PPGG - Mestrado em Geodinâmica e Geofísica

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  • Dissertação
    Estrutura térmica da Bacia de Barreirinhas, margem equatorial brasileira
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-03-10) Fonseca, Chayane Vitória Felix; Castro, David Lopes de; https://orcid.org/0000-0003-1110-9389; http://lattes.cnpq.br/8279954644750743; http://lattes.cnpq.br/4932969319242823; Melo, Alanny Christiny Costa de; Xavier Neto, Pedro
    Este estudo caracteriza o regime térmico da Bacia de Barreirinhas, localizada no setor central da Margem Equatorial Brasileira (BEM), com base em 592 registros de temperatura obtidos de 85 poços exploratórios, abrangendo áreas onshore e offshore. As medições de temperatura de fundo de poço (BHT), teste de formação (DST) e temperatura extrapolada (ET) foram corrigidas usando métodos convencionais, incluindo os métodos da Associação Americana de Geólogos de Petróleo (AAPG) e um método de ajuste linear, desenvolvidos neste estudo. O método AAPG exibiu o melhor desempenho para dados BHT (R² = 0,8463), enquanto o método de ajuste linear mostrou resultados consistentes na correção de dados DST. As temperaturas corrigidas variaram de 45 °C a 165 °C em toda a bacia de Barreirinhas, associadas a gradientes geotérmicos de 19 °C/km a 40 °C/km. O gradiente geotérmico diminui acentuadamente até 800 m, estabilizando em torno de 30°C/km e diminuindo para 20°C/km em profundidades maiores que 5.000 m. Camadas sedimentares espessas atuam como isolantes térmicos, limitando a dissipação de calor para a superfície e reduzindo o gradiente geotérmico pelo efeito manta. Essas condições térmicas indicam potencial para geração de hidrocarbonetos líquidos entre 1.500 e 3.500 m de profundidade, enquanto a geração de gás pode ocorrer em profundidades maiores que 3.550 m. A correlação entre o regime térmico e a arquitetura interna da bacia é consistente com os padrões observados nas margens transformantes asiáticas, bem como na margem conjugada do Atlântico Equatorial Africano, reforçando a relevância da Bacia de Barreirinhas como um reservatório potencial para produção de recursos energéticos.
  • Dissertação
    O parâmetro resistência elétrica transversal e sua aplicabilidade ao estudo do Aquífero Barreiras no litoral sul do RN - análise qualitativa e composição em uma cartografia exploratória de transmissividade hidráulica
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-01-29) Magalhães, Álvaro Luís Patriota Lima; Lucena, Leandson Roberto Fernandes de; http://lattes.cnpq.br/4673404543485023; http://lattes.cnpq.br/5281100883521840; Campos, Benedita Cleide de Souza; Stein, Paula
    As cidades da costa leste do Rio Grande do Norte possuem cerca de 80% de seus abastecimentos creditados ao Aquífero Barreiras, sendo este de caráter hidráulico predominantemente não confinado. Nessa conjuntura e considerando o referido manancial, esta pesquisa teve como alvo duas áreas distintas: a primeira compreende a bacia do Rio Catu-RN; e a segunda encontra-se na margem esquerda do Riacho Boa Cica, situada no município de Nísia Floresta-RN, ambas esculpidas nas sequências cenozoicas da Formação Barreiras e suas coberturas. O objetivo foi identificar subáreas com maiores potencialidades hidrogeológicas, utilizando dados geoelétricos. A metodologia foi fundamentada nos estudos locais do parâmetro resistência elétrica transversal (RT) e sua correlação direta com a transmissividade hidráulica. No que constitui a área da bacia do Rio Catu, as regiões nordeste e central apresentaram valores de RT superiores a 50.000 Ohm.m², relacionadas a setores de espessuras e/ou de resistividades médias da zona saturada e atestando essas subáreas como as mais promissoras em termos de potencialidades hidrogeológicas. As maiores espessuras médias da zona saturada localizam-se nas porções nordeste e central, atingindo 95 m, enquanto os maiores valores das resistividades médias da zona saturada situam-se nas partes central e extremo nordeste da área, atingindo 950 Ω.m. Todavia, regressões lineares revelaram que a espessura saturada média impõe uma maior influência no cálculo da resistência elétrica transversal, apresentando um fator de correlação de 0,70, enquanto o de resistividade média foi de 0,47. Os resultados de RT referentes à área da margem esquerda do Riacho Boa Cica revelaram seus maiores valores nas porções sul e oeste, atingindo 58.860 Ωm², associadas a zonas de maiores espessuras e/ou resistividade média da zona saturada. Nesse aspecto e em detrimento dos resultados obtidos na área da bacia do Rio Catu-RN, a análise do fator preponderante no cálculo de RT realizada por meio de uma regressão linear revelou uma preponderância do parâmetro resistividade média da zona saturada, associado à condutividade hidráulica, exibindo um fator de correlação R² de 0,89. Adicionalmente, considerando-se a proporcionalidade direta com RT e por meio de teste de aquífero balizador na calibração geoelétrica dessa área, foi elaborada uma cartografia preliminar de transmissividades hidráulicas (T). Os resultados obtidos corroboram esta metodologia como promissora na identificação de maiores transmissividades hidráulicas e, consequentemente, potencialidades hidrogeológicas, sobretudo em regiões de reduzida informação de poços.
  • Dissertação
    Modelos de Q constante podem reproduzir a dispersão dependente da frequência dos sinais de GPR em rochas sedimentares
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-02-27) Santos, Edilson Barauna dos; Xavier Júnior, Milton Morais; Marques, Manilo Soares; Xavier Neto, Pedro; Dantas, Renato Ramos da Silva
    Medimos as constantes dielétricas complexas de amostras de arenito e carbonato das bacias do Rio do Peixe e Potiguar, que apresentam, respectivamente, bandas de deformação e características de carstificação. As medições foram modeladas usando o modelo de potência de Jonscher, que é capaz de representar o comportamento dependente da frequência dessas amostras. Investigamos a aplicabilidade de modelos de Q constante para descrever a dispersão dos sinais de Radar de Penetração no Solo (GPR) em rochas sedimentares. Os dados de GPR são frequentemente afetados pela dispersão do sinal, o que pode dificultar a interpretação de eventos nas seções de GPR, especialmente em ambientes sedimentares complexos. Em seguida, estimamos um modelo equivalente de fator de qualidade constante (Q), sob o critério de correspondência do deslocamento do centróide de frequência do sinal de GPR, utilizando uma abordagem de busca linear. As estimativas do Q equivalente podem ser obtidas com nossa abordagem, mas dependem das distâncias de propagação escolhidas quando essas distâncias são pequenas. Além disso, obtemos um limite superior analítico para a distância de propagação que produz pequenos deslocamentos de fase, em função dos parâmetros do modelo de Jonscher e do comprimento de onda.
