PPGSCOL/CCS - Mestrado em Saúde Coletiva
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Navegando PPGSCOL/CCS - Mestrado em Saúde Coletiva por Assunto "Adolescente"
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Dissertação Alimentação saudável com adolescentes por meio de tecnologia da informação e comunicação: revisão de escopo(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2023-03-31) Oliveira, Fellipe Batista de; Gondim, Grácia Maria de Miranda; http://lattes.cnpq.br/7327301114814143; Lyra, Clelia de Oliveira; https://orcid.org/0000-0002-1474-3812; http://lattes.cnpq.br/4264395963141865; Cavalcante, Regina Márcia SoaresA adolescência é caracterizada pelo período compreendido entre os 10 a 19 anos de idade. Essa é uma fase para que ocorra intervenções relacionadas à adoção de estilo de vida saudável, bem como sua importância e repercussão na saúde ao longo da vida. A tecnologia educacional em saúde torna-se uma das alternativas para se trabalhar com adolescentes, uma vez que possibilita a interação entre eles para promover hábitos saudáveis. Portanto, o presente estudo teve por objetivo mapear a produção científica nacional e internacional sobre alimentação saudável com adolescentes, mediada pelas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Trata-se de uma revisão de literatura do tipo escopo, estruturada na metodologia recomendada pelo Instituto Joanna Briggs e PRISMA-ScR. Com isso, foram adotadas as seguintes etapas: formulação de questões de pesquisa, definição dos critérios de inclusão e exclusão, definição da estratégia de pesquisa, seleção de estudos/fontes de evidência, extração e codificação de dados, análise e interpretação de resultados. As bases de dados consultadas foram: Medline/Pubmed, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Scopus, Embase e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Todo o processo de seleção de estudos também ocorreu em duplicata, de maneira independente. A pesquisa na base de dados resultou em 12.990 trabalhos, após a aplicação dos filtros iniciais e remoção das duplicatas, resultou em 7.898 documentos. Ao final, a amostra resultou em 20 artigos publicados em periódicos. Foi possível verificar que a maior parte da produção científica ocorreu em âmbito internacional, com destaque para estudos realizados no Estados Unidos da América e Canadá, sendo apenas um estudo conduzido em nível nacional. Além disso, a revisão apontou que as TIC são ferramentas que podem auxiliar a promoção de hábitos saudáveis, especialmente voltadas para o campo da alimentação. Apesar disso, é necessária uma visão crítica sobre o emprego dessas tecnologias, principalmente em relação ao conteúdo abordados. Assim, a partir desse estudo almeja-se contribuir com a construção de conhecimentos em relação ao uso de TIC voltadas para promoção da alimentação saudável com adolescentes.Dissertação Articulação entre saúde mental infanto-juvenil e atenção básica em Natal-RN: limites e possibilidades(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-12-18) Silva, Paola da Costa; Guimarães, Jacileide; ; http://lattes.cnpq.br/8942333851163376; ; http://lattes.cnpq.br/9746754311791673; Lima, Glaucineia Gomes de; ; http://lattes.cnpq.br/4754800270790555; Rodrigues, Maisa Paulino; ; http://lattes.cnpq.br/3535935637398553; Macedo, Mauricio Roberto Campelo de; ; http://lattes.cnpq.br/3673586188321966O processo de Reforma Psiquiátrica brasileira foi deflagrado no final da década de 1970 e lançou novas luzes à problemática da saúde mental infanto-juvenil, constatando lacunas importantes no que tange às necessidades, serviços e ações sobre adoecimento psíquico de crianças e adolescentes. Com a criação dos Centros de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPS i), torna-se possível a inserção em rede e a articulação dos serviços de saúde na assistência à saúde mental infanto-juvenil, constituindo-se como lugar de acolhimento e trazendo visibilidade ao sofrimento psíquico de crianças e adolescentes até então negligenciado nos grandes hospitais psiquiátricos. A partir desse entendimento empreendemos a presente pesquisa com o objetivo geral de analisar as ações e práticas de saúde mental infanto-juvenil articuladas entre o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil (Caps i) e a atenção básica em Natal-RN, e especificamente, identificar os limites e possibilidades para essa articulação e maior resolubilidade do cuidado prestado em rede. Após submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) obteve-se aprovação contido no Parecer número 777.067/ 2014. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa de caráter descritivo e exploratório. Para a coleta de dados, inicialmente realizamos pesquisa documental na Secretaria Municipal de Saúde de Natal acerca do fenômeno estudado, posteriormente, aplicamos entrevista semiestruturada com os sujeitos da pesquisa que foram os trabalhadores do Caps i de Natal-RN. A análise foi tecida conforme a técnica de análise temática, compreendida dentro do método de análise de conteúdo. Os resultados e discussões foram organizados por meio de categorias e subcategorias, a saber: CATEGORIA 1. Limites e fragilidades da articulação para a assistência em saúde mental infanto-juvenil, com as subcategorias: 1.1 Insuficiência de serviços especializados e de dispositivos articuladores na rede; 1.2 Complexidade da atenção em saúde mental na infância e adolescência: demanda e clínica; CATEGORIA 2: Possibilidades para uma rede efetiva, com a subcategoria: 2.1 Intersetorialidade em saúde mental infanto-juvenil como instrumento de articulação e integralidade. Concluímos que a integração e articulação dos serviços de saúde mental infanto-juvenil e a atenção básica no município de Natal-RN, possui iniciativas incipientes e/ou insuficientes para a resolubilidade intersetorial, onde os dispositivos de atenção à saúde envolvidos não conseguem estabelecer vínculos efetivos e duradouros na perspectiva da corresponsabilidade e do compartilhamento do cuidado. Por outro lado, verificamos que as ações existentes e praticadas, configuram um exercício de aproximação para o diálogo entre saúde mental infanto-juvenil e atenção básica. Destacamos que o cuidado compartilhado e o estabelecimento de intersetorialidade dentro e fora do setor saúde constitui possibilidade de favorecimento do diálogo necessário entre os serviços e profissionais envolvidos, assim, potencializando-se uma melhor perspectiva de resolubilidade da Rede de Atenção Psicossocial para o público infanto-juvenil na realidade investigada.Dissertação Conhecimentos, atitudes e práticas dos adolescentes acerca do HIV/aids e outras IST: um estudo no interior do Nordeste brasileiro(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2020-07-08) Cordeiro, Jéssica Kelly Ramos; Oliveira, Ângelo Giuseppe Roncalli da Costa; ; http://lattes.cnpq.br/0023445563721084; ; http://lattes.cnpq.br/0222338899360890; Santos, Marquiony Marques dos; ; http://lattes.cnpq.br/4568566820924959; Silva, Richardson Augusto Rosendo da; ; http://lattes.cnpq.br/2184669241700299Na adolescência são estabelecidos padrões básicos de comportamento que repercutem ao longo da vida e, dentre estes, tem-se a sexualidade. Nesse momento de grandes transformações biopsicossociais, costuma ocorrer a iniciação sexual, muitas vezes sem a orientação prévia de um adulto e cercada de muitas dúvidas e curiosidades. Desse modo, torna-se imperioso conhecer os saberes e práticas dos adolescentes escolares acerca do HIV/aids e outras IST, com o intuito de subsidiar políticas públicas de saúde que trabalhem a saúde sexual dessa população. Assim, o objetivo desse trabalho é avaliar os saberes e práticas dos adolescentes escolares em relação ao HIV/aids e outras IST no interior do Nordeste brasileiro. Para isso, realizou-se estudo transversal do tipo inquérito CAP (Conhecimento, Atitude e Prática) que incluiu doze escolas públicas de sete cidades norte-rio-grandenses, totalizando 623 indivíduos. Utilizou-se dois questionários eletrônicos, um acerca dos dados socioeconômicos/demográficos, e o outro intitulado “Questionário para avaliação de programas de prevenção das DST/AIDS”, utilizado pelo Ministério da Saúde. A confiabilidade dos itens foi averiguada por meio do Alfa de Cronbach, onde a média de cada valor variou de 0,198 a 0,379. Também foi realizada análise fatorial para analisar a estrutura das correlações entre as variáveis. O estudo verificou que os 10 itens remanescentes apresentaram os requisitos exigidos para o desenvolvimento da AFE, apresentando para a estatística de Kaiser-Meyer-Olkin o valor de 0,639. O teste de esfericidade de Bartlett apresentou significância (Qui2 : 762.479; GL: 45; p<0,001). A variância total acumulada foi de 0,763. Os domínios resultantes da análise fatorial foram: Estilo de vida/hábitos, atitudes preventivas, formas de transmissão endógenas e formas de transmissão exógenas. Em relação ao grau do conhecimento geral sobre HIV/aids, observou-se que os participantes do sexo feminino (6,16), com companheiro (6,24), cursando o 3º ano do ensino médio (6,19), brancos (6,20), não adeptos (6,15) e não frequentadores de cerimônias religiosas (6,20), morando sozinhos (7,49), com pais não casados (6,17) e filhos de pais com ensino superior completo (6,26/6,34) obtiveram maiores médias de acerto. Metade dos adolescentes afirmaram já terem realizado sua primeira relação sexual, no entanto, apenas 31,3% relataram ter feito uso do preservativo nos últimos seis meses. Embora apresentem um nível considerável de conhecimento acerca da prevenção do HIV/aids, as práticas sexuais dos adolescentes não vão de encontro às medidas preventivas, essencialmente quanto ao uso do preservativo. No que se refere à confiabilidade do questionário através das análises realizadas, foi assegurada a qualidade do instrumento. Este estudo é de extrema relevância social, uma vez que foi possível avaliar os conhecimentos, atitudes e práticas dos escolares, com vistas a subsidiar a criação de políticas e programas de orientação sexual nas escolas com a atenção voltada à saúde integral dos adolescentes, a fim de impedir que os mesmos se envolvam em situações de exposição aos riscos do HIV/aids e outras IST e garantir a aquisição de práticas sexuais seguras e saudáveisDissertação Cuidado à saúde do adolescente em uma unidade de saúde da família: que papo é esse de integralidade?(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013) Santos, Jacyane Melo de Oliveira; Souza, Elizabethe Cristina Fagundes de; Bezerra, Marlos Alves; http://lattes.cnpq.br/4923847817582059; Miranda, Moemia Gomes de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/7041496129601963; http://lattes.cnpq.br/5933901040621573; http://lattes.cnpq.br/2308984614436345Este estudo faz um recorte para a população adolescente compreendendo a idade ente 10 e 19 anos de idade, empregado pelo Ministério da Saúde (MS), e remete ao pressuposto que a integralidade seja um princípio a ser considerado de forma expressiva no cotidiano das práticas em saúde em sua dimensão cuidadora na atenção ao adolescente. O objetivo geral do estudo é investigar como se dá a produção do cuidado à saúde do adolescente em uma Unidade de Saúde da Família (USF), buscando analisá-la à luz do princípio da integralidade. Trata-se de pesquisa com abordagem qualitativa, aproximando-se do estudo de caso. Este foi a Unidade de Saúde da Família de Mangabeira, no município de Macaíba/RN. Utilizou-se a observação participante, a técnica grupal de construção de fluxograma descritor do processo de trabalho e entrevistas individuais com roteiros semi-estruturados com trabalhadores e usuários. A análise tomou como referência quatro eixos propostos por Ayres (2009) para identificação da integralidade nas práticas de saúde: necessidades; finalidades; articulações e integração entre os sujeitos. Os resultados do estudo apontam que os profissionais da USF apreendem o cuidado à saúde do adolescente no desenvolvimento de suas atividades cotidianas a partir da demanda espontânea e em ações no âmbito escolar com a implementação das ações do PSE. A maneira como se estabelece os encontros