PPGG - Mestrado em Geodinâmica e Geofísica
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Dissertação Mecanismos de alojamento de magmas granitóides :exemplo do plúton de Japi(RN)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 1998-03-17) Hollanda, Maria Helena Bezerra Maia de; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; ; http://lattes.cnpq.br/9796891555451415; Silva, Francisco Oliveira da; ; http://lattes.cnpq.br/3705374184330741; Fuck, Reinhardt Adolfo; ; http://lattes.cnpq.br/6328263723211152Os resultados apresentados nesta dissertação mostram a ocorrência de uma assembléia de suítes ígneas compondo um pequeno plúton granitóide (o plúton de Japi), intrusivo no bloco gnáissico-mignatítico oriental da Faixa Seridó (o Maciço São José do Campestre), nordeste do Brasil. As relações de campo mostram que este corpo é afetado por forte deformação relacionada ao evento Brasiliano (a fase D3 regional), especialmente retratada por uma zona de cisalhamento extensional-transcorrente sinistral, de trend NW, situada adjacente e a oeste do plúton (a Zona de Cisalhamento Japi, ZCJ). Quatro suítes ígneas são individualizadas no plúton, além de pegmatitos e diques de leucogranitos róseos, tardios. Uma suíte de granitóides alcalinos, dominada por sienogranitos com augita sódica (e subordinadamente hornblenda), compõe a intrusão elipsoidal principal. Essa intrusão, no seu setor norte, é caracterizada pela coalescência de sheets concêntricos e, no setor mais a sul, por um stock subcircular de menor dimensão. Esses granitos mostram um fabric de estado sólido S>L penetrativo, de alto grau, definido pelo estiramento de quartzo e feldspato, desenvolvido especialmente nas bordas do plúton, e com mergulhos em direção ao interior do corpo. Este fabric se superpõe a um acamamento magmático evidenciado pela alternância de bandas máficas e quartzo-feldspáticas. Alojamento sintectônico com respeito ao evento D3, é indicado por sua frequente disposição em sítios transtracionais desenvolvidos durante esta fase. Suas relações de campo atestam um posicionamento precoce com relação às demais suítes. Uma suíte básico-intermediária ocorre como um corpo satélite a oeste do maciço alcalino, e na terminação em cauda, a sul do maciço. Compreende uma ampla variedade de termos composicionais, incluindo tipos básicos, gabros e gabronoritos, diferenciados a termos intermediários, dominados por composições monzoníticas e paragênese máfica definida por anfibólio+biotita. Em diagramas discriminantes de séries magmáticas, este magmatismo apresenta natureza transicional entre cálcio-alcalina de alto potássio a shoshonítica. Uma suíte de monzogranitos porfiríticos ocorre comumente como diques e intrusões menores, isoladas ou associadas com as rochas básicas-intermediárias. Neste último caso, feições marcantes de magma mingling e mixing são indicativas de contemporaneidade de intrusão entre essas duas suítes. São petrograficamente caracterizados pela presença de fenocristais de K-feldspato dispersos na matriz, e pela assembléia máfica hornblenda+biotita+titanita, apresentando afinidade subalcalina/monzonítica. Ambas as suítes exibem fabric magmático (SL), superposto por, ou transicional a, um fabric tectônico D3, especialmente desenvolvido ao longo da ZCJ. Os dados químicos mostram claramente que estas suítes se relacionam a diferentes magmas parentais. Por fim, uma suíte microgranítica ocorre como serras alinhadas adjacentes à ZCJ. Compreende dominantemente granodioritos com mineralogia similar àquela apresentada pelos granitóides porfiríticos. Todavia, diagramas discriminantes evidenciam sua natureza cálcio-alcalina. Exibem um fabric essencialmente magmático, embora ao longo da ZCJ desenvolvam um fabric de estado sólido (D3) incipiente. Suas relações de intrusão com as suítes precedentes, bem como com as estruturas D3, indicam um posicionamento tardio. Estas suítes são intrusivas em um complexo gnáissico-migmatítico de alto grau metamórfico, paleoproterozóico, afetado por duas fases de deformação regional mais antigas (D1. D2). Os fabrics associados a essas deformações são dobrados e superpostos por um fabric mais jovem (D3). Ao longo da ZCJ, esse fabric é caracterizado por foliações (S3/C3) com fortes mergulhos para NE e uma lineação de estiramento (Lx3) associada, com caimento dominante para N/NE. Na terminação norte da ZCJ, a foliação adquire um orientação ENE, desenvolvendo uma lineação Lx3 com caimento para sul. Critérios de dupla assimetria desenvolvidos neste setor identificam uma terminação transpressional da ZCJ, adicionalmente confirmado por padrões ortorrômbicos de eixos-c de quartzo. O reconhecimento de cisalhamentos dextrais E-W, de 2° ordem, desenvolvidos na porção central da ZCJ e interpretados como um par antitético dessa estrutura, indicam a atuação de um componente extensional na direção NE, conferindo à ZCJ um caráter extensionaltranstracional. Essa cinemática é possivelmente favorecida por uma geometria em pisos e rampas em profundidade. Dados gravimétricos são consistentes com esta hipótese. O deslocamento lateral das anomalias Bouguer residuais negativas, com relação à localização do plúton, conduziu à admissão de corpos graníticos maiores em subsuperfície, como modelo para ajuste das curvas gravimétricas observada e calculada. A partir de modelamento numérico, foi possível determinar dois estilos distintos de intrusão para o plúton alcalino. Os valores obtidos no cálculo são consistentes com um alojamento por diques para a porção norte deste corpo, como já sugerido pela análise de imagens de satélite. Contrariamente, os resultados mostraram uma transição no estilo de alojamento para um padrão que se assemelha a diápiros mais a sul, inferido pela geometria subcircular do stock. Essa diferença em estilos de intrusão deve estar relacionada à variação na intensidade da deformação cisalhante e à disposição de sítios de transtração associada ao desenvolvimento da ZCJ. Padrões de elementos traços e dados isotópicos de Sr e Nd para os granitos alcalinos são compatíveis com sua derivação a partir de uma fonte crustal de composição mais básica que a encaixante na região, com participação (ou alternativamente) de um componente mantélico geoquimicamente enriquecido. À semelhança de outras suítes na Faixa Seridó, os altos teores em LlL e padrões fracionados em ETR das rochas básicas conduzem à interpretação de uma fonte mantélica originalmente enriquecida, envolvida na gênese desse magmatismo. Dados geoquímicos e isotópicos são compatíveis com uma origem infracrustal para os granitóides porfiríticos. A julgar pelo forte controle da ZCJ no alojamento de magmas oriundos da crosta inferior (granitos porfiríticos e alcalinos) ou manto litosférico (dioritos, granitos alcalinos?) é inferido um enraizamento profundo dessa estrutura, com importante papel na extração, transporte e alojamento dos magmas na região de Japi, domínio oriental da Faixa SeridóDissertação Estudo geológico e geofísico da falha de carnaubais, Bacia Potiguar-RN, e implicações neotectônicas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 1998-03-30) Caldas, Luciano Henrique de Oliveira; Medeiros, Walter Eugênio de; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072; ; http://lattes.cnpq.br/1850164003052269; Lima, Olivar Antônio Lima de; ; http://lattes.cnpq.br/0793325217875702; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968Esta dissertação apresenta uma pesquisa realizada no segmento da Falha de Carnaubais que está localizado na porção sudeste do Graben de Guamaré na Bacia Potiguar. Várias estruturas foram detectadas e algumas delas sugerem fortemente que a Falha de Carnaubais sofreu movimentação neotectônica. A metodologia utilizada consistiu de uma interpretação integrada de dados geológicos, geomorfológicos e geofísicos (gravimetria, magnetometria, eletro-resistividade e potencial espontâneo). De acordo com a dimensão das áreas envolvidas, duas abordagens foram utilizadas. A primeira, de natureza regional, foi conduzida numa área, aqui denominada de Área Regional, contendo aproximadamente 6.000 km2 e localizada no Estado do Rio Grande do Norte, em torno da cidade de Macau. A segunda abordagem compreendeu estudos de detalhe em duas áreas menores, denominadas de Áreas Camurupim e São Bento, que são internas à Área Regional. Na Área Regional foram utilizados dados gravimétricos e topográficos. Em ambos os dados, foram efetuadas separações em mapas de componentes regionais e residuais. A interpretação da componente gravimétrica residual permitiu mapear com precisão as bordas do Graben de Guamaré. As feições regionais do mapa topográfico estão controladas pelo par conjugado de falhas formado pelas falhas de Carnaubais (direção NE) e Afonso Bezerra (direção NW). Por outro lado, a componente residual da topografia evidenciou que os vales dos rios de direção NW são truncados exatamente na região onde a Falha de Carnaubais se projeta na superfície. Este fato é interpretado como uma evidência de que os últimos movimentos de importância ocorreram na Falha de Carnaubais. Na Área Camurupim, foram utilizados dados geológicos, geomorfológicos e geofísicos (magnetometria, eletro-resistividade e potencial espontâneo). O levantamento geológico permitiu individualizar cinco unidades litofaciológicas. A partir do empilhamento (da base para o topo) da seção litofaciológica, foi possível interpretar que as duas primeiras unidades estão compondo uma sequência marinha/transicional enquanto as três últimas estão formando uma sequência continental. Essas duas seqüências estão claramente separadas por uma discordância erosional. As unidades agrupadas na sequência marinha/transicional são compostas de calcarenitos (Unidade A) e lamitos (Unidade B). A Unidade A foi depositada num ambiente de plataforma rasa enquanto a Unidade B foi depositada numa planície de maré. A unidades agrupadas na sequência continental são compostas de conglomerado (Unidade C) e arenitos (unidades D e E). As unidades C e D são interpretadas como depósitos fluviais e a Unidade E, como um depósito eólico. As unidades A e B podem ser estratigraficamente correlacionadas com a Formação Guamaré. Para as unidades C e D, três correlações são possíveis. Elas podem ser correlacionadas com a Formação Tibau; ou com a Formação Barreiras; ou com as cascalheiras comumente encontradas nos leitos dos principais rios da região e estratigraficamente posicionadas acima dos arenitos da Formação Barreiras. Com base no caráter granodecrescente para o topo das unidades C e D, propõe-se que estas duas unidades compõem um mesmo depósito correlacionável com as cascalheiras acima especificadas. Neste caso, estas unidades teriam, pelo menos, idade