  • Dissertação
    Texturas e química mineral de zirconosilicatos em granitos peralcalinos do Pluton Papanduva, PR-SC
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-23) Grangeiro, Larissa Praxedes; Vilalva, Frederico Castro Jobim; https://orcid.org/0000-0003-3399-6863; http://lattes.cnpq.br/6227637633613443; http://lattes.cnpq.br/3254967283599785; Rojas, Gaston Eduardo Enrich; Rosa, Pedro Augusto da Silva
    A elpidita (Na₂ZrSi₆O₁₅·3H₂O) e (Na,K)-zirconossilicatos são minerais portadores de zircônio identificados em granitos peralcalinos do Plúton Papanduva da Província Graciosa, no Sul-Sudeste do Brasil. Estes minerais cristalizam durante as fases tardias a pós-magmáticas, proporcionando insights sobre os processos de formação e evolução em ambientes magmáticos complexos. A elpidita ocorre em três tipos texturais distintos: (1) cristais isolados de formato subédrico a euédrico, (2) agregados granulares, e (3) agregados em veios, cada qual apresentando variações composicionais específicas. Adicionalmente, foram identificadas duas fases de (Na,K)-zirconossilicatos, denominadas (Na,K)ZrS-I e (Na,K)ZrS-II, que exibem propriedades texturais e composicionais distintas. A análise química revela que a elpidita possui uma composição majoritariamente uniforme, com variações nos teores de Zr, Al, Ca e K, alinhando-se ao membro final ideal da elpidita. Em contraste, os (Na,K)-zirconossilicatos são enriquecidos em K em relação a Na, demonstrando tendências composicionais diversas. A fase (Na,K)ZrS-II tem maior afinidade composicional com a melansonita, enquanto (Na,K)ZrS-I representa uma fase de transição entre membros finais com baixo e alto teor de K. Contudo, as substituições elementares ocorrem em faixas limitadas, sugerindo a ausência de uma solução sólida completa entre esses elementos. A análise de elementos traços da elpidita revela concentrações menores para a maioria dos elementos em comparação ao zircão, incluindo os elementos terras-raras (ETR), mas com enriquecimentos significativos em Ba, Pb e Sr. As relações texturais e os dados composicionais dos zirconossilicatos do Plúton Papanduva sugerem uma evolução complexa desses minerais, refletindo uma transição de rochas menos evoluídas, onde o zircão predomina como portador de zircônio, para rochas mais evoluídas. A elpidita provavelmente se formou durante estágios magmáticos tardios, seguida pelo desenvolvimento de variedades granulares e em veios. A interação com fluidos hidrotermais ricos em K, possivelmente facilitada por deformação submagmática, resultou em significativa alteração hidrotermal, remobilização química (incluindo HFSE e ETR) e incorporação de elementos, originando as fases (Na,K)ZrS-I e (Na,K)ZrS-II a partir de um zirconossilicato precursor, idealmente a elpidita, ou diretamente dos fluidos. Essa transição está associada ao aumento da peralcalinidade (atividade de álcalis), fugacidade de O₂ e variação na quantidade de água, favorecendo a estabilização dos zirconossilicatos como fases portadoras de Zr.
  • Dissertação
    Histologia óssea e diagênese fóssil de smilodon populator e puma concolor (carnivora: felidae) do pleistoceno do Brasil equatorial
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-11-22) Maciel, Virgínia Silva; Ghilardi, Aline Marcele; Aureliano Neto, Tito; https://orcid.org/0000-0002-6918-0519; http://lattes.cnpq.br/3666297020355529; https://orcid.org/0000-0001-9136-0236; http://lattes.cnpq.br/5761534317977568; http://lattes.cnpq.br/4943881100446288; Castro, Mariela Cordeiro de; Araújo Júnior, Herminio Ismael de
    Os grandes felídeos foram um dos grupos mais impactados pelas mudanças climáticas dos últimos 50.000 anos. Ao comparar aspectos paleobiológicos de espécies extintas com os de espécies viventes, é possível apontar possíveis razões para a seletividade de extinção e até mesmo descrever como as espécies foram afetadas pelas mudanças ambientais do passado. Buscar elucidar estes pontos são fundamentais para se entender o risco que espécies atuais enfrentam perante as mudanças climáticas em curso. Neste estudo, amostrou-se a histologia femoral de Smilodon populator (MCC-868V), e um espécime fóssil de Puma concolor (MCC991V), ambos provenientes de depósitos quaternários do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil. Além disso, foram realizadas estimativas de massa corpórea para os espécimes analisados, a fim de comparar com a compacticidade óssea, e analisou-se assinaturas diagenéticas de ambos os espécimes. A presença de EFS (Sistema Fundamental Externo), gerações de ósteons secundários e tecido ósseo remodelado, sugerem que os indivíduos analisados atingiram a maturidade sexual, embora MCC-868V fosse um jovem adulto no momento da morte e MCC-991V um adulto senescente. P. concolor apresentou uma compacticidade óssea ligeiramente maior, o que pode estar associado ao seu estágio ontogenético mais avançado. A massa estimada para o espécime de P. concolor (62 kg) está dentro dos limites observados para a espécie. Porém, a massa estimada para S. populator (157 kg) está abaixo do esperado, mesmo o indivíduo analisado sendo um adulto com crescimento encerrado. Não há indicativos histológicos de que o espécime em questão tenha passado por restrições ao longo de seu crescimento, o que sugere um indivíduo de tamanho naturalmente menor, traço que pode ter sido selecionado em uma população local devido a condições ambientais e ecológicas específicas da região e/ou a presença de competição com outro(s) carnívoro(s). Ambos os espécimes analisados demonstraram crescimento com intensa remodelação secundária, diferindo do que se conhece para a maioria dos tetrápodes. É provável que a extinção de Smilodon esteja realmente mais relacionada a aspectos ecológicos, como redução na disponibilidade de presas ou de habitat preferencial, do que a aspectos fisiológicos. Finalmente, MCC-868V apresenta fraturas diagenéticas preenchidas por óxidos, que rompem estruturas histológicas, e a presença de grãos de quartzo nas trabéculas ósseas. MCC-991V, por sua vez, dispõe de evidências de intemperismo recente e presença de precipitação por óxidos. A diagênese dos espécimes analisados é muito semelhante àquelas encontradas em outros fósseis provenientes dos mesmos depósitos, o que acrescenta à compreensão dos processos de fossilização envolvidos em depósitos de tanques e cavernas de regiões equatoriais.