constituídos pelos sujeitos implicados nesse processo podem fazer a diferença no sentido de aproximações ou distanciamentos do cuidado integral à saúde dos adolescentes. Evidencia-se necessidade do reconhecimento das singularidades e especificidades, bem como a pluralidade e diversidade dos adolescentes com oferta de produção de cuidado, baseada em processo dialógico que possibilite a construção de um sujeito-cidadão a partir da participação juvenil e superação do paradigma normativo e prescritivo.Dissertação Um estudo sobre o perfil sexual e reprodutivo das adolescentes de um serviço de referência no município de Natal/RN(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014-09-12) Oliveira, Dannielly Azevedo de; Ferreira, Maria Ângela Fernandes; Rodrigues, Maisa Paulino; ; http://lattes.cnpq.br/3535935637398553; ; http://lattes.cnpq.br/4036539286429296; ; http://lattes.cnpq.br/1168811870043482; Carvalho, Jovanka Bittencourt Leite de; ; http://lattes.cnpq.br/6954933298962832; Jamelli, Silvia Regina; ; http://lattes.cnpq.br/4682603119477532A adolescência é vista como uma fase da vida marcada por uma série de transformações físicas e comportamentais, o que leva a determinada situações de risco, como o início precoce da atividade sexual, a gravidez e a ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis. Baseado nessa afirmação, a pesquisa objetivou de forma geral: conhecer o perfil sexual e reprodutivo das adolescentes de um serviço de referência no município de Natal. De maneira específica: descrever as características sócioeconômicas, sexuais e reprodutivas individuais e familiares da população em questão, como também, verificar possível associação entre gravidez e idade de início da atividade sexual com os aspectos socioeconômicos. O Estudo seccional realizado em banco de dados a partir dos registros de 463 adolescentes que buscaram atendimento num serviço de referência em saúde Sexual e Reprodutiva, no período de março de 2011 a junho de 2012. Os dados coletados foram submetidos à análise realizada pelos programas Excel 2007 e Statiscal Package for the Social Sciences (SPSS) 17.0. Para análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva, com números absolutos e percentuais, sendo a sua apresentação feita por meio de tabelas de distribuição e frequências. Os resultados mostraram que os pais dessas adolescentes (65,7% - pai; 57,8% - mãe), possuíam ensino fundamental; renda familiar inferior a dois salários mínimos (66,2%); algum tipo de dependência química na família (33,5%) e presença de violência doméstica (20,6%). Foi verificada ocorrência de gravidez quando a mãe apresentava ensino fundamental (26,3%), outras pessoas que não o pai ou a mãe contribuíam com a renda familiar (33,3%) e (26%) quando havia dependência química na família O início precoce da atividade sexual foi observado quando a mãe apresentava ensino fundamental (57,3%), outras pessoas que não o pai ou a mãe contribuíam com a renda familiar (63,1%) e o uso de drogas/álcool como um problema familiar (67,6%). Concluiu-se que tais vulnerabilidades aparecem como reflexo da baixa condição social dessas jovens, agravadas pela herança afetiva que é ofertada a cada indivíduo desde o nascimento. Estes achados poderão quiçá, subsidiar as políticas públicas de vigilância da saúde às adolescentes em diversas áreas.Dissertação Fatores de risco para escoliose em escolares: um estudo casocontrole(2016-08-01) Assis, Sanderson José Costa de; Oliveira, Angelo Giuseppe Roncalli da Costa; ; ; Souza, Dyego Leandro Bezerra de; ; Bispo Júnior, José Patrício;Introdução: A escoliose é caracterizada por alterações tridimensionais da coluna vertebral, onde se tem uma inclinação lateral no plano frontal, juntamente com rotação contralateral no plano transversal e retificação no plano sagital. Os escolares constituem-se como um grupo de risco para essa deformidade por passarem pela fase de estirão de crescimento, associada a outros fatores como longa permanência da postura sentada, suporte de mochilas escolares de maneira assimétrica e/ou com