PPGCF - Doutorado em Ciências Farmacêuticas
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/11922
Navegar
Navegando PPGCF - Doutorado em Ciências Farmacêuticas por Data de Publicação
Agora exibindo 1 - 20 de 33
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Design e síntese de derivados da retronecina e avaliação da atividade in vivo no modelo de Caenorhabditis elegans para a doença de alzheimer(2018-02-27) Almeida, Wamberto Alristenio Moreira; Giordani, Raquel Brandt; Oliveira, Riva de Paula; ; ; ; Moreira, Susana Margarida Gomes; ; Souza, Marcus Vinícius Nora de;A doença de Alzheimer (DA) é uma patologia neurodegenerativa multifatorial e a forma mais comum de demência no idoso em todo o mundo. As principais características patológicas da DA incluem placas beta-amiloides (βA), emaranhados neurofibrilares provenientes da hiperfosforilação da proteína tau, declínio da função colinérgica, estresse oxidativo e inflamação. O peptídeo βA é o alvo mais estudado, pois o surgimento das placas senis desencadeia os demais processos, ou atua por feedback nestes. O tratamento atual da DA é baseado em inibidores da enzima acetilcolinesterase e na memantina, um antagonista dos receptores N-metil-D-Aspartato, contudo os tratamentos são paliativos, uma vez que não interrompem o curso natural da doença, por essa razão as novas abordagens são baseadas em fármacos multialvos. Dentre os produtos naturais os alcaloides são os que mais se destacam como fonte de novos fármacos, inclusive, os anticolinesterásicos utilizados no tratamento da DA são alcaloides ou derivados semi-sintéticos destes. O objetivo deste estudo é desenvolver novas moléculas a partir da condensação do núcleo alcaloídico pirrolizidínico a Laminoácidos (fenilalanina e triptofano) e avaliar a atividade destas no modelo de Caenorhabditis elegans para a DA, isto porque um screening virtual de aminoácidos condensados a retronecina (RTN) foi realizado, e as moléculas apresentaram afinidade pela enzima acetilcolinesterase (AChE). A monocrotalina (MCT), molécula de partida para a síntese dos derivados, foi isolada a partir das sementes de Crotalaria retusa por meio de maceração em metanol seguida de extração ácido-base, posteriormente a mesma foi hidrolisada com hidróxido de bário e o núcleo pirrolizidínico, a RTN, foi obtida por isolamento em coluna de alumina básica. A RTN foi halogenada no carbono nove através de reação com cloreto de tionila, afim de favorecer reações de substituição nucleofílica nesta posição. Diversas propostas reacionais foram efetuadas objetivando condensar os Laminoácidos ao núcleo pirrolizidínicos. Os ensaios biológicos in vivo foram realizados no modelo já bem estabelecido para a DA a cepa CL2006 de Caenorhabditis elegans, um nematoide que expressa o peptído β-amiloide (βA) humano no músculo de forma constitutiva, que o leva a uma paralisia progressiva, as moléculas foram testadas em 3 concentrações 10, 50 e 100 μmol. Os animais foram sincronizados pelo método de NaClO e no quarto dia foram submetidos a temperatura de 35 ºC, que acelera o fenótipo de paralisia. Os vermes foram analisados a cada hora através do toque com a alça de platina, e aqueles que não moviam a região posterior do corpo eram quantificados como paralisados. Como padrão utilizou-se a memantina, que é o fármaco de escolha para os quadros avançados da DA. A memantina prolongou o tempo de paralisia no animal, o que corrobora com a literatura. A RTN na concentração de 100 µmol reduziu levemente a paralisia nos animais, enquanto que a retronecina clorada (RTNCl) não prolongou o tempo de paralisia nos animais, contudo não foi tóxica a estes mesmo em concentrações de 100 mmol. Os resultados mostram que a RTN e a RTNCl não são tóxicas como seu produto de partida, a MCT, o que é um indicativo que as modificações moleculares podem ser úteis para redução da toxicidade e ampliar os campos de atividade biológica para alcaloides pirrolizidínicos. A partir dos espectros dos produtos reacionais, estruturas foram propostas para os produtos obtidos.Tese Obtenção, caracterização e avaliação da atividade antifúngica de nanopartículas de quitosana contendo o peptídio TistH identificado na peçonha do escorpião Tityus stigmurus(2019-05-23) Rêgo, Manoela Torres do; Pedrosa, Matheus de Freitas Fernandes; Silva Júnior, Arnobio Antonio da; ; ; ; Machado, Paula Renata Lima; ; Andrade, Vânia Sousa; ; Martins, Alice Maria Costa; ; Azevedo, Eduardo Pereira de;A peçonha do escorpião Tityus stigmurus tem sido estudada nos últimos anos e revelado um conjunto de toxinas (peptídeos) com elevado potencial para aplicações biotecnológicas. A análise transcriptômica da glândula da peçonha do T. stigmurus, realizada por nosso grupo de pesquisa, identificou uma variedade de peptídeos com potencial farmacológico. Dentre as moléculas apresentadas, a atividade de um peptídeo semelhante a classes das hipotensinas (TistH, Tityus stigmurus hipotensina) tem sido relatada na literatura, por ser capaz de potencializar o efeito da bradicinina, além de exercer efeito antifúngico. Sabe-se que para alcançar uma eficácia máxima, moléculas bioativas podem ser incorporadas à biomateriais ou nanocarreadores poliméricos. Com esse foco, o estudo teve como objetivo obter e caracterizar físico-quimicamente nanopartículas de quitosana contendo o peptídeo TistH obtidas pelos métodos de incorporação e adsorção, avaliar sua biocompatibilidade, bem como a capacidade de potencializar o efeito antifúngico. As nanopartículas contendo o peptídeo TistH, tanto pelo método de incorporação (NQ-TistH-Inc) como adsorção (NQTistH-Ads), foram obtidas através da técnica de gelificação iônica. Os nanossistemas na concentração de 0,5 e 1,0%, quando avaliados através do espalhamento dinâmico de luz, apresentaram superfície de partícula catiônica, com diâmetros médios inferiores a 160 nm e índice de polidispersidade inferior 0,3. A eficiência de incorporação demonstrou ser superiores a 96,5% e o seu sucesso foi confirmado através da técnica de eletroforese em gel de poliacrilamida e espectroscopia na região do infravermelho. As NQ-TistH-Inc e NQ-TistH-Ads nas concentrações de 0,5 e 1,0% foram analisadas através da microscopia de força atômica e microscopia eletrônica de varredura com fonte de emissão de campo, onde foi possível evidenciar partículas na escala nanométrica com formas esféricas, superfícies lisas e aspectos homogêneos. A estabilidade foi avaliada através do tamanho das partículas e do índice de polidispersidade, em que foi possível evidenciar uma dispersão coloidal estável por 4 meses. Com relação ao perfil de liberação, foi observado para todas as formulações uma liberação prolongada e sustentada durante as 24 horas, seguindo o mecanismo cinético de difusão parabólica. A biocompatibilidade foi avaliada tanto em eritrócitos, como em linhagens de células normais originadas de macrófagos de murinos (RAW 264.7) e células normais originadas de rim de macaco verde africano (Vero E6), demonstrando que os nanossistemas, nas concentrações utilizadas para os ensaios antifúngicos, não evidenciaram efeitos hemolíticos e citotóxicos, respectivamente. A atividade antifúngica foi avaliada através dos ensaios de determinação concentração inibitória mínima (CIM), concentração fungicida mínima (CFM) e atividade antibiofilme, utilizando cepas do gênero Candida. As NQ-TistH-Inc e NQ-TistH-ADS revelaram uma CIM de 89,2 µg/mL contra Candida albicans, 11,1 µg/mL para C. parapsilosis e C. tropicalis, resultados confirmados pelo ensaio de concentração fungicida mínimo. Além disso, as formulações reduziram significativamente a formação de biofilmes de cepas clínicas de sepses de C. tropicalis e C. krusei, bem como cepas clínicas de candidíase vulvovaginal da espécie C. albicans. Sendo assim, as nanopartículas de quitosana apresentaram ótimo desempenho no carreamento do peptídeo TistH e foram capazes de potencializar o efeito antifúngico contra leveduras do gênero Candida podendo eventualmente ser aplicada no futuro como um possível agente antifúngico.Tese Potencial da espécie vegetal Jatropha molissima (Pohl) Baill. contra os efeitos tóxicos da serpente Bothrops jararaca e do escorpião Tityus serrulatus(2019-06-27) Gomes, Jacyra Antunes dos Santos; Pedrosa, Matheus de Freitas Fernandes; ; ; Freitas, Janaina Cristiana de Oliveira Crispim; ; Machado, Paula Renata Lima; ; Soares, Luiz Alberto Lira; ; Lima, Maira Conceição Jerônimo de Souza;Os acidentes causados por animais peçonhentos são um grave problema de saúde pública. No Brasil, a maior parte desses acidentes são associados as serpentes do gênero Bothrops e os escorpião do gênero Tityus. Atualmente, a principal forma de tratamento disponível é a soroterapia antiveneno, que apresenta algumas limitações, como ineficiência quanto aos efeitos locais, riscos de reações imunológicas, custo elevado e difícil acesso em algumas regiões. Nesse sentido, a busca por novas alternativas complementares para o tratamento envolvendo animais peçonhentos se faz relevante. Jatropha mollissima (Pohl) Baill., (Euphorbiaceae), popularmente conhecida no Brasil como “pinhão-bravo” apresenta amplo uso popular na medicina tradicional como antiofídica, antiinflamatória, antimicrobiana, cicatrizante e antitérmica. Dada a relevância dos efeitos sistêmicos no envenenamento por