pleistocênica. Finalmente, propõe-se que a Unidade E represente um depósito eólico com retrabalhamento recente (pelo menos do Quaternário). A interpretação integrada de dados hidrográficos, morfológicos e geofísicos evidenciaram que a Falha de Carnaubais ocorre, na Área Camurupim, na forma de um sistema de falhas paralelas e subverticais. A falha de maior rejeito vertical controla a morfologia do Rio Camurupim e separa a área em dois blocos. No bloco a norte do Rio Camurupim, o topo do calcáreo Jandaíra está mais profundo do que no bloco a sul do rio. Com relação às idades destas estruturas, detectou-se que pelo menos uma falha do bloco norte corta todo o pacote de rochas descritos na área. Uma vez que as unidades C , D, e/ou E podem ser de idade quaternária, propõe-se que a Falha de Carnaubais tenha sofrido movimentação tectônica neste período. Na Área São Bento, um mapeamento geológico de detalhe foi realizado em beachrocks. Esta área está localizada no cruzamento da linha de costa com o traço da Falha de Carnaubais. As estruturas mapeadas nos beachrocks apresentam grande semelhança com estruturas associadas à deformações frágeis. A partir da análise das mesmas, foi possível inferir um campo de tensões com compressão principal na direção E-W e extensão na direção N-S. Esta inferência se baseia na existência de fraturas e falhas de direção NE-SE e apresentando movimentação dextral com uma componente extensional de direção N-S. Pelo fato da Falha de Carnaubais ter direção NE, ela está posicionada de maneira ótima para sofrer movimentos sob a ação deste campo de tensões. Além disso, as estruturas observadas na Área Camurupim são consistentes com este campo de tensões e a forma da linha de costa, na Área São Bento, é localmente controlada pelo traço da Falha de Carnaubais. Estes fatos são interpretados como evidências de que a Falha de Carnaubais e os beachrocks sofreram movimentação conjunta. Esta movimentação seria neotectônica porque os beachrocks têm idade inferior a 16 mil anosDissertação Petrologia dos granitóides brasilianos associados à zona de cisalhamento Remígio-Pocinhos(PB)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 1998-05-14) Nascimento, Rielva Solimairy Campelo do; Galindo, Antonio Carlos; Mcreath, Ian; ; http://lattes.cnpq.br/5299851252167587; ; http://lattes.cnpq.br/9747727150782125; ; http://lattes.cnpq.br/0174685201894821; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998O Ciclo Brasiliano na Faixa Seridó (NE do Brasil) é considerado principalmete como um evento de retrabalhamento crustal através de zonas de cisalhamento transcorrentes ou transpressionais operando sob condições de alta temperatura e baixa pressão. Na porção oriental desta faixa, mais especificamente no Maciço São José de Campestre (MSJC), a deformação em regime transtracional é caracterizada através de um componente ou estruturas extensionais associadas aos cisalhamentos transcorrentes. O alojamento dos corpos granitóides brasilianos é controlado fortemente por essas descontinuidades. Localizada na borda sul do MSJC, a Zona de Cisalhamento Remígio-Pocinhos (ZCRP) apresenta, na sua porção norte, movimentos extensionais com topo para SW, que gradam progressivamente a movimento transcorrentes dextrais a sul, definindo uma geometria em meia-flor negativa. Esta estrutura está implantada sobre metassedimentos alóctones do Grupo Seridó e um substrato gnáissico-migmatítico mais antigo, que mostram paragêneses metamórficas indicativas de condições do fácies anfibolito a granulito (este último restrito ao setor transcorrente), durante a atuação dos cisalhamentos. Acompanhando esta estruturação são encontrados diversos plútons granitóides com alojamento sincrônico ao cisalhamentos. Esses corpos não ultrapassam 30 km2 de área aflorante e apresentam-se alongados segundo o trend NE da ZCRP. Os dados petrográficos/texturais e geoquímicos permitiram a divisão das rochas granitóides da ZCRP em cinco unidades distintas, representadas por: granitos porfiríticos (Serra da Boa Vista e Jandaíra), granitos alcalinos (Serra do Algodão e Serra do Boqueirão) e granito de textura média a grossa (Olivedos), compondo os corpos de maior expressividade na área, e por sheets de microgranitos e leucogranitos aluminosos Os granitos porfiríticos encontram-se alojados nos metassedimentos, apresentando formas sigmoidais e en cornue paralelas ao trend da ZCRP, indicando uma cinemática dextral. Associados a estes corpos são comuns a presença de encraves magmáticos de composição básica a intermediária, que freqüentemente desenvolvem textura do tipo mingling com os granitóides hospedeiros. Composionalmente são constituídos por titanita-biotita monzogranitos com anfibólio e magnetita, com caráter peraluminoso e afinidade com as rochas da série subalcalina monzonítica. Biotita monzogranitos com ilmenita e titanita-biotita monzogranitos, peraluminosos, representam, respectivamente, o plúton de Olivedos e os microgranitos. O corpo de Olivedos está alojado nos metassedimentos, e os microgranitos seccionam o substrato gnáissico-migmatítico. Por tratar-se de rochas extremamente evoluídas, as amostras desses corpos plotam, nos diagramas discriminantes de séries, nos campos dos granitos de fusão crustal, todavia com um alinhamento também sugerindo uma afinidade subalcalina monzonítica. Suas características químicas os aproximam dos granitos tipo I. Granitos de afinidade alcalina, claramente sin-tectônicos, são também reconhecidos na ZCRP. Os corpos de Serra do Algodão e Serra do Boqueirão apresentam forma alongadas, paralelas ao cisalhamento que limita o setor extensional, a norte, do setor transcorrente, a sul, sendo que o corpo de Serra do Algodão apresenta uma estrutura em antiforme isoclinal. Composicionalmente englobam aegirina-augita álcali-feldspato granitos e quartzo álcali-sienito com granada (andradita), e magnetita + hematita como opacos. São rochas variando de meta a peraluminosas, correlacionadas aos granitos tipo A. De ocorrência volumétrica restrita na ZCRP são ainda encontrados leucogranitos aluminosos com biotita + muscovita �� silimanita �� granada (tipo S), truncando os micaxistos e o complexo gnáissico-migmatítico. Estes corpos podem estar dobrados e boudinados, e são considerados como produto da fusão parcial dos metassedimentos, concomitante à atuação da ZCRP. Estudos isotópicos pelo método Rb-Sr em rocha total indicam uma idade mínima de 554 Ma para a cristalização dos granitos porfiríticos. Os granitos alcalinos e o granito de Olivedos fornecem idades isocrônicas ca. 530 Ma; este valor, muito jovem, representa a idade de fechamento do sistema Rb-Sr após a cristalização e deformação dos corpos, ocorrido a pelo menos 575 Ma (Souza et al. 1998). Os granitos alcalinos e porfiríticos cristalizaram-se sob condições de alta fugacidade de oxigênio, que é marcado pela presença de magnetita e hematita nestas rochas. A presença de ilmenita no plúton de Olivedos reflete condições menos oxidantes. Termobarometria de anfibólio e anfibólio-plagioclásio fornece condições mínimas de 750ºC e 6 Kbar para a cristalização das rochas porfiríticas. O geotermômetro do zircônio indica temperaturas mais elevadas, na ordem de 800ºC, para os corpos porfiríticos, e 780ºC para Olivedos. Estes dados são concordantes com dados termobarométricos das encaixantes (5,7 kbar e 765ºC; Souza et al. 1998). O conjunto de dados gequímicos e isotópicos aponta para uma fonte na crosta inferior para as rochas porfiríticas e os granitos alcalinos. Provavelmente dominam na fonte os gnaisses de composição quartzo diorítico a tonalítico, em fácies granulito, do complexo gnáissico-migmatítico ou equivalentes. No caso das rochas alcalinas, pode ter havido a participação, em percentagen subordinada, de material mantélico mesclado ao magma ou presente na fonte. Para o granito de Olivedos, ortognaisses de composição tonalítica a granodiorítica, com alguma contribuição metassedimentar, pode ser especulada. A diversidade de rochas graníticas na ZCRP é atribuída à sua dimensão litosférica, a qual permitiu a extração de magmas a partir de diferentes níveis na crosta média-inferior até o manto. A presença de rochas de composição básica-intermediaria, associadas aos corpos porfiríticos, confirmam a participação de componentes mantélicos no sistema de extração de magmas ao longo da ZCRP. Essa megaestrutura compõe a rede de cisalhamentos brasilianos, ativada por processo de colisão continental e colagem de terrenos ao final do NeoproterozóicoDissertação Aspectos morfo-tectônicos nos platôs de Portalegre, Martins e Santana/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 1998-08-24) Barros, Silvana Diene Sousa; Matos, Renato Marcos Darros de; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; ; http://lattes.cnpq.br/2387084052091889; ; http://lattes.cnpq.br/3806211091070408; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968A análise morfo-tectônica aqui apresentada teve por objetivo estudar os depósitos siliciclásticos soerguidos da Formação Serra do Martins, no contexto dos platôs de Portalegre, Martins e Santana, situados nas porções sudoeste e central do Estado do Rio Grande do Norte. A referida formação tem idade discutível, por não apresentar registros crono e/ou bioestratigráficos que a posicionem temporalmente. A sistemática de investigação adotada fundamentou-se na análise da rede de drenagem, no reconhecimento de superfícies topográficas e das estruturas regionais, submetidas a eventos e reativações neotectônicas. Estes aspectos têm reflexo direto no arranjo dos lineamentos e em feições anômalas identificadas na paisagem, p. ex., os platôs soerguidos. A evolução morfo-escultural dos blocos estudados está expressa através de processos erosivos e acumulativos. Dentre as feições dissecativas as escarpas de erosão, cuestas e anfiteatros são as mais características, enquanto que os debris slopes constituem um exemplo acumulativo marcante. Estes elementos marcam o desequilíbrio recente dos platôs, onde a ausência de expressivos terraços aluvionares reflete um processo de rápido soerguimento. As direções das feições lineares observadas nos produtos de sensoriamento remoto evidenciam o controle dos trends estruturais do embasamento, herdados da evolução pré-Cenozóica. A orientação NNE-SSW controla feições erosionais dos platôs, e o trend N-S condiciona o arranjo da drenagem, sendo também reconhecido na Bacia Potiguar. O trend E-W ocorre de forma menos intensa, refletindo o sistema de diques básicos mesozóicos ou estruturas frágeis precambrianas. No tocante ao arranjo da drenagem, o padrão arborescente com variações para retangular com direção geral para norte foi identificado no bloco Portalegre-Martins. O