  • Dissertação
    Integração de dados radiométricos e petrográficos de plutons ediacaranos para detalhamento de mapeamento geológico no domínio Rio Piranhas-Seridó, extremo NE da Província Borborema
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-11-28) Dias, Marília Cristina Santos Souza; Nascimento, Marcos Antônio Leite do; http://lattes.cnpq.br/5356037408083015; http://lattes.cnpq.br/9527786124074381; Vilalva, Frederico Castro Jobim; https://orcid.org/0000-0003-3399-6863; http://lattes.cnpq.br/6227637633613443; Guimarães, Suze Nei Pereira
    A radiometria é um método geofísico de investigação rasa baseado na emissão da radiaçãogama natural das rochas que auxilia na identificação de litotipos e contatos litológicos. A interpretação qualitativa de dados radiométricos permitiu caracterizar as principais assinaturas das suítes shoshonítica, cálcio-alcalina de alto potássio porfirítica, cálcio-alcalina de alto potássio equigranular e cálcio-alcalina, associadas ao magmatismo ediacarano (635 – 541 Ma) no extremo NE do Província Borborema. Quatro plútons foram destacados como áreas-alvos, são eles: i. Acari; ii. Totoró; iii. São Rafael; e iv. Serra da Garganta. Dados dos canais de potássio (K em %), equivalente tório (eTh em ppm), equivalente urânio (eU em ppm) e da composição radiométrica ternária RGB (red, green e blue) foramutilizados para delimitar domínios radiométricos em ambiente GIS. Esses domínios representam polígonos fechados em que ocorrem o padrão de distribuição de teores dos radioelementos K, eTh, eU, classificados em baixo (1), médio (2) e alto (3). Mapas de interpretação para cada área-alvo foram criados a partir das 27 combinações possíveis decores no padrão RGB. A composição mineralógica dos granitos, que são constituídos principalmente por quartzo, feldspatos (plagioclásio e K-feldspato) e micas (biotita e muscovita) favorece assinaturas genéricas ricas em K. Além disso, a textura desses granitos (tamanho dos grãos e a orientação dos cristais) afeta a distribuição desses elementos. O padrão apresentando predominantemente valores altos para K e eTh é observado para rochas pertencentes à suítes cálcio-alcalina de alto potássio porfirítica (tipo Itaporanga), alcalina (tipo Conceição) e cálcio-alcalina de alto potássio equigranular (tipo Dona Inês). Entretanto, a textura dessas rochas também influencia nessa análise, de forma que granitos porfiríticos tendem a destacar os valores para o K em relação ao contéudo de eTh e eU, em virtude do tamanho dos cristais de K-feldspato. Entretanto, regiões mapeadas como Suíte Intrusiva Itaporanga que apresentam padrões baixos a médios em radioelementos, podem ser justificadas pela interferência de lentes de rochas dioríticas, rochas metassedimentares, sedimentos terrígenos, quartzosos, bem como corpos d’água. Para a Suíte São João do Sabugi foi observado um padrão predominante de baixos valores para os radioelementos, atribuído à constituição mineralógica das rochas dessa suíte, pela baixa representatividade de minerais ricos em K, eTh e eU, com predomínio de biotita e anfibólio.
  • Dissertação
    Modelagem de reservatórios fraturados e carstificados usando afloramento análogo de alta resolução e análise de sensibilidade de cenários simulados
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-03-04) Corrêa, Simone Nabuco; Bezerra, Francisco Hilario Rego; https://orcid.org/0000-0002-3512-5212; http://lattes.cnpq.br/6050302316049061; http://lattes.cnpq.br/3997804295045931; Perez, Yoe Alain Reyes; Erthal, Marcelle Marques; Vasconcelos, David Lino; Borges, Sérgio Vieira Freire
    Este estudo apresenta um fluxo de trabalho multidisciplinar para aprimorar o entendimento de reservatórios carbonáticos fraturados e carstificados e busca desvendar os mecanismos geológicos por trás deste tipo de reservatório, integrando trabalho de campo em afloramentos análogos com correlação regional. O conhecimento adquirido é fundamental para a construção dos modelos geológicos mais realistas e para o gerenciamento desses reservatórios complexos. Utilizamos a Formação Jandaíra, na Bacia Potiguar do Brasil, como um análogo para este tipo de reservatório. Nossos resultados focaram na caverna Furna Feia, caracterizada por estruturas de dissolução como domos e condutos, com orientação principal para NW-SE. A análise estratigráfica regional identificou padrões de litofácies e correlacionou ciclos de tratos de sistema para mapear camadas mais dissolvidas, relacionando a formação das cavernas à discordância SB-2. A análise estrutural mostra que as falhas rift, cavernas e fraturas têm orientação segundo NW-SE e NE-SW. O modelo geológico regional 3D, cobrindo uma área de 30x14 km com 179 camadas, integra dados de dois poços, superfícies interpretadas, modelo de fraturas (DFN) e carste, revelando camadas intensamente carstificadas entre as discordâncias SB-1 e SB-2. Com base nisso, propomos uma nova abordagem para a modelagem de carste, que combina condutos e fraturas carstificadas, de acordo com um modelo conceitual abrangente. Quatro modelos foram simulados para avaliar o histórico de produção de água e óleo, similares a reservatórios carbonáticos análogos. A inclusão do carste e fraturas melhora o desempenho, aumentando a produção, mas afeta alguns poços devido aos avanços prematuros da chegada de água. Portanto, um gerenciamento eficaz e planejamento otimizado para os poços é essencial para reservatórios que contenham carste e fraturas. Este fluxo de trabalho multidisciplinar com a criação de modelos geológicos até a simulação de reservatórios e que avalia diferentes cenários, fornece informações sobre resultados potenciais e os riscos associados que influenciariam na tomada de decisão em projetos de desenvolvimento da produção.
  • Dissertação
    Aplicação de aprendizado de máquina para estimativa da permeabilidade utilizando dados de RMN de rochas análogas a reservatório
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-08-19) Mafra, Mauricio Gabriel Lacerda; Xavier Júnior, Milton Morais; http://lattes.cnpq.br/3128669965557866; https://orcid.org/0000-0003-2720-4655; http://lattes.cnpq.br/7598665592966289; Marques, Manilo Soares; Souza, André Alves de
    Esta dissertação de mestrado aborda a relevância dos estudos de rochas análogas aos reservatórios, dando maior foco no parâmetro petrofísico de permeabilidade. Técnicas petrofísicas tradicionais fornecem valores absolutos desse parâmetro, porém pouco informa os motivos que causam tais valores. Essa ausência de informações precisas levam a utilização de outras técnicas mais avançadas para uma análise sistemática dos reservatórios. Embora a Ressonância Magnética Nuclear demonstre eficácia na obtenção de informações avançadas sobre o reservatório, suas modelagens analíticas para obter a permeabilidade não possuem boa precisão, principalmente quando se trabalha com reservatórios heterogêneos, que demonstram, ainda, algumas limitações. Diante dessa lacuna, este estudo propõe aprimorar as previsões da permeabilidade, empregando os modelos de aprendizado de máquina Random Forest, Gradient Boosting e Multi Layer Perceptron. O objetivo é prever a permeabilidade a partir dos padrões obtidos através da Ressonância Magnética Nuclear, comparar com os modelos analíticos e observar qual modelo se adequa melhor ao reservatório. Foi observado que os modelos de aprendizado de máquina obtiveram melhores previsões em comparação aos modelos analíticos.