B. jararaca e T. serrulatus o objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia inibitória do extrato aquoso das folhas de J. mollissima frente às toxicidades sistêmicas produzidas por essas peçonhas. Foi avaliado in vivo o efeito do extrato de J. mollissima sobre alterações hematológicas, hemostáticas, bioquímica e estresse oxidativo em reposta a peçonha de B. jararaca; e o edema pulmonar, alterações bioquímicas e estresse oxidativo produzidos pela peçonha do T. serrulatus. O extrato reduziu significativo efeito da peçonha sobre o fibrinogênio, plaquetas e tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA), indicando ação do extrato sobre os efeitos hemostáticos da peçonha de B. jararaca. O extrato também inibiu os efeitos da peçonha de B. jararaca sobre a série leucocitária sanguínea, o que indica uma ação anti-inflamatória. O extrato também foi capaz de reduzir significativamente a toxicidade renal, hepática, muscular e pancreática da peçonha de B. jararaca ao reverter os efeitos sobre os níveis séricos de ureia, ácido úrico, alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), lactato desidrogenase (LDH) e amilase. O extrato inibiu o estresse oxidativo hepático e renal da peçonha de B. jararaca, indicando uma possível ação antioxidante. Além disso, o edema pulmonar induzido pela peçonha de T. serrulatus foi inibido significativamente pelo extrato. A atividade da enzima mieloperoxidase e a expressão das citocinas IL-6 e IL-1β foram reduzidas na presença do extrato, indicando uma ação anti-inflamatória. Houve a redução dos níveis séricos de LDH, creatina quinase (CK), Ureia, creatinina, AST e amilase induzidas pela peçonha de T. serrulatus com o extrato, sugerindo uma inibição de dano hepático, renal e pancreático. O extrato inibiu o estresse oxidativo hepático e renal da peçonha de T. serrulatus, indicando uma possível ação antioxidante. In vitro, J. mollissima foi capaz de inibir a hemólise e a citotoxicidade frente às células MDCK, o que indica uma provável ausência de toxicidade e por fim, apresentou uma significativa atividade antioxidante em diferentes modelos realizados. Dessa forma, conclui-se que o extrato de J. mollissima possui compostos capazes de inibir alterações sistêmicas induzidas por B. jararaca e T. serrulatus o que indica a potencialidade dessa espécie vegetal como fonte de moléculas bioativas contra peçonhas botrópicas e escorpiônica.Tese Nanopartículas biodegradáveis e biocompatíveis para liberação modificada de benznidazol(2019-06-27) Silva, Alaine Maria dos Santos; Silva Júnior, Arnóbio Antonio da; ; ; Silva, Marcelo de Sousa da; ; Damasceno, Bolivar Ponciano Goulart de Lima; ; Porto, Carlos Alberto Robello; ; Soares Sobrinho, José Lamartine;O Benznidazol (BNZ) é o fármaco de escolha para o tratamento de pacientes com infecção por Trypanosoma cruzi. Apesar de seu amplo uso, esta molécula apresenta problemas de eficácia devido à alta toxicidade, além da baixa solubilidade em meio aquoso. As nanopartículas apresentam capacidade comprovada de atravessar a maioria das barreiras biológicas e direcionamento intracelular de fármacos, principalmente quando ligantes de superfície são inseridos para aumentar a eficácia do fármaco em células infectadas. O objetivo deste trabalho foi fazer um desenho estrutural e o monitoramento de nanopartículas funcionalizadas e fluorescentes de poli (ácido lático- co-glicólico) (PLGA) para liberação modificada do benznidazol. As partículas foram produzidas pelo método emulsificação com evaporação do solvente. O desenvolvimento da formulação e parâmetros de obtenção foram otimizados por medidas de tamanho médio de partícula, índice de polidispersão, potencial zeta, microscopia de força atômica (MFA), microscopia eletrônica de varredura (MEV), microscopia confocal (MC), espectroscopia de absorção na região do infravermelho com transformada de fourier (FTIR-ATR), eficiência de encapsulação, estudos in vitro e in vivo. Nanopartículas poliméricas esféricas e estáveis abaixo de 250 nm foram obtidas, com a eficiência de encapsulação maior que 95%. A cinética de liberação in vitro do fármaco demonstrou uma liberação lenta do fármaco e a melhoria da atividade biológica de nanopartículas contendo BNZ. Ensaios in vitro em células normais (Hek 293), células tumorais (Hep G2 e HT-29), amastigotas (cepas H9c2 e Dm28c) e com epimastigotas (cepas Y, CL-Brenner e Dm28c) mostraram um aumento na potência das nanopartículas contendo BNZ sobre o BNZ livre. A análise por microscopia confocal mostrou que as nanopartículas entram no parasito com alta eficiência, principalmente as funcionalizadas com ácido siálico e colesterol. Testes in vivo revelaram que as nanopartículas contendo BNZ apresentaram efeito semelhante ao BNZ livre, mesmo usado em concentração 20 vezes inferior. Assim, o presente trabalho aborda de forma sistemática, o desenvolvimento de um sistema nanotecnológico com potencial inovador para o aumento da eficácia do benznidazol em células infectadas com Trypanosoma cruzi.Tese Bryophyllum pinnatum e Kalanchoe laciniata: estudo fitoquímico, metabolômico e avaliação da inibição da atividade fosfolipásica da peçonha de Bothrops erythromelas de extratos obtidos sob diferentes condições de cultivo(2019-07-26) Fernandes, Julia Morais; Langassner, Silvana Maria Zucolotto; Pedrosa, Matheus de Freitas Fernandes; ; ; ; Aragão, Cicero Flávio Soares; ; Costa, Fernando Batista; ; Ferreira, Magda Rhayanny Assunção; ; Giordani, Raquel Brandt;As espécies Kalanchoe laciniata (L.) DC. e Bryophyllum pinnatum (Lam) Pers. (Crassulaceae), conhecidas popularmente como saião ou coirama, são utilizadas no Brasil, especialmente na região Nordeste, e seu uso destaca-se no tratamento de problemas inflamatórios. Na literatura são encontrados relatos sobre a constituição química dessas espécies, com destaque para a presença de flavonoides glicosilados derivados da patuletina, canferol e quercetina, no entanto, ainda não se sabe quais são os compostos ativos. Somado a isso, carecem de estudos de controle de qualidade que contribuam na autenticação e diferenciação de K. laciniata e B. pinnatum, especialmente por Cromatografia Líquida de Alta ou Ultra Eficiência (CLAE ou CLUE) e/ou Ressonância Magnética Nuclear (RMN). Tendo em vista que B. pinnatum faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse do SUS, faz-se necessário aprofundar os estudos com as espécies para garantir a segurança, eficácia e qualidade de um possível medicamento fitoterápico com essas espécies. Dentro deste contexto, a proposta tem como objetivo realizar uma abordagem metabolômica e farmacológica das espécies K. laciniata e B. pinnatum. Para atingir esse objetivo, a metodologia do estudo foi dividida nas seguintes partes: i: isolamento e caracterização dos marcadores químicos dos extratos das folhas das espécies; ii: quantificação dos marcadores químicos; iii: abordagem metabolômica dos extratos em resposta ao estresse induzido por suspensão de rega e salinidade; iv: ensaios não-clínicos in vitro para avaliar os efeitos inibitórios dos extratos frente a enzima PLA2 que auxilia no desencadeamento do envenenamento causado por Bothrops erythromelas. Como resultados mais significativos: i. por meio da técnica de Cromatografia em Partição Centrífuga (CPC) foi possível isolar os flavonoides majoritários de B. pinnatum de forma rápida e eficiente, além de obter uma substância até hoje não descrita para o gênero, a sarmentosina; ii. a) quantificar três flavonoides no extrato de B. pinnatum por CLUE-DAD e sugerir o flavonoide quercetina 3-O-α-L-arabinopiranosil-(1→2)-O-α-L-ramnopiranosídeo (BP1), como marcador específico para a espécie e b) desenvolver e validar um metodologia por RMN para quantificar a sarmentosina no extrato de B. pinnatum; iii. pela abordagem metabolômica dos dados gerados por CLUE-EM/EM foi observado que as condições de seca e salinidade podem influenciar na produção de diferentes metabólitos pela planta, indicando que as espécies são resistentes a suspensão de rega até o 20º dia, mas que a menor quantidade de salinidade na água de rega já induz diferenças na produção de metabólitos, especialmente compostos fenólicos; iv. as atividades in vitro evidenciaram o potencial das espécies em inibir a PLA2, uma toxina importante no envenenamento, e mostraram que os extratos obtidos a partir dos estresses salino e hídrico influenciam diretamente na sua inibição. Diante do exposto, este trabalho significou um grande avanço no estudo com as espécies, uma vez que a investigação química e farmacológica foi aprofundada. Dessa forma, foram obtidos através de uma metodologia eficiente e verde desenvolvida por CPC, os marcadores do extrato de B. pinnatum em grande quantidade, bem como validação de um método para quantificação dos mesmos de acordo com os parâmetros da RDC 166/2017, até então não encontradas na literatura. Além disso, foi possível sugerir determinadas condições de cultivo que influenciam na produção de metabólitos pelas plantas, possivelmente ligados com a atividade antiveneno apresentada pelos extratos de ambas espécies.Tese Produto cosmético sólido com Prosopis juliflora: avaliação da segurança, desenvolvimento de formulações e estudo da eficácia hidratante e anti-rugas(2019-07-31) Damasceno, Gabriel Azevedo de Brito; Ferrari, Márcio; Giordani, Raquel