platô de Santana ordena-se em padrões retilíneo (borda norte) e dendrítico arborescente (sul). Na cobertura sedimentar o arranjo varia de retangular a angular, refletindo o arcabouço herdado do embasamento cristalino. As direções mais significativas são N, NE e NW, marcando os trends erosivos. As anomalias de drenagem caracterizadas por deflexões em cotovelo ou confluências em arranjo paralelo reforçam os argumentos acima expostos. Os estudos evidenciam a relação dos fatores endógenos (litologia, feições estruturais) em combinação aos exógenos, como condicionantes do maior ou menor grau de dissecação do relevo, associados aos movimentos verticais (epirogênese) e à tectônica horizontal. São discutidas as várias possibilidades de correlação da Formação Serra do Martins com os sedimentos encontrados na Bacia Potiguar emersa, objetivando estabelecer possíveis conexões crono-estratigráficas com os vários episódios evolutivos desta porção da Província Borborema, e os prováveis mecanismos envolvidos no soerguimento destes platôs e de outras unidades estratigráficas regionaisDissertação Implicações tectônicas na hidrologia do aqüífero Barreiras e sistema lacustre do Bonfim, Nísia Floresta-RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 1998-10-27) Lucena, Leandson Roberto Fernandes de; Medeiros, Walter Eugênio de; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072; ; http://lattes.cnpq.br/4673404543485023; Costa, Waldir Duarte; ; http://lattes.cnpq.br/7839733304125539; Bezerra, Francisco Hilario Rego; ; http://lattes.cnpq.br/6050302316049061Esta dissertação apresenta os resultados de uma pesquisa desenvolvida numa área com cerca de 500 km2, a maior parte situada no município de Nísia Floresta-RN. O objetivo central é avaliar as influências da estruturação regional na hidrologia dos terrenos sedimentares cenozóicos, com destaque especial para o Aqüífero Barreiras e o sistema lacustre do Bonfim. Foi adotado uma metodologia fundamentada no emprego de técnicas geofísicas (gravimetria e eletro-resistividade) e estruturais. A estratigrafia da área é constituída pelo embasamento cristalino Pré-Cambriano, correlato ao Complexo Caicó, sotoposto a sedimentos cretácicos e capeados por unidades estratigráficas cenozóicas, na qual apenas estas últimas são aflorantes. O arcabouço tectono-estrutural é formado por uma complexa estruturação regional, caracterizada em três direções principais: NW, NE e E-W, aproximadamente, além de uma quarta direção, menos expressiva, com orientação geral N-S. Esta estruturação representa o resultado da atuação de um campo de tensões com compressão e distensão máximas em E-W e N-S, respectivamente, à exceção do trend N-S que está associado a uma compressão N-S. As conseqüências dos falhamentos na hidrologia subterrânea são evidenciadas, principalmente, pela existência de variações bruscas da espessura saturada do Aqüífero Barreiras, decorrente do deslocamento vertical de blocos estruturais nestes falhamentos. Em particular, a oeste da Lagoa do Bonfim, mostrou-se que a principal frente de alimentação subterrânea da lagoa está associada a um aumento brusco da espessura do aqüífero decorrente dos rejeitos verticais de duas falhas. As estruturas são responsáveis ainda pelos limites da drenagem subterrânea e, provavelmente, por inflexões das superfícies equipotenciais no mapa potenciométrico da área. No âmbito da hidrologia superficial, os falhamentos condicionam os cursos de rios e riachos (anomalias hidrográficas), limites superficiais e padrões da rede de drenagem, assim como as formas e gêneses das principais lagoas da área. A Lagoa do Bonfim, particularmente, possui sua gênese e evolução relacionada à ação de duas estruturas, ressaltada pela forma exótica de seu espelho d água (alongado segundo as direções NW e NE das referidas falhas), somada à provável interação com processos cársticos na seqüência carbonática mesozóicaDissertação Estudos sedimentológicos e o contexto estrutural da formação Serra do Martins, nos platôs de Portalegre, Martins e Santana/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 1999-03-30) Menezes, Maria Rosilene Ferreira de; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; Matos, Renato Marcos Darros de; ; http://lattes.cnpq.br/2387084052091889; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; ; http://lattes.cnpq.br/7682296596699194; Lima Filho, Francisco Pinheiro; ; http://lattes.cnpq.br/9888320802954176Esta dissertação aborda a caracterização sedimentológica e estrutural das rochas siliciclásticas da Formação Serra do Martins (FSM), no contexto dos platôs de Portalegre, Martins e Santana, situados a sul da Bacia Potiguar, nas porções sudoeste e central do Rio Grande do Norte. A referida formação, admitida por alguns pesquisadores como oligomiocênica, baseado em relações de intrusão com Vulcanismo Macau, tem idade ainda discutível, por não apresentar registros bio e/ou crono-estratigráficos que a posicionem temporalmente. Os depósitos da FSM, nos platôs estudados, afloram entre as cotas de 650 a 750 m e constituem um capeamento sedimentar remanescente, repousando discordantemente sobre rochas precambrianas do embasamento cristalino, topograficamente elevado. Nas últimas décadas, esses depósitos foram interpretados por alguns pesquisadores como o resultado de uma evolução paleoclimática do Terciário, associados a processos pedogenéticos. Neste trabalho, a caracterização sedimentológica das rochas da FSM está representada por descrições faciológicas, identificação dos aspectos petrográficos e das feições diagenéticas. A sistemática adotada no estudo das fácies, envolvendo a descrição dos aspectos de campo (p. ex. texturas e estruturas sedimentares), levantamento de perfis seqüenciais do empilhamento vertical dos estratos e elaboração de seções mostrando a suas relações laterais, revela que os litótipos da FSM são oriundos de um sistema fluvial entrelaçado a meandrante grosso. Esse sistema fluvial é representado principalmente pelos depósitos de fundo de canal, preenchimento de canal, transbordamento de canal e de planície de inundação. A petrografia, envolvendo os aspectos composicionais, associada a algumas características faciológicas e direções de paleocorrentes, mostra que a área fonte desse sedimentos esteve relativamente distante, a sul dos platôs estudados. O estudo diagenético caracteriza como eventos principais uma compactação mecânica incipiente dos grãos, pronunciada dissolução dos constituintes do arcabouço, matriz e/ou cimento, precipitação intensa de caulinita, sílica e, eventualmente, óxidos de ferro, além de infiltração mecânica de argilas. Muitos desse eventos, associados na literatura a condições superficiais (eo ou telodiagênese), revelam que os sedimentos da FSM não foram submetidos a soterramentos pronunciados. As relações topográficas levantadas em seções aproximadamente longitudinais e transversais à Bacia Potiguar, permitem identificar algumas condições de mergulho através das quais podem ser discutidos os elos de correlação entre os depósitos da FSM e outras unidades dessa Bacia. Os estudos sedimentológicos deste trabalho e as relações de intrusão com o Vulcanismo Macau também foram utilizadas nessas correlações, apoiando a idade oligomiocênica tradicionalmente assumida para a FSM. No tocante ao contexto estrutural da FSM, foram investigadas a herança precambriana a cretácea, e a deformação cenozóica, incluindo a caracterização de feições de deformação pré-, sin- e pós-FSM. O embasamento cristalino está estruturado segundo trends NE e ONO associados às zonas de cisalhamento dúcteis brasilianas da Faixa Seridó. No substrato cristalino são reconhecidas estruturas frágeis a dúctil-frágeis de direção NE e NO, associadas a juntas de extensão preenchidas por pegmatitos e veios de quartzo, oriundas dos esforços compressivos E-O dominantes no final do Ciclo Brasiliano. As juntas E-O e fraturas NE foram reativadas por extensão N-S a NO no final do Jurássico ao início do Cretáceo, sendo preenchidas por diques de diabásio do Vulcanismo Rio Ceará-Mirim e controlando a abertura do Rifte Potiguar. A deformação sin-FSM está representada por estruturas de fluidização, observadas em algumas exposições do platô de Portalegre, indicando a reativação dos cisalhamentos precambrianos. Nas feições tectônica pós-FSM, foram identificadas duas direções principais de lineamentos, NE e NO, além de uma outra subordinada, N-S, que em macroescala marcam os trends erosivos dos platôs. A nível de afloramento, essas orientações normalmente coincidem com padrões de fraturamentos os quais, embora possuam poucos indicadores cinemáticos, mostram em geral uma boa correspondência com a compressão N-S neo-terciária sugerida para a região (Dantas 1998, na Bacia Potiguar). Fraturas NE e NO com cinemática condicionada à compressão E-O olocênica foram também caracterizadas no domínio sedimentar das serras estudadas, controlando a erosão ou preservação da FSM. A ocorrência de marcadores crono-estruturais unusuais (preenchimento de fraturas por travertino, cascalho ou óxido de ferro) nos levou a investigar a deformação holocênica no embasamento cristalino dos platôs, com base nas exposições da Grota da Fervedeira, aba norte da Serra de Santana. Os padrões de fraturamento, reconhecidos nesse riacho, como feições de deformação neotectônica, evidenciaram um campo de tensões mais complexo, atuante desde o Terciário superior ao Quaternário, onde os esforços principais são de extensão em todas a direções, esforços estes tentativamente atribuídos a um domo térmico associado ao Vulcanismo Macau (de idade miocênica), e que parece perdurar até o RecenteDissertação Limites e evolução geodinâmica do Sistema Jaguaribeano, Província Borborema, Nordeste do Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 1999-06-28) Cavalcante, José Carvalho; Sa, Jaziel Martins; ; http://lattes.cnpq.br/2772507532078148; ; http://lattes.cnpq.br/9971995973739014; Medeiros, Walter Eugênio de; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072; Santos, Edilton Jose dos; ; http://lattes.cnpq.br/6440022779445574A área envolvida nesta dissertação de mestrado encontra -se situada, geologicamente, no chamado Domínio Setentrional da Província Borborema (P B), Nordeste do Brasil, tendo como marcador meridional a Zona de Cisalhamento Patos. Envolve, preferencialmente, terrenos do Sistema Jaguaribeano, ladeados pelos terrenos ( maciço ) Rio Piranhas, com posicionamentos no leste e sudeste, e Tróia (Tauá) no nordeste. Compreende um espaço de crosta continental dominada por terrenos gnáissico - migmatíticos de idades paleoproterozóico -arqueanos (1.9 a 2,6 Ga), onde processos tectonotermais neoproterozóico-cambrianos são registrados em cada ponto, desde simples imprint térmico até como gerador de radicais modificações estrutural -mineralógicas e de leucossomas. Ao nível vestigial de antigas e amplas coberturas vulcanossedimentares, acontecem estreitas faixas supracrustais ( schist belts), cuja cronologia, com base em determinações Rb-Sr, U-Pb e Pb-Pb nos metavulcanitos ácidos, dominantes na seção inferior das seqüências, e nas metaplutônicas associadas (augen gnaisses), se situa entre 1,6 e 1,8 Ga. Estratigraficamente, essa faixas, paralelizadas num mesmo intervalo cronológico (Estateriano), podem ser sumariadas da seguinte forma: 1. Faixa Orós (FO) - constituída pelo Grupo Orós, subdividido nas formações Santarém (predominantemente quartzitos puros e impuros, micaxistos de granulometria fina a grossa e metacarbonat os) e Campo Alegre (metandesitos, metabasaltos, metariolitos, metariodacitos e intercalações de metatufos e metassedimentos), e pela Suíte Magmática Serra do Deserto ( augen gnaisses graníticos). 