  • Dissertação
    Produção de calor radiogênico de granitoides ediacaranos do Extremo Nordeste da Província Borborema
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-22) Azevedo, Luanna Celly Silva de; Vilalva, Frederico Castro Jobim; https://orcid.org/0000-0003-3399-6863; http://lattes.cnpq.br/6227637633613443; http://lattes.cnpq.br/3893969676847490; Florisbal, Luana Moreira; https://orcid.org/0000-0001-6580-5828; http://lattes.cnpq.br/2412442370169089; Guimarães, Suze Nei Pereira; https://orcid.org/0000-0002-0867-1058; http://lattes.cnpq.br/3950034549217657
    O estudo analisa o magmatismo plutônico de idade Ediacarana-Cambriana nos Domínios Rio Piranhas-Seridó (DPS) e São José do Campestre (DJC), na porção NE da Província Borborema (NE do Brasil), enfatizando a produção de calor radiogênico (A) dos granitoides. Este magmatismo é representado por uma diversidade de batólitos, plutons, stocks e diques, com distintas características petrográficas e químicas, agrupados em seis suítes plutônicas. A geração de calor radiogênico foi investigada e comparada com características petrográficas e químicas de granitoides das suítes Cálcio-alcalina de alto K (porfirítica e equigranular) e Shoshonítica, abrangendo composições de sieno-monzogranitos a monzodioritos e gabros/dioritos, de composições metaluminosas a peraluminosas e assinaturas cálcio-alcalinas a alcalinas. Observou-se que granitoides cálcio-alcalinos de alto K porfiríticos exibem maiores valores de A (até 11,7 µW/m³), associados a altas concentrações de Th e U, em contraste com os valores mais baixos nas rochas shoshoníticas (até 3,5 µW/m³). Há uma correlação positiva entre A, SiO2 e o índice cálcio-alcalino modificado (MALI), sugerindo que composições mais evoluídas e alcalinas favorecem maior geração de calor. A razão Th/U média para todas as suítes é de 8,6, acima dos valores típicos da crosta. As rochas estudadas foram classificadas em grupos de baixa (LHP), média (MHP) e alta (HHP) produção de calor. As amostras do DJC correspondem principalmente a LHP e MHP, enquanto as do DPS incluem todas as categorias, com HHP restrito aos granitos cálcio-alcalinos e shoshonitos restritos ao grupo LHP. A distribuição espacial de A e as concentrações de Th, U e K indicaram áreas no DPS com potencial geotérmico para investigações futuras.
  • Dissertação
    Caracterização e evolução de sistemas de ilhas barreiras tropicais no litoral de Macau, estado do Rio Grande do Norte, NE do Brasil
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-11-30) Rocha, Dhulya Rafaelly das Chagas; Vital, Helenice; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; http://lattes.cnpq.br/1324455359155262; Nogueira, Mary Lucia da Silva; http://lattes.cnpq.br/2546229173660779; Almeida, Narelle Maia de
    A costa norte do estado do Rio Grande do Norte é classificada como uma costa tropical de energia mista sob atuação de uma intensa dinâmica costeira. Neste contexto se destaca a presença de sistemas de ilhas barreiras – pontais arenosos, membros finais de corpos arenosos dispostos paralelamente à linha de costa, que isolam áreas protegidas do impacto do mar aberto. Estes sistemas destacam-se por apresentarem em seu lado marinho e terrestre diferentes depósitos sedimentares. Nessa perspectiva, a caracterização e análise desses sistemas, tendo o conhecimento sobre os processos que atuam nestes ambientes e sua configuração sedimentar/estratigráfica é de suma importância tanto para estudos ambientais como de análogos de reservatórios de óleo e gás. O presente estudo teve como principal objetivo a caracterização dos sistemas de ilhas barreiras/pontais arenosos do litoral setentrional do estado, próximo a cidade de Macau/RN. Foram utilizados dados de batimetria dos canais de maré, amostras de superfície e testemunhos, coletados nos sub-ambientes do sistema ilhas barreiras/pontais arenosos. Os resultados mostraram canais de maré com profundidades entre 1,3 e -6,3 m, e calha principal em formato de “U”; foram identificados bancos areno/lamosos nas margens do canal, além de áreas com dunas subaquáticas 2D e 3D, pequenas a grandes. As associações de fácies sedimentares interpretadas nos testemunhos foram relacionadas a depósitos de canais de maré, planície de maré, barra de pontal do canal de maré, praia/ilha barreira, areia eólica e depósitos de sobrelavagem. A semelhança entre as características das amostras de superfície e as fácies descritas nos testemunhos, auxiliou na interpretação do subambiente associado a cada uma das associações de fácies.
  • Dissertação
    Aplicação de simulação numérica e aprendizado profundo utilizando imagens de micro-ct de rochas reservatório
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-05-23) Kiam, Thiago Noboru Leite; Xavier Júnior, Milton Morais; http://lattes.cnpq.br/3128669965557866; http://lattes.cnpq.br/8176148304942096; Lucena, Leandson Roberto Fernandes de; http://lattes.cnpq.br/4673404543485023; Marques, Manilo Soares; Soares, José Agnelo
    As rochas carbonáticas constituem importantes reservatórios de recursos minerais, entretanto, apresentam alto grau de anisotropia e heterogeneidade, com diversos tipos de poros e escalas que desafiam a indústria e a comunidade científica. Estudos petrofísicos digitais visam obter parâmetros intrínsecos da rocha por meio de imagens de microtomografia de raios-X. O presente estudo tem como objetivo a identificação dos poros e a estimativa de parâmetros petrofísicos a partir da segmentação, predição e simulação numérica 3D em imagens de rochas carbonáticas da Formação Jandaíra, Bacia Potiguar, Rio Grande do Norte, Brasil. As imagens foram adquiridas por microtomografia de raios-X, na resolução de 35 micrometros, e representam slices transversais das rochas. No pré-processamento, foi realizado o corte das imagens e a segmentação dos poros, com o método de Otsu. Para o aprendizado profundo de máquina, foram utilizados três modelos de redes neurais convolucionais aplicados nas imagens 2D de micro-CT. O simulador numérico adota o método dos elementos finitos (M.E.F) para efetuar seus cálculos. A física simulada foi configurada sendo um fluido monofásico, em estado estacionário, regime laminar, com densidade de 1000 kg/m³ e viscosidade de 0,001 Pa.s. A diferença de pressão entre a entrada e a saída desse fluido foi estabelecida em 1 Pa. Em termos de rochas digitais, os resultados foram satisfatórios e promissores. A segmentação possibilitou a classificação de estilólitos e vugs bem desenvolvidos. As estimativas petrofísicas variaram entre 0,70% e 7,99% de porosidade efetiva, e 7,79 mD e 3000 mD de permeabilidade simulada. Quanto ao aprendizado profundo, o modelo Alexnet, com critério SGD e otimizador MSE apresentou o melhor desempenho.
