais de uma falha com geometria flat-ramp da Bacia Potiguar com dados das simulações física e computacional, permitiu verificar que, em ambos os casos, uma variação na arquitetura do piso produz, também, variação na arquitetura do teto da falha