2. Faixa Jaguaribe (FJ) - ostenta caracterização litoestra tigráfico-litodêmica similar a de Orós, com maior expressividade superficial dos componentes vulcano plutônicos (Formação Campo Alegre e Suíte Magmática Serra do Deserto). Também relacionada a essa faixa e descrita separadamente, encontra -se a Seqüência Peixe Gordo, constituída por unidades metassedimentares, metavulcânicas (vulcanoclásticas subordinadas) e metaplutônicas, as primeiras correlacionáveis às formações do Grupo Orós e a última a Suíte Magmática Serra do Deserto. 3. Faixa Extremo Oeste Potigua r (FEOP) - representada dominantemente por rochas do Grupo Serra de São José, subdividido nas formações Catolezinho (domínio de biotita - anfibólio gnaisses, com intercalações de metacalcários, rochas calciossilicáticas, anfibolitos, e camadas quartzíticas n o sentido ao topo) e Minhuins (quartzitos diversos, micaxistos, metaconglomerados, rochas calciossilicáticas, metavulcânicas ácidas, intermediárias e básicas, e metatufos). Sua cronologia paleoproterozóica superior (Estateriano) foi estabelecida a partir d e uma determinação Pb-Pb em cristais de zircões de ortognaisses granítico da Formação Catolezinho. Por sua vez, os augen gnaisses que ocorrem pelo lado oriental dessa FEOP, com relações de intrusão em rochas da formação inferior, foi admitido, preliminarme nte, como cronocorrelatos a litotipos similares das outras faixas. As características petrográficas e de estruturas sedimentares da Formação Santarém (Grupo Orós), permitem inferir sistemas deposicionais deltáicos e parálico -marinho raso, sendo recoberto por sedimentos de água profunda (turbiditos). Em termos geodinâmicos, a região pode ser modelada como uma ampla bacia deposicional, com provável extensão para leste da Zona de Cisalhamento Portalegre e oeste da Zona de Cisalhamento Senador Pompeu, provave lmente com registros em parte das rochas inseridas na Formação (Grupo) Jucurutu e no Grupo (Complexo) Ceará. Ainda, pelo lado oeste, a Faixa Arneiróz exibe alguns indicadores estratigráficos e de litoquímica de granitóides que a faz similar a de Orós. Esse ambiente inicia-se com uma fase extensional mais ativa pelo lado oriental (Faixa Jaguaribe, pró-parte, e Extremo Oeste Potiguar) onde a sedimentação é dominada por psamitos, ruditos, marcando fácies de ambiente fluvial de um sistema rifte que evoluiu para um sistema deltáico progradante a oeste (Grupo Orós). Associados a essa fase extensional, ocorreram episódios de vulcanismo basáltico -andesítico a riolítico. Durante esse desenvolvimento vulcanossedimentar, num cenário intracontinental ocorreu a geração de magmas ácidos que foram cristalizados sob condições hipoabissais e plutônicas. Pelo lado oeste, a sedimentação teve aquelas características ambientais descritas para o Grupo Orós. Subseqüentemente, transcorrido um longo intervalo de tempo (1,6 - 1,1 Ga, com registros mais próximos no Dominio Tectônico Central da PB), a região foi solicitada por uma fase extensional, possivelmente associada ao desenvolvimento da ambiência vulcanossedimentar do Grupo Cachoeirinha (sul da Zona de Cisalhamento Patos), marcada na região de Orós por corpos básicos de idades em torno de 900 Ma (Sm -Nd). No intervalo de 800-500 Ma, a região atravessou por importantes fases de deformação, metamorfismo e de incorporação de magmas graníticos (cristalizados em espaços de dimensões variadas, de diques a batolíticas) e básico -intermediários, relacionadas ao chamado Ciclo Geotectônico Brasiliano/Pan -Africano. Atualmente, alguns autores admitem como marcas sedimentares desses tempos, localizadas em tratos da área cartografada e próximos, as formações (Grupo) Seridó, Lavras da Mangabeira e Grupo Ceará (pró-parte). Nesses tempos foram gerados blocos estruturais diferenciados ao nível da taxa de fusão anatética, percentagem de supracrustais em alto grau e seus respectivos correspondentes migmatíticos e participação de corpos graníticos neoproterozóico - eopaleozóicos. Com esses indicadores, grande parte do Bloco/Terreno Jaguaretama é a que ostenta menor atuação relativa dos processos tectono -metamorfo-magmáticos do mencionado ciclo. A despeito das faixas mais distantes desse Bloco Jaguaretama (Extremo Oeste Potiguar e Arneiróz), onde tem-se associações minerais com cianita (média pressão), as faixas marginais ao mesmo, são marcadas por uma zoneografia sul -norte, onde passa-se do campo da estaurolita, para o da sillimanita. Internamente, o Grupo Orós tem sua zona da estaurolita desenhada no lado oriental. Para as deformações das supracrustais estaterianas, as fases mais importantes foram as segunda e terceira, diagnosticadas como desenvolvidas n um processo tectônico progressivo. No geral, condições de PT mais vigorosas são relacionadas ao intervalo tardi-Fase 2 cedo-Fase 3, cujos indicadores cronorradiométricos e de estruturação regional, o coloca no desenvolvimento do Ciclo Brasiliano/Pan -Africano. No cenário da geodinâmica estateriana do Brasil, essas seqüências vulcanossedimentares são cronocorrelacionadas às que constituem a seção inferior do Supergrupo Espinhaço (p.ex., grupos Rio dos Remédios e Paraguaçu, sistema rifte paleoproterozóico no Cráton São Francisco), às dos grupos Araí e Serra da Mesa (no norte de Goiás, implantados sobre o Maciço Central de Goiás) e Uatumã (no Cráton Amazônico). O plutonismo granítico ( augen gnaisses) também têm similares nessas regiões, como por exemplo os A-granitos intrusivos nos grupos Araí e Serra da Mesa, com idades em torno de 1,77 Ga. Para os limites do Sistema (Terrenos) Jaguaribeano(s), os dados gravimétricogeológicos favorecem o estabelecimento segundo as zonas de cisalhamentos (ZCs) Senador Pompeu, a oeste, e Portalegre-Farias Brito, a leste e sul. Contudo, os mesmos informes não são conclusivos quanto a existência dessas estruturas como registros de um processso de suturamento transformante (docagem de terrenos). Os principais caracteres dessas ZCs e dos conjuntos litológicos solicitados, apontam para um regime transcorrente-transpressivo intracontinental, inerente aos tempos do Neoproterozóico - Cambriano, marcando importantes charneiras de dispersão direcional de blocos (fase de extrusões laterais da tectônica brasiliana). Dentro desse Sistema, conforme os dados aeromagnéticos (mapa de campo total), o mais importante limite de terreno é estabelecido na Zona de Cisalhamento Jaguaribe. O elenco dos dados cronorradiométricos, em nível bastante prel iminar, sobre algumas associações tectonoestratigráficas (em parte representadas pelos grupos Ceará e Jucurutu), além da carência de uma zoneografia granítica e de outros desenhos petrotectônicos, dificultam a proposição de diagramas de aglutinação de terr enos na presente regiãoDissertação Estudo sísmico no açude Tucunduba, Senador Sá, CE(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 1999-07-12) França, George Sand Leão Araújo de; Takeya, Mario Koechi; Ferreira, Joaquim Mendes; ; http://lattes.cnpq.br/0807368274222975; ; http://lattes.cnpq.br/8658746289220629; ; http://lattes.cnpq.br/1804846635564396; Bezerra, Francisco Hilario Rego; ; http://lattes.cnpq.br/6050302316049061o Açude Tucunduba está localizado no município de Senador Sá, a aproximadamente 290 km a oeste de Fortaleza - CE. O monitorarnento sísmico da região, por meio de urna rede sismográfica local, teve início em 11 de junho de 1997, logo após a ocorrência de um evento com magnitude 3,2 mb, no dia 09 de junho de 1997. O monitorarnento foi realizado com uma estação analógica (utilizada na determinação da magnitude com a duração e na contagem do número de eventos por dia), e sete estações digitais. As estações digitais, com três componentes cada, operaram no período de junho a novembro de 1997. Neste trabalho foram analisados os dados coletados pelas estações digitais objetivando a determinação de hipocentros, mecanismos focais e análise de anisotropia sísmica. Na determinação hipocentral utilizou-se o programa HYPO71, com o modelo de semiespaço, de parâmetros iguais a 5,95, para a velocidade da onda P, e 1,69, para a razão Entre as velocidades das ondas P e S. Dessa forma, foi possível detectar urna zona ativa, de aproximadamente 1 km de extensão e profundidade variando de 4,5 a 5,2 km. Com um conjunto de 16 sismos, registrados na mesmas seis estações, foi determinado um plano de falha a partir dos hipocentros, pelo método dos mínimos quadrados, obtendo-se os valores de 60° para o azimute e 88° para o mergulho. A determinação de mecanismos focais foi feita de duas formas distintas, utilizando-se os programas FPFIT e FOCMEC. Na solução do mecanismo composto (FPFIT), encontrou-se uma falha de direção aproximadamente E-W (265° para o azimute, 88° para o mergulho), transcorrente, sinistral, com componente normal.Foram determinados vários mecanismos individuais (FOCMEC), tendo-se obtido um valor médio de 65° para o azimute e 80° para o mergulho. Estimativas preliminares do esforço horizontal máximo, a partir da direção do eixo P, não são concordantes com valores anteriormente obtidos para sismos ao sul do Açude Tucunduba. Na região também foi feito um estudo de anisotropia, onde se verificou a presença de anisotropia na propagação da onda S, possibilitando a obtenção das direções de polarizações e dos tempos de atraso entre as ondas S divididas, para duas estações. A dificuldade de se ter uma boa estimativa para o esforço horizontal máximo, na região, impossibilitou qualquer conclusão sobre a causa da anisotropia observada. Não se pode concluir, de forma clara, que a atividade sísmica possa estar associada diretamente a falhas mapeadas na região. As direções do plano de falha pelo ajuste por mínimos quadrados, FPFIT e FOCMEC (valor médio) estão no