  • Dissertação
    Caracterização do magmatismo ediacarano de afinidade shoshonítica nos domínios Rio Piranhas-Seridó e São José do Campestre, NE da Província Borborema
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-12-11) Silva, Hemerson Lucas da Costa; Nascimento, Marcos Antônio Leite do; http://lattes.cnpq.br/1602625307141837; Galindo, Antônio Carlos; Motta, Rafael Gonçalves da
    No extremo NE da Província Borborema, no contexto tectonoestrutural dos domínios São José do Campestre (DJC) e Rio Piranhas-Seridó (DPS), o magmatismo ediacarano-cambriano é responsável pela geração de corpos ígneos que constituem uma das principais feições geológicas, representados por diferentes suítes magmáticas formadas por diversos batólitos, plútons, stocks e diques. Nesse contexto, destaca-se uma gama de estudos do ponto de vista petrográfico/textural, químico (litoquímicos e de química mineral) para as seis suítes plutônicas identificadas. Porém, para a Suíte Shoshonítica, mesmo com importantes contribuições no que tange à cartografia, petrografia, litoquímica, geocronologia e parâmetros intensivos de cristalização, ela carece de um trabalho de integração dos diversos corpos. Assim enxergou-se a possibilidade de integrar os dados existentes na literatura em conjunto com dados inéditos tendo como objetivo a caracterização petrogenética do magmatismo shoshonítico nos DJC e DPS, como base em dados petrográficos, litoquímicos e de química mineral, incluindo parâmetros intensivos de cristalização como (P, T e fO2). Para o desenvolvimento da pesquisa foram selecionados onze plútons: Casserengue, Japi, Monte das Gameleiras, Poço Verde, Serrinha, Acari, Quixaba, São João do Sabugi, Serra do Caramuru, Tapuio e Totoró. A partir da integração da base de dados compiladas, têm-se que as rochas pertencentes à Suíte Shoshonítica nos domínios DJC e DPS são rochas transicionais entre cálcio-alcalina a alcalina ou subalcalina, porém quimicamente exibem particularidades. As rochas são básicas a intermediárias, enriquecidas em Fe2O3, MgO, CaO, TiO2, MnO e K2O, todos com correlações negativas em diagramas de variação do tipo Harker, exceto o K2O que se correlaciona positivamente. As rochas dessa Suíte são as mais antigas do magmatismo ediacarano nos DJC e DPS. Com relação aos parâmetros intensivos de cristalização, as pressões foram calculadas com base em geobarômetros empíricos e experimentais de Al em hornblenda e notou-se inicialmente que essas rochas são relativamente semelhantes para os DJC e DPS, com pressões médias variando entre 4,1 kbar e 5,5 kbar correspondendo a profundidades crustais de 15 a 23 km. As temperaturas médias também são pouco destoantes entre os dois domínios, variaram entre 909 e 1020°C, com condições ligeiramente redutoras a ligeiramente oxidantes. A estimativa das condições de fugacidade de oxigênio baseada na composição de anfibólios indica que são predominantemente altas e subordinadamente intermediárias, características típicas para esse tipo de rocha.
  • Dissertação
    O registro icnológico de Sauropoda (dinosauria) da Bacia do Rio do Peixe, Nordeste do Brasil
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-02-19) Gomes, Zarah Trindade; Ghilardi, Aline Marcele; Aureliano Neto, Tito; https://orcid.org/0000-0001-9136-0236; http://lattes.cnpq.br/5761534317977568; http://lattes.cnpq.br/2539616567160937; Tavares, Sandra Aparecida Simionato; Buck, Pedro Victor
    O estudo icnológico de trilhas e pegadas atribuídas a dinossauros saurópodes auxiliam no reconhecimento do icnoprodutor, compreensão da sua biomecânica, na recuperação de aspectos paleoecológicos e, principalmente, no entendimento da macroevolução do grupo. A Bacia do Rio do Peixe, localizada no Nordeste do Brasil, é composta por um grupo de mesmo nome do Cretáceo Inferior (Berriasiano-Hauteriviano), que apresenta uma grande abundância de icnofósseis de dinossauros, incluindo pegadas de ornitísquios, terópodes e saurópodes. Atualmente, no Grupo Rio do Peixe são conhecidos 40 icnossítios formalmente descritos, doze deles com registros de pegadas de saurópodes. O presente trabalho realizou um levantamento de icnossítios com pegadas e trilhas de saurópodes no Brasil. Observou-se que o registro icnológico brasileiro de Sauropoda carece de descrições mais detalhadas e informações importantes para a compreensão da distribuição e diversidade do grupo. Além do levantamento de icnossítios, foi realizada a descrição de uma nova localidade com pegadas de saurópode no Grupo Rio do Peixe, na Formação Sousa. Esta localidade, denominada ‘Sítio Feijão’, inserida na área do município de São João do Rio do Peixe-PB, apresenta uma trilha bem preservada (SJFE-A), com sete pegadas, de dinossauro saurópode de grande porte, além de outras cinco trilhas atribuídas a terópodes e tetrápodes indeterminados (SJFE-B a SJFE-F). A trilha SJFE-A, atribuída a Sauropoda, apresentou características morfológicas singulares, que permitiram a descrição de um novo icnogênero e icnoespécie. Dentre estas características estão pes arredondados com a margem interna mais retilínea que a externa, com cinco dígitos, sendo os três últimos voltados para fora, baixa heteropodia (aproximadamente 1:2), trilha com bitola estreita, manus com cinco calosidades e garra do dígito I não aparente. Estas características permitiram a interpretação de um icnoprodutor Titanosauriformes, embora não seja possível especificar um grupo menos inclusivo. A trilha SJFE-A, até o momento, é o único registro para a Bacia do Rio do Peixe com manus bem preservada, associada ao seu pes correspondente, o que permite uma discussão mais aprofundada sobre a afinidade do icnoprodutor. Esta descoberta contribui para a compreensão da morfologia e da evolução da postura e locomoção em Titanosauriformes, trazendo evidências de que a perda das falanges da manus ocorreu antes da evolução dos membros robustos e arqueados em Titanosauriformes derivados.