Brandt; ; ; ; Lima, Adley Antonini Neves de; ; Ostrosky, Elissa Arantes; ; Gamboa, Ian Castro; ; Velasco, Maria Valéria Robles;Prosopis juliflora (PJ) é uma planta invasora da Caatinga Nordestina e apresenta em sua composição metabólitos com características químicas de interesse em produtos cosméticos. Este trabalho objetivou o desenvolvimento de formulações cosméticas na forma de núcleo sólido contendo o extrato de PJ que em contato com a água forma um gel para uso tópico em dose única. Teve como objetivo também o estudo in vitro e in vivo de segurança dos extratos e a eficácia clínica hidratante e anti-rugas. A otimização da extração dos frutos de PJ foi conduzida a partir de delineamento experimental estatístico. As amostras foram purificadas por ultrafiltração em centrífuga e cromatografia de gelfiltração, seguido de hidrólise ácida e análise da composição monossacarídica por cromatografia em papel e ressonância magnética nuclear (RMN). A fração menor que 3kDa foi avaliada por cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas (LC-MS) enquanto a fração maior que 3kDa por RMN. Já a fração total, foi analisada por uma plataforma integrada de RMN. A atividade antioxidante in vitro foi avaliada utilizando diferentes metodologias. A segurança in vitro foi realizada por meio dos testes de citotoxicidade e fototoxicidade, enquanto para a avaliação in vivo foi realizado o teste de compatibilidade cutânea. Foi realizada uma etapa de pré-formulação e escolha da melhor forma de obtenção das formulações que então foram submetidas a um estudo de estabilidade por 90 dias. Por fim, para a avaliação clínica da eficácia hidratante e anti-rugas foi mensurado o conteúdo hídrico do estrato córneo e a perda de água transepidermal (TEWL), antes e 1, 2, 3, 4 e 5h da aplicação e o conteúdo hídrico, TEWL e relevo cutâneo após 30 dias de uso prolongado. O delineamento experimental revelou que as melhores condições extrativas foi a 34ºC/3,5h (PJ2). A fração maior que 3KDa (PJ2) foi caracterizada como uma α-glucana e a fração menor que 3kDa apresentou compostos fenólicos, alguns dos quais inéditos para a espécie, e alcaloides. Resultados esses, que estão de acordo com os obtidos pela rede integrada de RMN para a fração total. As amostras não apresentaram efeitos citotóxicos e fototóxicos nas concentrações testadas, bem como, nenhum voluntário apresentou reações cutâneas, sendo um indício de segurança da matéria-prima. As avaliações in vitro da atividade antioxidante demonstraram o potencial da PJ2 em diferentes etapas da cascata oxidativa. Na etapa de pré-formulação foram delineadas oito formulações e três métodos de obtenção dos núcleos sólidos foram avaliados: compressão direta, moldagem e compressão de granulados obtidos por granulação via úmida. Esta última, possibilitou a incorporação de uma fase emolientes na formulação e se mostrou o método mais adequado à obtenção dos núcleos sólidos estáveis. Após os testes de eficácia clínica, foi possível observar que a formulação aditivada com PJ2 aumentou o conteúdo hídrico da pele em até 5h após a aplicação e que nos testes de longa duração, houve uma melhora do conteúdo hídrico, redução da TEWL e melhora nos parâmetros de relevo cutâneo. Dessa forma, evidenciando a aplicabilidade dessa nova forma e matéria-prima cosmética como agente hidratante e antienvelhecimento.Tese Análise fitoquímica e avaliação da atividade antiescorpiônica e antiofídica do suco dos frutos de Hancornia speciosa Gomes (Apocynacea)(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019-08-30) Yamashita, Fabiana de Oliveira; Pedrosa, Matheus de Freitas Fernandes; Langassner, Silvana Maria Zucolotto; 81995725072; http://lattes.cnpq.br/7390416147619446; http://lattes.cnpq.br/2929963416385218; http://lattes.cnpq.br/1583697337809267; Queiroz, Giselle Pidde; Ferreira, Leandro de Santis; http://lattes.cnpq.br/6622861873027635; Ururahy, Marcela Abbott Galvão; http://lattes.cnpq.br/8016222352823817; Araújo, Nathalia Kelly de; http://lattes.cnpq.br/3502393944021960Acidentes com animais peçonhentos, principalmente serpentes e escorpiões, são considerados um sério problema de saúde pública. No Brasil, os acidentes ofídicos ocorrem principalmente por serpentes do gênero Bothrops, e os escorpiônicos pela espécie Tityus serrulatus. O tratamento convencional é o uso da soroterapia antipeçonha, que além de apresentar algumas limitações, como difícil acesso em algumas regiões e custo elevado, é capaz de neutralizar apenas as toxinas da peçonha, sendo ineficiente em inibir as reações inflamatórias endógenas. Dentro deste contexto, o estudo tem como objetivo realizar uma análise fitoquímica do suco dos frutos de Hancornia speciosa, bem como avaliar a capacidade do suco de neutralizar os efeitos inflamatórios da peçonha do escorpião Tityus serrulatus e os locais induzidos pela peçonha de Bothrops jararaca. A análise fitoquímica foi realizada através da técnica de cromatografia líquida de alta eficiência acoplada ao espectrômetro de massas (CLAE-DAD-EM/EM). A atividade antiescorpiônica do suco foi avaliada utilizando-se do modelo animal de edema pulmonar agudo induzido pela peçonha do escorpião T serrulatus. Os animais receberam a peçonha por via subcutânea e foram tratados via oral com o suco nas doses de 100 e 200 mg/kg, utilizando-se de protocolos de pré e pós-tratamento. Após 2 horas da administração da peçonha, os animais foram eutanasiados para a coleta dos pulmões, rins e sangue. Com os tecidos dos pulmões tratados foram realizadas as seguintes análises: quantificação de citocinas, concentração de azul de Evans, dosagem da enzima mieloperoxidase (MPO) e porcentagem do peso relativo pulmonar; com os rins, dosagem de nitrito e peroxidação lipídica; e, com o sangue, avaliados parâmetros hematológicos e bioquímicos. Em relação a peçonha botrópica, a capacidade do suco em inibir seus efeitos locais foi avaliada nos modelos de edema de pata, hemorragia, miotoxicidade e dermonecrose. Para tanto, os animais receberam o suco por via oral nas doses de 100 e 200 mg/kg, sendo administrado logo após a peçonha botrópica (pós-tratamento). Através das análises por CLAE-DAD-EM/EM foram identificados 13 compostos, sendo os majoritários identificados como L-bornesitol, ácido quínico, ácido clorogênico e rutina. As observações referentes à inibição dos efeitos antiescorpiônicos demonstraram que o suco de Hancornia speciosa foi capaz de diminuir significativamente alguns importantes parâmetros como a produção das citocinas, a atividade mieloperoxidase, a concentração de azul de Evans no tecido pulmonar, a peroxidação lipídica e a dosagem de nitrito. Em relação aos efeitos botrópicos, o suco foi capaz de diminuir de forma significativa a lesão dermonecrótica, edema, hemorragia e as concentrações das enzimas creatina quinase e lactato desidrogenase. Portanto, é possível concluir que o suco de Hancornia speciosa Gomes apresenta potencial para ser utilizado como adjuvante no tratamento de envenenamentos escorpiônicos e botrópicos.Tese Farmacocinética populacional e toxicidade do sulfato de magnésio na pré-eclampsia(2019-12-12) Costa, Tatiana Xavier da; Martins, Rand Randall; ; ; ; Silva Filho, Miguel Adelino da; ; Cobucci, Ricardo Ney Oliveira; ; Langassner, Silvana Maria Zucolotto; ; Silbiger, Vivian Nogueira;Introdução: O sulfato de magnésio (MgSO4) é o medicamento de escolha para tratar as convulsões na pré-eclampsia (PE). Apesar do amplo uso, a faixa terapêutica varia de 2,0 - 3,5 mmol/L. Objetivos: Desenvolver um modelo farmacocinético populacional do MgSO4 na PE avaliando o impacto de covariáveis na sua farmacocinética e estimar a incidência de reações adversas (RAM) em gestantes de alto risco e respectivos fatores de risco. Métodos: Em uma coorte prospectiva de pacientes com PE incluídas entre junho de 2016 e fevereiro de 2018 em uso de MgSO4, foram obtidas concentrações séricas de magnésio de 109 pacientes antes da administração e após 2, 6, 12 e 18 horas da dose inicial. O tratamento consistiu em 4g pela via endovenosa de MgSO4 e infusão posterior de 1g/h por 24 horas. Os parâmetros farmacocinéticos populacionais do MgSO4 (clearance, volume de distribuição, tempo de meia vida) foram estimados utilizando o software Monolix® Suite 2018 (Lixoft®, Antony, França). Foi estabelecido um modelo farmacocinético incluindo covariáveis demográficas, clínicas e laboratoriais das pacientes. Para a identificação das RAM, 607 pacientes internadas na UTI foram avaliadas diariamente através de busca ativa por anamnese farmacêutica, pesquisa em registros médicos e questionamento da equipe de saúde. As suspeitas de RAM foram classificadas quanto a causalidade pelo algoritmo de Naranjo. A regressão logística foi utilizada para identificar fatores de risco de RAM. Consentimento informado por escrito foi obtido de todas as pacientes. Resultados: O modelo farmacocinético que melhor se ajustou os dados foi o de um compartimento com eliminação linear. O clearance populacional foi 1,38 L/h, o volume de distribuição 13,3 L e a concentração de magnésio no baseline foi de 0,77 mmol/L (1,87 mg/dL). As covariáveis peso e creatinina sérica apresentaram uma influência estatisticamente significativa nos valores de clearance e volume de distribuição do magnésio, respectivamente. Quanto ao perfil de RAM em