intervalo de NE e EW. Estes valores são consistentes com as direções de fotolineamentos, lineamentos topográficos, positivos e negativos, e de fraturas secas, observadas na região.Dissertação Análise de terrenos na porção setentrional da Província Borborema, NE do Brasil: integração de dados geológicos e gravimétricos(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 1999-08-20) Campelo, Romário Carvalho; Medeiros, Walter Eugênio de; Sa, Emanuel Ferraz Jardim de; ; http://lattes.cnpq.br/4094827215552998; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072;A Província Borborema, atualmente, vem sendo entendida como uma complexa faixa colisional, produto da movimentação convergente de placas, envolvendo possíveis processos de amalgamação e acresção de microplacas e terrenos, consolidados ao final do evento Brasiliano. Nesse contexto, o presente trabalho investiga possíveis limites de terrenos tectono-estratigráficos na porção setentrional da província, a partir de um estudo integrado dos dados geológicos e gravimétricos. A área estudada abrange os subdomínios da Província Borborema situados a norte do lineamento Patos, sendo limitada pelos paralelos 1º36 S e 8º00 S e meridianos 43º29 44 W e 33º00 W. A síntese do conhecimento geológico regional permitiu a identificação de regiões com feições geológicas contrastantes ou incompatíveis, invariavelmente separadas por zonas de cisalhamento brasilianas, que podem estar relacionadas à justaposição de terrenos alóctones. Dentre as zonas estudadas, a zona de cisalhamento Sobral-Pedro II (ZCSPII) é a que apresenta os melhores indícios geológicos para se caracterizar uma zona de sutura. Os dados geológicos, de modo geral, apontam para um contexto geodinâmico acrescionário, envolvendo colisões oblíquas (docagens), suturas transcorrentes/transformantes e cisalhamentos intracontinentais profundos. A gravimetria contribuiu como uma ferramenta na busca de contrastes laterais de densidade que podem ser explicados em termos de blocos crustais diferentes justapostos tectonicamente. A anomalia de grande comprimento de onda dominante no mapa Bouguer é um expressivo gradiente, que a grosso modo segue a margem continental. Tal anomalia é causada pela variação de densidade através da interface crosta-manto na transição da crosta continental para oceânica, originada pela separação entre América do Sul e África. As anomalias de pequeno a médio comprimento de onda são causadas por heterogeneidades intracrustais tais como diferentes blocos crustais precambrianos, granitóides brasilianos e bacias sedimentares fanerozóicas. A superposição de padrões anômalos distintos implicou na necessidade de separar as componentes regional e residual desse mapa. Para isso foi utilizado um método de ajuste polinomial robusto. Através da inversão do campo gravimétrico residual foi obtido um mapa de contrastes de densidade (Δρ) que forneceu um contorno mais preciso das anomalias e consolidou o modelo adotado, de anomalias residuais com fontes restritas à crosta superior atual. A correlação estabelecida entre os alinhamentos gravimétricos observados no mapa residual (e seus derivados) e os trends das zonas de cisalhamento brasilianas, somada às características geológicas de cada estrutura, resultou na proposição das seguintes zonas de cisalhamento como limites de terrenos tectono-estratigráficos: Zona de Cisalhamento Patos, Zona de Cisalhamento Sobral-Pedro II, Zona de Cisalhamento Picuí-João Câmara, Zona de Cisalhamento Remígio-Pocinhos, Zona de Cisalhamento Senador Pompeu, Zona de Cisalhamento Tauá e Zona de Cisalhamento Portalegre. As três primeiras zonas desta lista, com base na avaliação integrada dos indícios geológicos e geofísicos encontrados em cada uma, são propostas com um grau de confiança maior em relação às demais. De oeste para leste, essas zonas definem os seguintes terrenos: Terreno Noroeste do Ceará, Terreno Ceará Central, Terreno Tauá, Terreno Orós- Jaguaribe, Terreno Seridó e Terreno São José do Campestre. Em comparação com divisões anteriores da Província Borborema, são descartados os terrenos Rio Piranhas e Patos, cujos limites propostos não apresentam dados geológicos ou gravimétricos que os justifiquem. Por outro lado, o Terreno Cearense anteriormente proposto foi subdividido nos terrenos Ceará Central e Tauá. Adicionalmente, o modelamento gravimétrico de dois perfis na Faixa Seridó mostrou que o campo gravimétrico residual pode ser explicado a partir dos corpos geológicos aflorantes ou subaflorantes, restritos à parte superior da crosta atualDissertação Caracterização de minerais pesados ao longo do Rio Piranhas-Açu/RN: distribuição e proveniência(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 1999-08-24) Silva, Marcia Gomes da; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; ; http://lattes.cnpq.br/8766558455624623; Araújo, Tereza Cristina Medeiros de; ; http://lattes.cnpq.br/4130469620831742; Bezerra, Francisco Hilario Rego; ; http://lattes.cnpq.br/6050302316049061This dissertation deals with the characterization, distribution and provenience of heavy minerals along the Piranhas-Açu River, from the City of Parelhas (Seridó River) to your mouth at the City of Macau-RN. Many heavy minerals species were recorded in this study: clinoamphibole, epidote (including zoisite), garnet, sillimanite, tourmaline, staurolite, andalusite, zircon, rutile, augite, ilmenite, hematite and magnetite. Major transparent minerals, those forming more than 5% of some assemblages, are hornblende, epidote, tourmaline, staurolite and zircon. Predominant opaque mineral is ilmenite. Six assemblages were identified along the river: (i) Garnet-hornblende-tourmaline with sillimanite, when cutting rocks of the Seridó Formation; (ii) Hornblende-garnet-zircon, when crossing rocks of the Caicó gnaisse-migmatitic Complex; (iii) Hornblende-zircon-epidote-staurolite, when draining rocks of the Jucurutu Formation; (iv) Hornblende-zircon-epidote, when cutting rocks of the Açu Formation; (v) Hornblende-zircon-staurolite, on the lowermost Açu River, when crossing limestones of the Jandaíra Formation and (vi) Zircon-tourmaline-staurolite in the Açu River mouth (Cenozoic rocks) where coastal process dominate. Mineral ratios that reflect differences in grain shape, density, and selective chemical decomposition were used in an attempt to isolate the effects of source and process as controls of mineral variability. Reworking of the sediments was regionally effective in selective sorting; the more equant minerals (e.g. epidote) and heavier minerals (e.g. opaques) had a higher probability of being selected for permanent deposition during reworking. The processes of selective decomposition stand out at the river mouth. A priori knowledge of provenance, associated with the assemblage distribution and effects of process were utilized to the interpretations, that points to the follow provenances: hornblende comes from micashists of the Seridó Formation, orthognaisses and amphibolites of the Caico Complex, paragnaisses and paranphibolites of the Jucurutu Formation and granites intrusions; epidote comes from paragnaisses and calciosilicatics of the Jucurutu Formation, granites intrusions (-Npy3al/ca and -Npy3mz, gravels deposits and Açu Formation; Andalusite and staurolite come from the Seridó Formation; Sillimanite, tourmaline and garnet come from micashists of the Seridó Formation, as well as from quartzites of the Equador Formation; Zircon comes from Precambrian rocks (pink and prismatic zircon) and from sediments of several cycles (round zircon); Opaques come from all rocks cutted for the Piranhas-Açu River; Rutile comes from metamorphic rocks, in general; Augite comes from the Ceará-Mirim, Serra do Cuó and Macau volcanisms. The texture of gravels deposits reveals a sediment transport mechanisms by traction-current processes, together with a diagenetic clay matrix suggests a hot-humid environments for deposition. The presence of unstable heavy minerals assemblages, as well as pebbles of different composition and degrees of rounding and esfericity, indicate more than one source. The occurrence of calcio/alkaline granites suites, in areas closed to the gravel deposits, suggests that these intrusions are the main source of sediments. This could explain for instance, the significant amounts of epidote and presence of unstable heavy minerals (e.g. hornblende). The analyses of heavy minerals also show significante variability between the modern (Piranhas-Açu) and ancestral (Açu Formation) river sediments. In general, these variations reflect relatively higher unstable and lower stable heavy minerals contents of the modern Piranhas-Açu sediments. The absence of significant compositional differences probably reflects uniform weathering conditionsDissertação Aspectos morfo-dinâmicos do Complexo Lagunar Nísia Floresta-Papeba-Guaraíras, Região Costeira Sul Oriental do RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2000-03-13) Melo, Flavia Taone Lira de; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; ; http://lattes.cnpq.br/2805961570978100; Freire, George Satander Sá; ; http://lattes.cnpq.br/6803944360256138; Bezerra, Francisco Hilario Rego; ; http://lattes.cnpq.br/6050302316049061Esta dissertação apresenta os resultados de uma pesquisa desenvolvida na área do complexo lagunar Nísia Floresta-Papeba-Guaraíras, litoral sul oriental do Estado do Rio Grande do Norte. Os objetivos principais foram o reconhecimento estratigráfico em detalhe dos depósitos lagunares e as relações da dinâmica costeira na sedimentação dos mesmos; e a análise morfo-dinâmica do área do complexo lagunar e adjacências. Para tal, foi adotada uma metodologia interdisciplinar, na qual foram associados dados de geomorfolgia, morfo-tectônica e sedimentologia. Os estudos sedimentológicos contaram com amostragem envolvendo técnicas de testemunhagem por vibração nas referidas lagunas, utilizando-se o sistema vibracore.O referido complexo lagunar é constituído por um sistema de três lagunas que interagem através de dois canais artificiais, Boqueirão e Surubajá. A laguna de Guaraíras, a mais expressiva em extensão areal, corresponde à zona de estuário dos rios Trairí e Jacu. A carga sedimentar trazida por esses rios é fortemente retrabalhada pelas correntes de maré, formando uma importante trama de canais e barras arenosas no interior da laguna e próximo ao canal de ligação desta com o mar. O registro litológico na área é de idade cenozóica, estando representado pelas rochas sedimentares siliciclásticas da Formação Barreiras (arenitos diversos, argilitos e conglomerados), e por arenitos praiais (beach rocks), bem como por sedimentos siliciclásticos associados à dinâmica fluvial (aluviões), de planície de maré (argilas e barras arenosas), e costeira (areias de praia e de dunas antigas e atuais). Dentre os aspectos geomorfológicos reconhecidos, estão os elementos ligados aos ambientes continental (bacias de drenagens dos rio Trairí, Baldum e Jacu, tabuleiro costeiro suportado pela Formação Barreiras), e transicional (complexo lagunar, campos de dunas, falésias, canais de maré e linhas de beach rochs). A análise morfotectônica evidencia uma estruturação afetando os sedimentos da Formação Barreiras, com dois sets de lineamentos principais: SW-NE e SE-NW. As anomalias na rede drenagem estão diretamente associadas à essa trama de falhas/fraturas, as quais controlam e compartimentam os baixos cursos dos rios Trairí e Jacu e, pelo menos, parte dos cursos de seus principais afluentes. As Lagunas Nísia Floresta, Papeba e Guaraíras exibem forte controle da sua morfologia segundo a direção desses lineamentos. Do ponto de vista dos depósitos lagunares, as análises sedimentológicas refletem uma distribuição de sedimentos relacionada à interação dos processos fluviais e marinhos que atuam na referida área. Os depósitos correlatos evidenciam características texturais essencialmente microclásticas, de águas pouco profundas, e com correntes de moderada a baixa energia. De um modo geral, o complexo lagunar Nísia Floresta-Papeba-Guaraíras constitui um conjunto intimamente interligado, que sofreu importantes mudanças, em tempos históricos e que se refletem até os dias atuais. Além dos fatores naturais que atuam nesse sistema, deve-se considerar ainda a intervenção antrópica, que tem se manifestado de maneira crescente nos últimos anosDissertação Petrologia do magmatismo tardi-brasiliano no Maciço São José de Campestre(RN/PB), com ênfase no Plúton Alcalino Caxexa(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2000-03-24) Nascimento, Marcos Antonio Leite do; Souza, Zorano Sergio de; Galindo, Antonio Carlos; ; http://lattes.cnpq.br/9747727150782125; ; http://lattes.cnpq.br/1259445348649589; ; http://lattes.cnpq.br/5356037408083015; Sa, Jaziel Martins; ; http://lattes.cnpq.br/2772507532078148A área estudada localiza-se na extremidade nordeste da Província Borborema, no denominado Maciço São José de Campestre (RN e PB). Relações de campo e dados petrográficos, geoquímicos e isotópicos permitem individualizar cinco suítes distintas de rochas plutônicas representados por: álcali-feldspato granito (Plúton Caxexa), que constitui o principal alvo desta dissertação, anfibólio-biotita granito (Plúton Cabeçudo), biotita microgranito, gabronorito a monzonito (Suíte Básica a Intermediária) e granitóide aluminoso. O Plúton Caxexa está lateralmente associado a Zona de Cisalhamento Remígio-Pocinhos, alojado ao longo da interface milonítica entre o substrato gnáissico e os micaxistos. Este plúton corresponde a uma intrusão sintectônica alongada na direção N-S, com cerca de 50 km2 de superfície aflorante. Ele é formado exclusivamente por álcali-feldspato granitos, tendo como minerais acessórios clinopiroxênio (aegirina-augita e hedenbergita), granada (andradita), titanita e magnetita. Quimicamente, classificam-se como rochas alcalinas de alta sílica (>70% em peso), metaluminosas a fracamente peraluminosas (coríndon normativo <1%), com altos valores de Na2O+K2O (>10%), Sr, razões de #Fe (90-98) e índice agpaítico (0,86-1,00), e anomalia positiva de Eu. O Plúton Cabeçudo compõe-se de rochas com textura porfirítica, comumente contendo enclaves magmáticos de composição básica a intermediária, mostrando feições do tipo mingling e mixing. Petrograficamente, é constituído por fenocristais de k-feldspato e plagioclásio como minerais essenciais, além de anfibólio, biotita, titanita e magnetita como acessórios. Quimicamente, mostra características metaluminosas e afinidade com rochas transicionais cálcio-alcalina e alcalina (subalcalina monzonítica). Apresentam espectros de terras raras com anomalia negativa de Eu e conteúdos de terras raras leves e pesadas mais elevados do que as rochas do Plúton Caxexa e do microgranito. Os microgranitos ocorrem predominantemente na porção centro-leste, sob a forma de diques e soleiras, com espessura decimétrica, alojados principalmente nas ortoderivadas e com menor freqüência nos micaxistos. Seu posicionamento tardio com relação às demais plutônicas é evidenciado através de diques encaixados em rochas dos plútons Caxexa e Cabeçudo. Petrograficamente, são biotita granitos, contendo também titanita, anfibólio, allanita, opacos e zircão como minerais acessórios. Quimicamente, diferem das rochas porfiríticas, por serem peraluminosas, mais evoluídas, e terem espectros de terras raras mais fracionados. As rochas básicas a intermediárias ocorrem como um grande corpo elíptico de direção NE-SW, na parte SE da área, bem como soleiras em micaxistos. Modalmente, são gabronoritos a monzonitos, contendo os dois piroxênios e biotita como minerais máficos mais freqüentes, além de anfibólio, titanita, ilmenita e allanita. Essas rochas mostram um comportamento químico que não se adequa nem às séries cálcio-alcalinas típicas, nem às alcalinas, podendo representar possivelmente uma série monzonítica (shoshonítica). Os espectros de terras raras possuem anomalia negativa de Eu menos pronunciada e conteúdos de terras raras maiores do que nas outras suítes. Os granitóides aluminosos são volumetricamente restritos, sendo identificados através da forte migmatização em micaxistos que bordejam a suíte básica a intermediária, destacando-se alguns corpos na porção sul da área. Mineralogicamente, são identificados granada, andaluzita, biotita e muscovita, sendo a suíte de característica geoquímica peraluminosa. Dados isotópicos de Rb-Sr [rocha total (RT)] e Sm-Nd (RT + mineral) permitem estimar a idade mínima de cristalização (578±14 Ma) e a idade de fechamento final do sistema Rb-Sr (536±4 Ma) para o Plúton Caxexa. Os granitóides aluminosos possuem idade Sm-Nd (rocha total + mineral) semelhante a do Plúton Caxexa, com valor de 574±67 Ma. A forte interação de bandas de cisalhamento e diques pegmatíticos, facilitou a abertura do sistema Rb-Sr, impossibilitando a obtenção de idades geocronológicas para o Plúton Cabeçudo e o microgranito. Dados termobarométricos utilizando o geotermômetro anfibólio-plagioclásio e geobarômetro do Al em anfibólio indicam condições mínimas de 560°C e 7 kbar para o Plúton Cabeçudo, 730°C e 6 kbar para o microgranito e 743°C e 5 kbar para a suíte básica a intermediária. O geotermômetro de Zr mostra temperaturas mais elevadas, de 855°C, 812°C e 957°C, respectivamente, para aquelas suítes, enquanto o Plúton Caxexa apresenta temperaturas da ordem de 757°C. Os plútons Caxexa, Cabeçudo e microgranito cristalizaram-se sob condições de alta fugacidade de oxigênio (presença de magnetita). Por outro lado, a ocorrência de ilmenita na suíte básica a intermediária indica condições menos oxidantes para a sua evolução. Relações de campo demonstram o caráter intrusivo dos granitóides em uma crosta continental já relativamente estabilizada. Isto é comprovado por dados petrográficos e geoquímicos, que sugerem um contexto tectônico tardi- ou pós-colisional. Interpreta-se, daí, a geração e posicionamento das suítes granitóides durante os eventos tardios da orogênese brasiliana. Finalmente, o confronte de eNd (600 Ma), TDM e razões isotópicas iniciais de estrôncio (ISr) não permitem definir a(s) fonte(s) adequada(s) dentre as unidades crustais do substrato gnáissico atualmente aflorante no MSJC. Ensaios preliminares levando em conta a relação Rb/Sr vs. Sr deixam em aberto a possibilidade do manto metassomatisado (enriquecido em TRL, Ba, Sr, Zr) ter sido uma das fontes principais, contaminada em diferentes proporções (menor na básica a intermediária) por material da crosta continental. Desta forma, um manto enriquecido não seria uma particularidade da litosfera neoproterozóica, mas uma característica marcante da porção nordeste da Província Borborema desde o Arqueano e o Paleoproterozóico.Dissertação Estruturas de acumulação de água subterrânea em rochas cristalinas: estudo geofísico e geológico de casos no Estado do Rio Grande do Norte(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2000-04-13) Silva, Jesimael Avelino da; Medeiros, Walter Eugênio de; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072; ; http://lattes.cnpq.br/1918538117746223; Lima, Olivar Antônio Lima de; ; http://lattes.cnpq.br/0793325217875702; Macedo, José Wilson de Paiva; ; http://lattes.cnpq.br/8074712340427454O Estado do Rio Grande do Norte apresenta extensas áreas onde se sobrepõem clima semi-árido e terrenos cristalinos. Algumas destas áreas apresentam cobertura relativamente espessa de solo, o que dificulta ainda mais os trabalhos de locação de poços (para extração de água subterrânea) pelo método tradicional que é baseado na análise de fotografias aéreas e geologia de superfície. Esse conjunto de fatos faz com que o índice de insucesso das locações seja da ordem de 30%. Este trabalho descreve os resultados de estudos estruturais e geofísicos, realizados em três localidades do estado, com o objetivo de caracterizar as estruturas acumuladoras de água subterrânea no cristalino, de modo a compor uma base interpretativa que permita aumentar o índice de sucesso das locações de poços. Os trabalhos estruturais envolveram a coleta de dados de fraturas e foliações e os trabalhos de geofísica estão baseados em dados de eletro-resistividade, potencial espontâneo e VLF(Very Low Frequency). A interpretação integrada dos dados estruturais e geofísicos evidenciou que o modelo riacho-fenda não se constitui no modelo único de acumulação de água no cristalino. Constatou-se a existência de outra estrutura, muito promissora ao acúmulo de água nestes terrenos, a qual foi denominada de calha elúvio-aluvionar. As estruturas riacho-fenda e calha apresentam características bem distintas e, portanto, os critérios de locação em cada estrutura são bastante diferentes. Na estrutura do tipo riacho-fenda ocorre a coincidência do riacho com a zona de fratura ou com as suas bordas. As direções das fraturas coletadas em afloramentos são consistentes com a direção do riacho. Além disso, ocorre a correlação de anomalias geofísicas de um perfil a outro, delimitando a zona fraturada e a sua direção. Por outro lado, o modelo calha, proposto neste trabalho, representa uma estrutura de acumulação de aluvião e/ou regolito. Os perfis geofísicos, principalmente as seções de resistividade aparente, delimitam muito bem as bordas da estrutura e fornecem uma boa indicação da topografia do topo do cristalino sobre o qual estão acumulados os sedimentos. As anomalias geofísicas detetadas no centro da