  • Dissertação
    Aplicação de interferometria sísmica passiva para extrair ondas P refletidas de alta resolução a partir de dados de fraturamento hidráulico
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-11-13) Lopez, Joan Manuel Flores; Nascimento, Aderson Farias do; https://orcid.org/0000-0002-3961-5884; http://lattes.cnpq.br/8600906973888297; http://lattes.cnpq.br/6659596411825742; Maciel, Susanne Taina Ramalho; Medeiros, Walter Eugênio de
    Este estudo utiliza a interferometria sísmica passiva, com foco específico no cálculo da função de autocorrelação, para extrair reflexões de onda P centradas em cada receptor. O empilhamento dessas reflexões permite a construção de seções sísmicas com deslocamento zero. Normalmente, essa técnica usa dados baseados em ruído ambiente ou terremotos. No entanto, este estudo usou medições feitas durante o processo de fraturamento hidráulico nas proximidades da bacia Potiguar, localizada no nordeste do Brasil. Embora essa aquisição não tenha sido projetada para um experimento de interferometria sísmica passiva, seu design e localização em relação ao ponto de fraturamento foram usados para avaliar a capacidade de construir imagens sísmicas a partir do ruído ambiente induzido. Essa geometria é composta de três linhas principais com três ângulos de azimute diferentes, que se cruzam precisamente no ponto de fratura localizado a uma profundidade superior a 400 m. Para extrair o melhor componente de onda do corpo da função de Green, aplicamos uma nova variação ao fluxo de processamento comumente usado. Isso inclui o filtro de suavização Gaussiano, que produz um espectro de amplitude suavizado. Esse espectro ainda pode ser afetado por eventos pontuais de alta energia que precisam ser tratados posteriormente, para os quais o processo de clareamento é considerado usando a divisão entre o espectro natural dos dados e o espectro suavizado. Depois de aplicar a transformada inversa de Fourier a cada traço obtido para cada estação, eles são complementados para formar as seções sísmicas resultantes, que são comparadas com as linhas sísmicas de fonte ativa adquiridas perto da área de estudo e interpretadas com as informações geológicas disponíveis. As imagens sísmicas foram construídas em 2D e projetadas em 3D, aproveitando a geometria peculiar disposta para monitorar o processo de fraturamento hidráulico. Isso nos permitiu analisar a consistência entre cada uma das linhas adquiridas, considerando também o ponto de interseção entre elas. Nesse contexto, podemos definir um resultado de seções sísmicas que apresentam refletores com alta resolução, continuidade e uma reprodução satisfatória dos limites das diferentes formações geológicas típicas da bacia potiguar, como a formação Jandaira, Açu e o embasamento. Nosso trabalho demonstra o potencial da interferometria sísmica passiva para gerar imagens sísmicas de alta resolução com processos eficientes, considerando um nível baixo de investimento, um impacto ambiental muito baixo e resultados de alta qualidade.
  • Dissertação
    Mapeamento virtual de fraturas em alta resolução para análise estrutural quantitativa em análogo de reservatório carbonático
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-10-10) Silva, Luana Sousa da; Bruna, Vincenzo La; Bezerra, Francisco Hilario Rego; https://orcid.org/0000-0002-3512-5212; http://lattes.cnpq.br/6050302316049061; http://lattes.cnpq.br/2605754911839657; https://orcid.org/0009-0009-4627-0501; http://lattes.cnpq.br/3162191621004901; Bagni, Fábio Luiz; Lopes, Juliana Aparecida Gonçalves
    Os reservatórios carbonáticos podem ser bastante heterogêneos sobretudo na presença de fraturas e processos de dissolução, componentes capazes de alterar significativamente a porosidade e a permeabilidade das rochas carbonáticas. Neste sentido, a caracterização das fraturas é essencial para compreender a origem e desenvolvimento destes reservatórios. O objetivo da presente pesquisa consistiu em caracterizar os atributos de fraturas presentes em três afloramentos das rochas carbonáticas da Formação Jandaíra (Arapuá I, II e III), em Felipe Guerra/RN. O propósito foi alcançado por meio de uma análise estrutural quantitativa virtual, que possibilitou a descrição e quantificação dos elementos estruturais presentes. Foram utilizadas imagens aéreas obtidas com um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), linhas de varredura (scanlines) e áreas de varredura (scanareas) interpretadas virtualmente, para uma investigação em alta resolução, contemplando escalas de visualização não compreendidas pelos métodos tradicionais. A partir dos dados estruturais foi possível obter os valores de P10 (frequência), P20 (intensidade) e P21 (densidade), bem como realizar análises estatísticas e topológicas. Os resultados permitiram observar uma variação nos parâmetros citados, principalmente em P10, P20 e P21, em relação a proximidade ao eixo da dobra de Apodi. É possível verificar um aumento no grau de deformação e conectividade entre os elementos estruturais com a proximidade da zona de charneira, disposta paralelamente a um corredor de fraturas NE-SW, ocorrendo agrupamento (clusters) de fraturas associadas aos sets N-S e NW-SE. As características identificadas, associadas a estudos anteriores na região, sugerem que os elementos estruturais presentes na área exercem um expressivo controle sobre a distribuição das propriedades petrofísicas nas rochas mapeadas. Esta pesquisa reforça a relevância do estudo de afloramentos análogos de reservatórios carbonáticos para a identificação e compreensão do desenvolvimento de feições subsísmicas, e como tais elementos podem afetar a qualidade deste tipo de reservatório.