pacientes de alto risco, observouse uma ou mais RAM em 27,2%, o medicamento mais implicado foi MgSO4 (25,2%), com 44,5% dos pacientes medicados com MgSO4 apresentando RAM, sendo as principais: sonolência (68.6%), reflexo patelar ausente (21.6%) e hipotensão (9,8%). Os fatores de risco relacionados a ocorrência de RAM foram pressão arterial (razão de chances ajustada (aOR) 1,02), nível de hemoglobina (aOR 1,21) e temperatura corporal (aOR 0,71). Conclusões: Concluiu-se que gestantes com PE e maior peso corporal apresentam maior volume de distribuição e, consequentemente, menor taxa de eliminação do MgSO4, enquanto as com níveis séricos elevados de creatinina têm menor clearance e, consequentemente, menor taxa de eliminação de MgSO4. As RAMs afetam cerca de um quarto das gestações de alto risco, principalmente devido a administração de MgSO4. Pressão arterial elevada, temperatura corporal mais baixa e a alta concentração de hemoglobina na admissão foram associadas a um aumento no risco de RAM.Tese Problemas relacionados a medicamento em pacientes admitidos em Hospital Geral de Ensino: incidência, caracterização e fatores de risco(2020-03-10) Saldanha, Valdjane; Oliveira, Antonio Manuel Gouveia de; Martins, Rand Randall; ; ; ; Santos, Pablo Moura; ; Paiva, Aldair de Sousa; ; Noblat, Lúcia de Araújo Costa Beisl; ; Gama, Zenewton André da Silva;Introdução: Problemas Relacionados a Medicamentos (PRMs) interferem nos resultados terapêuticos ideais do paciente e podem estar associados a maior morbidade, mortalidade e gastos com saúde. Objetivo: Descrever a incidência de PRM, caracterizar quanto ao tipo e causa, avaliar a aceitabilidade das intervenções farmacêuticas, identificar fatores de risco nas primeiras 48 horas de admissão, desenvolver e validar um modelo preditivo de risco para PRM. Método: Estudo coorte prospectivo realizado em hospital geral de ensino, durante 2 anos, usando o sistema de classificação de PRM PCNE 6.2 para detecção por revisão de 100% das prescrições médicas. Para a identificação de fatores, a regressão logística reversa foi usada para determinar o conjunto de preditores independentes nas primeiras 48 horas após a admissão na amostra de treinamento composto por 2/3 da população do estudo. O modelo foi validado na amostra restante. Resultados: A coorte de pacientes foi constituída por 9.303 pacientes, em um total de 12.286 episódios de hospitalização, com idade média de 52,6 ± 17,7 anos e 50,9% do sexo feminino. Foram identificados 3.373 DRP em 1.903 episódios hospitalares, uma incidência cumulativa de 15,5%. "Ineficácia do tratamento" (11,5%) e "Custo do tratamento" (5,90%) foram os PRM mais comuns e "Processo de uso de drogas" (18,4%) e "Duração do tratamento" (31,0%) as principais causas de PRM. Os medicamentos mais frequentemente envolvidos nos PRMs foram anti-infecciosos (36,0%), principalmente cefalosporinas (20,2%), anti-úlcera (38,6%), analgésicos/antipiréticos (61,2%), propulsivos (51,2%), opióides (38,5%) e antieméticos (57,4%). Das 1.939 intervenções farmacêuticas por comunicado escrito, 21,4% não foram aprovadas pela equipe médica. A população do estudo para determinação dos fatores de risco foi composta por 1686 pacientes com idade entre 52,0 e 18,3 anos, 51,4% do sexo feminino, tempo médio de permanência de 3,24 dias e 4,5% de mortalidade hospitalar com incidência cumulativa de PRM potencial de 14,5%. A internação para cirurgia eletiva e o principal diagnóstico de doença do sistema circulatório estiveram associados à redução do risco PRM (OR 0,41 e 0,57, respectivamente, p <0,05). Frequência cardíaca ≥ 80 bpm (OR 1,41, p = 0,05), prescrição de sete ou mais medicamentos no dia 2 (OR 1,63, p = 0,05), prescrição no dia 1 de medicamentos do Código Anatômico Terapêutico Químico (ATC) classe A (trato alimentar e metabolismo, OR 2,24, p = 0,003), prescrição no dia 2 de dois ou mais medicamentos ATC classe A (OR = 3,52, p <0,001) e no dia 1 dos medicamentos ATC classe J (anti-infecciosos para uso sistêmico, OR 1,97, p = 0,001). Na amostra validação, a estatísticac do modelo preditivo foi 0,65, a sensibilidade foi 56,1% e a especificidade foi 65,2%. Conclusão: Os PRMs detectados pela revisão de 100% das prescrições médicas pelos farmacêuticos hospitalares ocorreram em proporção significativa dos episódios hospitalares, sendo mais frequentes os relacionados à efetividade e custos do tratamento. As cefalosporinas, penicilinas, antidispépticos, analgésicos, antipiréticos, opióides e antieméticos medicamentos foram os mais envolvidos em PRM. As intervenções farmacêuticas por comunicação escrita tiveram baixa aceitabilidade pela equipe médica. Foram identificados sete fatores de risco independentes de PRM potencial em pacientes hospitalizados que apresentaram desempenho preditivo justo para utilização na prática clínica.Tese Efeito do extrato de Eugenia uniflora sobre fatores de virulência e caracterização da ação antifúngica em isolados de Candida spp. oriundos da cavidade oral de receptores de transplante renal(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-06-10) Souza, Luanda Bárbara Ferreira Canário de; Chaves, Guilherme Maranhão; http://lattes.cnpq.br/1463249528959656; http://lattes.cnpq.br/0567484662111463; Padovan, Ana Carolina Barbosa; http://lattes.cnpq.br/7106567615656883; Santos, Elizabeth Cristina Gomes dos; http://lattes.cnpq.br/6990029952181366; Ururahy, Marcela Abbott Galvão; http://lattes.cnpq.br/8016222352823817; Langassner, Silvana Maria Zucolotto; http://lattes.cnpq.br/7390416147619446A candidíase oral é uma importante manifestação clínica em receptores de transplante renal. Candida spp. possuem fatores de virulência que contribuem para o processo infeccioso, incluindo a capacidade de aderir a células epiteliais e de formar de biofilme em superfícies bióticas e abióticas. Devido ao limitado arsenal de antifúngicos disponíveis no mercado, as reações adversas e o surgimento de espécies resistentes, torna-se necessário encontrar novos antifúngicos que atuem em alvos alternativos, ou de forma sinérgica aos atuais antifúngicos e que possuam menor toxicidade. Nesse contexto, os produtos naturais têm ganhado importância. O extrato obtido a partir das folhas de Eugenia uniflora [acetona: água (7:3, v/v)] tem demonstrado atividade antifúngica contra Candida spp.. Portanto, este estudo objetivou avaliar o efeito do extrato de E. uniflora sobre fatores de virulência in vitro e caracterizar a ação antifúngica em isolados de Candida spp. oriundos da cavidade oral de receptores de transplante renal. O extrato de E. uniflora foi caracterizado por cromatografia líquida de alta eficiência e as cepas de Candida spp. pertencentes a um banco de microrganimos foram reativadas e utilizadas nas análises. A determinação da concentração inibitória mínima do extrato foi realizada pelo método de microdiluição em caldo, assim como ensaios de toxicidade frente a eritrócitos e células epiteliais bucais humanas (CEBH) foram realizados a partir da determinação do índice de hemólise e da contagem de 150 CEBH em microscópio óptico, respectivamente. Para os ensaios de virulência in vitro, as leveduras foram cultivadas na presença e ausência de 1000 µg/mL do extrato. A adesão foi quantificada usando o número de células de Candida spp. aderidas a 150 CEBH determinadas por microscópio óptico. A formação de biofilme foi avaliada usando duas metodologias: XTT (2,3-bis (2-metoxi-4-nitro-5-sulfofenil) -2H-tetrazólio-5-carboxanilida) e o ensaio do cristal violeta, sendo analisado posteriormente por microscopia eletrônica de varredura. A hidrofobicidade da superfície celular (HSC) foi quantificada com o teste de adesão microbiana a hidrocarbonetos. Realizaou-se análise in silico para predição de atividade antifúngica dos compostos majortitarios determinados no extrato. Determinou-se a CIM quando na presença de ergosterol exógeno, bem como em ambiente osmoprotegido por sorbitol (0,8 M). A ação do extrato na parede celular foi avaliada a partir do crescimento das células tratadas com extratdo de E. uniflora em Ágar Sabouraud Dextrose (ASD) acrescido de calcofluor, vermelho congo e dodecil sulfato de sódio (SDS). Avaliou-se a perda de integridade da membrana utilizandose a marcação com o iodeto de propídio (IP). A ação combinada do extrato de E. uniflora com o Fluconazol, a Micafungina e o Ácido gálico foi determinada pelo método checkerboard e por fim foi determinada a curva de morte de Candida spp. tratadas com o extrato de E. uniflora e em combinação em função do tempo. O extrato de E. uniflora foi capaz de inibir em 50% o crescimento das células de Candida spp. e possui dois compostos majoritários: miricitrina e ácido gálico. Além disso, mostrou-se não citotóxico aos eritrócitos e CEBH. Reduziu a adesão as CEBH e HSC para as espécies de Candida analisadas, e observou-se uma capacidade reduzida estatisticamente significativa para formar biofilmes usando os dois métodos de quantificação. A análise in silico demonstrou que não há alvos moleculares que correlacionem a miricitrina à ação antifúngica do extrato de E. uniflora, já o ácido gálico demonstrou ligação a enzima CPY51 presente na célula fúngica. O extrato aumentou discretamente as CIM quando realizado o ensaio de ligação ao ergosterol. Porém, no ensaio na presença do sorbitol, os valores de CIM para o