estrutura calha não apresentam continuidade de um perfil para o outro, mas ocorre boa correlação das anomalias provocadas pela borda da estrutura. A implantação da estrutura calha é fortemente condicionada pela foliação da rocha: a maior dimensão da estrutura calha é paralela à direção da foliação e a forma e mergulho das bordas da calha são controladas pelo mergulho da foliação. No caso das locações em que seja válido o modelo riacho-fenda, a utilização do VLF oferece excelente resposta tanto em relação à localização da zona fraturada quanto na determinação da direção do seu eixo de prolongamento. Por outro lado, no caso de locações em que seja válido o modelo calha, o método de eletro-resistividade, em especial a técnica da seção de resistividade aparente, proporciona a delimitação das bordas da estrutura, bem como revela os locais da calha que apresentam maior espessura de aluvião e/ou regolitoDissertação Estudo geoquímico e geocronológico Rb-Sr e Sm-Nd em zonas de cisalhamento mineralizadas em ouro e suas relações com as rochas encaixantes e geocronológico Sm-Nd em mineralizações de scheelita na faixa Seridó(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2000-05-31) Trindade, Ivaldo Rodrigues da; Sa, Jaziel Martins; ; http://lattes.cnpq.br/2772507532078148; ; http://lattes.cnpq.br/5157012447833693; Macedo, Maria Helena de Freitas; ; http://lattes.cnpq.br/8748253704840703As mineralizações estudadas estão inseridas na Faixa de dobramento Seridó. A scheelitífera de Brejuí está hospedada em rochas calciossilicáticas da Formação Jucurutu. A mineralização aurífera de São Francisco tem como hospedeiros micaxistos da Formação Seridó, enquanto que as mineralizações de Ponta da Serra e da Fazenda Simpático estão hospedadas em ortognaisses do embasamento desta faixa de dobramentos. Grande parte das mineralizações de ouro estão associadas à zonas de cisalhamento que funcionam como conduto para a circulação de um grande volume de fluidos, que interagem com as rochas hospedeiras provocando lixiviação ou precipitação de elementos químicos, incluindo o ouro. Estas foram algumas das principais características observadas nas mineralizações aqui estudadas. A pesquisa realizada nas mineralizações de ouro teve a finalidade de integrar os dados do comportamento de elementos químicos durante o evento cisalhamento/mineralizante, e sua influência nos sistemas isotópicos Rb-Sr e Sm-Nd. Os estudos de mobilidade química mostraram que os elementos, que durante o cisalhamento, de uma forma geral apresentaram um coportamento imóvel, foram o AI, Ti e Zr. Dentre os elementos que foram mobilizados durante o evento, o K e o Rb mostraram ganho de massa em todas as faixas de rochas transformadas, enquanto que os elementos Ca, Na e o Sr normalmente perderam massa. Os elementos Sm e Nd na mineralização de São Francisco se comportaram como imóveis e em Ponta da Serra e Fazenda Simpático perderam massa. Os estudos petrográficos mostraram que os minerais biotita e plagioclásio, em todas as mineralizações estudadas, tiveram papel importante nas reações química ocorridas nas rochas transformadas para a geração de muscovita, cordierita e silimanita, justificando a entrada do K para formação da muscovita e da liberação de Na e Ca do plagioclásio para a fase fluida. Na mineralização aurífera de São Francisco, os resultados das análises isotópicas de Rb e Sr, forneceram idades de 645 ± 19 Ma e de 596 ± 17 Ma com amostras das rochas originais e transformadas juntas. Duas idades, 569 ± 20 Ma e 554 ± 19 Ma foram obtidas com as amostras do domínio das rochas transformadas. Estas idades são sugestivas de que houve dois pulsos metamórficos durante a instalação da zona de cisalhamento mineralizada. Os dados Sm-Nd forneceram idades TDM de 1,31 Ga e de 1,26 Ga com 3Nd (0,6 Ga) de -0,26 e -0,40 respectivamente para a rocha original e transformada final. Para os ortognaisses do Complexo Caicó, caso da mineralização de Ponta da Serra e da Fazenda Simpático, os dados Rb-Sr não forneceram idades com significado geológico. Na mineralização de Ponta da Serra, os dados isotópicos Sm-Nd forneceram idades T DM de 2,56 Ga e 2,63 Ga para as rochas originais e de 2,71 Ga para a rocha cisalhada, mineralízada e valores de 3Nd (2,0 Ga) entre -3,70 e -5,42 para rocha original e cisalhada respectivamente. Na Fazenda Simpático os dados de Sm-Nd forneceram as idades T DM ficaram entre 2,65 e 2,69 Ga com valores de 3Nd (2,0 Ga) entre -5,25 e -5,52. Quanto aos dados Sm-Nd as idades T DM podem ser admitidas como a idade de extração do magma parental formador dos protólítos dos ortognaisses das mineralizações Ponta da Serra e da Fazenda Simpático. Os valores de 3Nd baixos e negativos sugerem uma fonte crustal, ou a participação de duas fontes (mantocrosta) . Os estudos de mobilidade química mostraram que nas mineralizações hospedadas no embasamento, o Rb ganhou massa enquanto o Sr perdeu massa e tanto o Sm quanto o Nd, foram fortemente mobilizados. As razões Sm/Nd entretanto se mantiveram constantes, confirmando o caráter isoquímico destes elementos. Nas mineralizações do embasamento, idades pelo método Rb-Sr são desprovidas de significado geológico, em função da abertura parcial do sistema isotópico durante as transformações tectonometamórficas. Na mineralização scheelitífera foi realizado um estudo geocronológico Sm-Nd com o intuito de se obter as idades das paragêneses formadas durante os eventos hidrotermais sofridos pelas rochas calciossilicáticas mineralizadas. O diagrama Sm-Nd construído com os dados de rocha total e paragênese de alta temperatura (granada, diopsídio e hornblenda ferropargasítica) forneceu uma idade de 631 ± 24 Ma, e com os dados de rocha total e paragênese de baixa temperatura (vesuvianita, epidoto e calcita), foi obtida uma idade de 537 ± 107 Ma. Estas idades associadas com as observações petrográficas sugerem que houve um lapso de tempo entre os eventos hidrotermais responsáveis pelas formações das paragêneses de alta e de baixa temperatura nas rochas calciossilicáticas mineralizadas em scheelitaDissertação Correlação entre contexto morfoestrutural e sismicidade nas regiões de João Câmara e São Rafael (RN)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2000-06-30) Amaral, Cristiano de Andrade; Bezerra, Francisco Hilario Rego; Amaro, Venerando Eustáquio; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783253A6; ; http://lattes.cnpq.br/6050302316049061;Esta dissertação de mestrado descreve a deformação rúptil em duas zonas sísmicas no Nordeste do Brasil: João Câmara e São Rafael, estado do Rio Grande do Norte. Ambas as áreas mostram falhas sismogênicas, Samambaia e São Rafael, indicadas por zonas estreitas de epicentros com direção N40oE, comprimentos de 30 km e 4 km, e profundidades de 1-12 km e 0,5-4 km, respectivamente. Os primeiros estudos sismológicos e geológicos realizados nestas áreas sugeriram tratar-se de falhas cegas ou ainda em processo de nucleação. A região se encontra sob regime de compressão com direção aproximadamente E-W e é formada por um embasamento cristalino deformado por um ou mais ciclos orogênicos, que geraram zonas de cisalhamento marcadas por foliação forte e penetrativa e formas sigmoidais. O embasamento cristalino é recoberto pela Bacia Potiguar, de idade Cretácea, que também é capeada por sedimentos continentais siliciclásticos da Formação Barreiras e aluviões quaternários. O principal objetivo do presente trabalho foi mapear as áreas epicentrais e descobrir se as mesmas apresentavam alguma feição geológica ou morfotectônica relacionada às falhas sismogênicas. Mapas geológicos de detalhe foram feitos em ambas as áreas com o objetivo de identificar estruturas rúpteis e feições de drenagens ou topográficas relacionadas com falhamentos. Evidências geológicas e morfotectônicas indicaram que ambas as falhas sismogênicas ocorreram em estruturas pré-existentes. As falhas cortam rochas cenozóicas ou mostram expressão topográfica relacionada a altos/baixos de relevo e canais alinhados de rios. As rochas de falha nas falhas de Samambaia e São Rafael são cataclasitos, brechas de falha, gouge, pseudotaclito e veios de quartzo e calcedônia, que apontam para processos de reativação em diferentes níveis crustais. A idade da primeira movimentação das falhas de Samambaia e São Rafael possivelmente varia entre o final do Pré-Cambriano e o final do Cretáceo. Ambas as falhas cortam o fabric Pré-cambriano e mostram evidências de processos frágeis que ocorreram entre 4 e 12 km de profundidade, os quais provavelmente não aconteceram durante o Cenozóico. Os resultados são de grande importância para o risco sísmico regional. Eles indicam que as falhas mapeadas pelo presente trabalho são mais longas que as falhas descritas pelos estudos sismológicos. A metodologia utilizada pelo presente estudo pode ter grande aplicação em outras áreas sismogênicas intraplacaDissertação As relações entre tectonismo e seqüências deposiconais no rifte potiguar - porção SW do Graben de Umbuzeiro, bacia potiguar emersa(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2000-08-31) Soares, Ubiraci Manoel; Matos, Renato Marcos Darros de; ; http://lattes.cnpq.br/2387084052091889; ; Lima Filho, Francisco Pinheiro; ; http://lattes.cnpq.br/9888320802954176A partir da integração de dados lito, bio e sismoestratigráficos, paleoclimáticos e geoquímicos (��18O), e utilizando os conceitos da estratigrafia de seqüências, bem como das técnicas de modelagem estratigráfica e descarregamento sedimentar, foi possível diferenciar os efeitos tectônicos e climáticos na sedimentação de um rifte continental. A seção estudada compreende o intervalo neovalanginiano-eobarremiano (Cretáceo Inferior) da Formação Pendência, na porção SW do Graben de Umbuzeiro, Bacia Potiguar emersa, constituídos predominantemente por depósitos deltáicos e lacustrinos. A análise da arquitetura deposicional do intervalo de estudo através da seções sísmicas e perfís elétricos de poços da área, permite interpretar dois grandes intervalos regressivos (Seqüências Verde e Amarela), separados por um nível transgressivo (Seqüência Laranja) de expressão regional, conhecido como Folhelho Livramento . No geral, a evolução do intervalo de estudo compreende duas fases de maior atividade tectônica durante a deposição das Seqüências Verde e Amarela, separadas por um período de quiescência durante a deposição da Seqüência Laranja. Os dois períodos de maior atividade tectônica mostram uma evolução paleoclimática com tendência de aridez em direção ao topo do intervalo (lago cada vez mais raso), enquanto o período de quiescência registra uma tendência de condições cada vez mais úmidas. A simulação de modelos estratigráficos (programa STRATA versão 