  • Dissertação
    Identificação, caracterização e interpretação de cordões litorâneos: integração de dados de radar de penetração do solo (GPR), análise de fácies e estratigrafia de sequência de alta resolução
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-06-23) Godenzi, Jasmin Lanker; Lima Filho, Francisco Pinheiro; https://orcid.org/0000-0001-5657-5207; http://lattes.cnpq.br/9888320802954176; http://lattes.cnpq.br/7129765110977866; Ponsati, Albert Casas; Córdoba, Valéria Centurion; https://orcid.org/0000-0002-1836-4967; http://lattes.cnpq.br/8212523609187259
    A identificação e caracterização de cordões litorâneos em subsuperfície em regiões onde depósitos eólicos modernos recobrem toda a planície costeira é desafiadora. Neste cenário o Radar de Penetração no Solo (GPR) se torna o único método capaz de detectar esses depósitos. Neste contexto foram adquiridos 6 perfis GPR na planície costeira de Malembá, litoral oeste potiguar. Um cordão litorâneo é identificado em perfis GPR seguindo dois critérios: a geometria externa sigmoidal dessas formas de leito e suas radarfácies internas. Este depósito pode apresentar duas assinaturas geofísicas nos perfis GPR: completa ou incompleta (erodida). Oito radarfacies permitem a delimitação das regiões de praia de backshore, foreshore e shoreface. O envelope sigmoidal de cada cordão litorâneo abrange estratos depositados nestas regiões. O modelo deposicional abrangente para os cordões litorâneos oferece informações sobre sua distribuição, arquitetura deposicional, estratigrafia de sequência, estruturas internas e o impacto das flutuações do nível do mar na formação e preservação de cordilheiras de praia. As descobertas do estudo podem contribuir para a compreensão dos cordões litorâneos e seus potenciais análogos a reservatórios do pré-sal brasileiro e outros depósitos de cordões litorâneos em todo o mundo.
  • Dissertação
    Padrões estratigráficos holocênicos do Delta do Parnaíba através de testemunhos por vibração
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-28) Cruz, Diogo Bittencourt Leite Tinôco; Vital, Helenice; https://orcid.org/0000-0003-0462-9028; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; http://lattes.cnpq.br/8497871879457411; Nogueira, Mary Lúcia da Silva; Almeida, Narelle Maia de
    O Delta do Rio Parnaíba, localizado no nordeste brasileiro, é um dos poucos exemplos de sistema deposicional deltaico que ainda possui suas características bem preservadas, o que o torna, cada vez mais, alvo de pesquisas científicas nas mais diversas áreas. O presente trabalho teve como finalidade identificar mudanças no ambiente deposicional, com base na análise vertical de sedimentos. Para isso, foram coletados testemunhos pelo método de vibração em antiga floresta de manguezais, em zonas ativas de canais de maré, e em pântano supramaré. O estudo compreendeu a análise sedimentar associada a petrofísica (espectrometria de Raios Gama), bem como a datação pelo método do radiocarbono utilizando-se a técnica do Acelerador de Espectrometria de Massa. Em uma primeira fase foram realizadas a análise espectral de raios gama e o registro fotográfico dos testemunhos, seguidos da descrição estratigráfica (cor, textura, presença de matéria orgânica, conteúdo fossilífero, ocorrência de estruturas sedimentares), bem como identificação e seleção de material para datação (e.g. conchas, madeira). Posteriormente, os testemunhos foram amostrados em intervalos regulares, a cada 4 cm, para realização das análises granulométricas, composicionais (matéria orgânica, e quantificação de carbonato de cálcio) e mineralógicas. Os resultados obtidos mostraram variações mineralógicas, indicando mudanças de proveniência sedimentar. Os dados gamaespectrométricos tendem a mostrar valores mais altos com a diminuição do grão e vem se somar aos dados sedimentológicos, estratigráficos e mineralógicos em auxílio de uma melhor interpretação da história deposicional. Os teores de matéria orgânica e carbonato de cálcio, em geral, apresentaram variações relacionadas com o tamanho do grão, com sedimentos finos, siltico-argilosos apresentando maiores teores de matéria orgânica, enquanto o carbonato é relacionado a presença de conchas. As datações mostraram idades variando desde 4.6 – 4.5 BP a idades mais recentes (1950 AD). A integração e análise conjunta dos dados permitiu uma melhor interpretação da evolução no Holoceno tardio do atual sistema de canais de marés na margem ocidental e oriental do delta do rio Parnaíba.
  • Dissertação
    Uso de redes neurais aplicadas para a criação de seções GPR preditivas
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-23) Costa, Pâmella Regina Fernandes da; Lima Filho, Francisco Pinheiro; https://orcid.org/0000-0001-5657-5207; http://lattes.cnpq.br/9888320802954176; http://lattes.cnpq.br/6995449854581432; Miranda, Diego da Costa; Dória Neto, Adrião Duarte; https://orcid.org/0000-0002-5445-7327; http://lattes.cnpq.br/1987295209521433
    Durante o imageamento de alvos em subsuperfície com o método Ground Penetrating Radar (GPR) podem surgir algumas dificuldades operacionais (topografia acidentada, barreiras antropogênicas ou de outras naturezas) que impedem o adequado posicionamento espacial das linhas GPR em um levantamento segundo uma malha regular predefinida. Estas limitações (número total, posicionamento e comprimento das linhas GPR) podem comprometer o perfeito imageamento do alvo e, consequentemente, dificultar a reconstrução de feições geológicas ou de engenharia de interesse. Neste trabalho objetiva-se o desenvolvimento de uma metodologia que permita a criação de seções GPR artificiais entre as linhas GPR pré-existentes, melhorando assim o adensamento dos dados, com uso das técnicas de Redes Neurais Convolucionais Profundas (DCNNs) de Transferência de Estilos e Interpolação de Quadros. Dado um conjunto de três seções GPR consecutivas, paralelas e equidistantes entre si (denominadas de A, B e C), foram criadas as aqui denominados “seções GPR preditivas”, cujas reflexões devem honrar as geometrias encontradas nas seções A e C, e que tenham nas seções GPR B os parâmetros que permitam a comparação, validação e a quantificação da qualidade dos resultados obtidos. A metodologia foi testada para três distintos contextos geológicos que consistiram de: (i) uma colônia de microbialitos montiforme encontrada em rochas carbonáticas na Bacia do Irecê, Formação Salitre, localizadas na Fazenda Arrecife (Bahia); (ii) rochas siliciclásticas arenosas de origem eólica que ocorrem na Bacia do Parnaíba, pertencentes à Formação Pedra de Fogo, localizados na Serra das Araras (Piauí), que exibem geometrias deposicionais tabulares e em forma de cunha; (iii) e, em um depósito Quaternário de leque de sobrelavagem (washover) que mostram a geometria em cunha, localizado na margem da Lagoa Mirim, Vila Taim (Rio Grande do Sul). Foram criadas seções GPR preditivas correspondentes aos três diferentes cenários geológicos estudados. Com a delimitação das geometrias originais e preditivas foi possível comparar as diferenças a partir da sobreposição delas e, assim, calcular as respectivas médias, desvios padrões e desajustes médios. A comparação entre as técnicas revela que as geometrias dos microbialitos obtidos com a Interpolação de Quadros e uso conjunto das técnicas exibiram diferenças superiores à de Transferência de Estilo, sendo até 0,015 e 0,009 maiores, respectivamente, para o desvio padrão e desajuste médio. Sendo somente possível reconhecer as geometrias deposicionais preditivas e consequentemente quantificar os resultados aplicando a técnica de Interpolação de Quadros no afloramento de microbialitos. Para rochas eólicas foram 0,020 de desvio padrão e 0,017 de desajuste médio maiores para o uso conjunto do que para a Transferência de Estilo. E por fim, no depósito de washover, as diferenças entre os dois parâmetros não foram superiores a 0,004. Assim, exclusivamente neste depósito as geometrias preditivas identificadas em ambas as técnicas produziram resultados equivalentes. Portanto, as geometrias preditivas obtidas mostram que a técnica de Transferência de Estilo foi a que apresentou melhores resultados de precisão e acurácia para os microbialitos e rochas eólicas, enquanto nos depósitos de washover o uso conjunto reproduziu resultados tão bons quanto a Transferência de Estilo.