extrato foram aumentados, sugerindo-se que um dos possíveis mecanismos de ação seja atuar na parede celular fúngica. O tratamento das células de Candida com o extrato conferiu resistência frente aos perturbadores de parede celular, e houve perda de integridade da membrana celular fúngica quando as células tratadas com o extrato foram coradas com IP. O extrato de E. uniflora apresentou ação sinérgica aditiva quando combinado com o Fluconazol e a Micafungina. Entretanto, a combinação com o ácido gálico apresentou um efeito indeterminado (sem interação). A curva de morte das células tratadas com o extrato demonstrou uma diminuição na contagem do número de UFC em 48 horas e a combinação do extrato de E. uniflora com o fluconazol resultou em uma queda significativa na contagem de UFC. O extrato de E. uniflora pode de alguma forma estar perturbando a membrana celular, tendo visto a perda de integridade da membrana verificada no ensaio com marcação com IP. Entretanto, aparentemente esse processo não se dá, exclusivamente, através da ligação direta ao ergosterol, ou somente pela inibição da enzima CYP51 (14 α-demetilase), ação atribuída ao ácido gálico nas análises in silico. O extrato interage em nível de parede celular fúngica, haja visto o aumento da CIM no ensaio com o sorbitol e a discreta diminuição de crescimento para algumas cepas no ensaio com os perturbadores de parede celular. O extrato de E. uniflora mostrou-se promissor como uma plausível alternativa de terapia combinada com o fluconazol para o tratamento de candidíase oral. Entretanto, mais análises devem ser realizadas para confirmação das evidências apresentadas pelos ensaios realizados quanto ao mecanismo de ação do extrato de E. uniflora.Tese Complexos de inclusão do óleo de Euterpe oleracea Mart. em (B-) ou (HP-B-) ciclodextrinas e ação antioxidante, antiinflamatória e modulatória antibacteriana(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-06-19) Magalhães, Thalita Sévia Soares de Almeida; Lima, Adley Antonini Neves de; ; ; Damasceno, Bolivar Ponciano Goulart de Lima; ; Formiga, Fábio Rocha; ; Soares Sobrinho, José Lamartine; ; Moura, Túlio Flávio Accioly de Lima e;Óleo de Euterpe oleracea Mart. (OEO), conhecido como óleo de açaí, é comumente utilizado pela indústria de alimentos e cosméticos. Inferem-se ao OEO importantes atividades biológicas, entretanto o seu uso pela indústria farmacêutica é limitada em razão das suas propriedades físico-químicas. Complexos de inclusão têm sido utilizados para incrementar solubilidade, estabilidade e atividades biológicas de óleos vegetais. Portanto, objetivou-se no presente trabalho a obtenção e caracterização físico-química de complexos de inclusão com OEO em β-ciclodextrina (OEO-β-CD) e hidroxipropil-β-ciclodextrina (OEO-HP-β-CD) e testá-los quanto sua atividade antimicrobiana, antioxidante e anti-inflamatória. Procedeu-se a caracterização química do OEO por cromatografia gasosa acoplada ao detector de ionização por chama (CG-FID) e determinou-se a energia de interação entre o ácido oleico e ciclodextrinas. Os complexos produzidos pelos métodos de malaxagem (MX) e slurry (SL) foram caracterizados por FTIR, MEV, DR-X, TG/DTG e DSC. Avaliou-se a atividade antibacteriana expressa em Concentração Inibitória Mínima (CIM) e modulatória à fármacos, contra Staphylococcus aureus (ATCC 25932), Enterococcus faecales (ATCC 29212), Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853) e Escherichia coli (ATCC 25922), atividade antioxidante (in vitro) e anti-inflamatória (modelos de edema de pata e bolsa de ar) em camundongo Swiss. A CG-FID apresentou o ácido oleico (47,58%), como o principal constituinte do óleo. Complexos de inclusão com β-CD e HP-β-CD demonstraram eficiência de encapsulação, com uma melhor energia de interação entre ácido oleico e β-CD (-41,28 ± 0,57 kJ/mol). Os resultados da caracterização físico-química demonstraram complexação entre OEO e ambas ciclodextrinas e métodos de preparos propostos, sem grandes variações. Contudo, complexos OEO-β-CD(MX) exibiram menor perda de massa e variação energética em faixas de 30-130ºC, relacionada à perda de água durante o seu preparo, sugerindo melhor eficiência de complexação. As CIM revelaram que complexos melhoraram a atividade do OEO, especialmente OEO-β-CD(SL), contra todas as cepas bactérias utilizadas. A resposta modulatória de OEO, OEO-β-CD(MX), OEO-β-CD(SL) e OEO-HP-β-CD(SL) mostraram um efeito sinérgico à ampicilina contra E. coli, embora mantiveram a atividade biológica de outros antibióticos. A atividade de sequestro de radical OHdemonstrou sinergismo entre a CD e OEO com uso do OEO-HP-β-CD(MX), exibindo aumento em 437% da atividade do óleo, enquanto ambos complexos preparados por SL demonstrou potencializar a atividade de poder redutor em 208%. O tratamento em edema de pata com OEO-β-CD(MX) reduziu em 200% do edema e 112% da atividade de MPO. Em modelo de bolsa de ar este tratamento exibiu redução nos índices de leucócitos, MPO e IL-1β, enquanto glutationa e IL-10 foram aumentadas, demonstrando potencializar o efeito anti-inflamatório do OEO. As respostas farmacológicas exibidas pelos complexos são amplamente relevantes, uma vez que subsidia estudos para o desenvolvimento de novas formulações farmacêuticas, bem como novos testes de dose-resposta e segurança.Tese Desenvolvimento e avaliação físico-química e mecânica de membranas de quitosana contendo sistemas multicomponentes de triancinolona acetonida(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-07-30) Nascimento, Ednaldo Gomes do; Silva Júnior, Arnóbio Antonio da; Azevedo, Eduardo Pereira de; Kairuz, Álvaro Federico Jimenez; Aragão, Cicero Flávio Soares; Longhi, Marcela Raquel; Barbosa, Raquel de Melo; Marreto, Ricardo NevesO bem-estar físico, mental e social dos indivíduos tem sido o pilar de estudo da ciência para melhorar a qualidade de vida da humanidade. Um dos indicadores chaves para este bem-estar é a saúde bucal. Porém, quase metade da população mundial é acometida por doenças na cavidade oral, que podem causar lesões na mucosa, como a estomatite aftosa recorrente. A triancinolona acetonida é um corticosteroide utilizado no tratamento dessas ulcerações orais. No entanto, geralmente é usada na forma de pomadas e cremes, requisitando repetidas aplicações e limitando o tempo de residência do fármaco na cavidade bucal. Os filmes poliméricos hidrofílicos apresentam grande potencial para resolver estas adversidasdes. Dentre os polímeros, a quitosana têm se destacado por apresentar propriedades terapêuticas importantes, como ações antimicrobiana, antiulcerativa e cicatrizante. Porém, a triancinolona acetonida é fármaco com baixa solubilidade em água, o que limita sua incorporação em filmes hidrofílicos. O objetivo do presente trabalho foi buscar uma forma de desenvolver membranas de quitosana contendo o fármaco incorporado. Para isso, sistemas multicomponentes de fármaco com ciclodextrinas e trietanolamina foram testados para tornar possíveis a preparação de membranas para a liberação sustentada da triancinolona acetonida. As membranas de quitosana foram preparadas pelo método de evaporação do solvente, na qual a incorporação da triancinolona acetonida foi realizada através da dispersão prévia deste fármaco em soluções de hidroxipropil beta-ciclodextrina ou beta-ciclodextrina (sistemas binários) contendo ou não a trietanolamina (sistema ternários). As membranas foram caracterizadas por microscopia de força atômica (MFA), microscopia eletrônica de varredura (MEV-FEG), espectroscopia de absorção na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), percentual de intumescimento, medidas do pH da superfície, difração de raios X (DRX), ensaio de tração e análise térmica (DSC e TG/DTG). A análise quantitativa do fármaco liberado das membranas foi realizado por cromatografia liquida de alta eficiência (UHPLC). Todos os sistemas propostos desenvolvidos apresentaram características físico-químicas com algumas singularidades. Todavia, o sistema ternário contendo a trietanolamina destacou-se apresentando as melhores propriedades. O ensaio de performance de liberação in vitro da triancinolona acetonida foi realizado em células de difusão do tipo Franz, e o tratamento matemático dos dados revelou melhor ajuste pelos modelos de Bhaskar e da difusão parabólica, o que corrobora com uma liberação em duas fases e controladas pela difusão do fármaco. A presença da trietanolamina na membrana de quitosana (sistema ternário) conseguiu modificar e modular a liberação da triancinolona acetonida. Este sistema mostrou ser um dispositivo eficiente e promissor para liberação de fármacos de baixa solubilidade na administração tópica como a triancinolona acetonida e seu potencial uso na cavidade bucal.Tese Avaliação da composição química e do perfil toxicológico e farmacológico dos extratos obtidos do resíduo industrial dos frutos de Passiflora edulis f. flavicarpa O. Deg(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-08-28) Cabral, Bárbara; Langassner, Silvana Maria Zucolotto; Rezende, Adriana Augusto de; ; http://lattes.cnpq.br/4245215108740331; ; http://lattes.cnpq.br/7390416147619446; ; http://lattes.cnpq.br/2236334270659871; Silva Júnior, Edilson Dantas da; ; Ferreira, Leandro de Santis; ; http://lattes.cnpq.br/6622861873027635; Baratto, Leopoldo