2.14), bem como a utilização da técnica de descarregamento sedimentar (programa BASS versão 1.0) foram de grande utilidade para um melhor entendimento da evolução tectono-sedimentar da área de estudo, permitindo uma maior segurança na separação dos efeitos tectônicos e climáticos no registro estratigráfico das seqüências deposicionaisDissertação Dois testes de imageamento com GPR em problemas de controle ambiental em regiões tropicais: migração de dunas e localização de dutos de óleo enterrados(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2001-02-21) Oliveira Júnior, Josibel Gomes de; Medeiros, Walter Eugênio de; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; ; http://lattes.cnpq.br/2170299963939072;O principal objetivo deste trabalho, é testar o método GPR (Ground Penetrating Radar) em ambientes com clima tropical. Desta forma, foram escolhidas duas localidades distintas que apresentam problemas considerados padrões para a aplicação do GPR. A natureza não invasiva deste método, aliada ao baixo custo, rapidez e facilidade de operação, torna-o adequado para os trabalhos aqui propostos. A primeira localidade está situada no município de São Bento do Norte e o problema relacionado a ela consiste na caracterização de estruturas internas de dunas. Seções de GPR com antena de 400 Mhz foram levantadas nas direções E-W, N-S, NE-SW e SE-NW. Estes perfis interceptaram-se no topo da duna e possibilitaram estabelecer relações entre a sua estrutura interna e a sua direção de migração, associada ao vento dominante na área. Foi possível identificar também contatos laterais entre dunas de diferentes gerações, assim como bounding surfaces, nível freático e mergulho de camadas. Na segunda localidade, de nome Estreito (próximo ao município de Carnaubais), foram levantadas seções de GPR com antenas de 200 Mhz e 400 Mhz para detectar dutos antigos de petróleo enterrados em uma área agricultável. Os perfis de GPR foram realizados perpendicularmente à suposta direção dos dutos e, da sua interpretação, determinous-se a posição de seis oleodutos de diferentes diâmetros (4", 10" e 16") enterrados, cujas posições exatas eram desconhecidas, assim como a produndidade em que estes se encontravam (variando de 1,2m e 1,5m). No tratamento dos dados foi adotado um processsamento semelhante àqueles utilizado nos métodos sísmicos (ajuste do tempo zero, ganho, migração, correção topográfica, dewow, deconvolução e filtros passa-banda). Este processamento permitiu estabelecer relações entre os refletores contidos nas seções de GPR e estruturas geológicas (ou não) presentes nos ambientes. A correção topográfica possibilitou identificar com precisão estruturas planas (como o nível freático), ao passo que a migração dos dados proporcionou a exata posição dos dutosDissertação Tectônica rúptil e sismicidade na área de inundação do açude do Castamhão (CE): implicações para o risco sísmico(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2001-02-21) Camarão Júnior, Luciano Formiga; Bezerra, Francisco Hilario Rego; ; http://lattes.cnpq.br/6050302316049061; ; Lima, Claudio Coelho de; ; http://lattes.cnpq.br/9023153471616141; Silva, Fernando Cesar Alves da; ; http://lattes.cnpq.br/8572129314081197O presente estudo descreve os aspectos deformacionais frágeis e a sismicidade na região que será inundada pelo reservatório do Açude do Castanhão, porção leste do estado do Ceará. O lago artificial terá a capacidade para armazenar em torno de 6,7 bilhões de m3 de água. Também é planejada a instalação de uma usina hidroelétrica de pequeno porte. Cinco principais unidades litoestratigráficas foram identificadas na região: complexo gnáissico-migmatítico, seqüência metavulcanosedimentar, granitóides brasilianos, enxame de diques basálticos mesozóicos e terraços fluviais do Rio Jaguaribe. As falhas indicam a presença de sucessivos eventos de reativação em níveis crustais diferentes. As falhas de nível crustal profundo (até 12 km), apresentam uma cinemática transcorrente e são associadas com preenchimento de epídoto ou quartzo. As falhas de nível crustal intermediário a raso (até 7 km), são principalmente transcorrentes, estando associadas à cataclasito, brecha e gouge de falha. Ambos os grupos de falhas apresentam um trend principal NE, que pode representar a reativação de zonas de cisalhamento dúcteis ou a existência de eventos frágeis cenozóicos. Na área existem várias evidências de sismitos, estruturas geológicas geradas por paleossismos, em níveis conglomeráticos nos Terraços Fluviais do Rio Jaguaribe, que indicam a ocorrência de sismos com magnitude 6,8 MS, no mínimo, na região. Assim sendo, a região que será inundada do Açude do Castanhão, e sua circunvizinhança, no decorrer do tempo já foi atingida por inúmeros abalos sísmicos. Têm-se registros históricos, instrumentais e geológicos claros destas atividades. Com base nestas informações, pode-se afirmar que a região é predisposta a ser afetada por tremores de terra. Mas isto não significa que a obra do Açude do Castanhão futuramente poderá ser atingida ou danificada por algum abalo que venha a ocorrer, pois a construção está preparada para resistir, no mínimo, aos maiores abalos sísmicos já registrados até o presente momento na regiãoDissertação Evolução geomorfológica, (des)caracterização e formas de uso das Lagoas da cidade do Natal-RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2001-03-02) Medeiros, Tásia Hortêncio de Lima; Amaral, Ricardo Farias do; ; http://lattes.cnpq.br/5120081491389865; ; http://lattes.cnpq.br/0643971094187023; Vital, Helenice; ; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968O presente estudo objetiva identificar e compreender as transformações geomorfológicas ocorridas nas lagoas naturais existentes e desaparecidas na Cidade do Natal, durante a ocupação urbana, considerando a importância e o equilíbrio do ecossistema lacustre no meio ambiente local. Foram utilizadas fotografias aéreas/1970, imagens de satélite SPOT/1996, cartas topográficas/1978, 1:2000, mapa do município do Natal/1 : 10.000 /1956, planta do Forte do Rio Grande e arredores, 1633, observações in loco , e conversas informais com moradores das áreas do entorno das lagoas. As cartas topográficas foram digitalizadas e com os dados obtidos foram construídos Modelos Digitais de Elevações das áreas das lagoas e da Cidade do Natal. Constatou-se que, em decorrência da expansão urbana, as lagoas perderam as características de natureza primitiva e ganharam outras de natureza transformada, substituindo a cobertura vegetal natural pela arborização urbana; o solo pela cobertura de asfaltos e os riachos por galerias de águas pluviais sintetizando, assim, os novos aspectos da geomorfologia urbana. O entorno das lagoas foi ocupado por praças, prédios públicos e particulares, causando degradações consideráveis nas lagoas da Campina, Nova, Seca, Jacob, Manuel Felipe e nas do conjunto habitacional Pirangi/Jiqui, agravadas, substancialmente, no período chuvoso. Estas lagoas naturais foram classificadas como lagoas do conjunto habitacional Pirangi/Jiqui, lagoas associadas ao sistema Lagoinha, lagoas associadas ao sistema estuário Potengi/Jundiaí, lagoas associadas ao sistema rio Doce e lagoas artificiais (recepção e estabilização). Morfologicamente, as lagoas se apresentam como depressões interdunares, com formas semicirculares e alongadas na direção preferencial dos ventos, com dependência das precipitações pluviométricas e do suprimento d água do aqüífero Dunas/Barreiras, o qual aflora nas áreas mais baixas, onde ocorrem substratos correlacionados aos sedimentos da Formação Barreiras recobertas por aluviões lacustres. O aterramento das lagoas impôs mudanças consideráveis à geomorfologia local, provocando transformações à paisagem natural. O maior problema do aterramento das lagoas foi à transferência da drenagem urbana da cidade. Propõe-se a realização de estudos geológicos/geomorfológicos relativos ao uso e ocupação do solo urbanoDissertação Cartografia temporal e análise geoambiental da dinâmica da foz do Rio Piranhas-Açu, regiao de Macau-RN, com base em imagens Landast 5-MT(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2001-04-25) Alves, Adriano de Lima; Amaro, Venerando Eustáquio; ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783253A6; ; http://lattes.cnpq.br/4942209540611621; Silva, Carlos Augusto Ramos e; ; http://lattes.cnpq.br/1791046890452262Este trabalho trata da aplicação dos dados das imagens digitais do Landsat 5-TM, dos períodos de 02/08/1989 e 22/09/1998, na cartografia temporal e análise geoambiental da dinâmica da Foz do Rio Piranhas-Açu, na região de Macau-RN. Essas imagens, após serem submetidas a diversas técnicas de processamento digital (composição colorida em RGB, razão entre bandas, análise por principais componentes, métodos de índices, entre outros) proporcionaram a geração de diversos produtos imagem e de mapas multitemporais da morfodinâmica costeira da área de estudo. Por meio dos produtos imagem foi possível realizar a identificação e caracterização dos principais elementos de interesse contidos na superfície da área estudada (vegetação, solo, geologia e água), associando as características espectrais destes àquelas apresentadas nos produtos imagem resultantes dos processamentos digitais. Desta forma foi possível definir os diferentes tipos de solos: Amd, AQd6, SK1 e LVe4; agrupamentos de vegetação: caatinga arbustiva-arbórea aberta, caatinga arbustiva-arbórea fechada, caatinga arbórea fechada, vegetação de mangue, vegetação de dunas e áreas constituídas prodominantemente por juremas; unidades geológicas: unidades quaternárias sedimentos quartzo-arenosos de praias, restingas, pisos de dunas, ilha barreira, dunas móveis, dunas fixas, aluviões, planícies de maré e de inundação, fácies arenosa da Formação Potengi - ; unidades tércioquaternárias Formação Barreiras agrupada às fácies argilosas dos sedimentos terciários da Formação Potengi, sedimentos da Formação Tibau agrupados aos basaltos e diabásios terciários da Formação Macau - ; unidade cretácea Formação Jandaíra; além de identificar o limite terra/mar, áreas submersas rasas e sedimentos em suspensão. Os mapas multitemporais da morfodinâmica costeira permitiram a identificação e uma avaliação semi-quantitativa das regiões que foram submetidas a processos erosivos e construtivos nessa última década. Essa avaliação semi-quantitativa associada a caracterização geoambiental da área estudada, representam, desta forma, importantes dados para elaboração de medidas que possam minimizar os possíveis/prováveis impactos a serem causados com a implantação do Pólo Gás-Sal e para o monitoramento das áreas de exploração das indústrias do petróleo e do sal