  • Dissertação
    Aprendizado de máquina não-supervisionado aplicado à classificação geoquímica de granitos tipo-A brasileiros
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-12-20) Oliveira, Luiz Henrique Lira de; Vilalva, Frederico Castro Jobim; https://orcid.org/0000-0003-3399-6863; http://lattes.cnpq.br/6227637633613443; http://lattes.cnpq.br/1288033921533688; Nunes, Marcus Alexandre; https://orcid.org/0000-0002-9956-4644; http://lattes.cnpq.br/2698100541879707; Vlach, Silvio Roberto Farias
    Os granitos de tipo-A são caracterizados por sua tendência alcalina, altas concentrações de HFSE, valores elevados para as razões Ga/Al e HF/H2O, além de serem associados majoritariamente a ambientes extensionais pós-colisionais e anorogênicos. Ao longo dos últimos anos, no entanto, uma série de trabalhos têm demonstrado que essas rochas são muito mais complexas tanto em termos de sua geoquímica, como quanto aos ambientes tectônicos associados e processos petrogenéticos envolvidos. No Brasil, granitos de tipo-A são descritos tanto em áreas cratônicas arqueanas a paleo-mesoproterozoicas quanto em faixas móveis neoproterozoicas, com diversas ocorrências associadas a importantes depósitos minerais (Sn, In, W, dentre outros). Muitas dessas ocorrências são descritas e interpretadas em um contexto local ou regional, de forma que uma análise integrada e comparativa em escala mais ampla é ainda ausente na literatura. Neste contexto, esta dissertação apresenta os resultados de análise orientada por dados, ou “data driven discovery”, pela aplicação de técnicas da ciência de dados para manipulação, processamento e análise (comauxílio do aprendizado de máquina nãosupervisionado com o algoritmo K-means) de um extenso banco de dados geoquímicos em rocha-total (>1.900 amostras) de granitoides de tipo-A do Brasil em diversos contextos geotectônicos e de diversas idades. Os resultados mostram que o magmatismo de tipo-A no Brasil pode ser separado em três subgrupos denominados A1, A2 e A3, com características geoquímicas (e, em parte, petrográficas) distintas. Os dois primeiros mostram correspondência com os subtipos A1 e A2 já consagrados na literatura, enquanto o terceiro define um novo subgrupo, caracterizado por litotipos menos evoluídos. Esses subgrupos são individualizados em diversos diagramas binários e ternários propostos neste trabalho a partir de combinações de variáveis químicas (elementos maiores e traços) e de minerais normativos. O subgrupo A1 engloba rochas alcálicas a álcali-cálcicas, de caráter peralcalino a metaluminoso. Os granitos A2 são álcali-cálcicos a cálcio-alcalicos, peraluminosos a fracamente metaluminosos; enquanto o subgrupo A3 inclui rochas alcalicas, álcali-cálcicas, cálcio-alcálicas a cálcicas, metaluminosas a peralcalinas (em menor proporção). Embora não possuam preferências por um determinado contexto tectônico ou intervalo de ocorrência ao longo do tempo geológico, os subgrupos tipoA1, A2 e A3 podem ocorrer juntos em um mesmo corpo, com sete tipos de combinações possíveis, o que sugere que possam representar diferentes fácies relacionadas entre si por processos de diferenciação magmática. A associação dos subgrupos a um contexto geotectônico específico nem sempre é direta. Porém, em linhas gerais, os plutons formados exclusivamente de granitos tipo-A1 relacionam-se mais fortemente a ambientes anorogênicos a pós-orogênicos, enquanto os subgrupos A2 e A3 estão ligados a contextos sin- e pós-colisionais a tardi-colisionais.
  • Dissertação
    Geomorfologia da plataforma continental brasileira adjacente ao Delta do rio Parnaíba (PI - MA)
    (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-01-30) Santos, Sarah Alves dos; Vital, Helenice; https://orcid.org/0000-0003-0462-9028; http://lattes.cnpq.br/3595069999049968; Figueiredo, Alberto Garcia de; Nogueira, Mary Lucia da Silva
    O mapeamento das feições presentes nas plataformas continentais contribui para a interpretação adequada do ambiente oceânico, que pode ser usado para fins científicos, políticos e estratégicos, para apoio a gestão, para o desenvolvimento e preservação das áreas submersas em geral e para o futuro do nosso planeta. Esse estudo foi realizado na Margem Equatorial Brasileira, na plataforma continental brasileira adjacente ao Delta do rio Parnaíba (PI-MA) e teve como objetivo principal o mapeamento de feições geomorfológicas nesta região através do uso de dados hidroacústicos (batimetria monofeixe), apoiado por dados sedimentológicos, obtidos no âmbito do Banco Nacional de Dados Oceanográficos da Marinha do Brasil - BNDO. Em laboratório, os dados hidroacústicos foram interpolados utilizando-se os métodos da krigagem e o da mínima curvatura, onde o método da krigagem se mostrou mais eficiente na visualização das feições presentes na área. A integração, análise e interpretação dos dados resultou em quatro mapas do substrato oceânico: batimétrico, declividade da superfície, direção da declividade, distribuição de amostras que podem ser utilizados como unidades relevantes (e.g, declividade, orientação, curvatura e terreno, sedimentos, entre outros). Desta forma foi possível identificar uma cobertura sedimentar desde areia fina a areia grossa, areia com biodetritos, conchas e cascalho, presença de lama e areia quartzosa, cujo relevo associado a diferentes feições submersas, tais como bancos arenosos, vales submarinos, bem como a presença de platôs, associados a afloramentos rochosos e bancos recifais; adicionalmente, lineamentos e paleovales na plataforma atual indicam o percurso que no passado o rio Parnaíba percorreu.