Clemente; ; http://lattes.cnpq.br/9495378271045592; Espindola, Foued Salmen; ; http://lattes.cnpq.br/0692083522907038A hipertensão e a Diabetes Mellitus são doenças em ascensão no mundo e podem causar várias complicações cardiovasculares. Diversos fármacos apresentam eficácia no tratamento dessas doenças, entretanto, muitos apresentam efeitos adversos e limitações de eficácia. O pericarpo do fruto de P. edulis f. flavicarpa O. Degener (maracujá amarelo), considerado um resíduo da indústria alimentícia é rico em compostos bioativos. Assim, devido à necessidade da busca por novos tratamentos para a hipertensão e diabetes, e com o intuito de estimular o desenvolvimento de fitoterápicos com espécies nativas do Brasil, o estudo teve como objetivo avaliar a composição fitoquímica, o perfil de toxicidade e o potencial efeito farmacológico de extratos do pericarpo em modelo não clínico de hipertensão e de diabetes. Para atingir os objetivos, a metodologia do estudo foi dividida nas seguintes partes: i: estudo fitoquímico, avaliação da atividade antioxidante in vitro e a avaliação da toxicidade oral aguda ii: avaliação não clínica da atividade antihipertensiva em modelo ex vivo de artérias isoladas e em modelo crônico de ratos espontaneamente hipertensos; iii avaliação não clínica aguda e crônica da atividade antidiabética em modelos de diabetes tipo 1, induzido por streptozotocina. Para o desenvolvimento do estudo foram produzidos dois extratos, um aquoso, preparado por decocção (AFA) e um hidroetanólico (AFM), obtido por maceração, a partir da farinha do pericarpo (pericarpo seco e triturado) de P. edulis. Os metabólitos secundários dos extratos foram identificados por CCD, CLUE-UV/DAD e CLAE-ESI-MSn , sendo os flavonoides Cglicosilados os metabólitos secundários mais encontrados em AFA e AFM. Dentre os flavonoides identificados, foi possível quantificar o teor de vicenina-2, orientina, isoorientina, vitexina e isovitexina por CLAE-QqQ-MS/MS. O polissacarídeo pectina foi encontrado apenas no extrato AFA, através de cromatografia de exclusão estérica de alto desempenho e RMN, o seu teor foi de 34,3%. De acordo com os resultados obtidos da avaliação da toxicidade oral aguda, os extratos AFA e AFM foram classificados na categoria 5 pelo GSH (Globally Harmonised Classification System for Chemical Substances and Mixtures) com DL50 >2000mg/kg, visto que, não apresentaram sinais de toxicidade aguda. O ensaio de avaliação antioxidante in vitro mostrou que os extratos têm boa atividade antioxidante pelos ensaios de CAT, poder redutor e DPPH. Na avaliação do efeito antihipertensivo foi verificado em modelo ex vivo de artéria isolada que o extrato AFM apresentou o melhor perfil de vasorelaxamento, quando comparado com AFA, esse efeito pode ser devido à abertura dos canais de potássio. Além disso, o extrato AFM nas doses 200 e 400 mg/Kg mostrou efeito hipotensivo significativo após 28 dias de tratamento e melhorou a função vascular em artéria mesentérica. Isso foi verificado pela diminuição da hipercontratilidade vascular e aumento do efeito vasorelaxante em resposta ao nitroprussiato de sódio e a Acetilcolina. Houve também uma diminuição na disfunção endotelial que pode ser atribuída ao aumento da biodisponibilidade do óxido nítrico. Assim, nossa hipótese é que todos esses efeitos foram capazes de contribuir para a redução da resistência vascular periférica, causando um efeito hipotensivo significativo. Estes resultados são inéditos para o pericarpo de P. edulis. Além disso, houve uma diminuição nos níveis plasmáticos de MDA no coração e um aumento da glutationa, sugerindo uma diminuição no estresse oxidativo, bem como um aumento no plasma de citocinas anti-inflamatórias como a IL-10. Na avaliação aguda da atividade antidiabética, observou-se que os extratos AFA e AFM nas doses de 400 e 600 mg/Kg de forma adjuvante a insulina conseguiram reduzir de forma significativa a glicemia, quando comparado aos ratos diabéticos que receberam apenas a insulina, sendo esse efeito mais significativo com tratamento com AFA. No estudo crônico de 60 dias esse efeito foi confirmado sendo observado uma redução significativa da glicemia com o tratamento dos extratos AFA e AFM na dose de 400 mg/Kg. Foi verificado ainda uma diminuição do MDA no fígado e uma dimunição de MPO no coração e rim, sugerindo que os extratos podem agir diminuindo o extresse oxidativo e a inflamação ocasionada na diabetes. A fibrose renal também foi diminuída com o tratamento crônico. Portanto, os estudos toxicológicos e farmacológicos apontaram que o extrato AFA e AFM, obtido de um resíduo industrial mostrou-se seguro e tem potencial para a obtenção de novos fitoterápicos com ação na hipertensão e na diabetes tipo 1.Tese Biomarcadores moleculares na cardiomiopatia diabética: uma abordagem in silico, in vivo e in vitro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-09-29) Lopes, Mariana Borges; Luchessi, André Ducati; Bortolin, Raul Hernandes; ; http://lattes.cnpq.br/4523552279957454; ; http://lattes.cnpq.br/4420863418928278; ; http://lattes.cnpq.br/7272064734644521; Rodrigues, Alice Cristina; ; http://lattes.cnpq.br/6683814406203359; Maureira, Álvaro Danilo Cerda; ; http://lattes.cnpq.br/0268793562726403; Silva, Marcelo de Sousa da; ; http://lattes.cnpq.br/1295430560645312; Pedrosa, Matheus de Freitas Fernandes; ; http://lattes.cnpq.br/2929963416385218A hiperglicemia causada pelo Diabetes mellitus (DM), acarreta alterações moleculares na expressão de RNAm, miRNAs e citocinas inflamatórias, que estão relacionadas ao aparecimento de alterações estruturais e funcionais características da CMD. O presente estudo buscou, através de análise in silico, RNAms e miRNAs envolvidos na CMD e validar, in vivo e in vitro, a via de regulação do rno-miR-214-3p e seu possível RNAmalvo, a fosfolipase A2 do grupo IIA (Pla2g2a) em condições de hiperglicemia. Assim, bancos de dados de microarray do Gene Expression Omnibus (GSE4745 e GSE44179) e ferramentas como Ingenuity Pathway Analysis e TargetScan 7.1 foram usados para buscar possíveis interações miRNA-RNAm relacionadas à CMD. In silico, foi observado que a expressão de Pla2g2a estava aumentada e de seu possível miRNA regulatório rno-miR214-3p diminuída no ventrículo esquerdo (VE) de ratos diabéticos. Através de abordagens in vivo e in vitro utilizando amostras de VE de ratos Wistar com diabetes induzido por estreptozotocina (40 mg/kg, i.v.) e cultura de células H9c2 em condições normoglicêmicas (NG, 5,5 mmol/L de glicose), hiperglicêmicas (25 mmol/L de glicose) e transfectadas com rno-miR-214-3p mimético em meio hiperglicêmico buscamos validar esses resultados encontrados utilizando ferramentas de predição. RNA total e proteínas foram extraídos das amostras e a expressão de rno-miR-214-3p, Pla2g2a e Il6 avaliada por RT-qPCR e/ou Western Blot. In vivo, observou-se aumento na deposição de colágeno no miocárdio dos animais diabéticos (p = 0,023) caracterizando o início de um processo fibrótico. A hiperglicemia reduziu a expressão do rno-miR-214-3p (p = 0,043 e p = 0,020) e aumentou de Pla2g2a (p = 0,016 e p = 0,043) e Il6 (p = 0,016 e p = 0,011) in vivo e in vitro, respectivamente. A expressão das proteínas sPLA2-IIA (p = 0,011) e IL-6 (p = 0,011) aumentou no VE dos ratos diabéticos. Houve correlação positiva entre a expressão de Pla2g2a, Il6 e hiperglicemia (p < 0,05). O uso de mimético de rno-miR-214-3p em células H9c2, levou à redução na expressão de Pla2g2a e Il6 em meio hiperglicêmico (mimético a 50 nM/24 h). Sendo assim, observamos que a expressão de rno-miR-214-3p está diminuída e de seu gene alvo Pla2g2a aumentada no DM nas três abordagens propostas pelo presente estudo. Além disso, o aumento da expressão de rno-miR-214-3p através do uso de miméticos ocasionou a diminuição na expressão de Pla2g2a e também de Il6, indicando uma participação desse miRNA no controle da inflamação causada pelo DM.Tese Desenvolvimento de complexos de inclusão multicomponentes com ácido ferúlico e obtenção de membrana para avaliação da liberação em formulações semissólidas(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-10-30) Duarte, Fernanda Ílary Costa; Lima, Adley Antonini Neves de; Gomes, Ana Paula Barreto; ; http://lattes.cnpq.br/1689823596741892; ; http://lattes.cnpq.br/4061809277935577; ; http://lattes.cnpq.br/3035470083983748; Carvalho, André Luis Menezes; ; http://lattes.cnpq.br/6874869711888371; Converti, Attilio; ; http://lattes.cnpq.br/3423653074671287; Ferreira, Leandro de Santis; ; http://lattes.cnpq.br/6622861873027635; Marreto, Ricardo Neves; ; http://lattes.cnpq.br/6127043775208484O ácido ferúlico (AF) é um constituinte fitoquímico pertencente ao grupo dos polifenois encontrado principalmente no farelo de arroz e de milho, com destaque para sua atividade fotoprotetora e antioxidante. Assim, o AF vêm sendo amplamente estudado para aplicação em formulações fotoprotetoras e antienvelhecimento cutâneo. No desenvolvimento de formulações tópicas os ensaios de liberação in vitro apresentam-se como um ensaio rápido, de baixo custo e que possibilitam resultados preliminares. O uso do AF é limitado pela instabilidade da molécula frente à luz e/ou oxidação. Diante disto, sua estabilidade pode ser melhorada através da complexação com ciclodextrinas, dispersão em polímeros ou inclusão em ciclodextrinas seguido da associação de um polímero formando um sistema multicomponente. Assim, objetivou-se o desenvolvimento de sistemas multicomponentes com ciclodextrinas e polímeros hidrofílicos utilizando ácido ferúlico e a obtenção de um modelo de membrana que seja semelhante à composição da pele humana para ensaios de liberação in vitro. A membrana foi obtida pela impregnação de uma solução lipídica em membrana sintética e caracterizadas por Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), Microscopia de Força Atômica (MFA) e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Formulações gel e gelcreme contendo AF 0,5% (p/p) foram avaliadas quanto à estabilidade e liberação in vitro na membrana otimizada através da célula de difusão de Franz. No desenvolvimento dos complexos multicomponentes procedeu-se estudos de dinâmica molecular e solubilidade em fase aquosa. Após seleção da ciclodextrina e polímero para compor os sistemas, os mesmos foram obtidos pelos métodos de malaxagem e rotaevaporação, caracterizados por DSC e TG (termogravimetria), difração de raios-X (DR-X) e espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR). Além disto, foram avaliados quanto à estabilidade oxidativa e atividade antioxidante. As técnicas utilizadas para a caracterização da membrana obtida, permitiram demonstrar a ocorrência de impregnação da solução lipídica. As formulações foram estáveis quando armazenadas a 4 ºC ± 2 °C. Os resultados da liberação in vitro utilizando a membrana otimizada sugerem que esta pode ser aplicada como uma membrana acessível e simples na liberação in vitro de substâncias ativas. Com relação ao desenvolvimento dos sistemas multicomponentes, através das técnicas de caracterização foi possível compreender as interações entre o AF, ciclodextrinas e polímeros. As técnicas de obtenção dos sistemas mostraram-se adequadas, com alto de teor de incorporação do ativo. Destacando-se o método de obtenção por malaxagem, que apresentou rendimento consideravelmente maior quando comparado ao método por rotaevaporação. As ciclodextrinas e os polímeros selecionados possuíram potencial para serem empregados em sistemas multicomponentes. Uma vez que aumentaram a estabilidade do AF frente a altas temperaturas, como também auxiliaram na transição do estado cristalino para amorfo do fármaco, devido à inserção do ativo dentro da cavidade e interação com o polímero. Para a estabilidade oxidativa verificou-se, que os componentes do sistema conferiram significativa estabilidade para o AF. Na atividade antioxidante, em geral, os complexos multicomponentes potencializaram a atividade do AF. Os resultados sugerem a formação de sistemas multicomponentes estáveis, viabilizando otimização do ativo. Fornecendo subsídios para incorporação destes sistemas em formulações semissólidas.Tese Previsão de ocorrência de reação adversa a medicamento em pacientes hospitalizados(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-02-05) Lima, Sara Iasmin Vieira Cunha; Oliveira, Antônio Manuel Gouveia de; Martins, Rand Randall; http://lattes.cnpq.br/8062199269259772; http://lattes.cnpq.br/0119633997550691; http://lattes.cnpq.br/2197732725762657; Lyra Júnior, Divaldo Pereira de; http://lattes.cnpq.br/6712643081284954; Moreira, Francisca Sueli Monte; http://lattes.cnpq.br/5764849324594620; Oliveira, Márcio Galvão Guimarães de; http://lattes.cnpq.br/7413684305204869; Gama, Zenewton André da Silva; http://lattes.cnpq.br/8885774273217562Introdução: As Reações Adversas aos Medicamentos (RAM) têm uma incidência significativa entre pacientes hospitalizados. Um passo importante para reduzir a incidência das reações adversas seria a identificação daqueles pacientes que estão em risco aumentado de desenvolver uma RAM a partir de fatores de risco individuais. Objetivo: Desenvolver uma ferramenta para prever RAM em pacientes hospitalizados. Metodologia: Estudo observacional, analítico, de casos-controles na proporção 1:2, de todos os pacientes admitidos durante o período junho de 2016 a dezembro de 2017 no Hospital Universitário Onofre Lopes, Brasil. Para a identificação das variáveis dos pacientes associadas com a ocorrência de RAM foi realizada inicialmente, com a totalidade da população do estudo, a análise univariada de cada variável do paciente por regressão logística condicional. Para a análise multivariada foram incluídas as variáveis que em análise univariada apresentaram associação significativa com a ocorrência de RAM a um nível de significância <0,10. Foi utilizado o programa estatístico Stata 12. Resultados: A proporção de pacientes em que ocorreu uma ou mais RAM foi de 5,31% (IC95% 4,77-8,88%). As reações adversas mais comuns foram a hipoglicemia (25,4%) e a hipotensão (19,8%). Após regressão logística condicional gradual 14 variáveis que se mostraram associadas com a ocorrência de RAM, dentre elas o sexo feminino (OR ajustado ORA) 1,50, história prévia de RAM (ORA 2,05), frequência cardíaca ≥ 72 bpm (ORA 1,96), pressão arterial sistólica ≥148 mmHg (ORA 1,70), pressão arterial diastólica <79 mmHg (ORA 1,96), diabetes mellitus (ORA 2,10), uréia sérica ≥ 67 mg/dL (ORA 1,94), sódio sérico ≥ 141 mmol / L (ORA 1,83), potássio sérico ≥ 4,9 mmol/L (ORA 1,67), diagnóstico principal classificado na CID-10 capítulo II - Neoplasias (ORA 2,90), prescrição de ≥ 3 medicamentos ATC classe B (ORA 1,82), prescrição de ATC medicamentos da classe R (ORA 1,89), prescrição de medicamentos intravenosos (aORA 1,44) e prescrição de ≥ 6 medicamentos orais (ORA 1,52). Conclusão: Um instrumento de estratificação de risco baseado nesses 14 fatores de risco apresentou, na validação interna, área sob a curva ROC de 0,73, sensibilidade de 61% e especificidade de 73%.Tese Avaliação da atividade quelante, antioxidante, anticoagulante, imunomoduladora e cicatrizante do peptídeo aniônico (TanP) da peçonha do escorpião Tityus stigmurus(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-06-30) Melo, Menilla Maria Alves de; Pedrosa, Matheus de Freitas Fernandes; http://lattes.cnpq.br/2929963416385218; http://lattes.cnpq.br/8674610000531012; Assis, Cristiane Fernandes de; http://lattes.cnpq.br/0034694007210837; Pontes, Daniel de Lima; http://lattes.cnpq.br/1903229358912987; Carvalho, Eneas de; http://lattes.cnpq.br/8416275144930466; Monteiro, Norberto de Kassio Vieira; http://lattes.cnpq.br/8804303821523487Peptídeos aniônicos, ou ácidos, de escorpiões correspondem a classe de peptídeos sem ligações dissulfeto, ricos em resíduos de ácido aspártico e/ou glutâmico em sua sequência primária. TanP é um peptídeo aniônico, linear, com 50 resíduos de aminoácidos e carga líquida -20, identificado na peçonha do escorpião Tityus stigmurus através de uma análise transcriptômica e com posterior confirmação por espectrometria de massas. Um estudo anterior indicou que TanP possui potencial quelante para o íon Cu2+, além de potencial imunomodulador. A aplicação terapêutica de moléculas quelantes está relacionada a casos de intoxicações agudas ou crônicas por metais, doenças neurodegenerativas, doenças hematológicas, cicatrização de feridas cutâneas, doenças cardiovasculares e câncer. Neste estudo foi realizada a avaliação da atividade quelante de TanP com relação a novos metais de importância biológica (Fe2+, Ca2+, Zn2+), através da espectroscopia UV-visível, métodos computacionais e espectroscopia de fluorescência, bem como ampliado a investigação do potencial biológico do peptídeo, como molécula antioxidante, hemostática, imunomoduladora e cicatrizante de feridas, através de ensaios in vitro. TanP (25 µM) foi capaz de formar complexos estáveis com Fe2+ numa proporção de 1:5 (TanP:Fe2+). As geometrias obtidas para os complexos Zn2+ e Fe2+ apresentaram formas tetraédricas e octaédricas, respectivamente. Resultados teóricos sugerem que TanP pode funcionar como um sensor para identificar e quantificar íons Fe2+ . A intensidade de fluorescência de TanP (1,12 µM) diminuiu significativamente após adição de Fe2+, obtendo-se que a maior relação 1:7,4 (TanP:Fe2+) levou à menor intensidade de fluorescência. TanP apresentou o máximo de 3% de atividade hemolítica quando avaliado na maior concentração (50 µM). TanP exibiu capacidade de sequestro dos radicais DPPH acima de 70% em todas as concentrações testadas (1 a 25 μM), 89,7% de atividade quelante de ferro em 25 μM e 96% de atividade de sequestro do radical hidroxila em 73,6 μM. TanP apresentou também atividade anticoagulante significativa nas concentrações de 12,5 µM e 25 µM para os ensaios de tempo de protrombina (TP) e tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPa). Nenhum efeito fibrinogenolítico foi observado. TanP (12,5 e 25 µM) induziu liberação de TNF-α por macrófagos murinos, na ausência de lipopolissacarídeo (LPS), sendo esse aumento dose-dependente. A migração de células 3T3 foi estimulada por TanP (2 µM, 12,5 µM e 50 µM) em ensaio de cicatrização in vitro. Dessa forma, sugere-se que a avaliação do potencial quelante associado a ação antioxidante, anticoagulante, imunomodulador e cicatrizante de TanP poderá fornecer subsídios para maiores estudos que viabilizem o desenvolvimento de uma molécula protótipo para aplicação terapêutica e biotecnológica.Tese Propriedades antioxidantes da coenzima Q10 e do zinco no estado nutricional de indivíduos com Síndrome de Down(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-05-12) Silva, Saulo Victor e; Thornton, Maria das Graças Almeida; https://orcid.org/0000-0002-5587-0922; http://lattes.cnpq.br/0321740024191482; https://orcid.org/0000-0003-0793-2647; http://lattes.cnpq.br/8278651522984535; Souza, Karla Simone Costa de; https://orcid.org/0000-0002-8541-1444; http://lattes.cnpq.br/2262063068881600; Silva, Marcelo de Sousa da; Neves, Juliana Padilha Ramos; Silva, Gabriel Araújo daA Síndrome de Down (SD) é conhecida pela trissomia do cromossomo 21, caracterizada pelas diversas alterações fisiológicas e metabólicas, dentre elas, a presença de estresse oxidativo, por consequência do desequilíbrio entre a quantidade de espécies reativas de oxigênio (ERO’s) e enzimas antioxidantes. Compostos com propriedades antioxidantes como a coenzima Q10 (CoQ10) e o zinco (Zn) podem reduzir os desequilíbrios celulares ocasionados pelo aumento de ERO’s. Com isso, o presente estudo objetivou avaliar o potencial antioxidante da CoQ10 combinada com o Zn in vitro e em indivíduos com SD. Inicialmente foi realizado um estudo in vitro que avaliou o potencial antioxidante da CoQ10, Zn e a combinação entre eles em um modelo de estresse oxidativo em células CHO-K1 induzidas por Arsênico (As). A determinação da viabilidade celular para cada tratamento foi feita pelos ensaios colorimétricos de cristal violeta, MTT e Alamar Blue®. A atividade antioxidante foi avaliada pelos ensaios de redução do radical DPPH, poder de redução férrico (FRAP), formação de hidroperóxido aquoso e determinação de ERO’s. Em paralelo, realizou-se um estudo clínico, duplo-cego e randomizado em crianças com SD de 2 a 9 anos para avaliar o efeito da suplementação de CoQ10 a 4 mg/kg/dia, Zn a 11 mg/dia e CoQ10+Zn (CoQ10 a 4 mg/kg/dia e Zn a 11 mg/dia). Foram avaliados os parâmetros bioquímicos como: controle glicêmico, o perfil lipídico e função renal, consumo alimentar, parâmetros antropométricos, peroxidação lipídica, potencial antioxidante pela atividade enzimática da superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx), e não-enzimática pela glutationa redutase (GSH), e o perfil sérico do Zn. No estudo in vitro os ensaios de viabilidade celular mostraram que tanto a CoQ10, quanto a sua combinação com Zn, apresentaram efeito citoprotetor independente das concentrações analisadas, ao contrário das células tratadas somente com Zn quando expostas a situações de estresse celular. A CoQ10 apresentou atividade antioxidante, independente da concentração utilizada, mas quando combinada com o Zn não apresentou nenhum aumento de sua atividade a nível celular. No entanto, o Zn em altas concentrações apresentou efeito pró-oxidante ocasionando dano celular. No estudo clínico, os indivíduos apresentaram concentração de Zn sérico abaixo da recomendação preconizada, com isso, a suplementação de Zn em combinação com a CoQ10 pôde agregar valor nutricional a atividade antioxidante da CoQ10, apresentando resultados satisfatórios a suplementação desses micronutrientes. Com isso, o estudo in vitro observou uma maior deficiência de Zn em crianças com SD e que a suplementação com CoQ10, quando combinada com o Zn, diferente do que foi observado do estudo in vitro demonstrou que a suplementação com a CoQ10, Zn e a combinação CoQ10+Zn possibilita o aumento da atividade antioxidante, além de reduzir a peroxidação lipídica e garantir a preservação das enzimas antioxidantes. Em relação ao estudo in vivo, observou uma maior deficiência de Zn em crianças com SD e a suplementação com CoQ10, quando combinada com o Zn. Com isso, o estudo conluiu que pode apresentar um aumento da atividade antioxidante, agregando valor nutricional ao potencial antioxidante da CoQ10, além de reduzir a peroxidação lipídica e garantir a preservação das enzimas antioxidantes.Tese Uso do resíduo industrial do sisal (Agave sisalana Perrine) em produtos cosméticos sustentáveis com atividades antioxidante e fotoprotetora(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-07-22) Daher, Cláudia Cecílio; Ferrari, Márcio; Giordani, Raquel Brandt; http://lattes.cnpq.br/5032750980466610; https://orcid.org/0000-0002-2425-7586; http://lattes.cnpq.br/5782539548696465; http://lattes.cnpq.br/5337129241199109; Assis, Cristiane Fernandes de; Verissimo, Lourena Mafra; Damasceno, Gabriel Azevedo de Brito; Rocha Filho, Pedro Alves daO sisal é a principal fibra dura produzida no mundo. Na composição química do resíduo de Agave sisalana, são encontrados carboidratos, saponinas e compostos fenólicos, os quais são utilizados na indústria cosmética com atividades antioxidante e fotoprotetora. Este trabalho teve como objetivo desenvolver uma formulação multifuncional com atividades antioxidante e fotoprotetora a partir do resíduo industrial de A. sisalana. Foi realizado uma extração por ultrasonicação do material vegetal sólido, variando as concentrações do agente extrator (50% etanol/água (v/v), 80% etanol/água (v/v) e 100% etanol). O extrato com maior rendimento foi caracterizado quimicamente e avaliado quanto a atividade antioxidande in vitro. Foram preparadas dez formulações fotoprotetoras variando as concentrações dos componentes e o tempo de cisalhamento. O extrato de A. sisalana na concentração de 1,0% foi incorporado às formulações mais estáveis e a estabilidade preliminar e acelerada dessas foi avaliada e as emulsões foram investigadas quanto a segurança. As formulações fotoprotetoras contendo ou não o extrato que se apresentaram estáveis após 90 dias, tiveram realizadas a determinação do Fator de Proteção Solar in vivo, Fator de Proteção UVA, comprimento de onda crítico, e proteção contra a luz visível e azul. A extração por ultrassom utilizando etanol/água 50% (EH 50), como veículo extrator foi a que apresentou melhor rendimento. O extrato exibiu boa concentração de compostos fenólicos e apresentou atividade antioxidante in vitro nas diferentes etapas da cascata oxidativa. Emulsões sem e com o extrato de A. sisalana 1,0% mantiveram-se estáveis durante 90 dias, apresentando comportamento reológico desejável para um cosmético de uso tópico: pseudoplastico e tixotrópico. A emulsão contendo o extrato de A. sisalana apresentou-se segura após os estudos clínicos. Verificou-se que a adição do extrato a formulação fotoprotetora aumentou estatisticamente o FPS quando comparada a formulação sem o extrato com proteção contra radiação UVA, comprimento de onda crítico, absorção da luz visível e azul e enquadram-se quanto as exigências da legislação atual para protetores solares. Diante dos resultados apresentados o resíduo sólido de A. sisalana pode ser indicado como componente de formulações cosméticas fotoprotetoras e antioxidantes.Tese Avaliação de novas abordagens para controle e diagnóstico da leishmaniose visceral no Brasil(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2022-10-19) Queiroga, Tamyres Bernadete Dantas; Guedes, Paulo Marcos da Matta; Gama, Renata Antonaci; https://orcid.org/0000-0002-8026-6022; http://lattes.cnpq.br/0179756405650744; http://lattes.cnpq.br/5445410844075357; https://orcid.org/0000-0001-8538-6982; http://lattes.cnpq.br/7738632022656870; Brito, Carlos Ramon do Nascimento; Galvão, Joanna Gardel Valverde; Lima, Leomir Aires Silva de; Andrade Neto, Valter Ferreira de; Barros, Veruska CavalcantiA leishmaniose visceral (LV) é uma doença crônica grave em crescente expansão geográfica no Brasil, frente a tratamentos que não eliminam o parasito, medidas profiláticas ineficazes e métodos diagnósticos com baixa acurácia. Pensando nesta problemática, este trabalho objetivou avaliar i) a atividade inseticida sistêmica de dose oral única do composto fluralaner contra Lutzomyia longipalpis, bem como ii) avaliar o infravermelho médio como alternativa para detecção de Leishmania infantum em amostras de soro de cães. Para isso, cães sem raça definida foram recrutados e randomizados em dois grupos, tratados com fluralaner (n = 4) e controle não tratado (n = 4), e submetidos ao repasto sanguíneo com fêmeas de Lu. longipalpis antes do tratamento, no dia 1 pós-tratamento e, então mensalmente até completar um ano. Além disso, a espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier e reflexão total atenuada (ATR-FTIR) combinada com análise multivariada foi empregada para distinguir amostras de cães infectados com L. infantum (n = 29), em diferentes formas clínicas, de animais saudáveis não infectados (n = 30). Após a análise dos dados, observou-se 100% de mortalidade de Lu. longipalpis por até cinco meses após o início do tratamento. O composto fluralaner apresentou eficácia inseticida de 100% até 5 meses pós-tratamento dos cães, 68% em seis meses, com redução para 1,4% um ano pós-tratamento. O ATR-FTIR foi eficiente em diferenciar amostras de cães infectados e não infectados com 100% de sensibilidade e especificidade, utilizando o algoritmo de projeções sucessivas com análise de discriminante linear (SPA-LDA), SPA com máquina de vetores de suporte (SPA-SVM) e algoritmo genético com LDA (GA-LDA). Esses bons resultados sugerem que o composto fluralaner pode ser usado como possível estratégia de controle para LV em áreas endêmicas, bem como a espectroscopia associada a análise multivariada demonstra seu potencial como ferramenta alternativa para o diagnóstico de LV em cães.