excesso de peso do material escolar, uso de calçados inapropriados, dentre outros. Considerando a escassa literatura abordando os fatores de risco para a escoliose, este estudo tem por objetivo analisar os fatores de risco para a escoliose em escolares. Metodologia: A pesquisa foi de caráter observacional, do tipo caso-controle, com abordagem quantitativa realizada no município de Santa Cruz/RN. Foi avaliada a presença de escoliose, bem como atividade física, prática esportiva competitiva e hábitos posturais, a fim de identificar fatores de risco para a escoliose. Foi utilizada a regressão logística múltipla condicional e foram estimadas as Odds Ratios (OR) e os respectivos intervalos de confiança (95%) da variável desfecho e adotado um nível de significância de 5%. Resultados: participaram da pesquisa 78 pares, totalizando 156 escolares, sendo 86 meninas e a média de idade de 13,88 anos. Na regressão logística condicional, na análise bivariada a pouca prática de atividade física mostrou-se como fator de risco para a escoliose (p=0,041; OR: 2,81; IC95%: 1,04-7,57), enquanto que as demais variáveis não apresentaram significância estatística. Conclusão: A baixa atividade física apresentou-se como fator de risco para escoliose em escolares, podendo indicar a prática de atividade física como fator protetor para escoliose.Dissertação Marcas do racismo! Violências contra adolescentes e jovens brasileiros segundo o quesito raça/cor(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021-08-04) Aiquoc, Kezauyn Miranda; Mirabal, Isabelle Ribeiro Barbosa; https://orcid.org/0000-0002-1385-2849; http://lattes.cnpq.br/0211762022010569; https://orcid.org/0000-0003-3709-615X; http://lattes.cnpq.br/7934594278578066; Nunes, Ana Paula Nogueira; Meira, Karina Cardoso; https://orcid.org/0000-0002-1722-5703; http://lattes.cnpq.br/2185382192736832Introdução: A violência pode resultar em lesão, dano psicológico, deficiência no desenvolvimento e até a morte. No entanto, a violência afeta a população de modo desigual, gerando riscos diferenciados em função de gênero, raça/cor, espaço social e idade, sobretudo nos adolescentes e na juventude. Objetivo: Analisar a discriminação racial percebida e a exposição às diversas violências em adolescentes e jovens brasileiros, segundo as diferenças de raça/cor. Metodologia: Foram realizadas três análises: 1) estudo transversal com dados Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2015 (PeNSE) 2015, no qual foi analisada a prevalência da discriminação racial e sua associação com fatores socioeconômicos, de saúde e do contexto escolar em uma Regressão de Poisson; 2) estudo transversal que analisou as prevalências de diversas tipologias de violência segundo raça/cor, em um modelo de Regressão de Poisson multinível ajustado por idade, sexo e escolaridade materna utilizando dados da PeNSE 2015; e 3) estudo ecológico que analisou as taxas de homicídios de jovens de 15 a 29 anos nos municípios brasileiros no período de 2015-2017, por sexo e raça e variáveis contextuais relativas à educação, renda, escolaridade e vulnerabilidade em uma Regressão Linear multinível. Resultados: A prevalência da discriminação racial percebida entre escolares brasileiros foi de 2,58% (IC95%: 2,40-2,78) e associou-se com o sexo masculino (RP 1,69; 1,40-2,04), ter cor da pele preta (RP 7,39; 5,49-9,96), ser indígena (RP 4,95; 3,32- 7,38), com mãe sem escolaridade (RP 1,74; 1,25-2,42) e que possui expectativa de escolaridade até o ensino médio (RP 1,50; 1,24-1,83). Quanto à exposição à violência, os estudantes pretos tiveram maior envolvimento em brigas com armas de fogo e que foram seriamente feridos (RP=1,50; IC95%:1,27-1,76; e RP=1,36;IC95%:1,22-1,52, respectivamente); os indígenas apresentaram maior prevalência de se envolverem em luta física (RP= 1,23; IC95%: 1,09-1,38) e de se envolver em brigas com armas contundentes e perfurocortante (RP= 1,38; IC95%: 1,11-1,73). No modelo multinível, ter a cor preta foi associado a estudar em escola localizada em área de risco e estudar em escola que interrompeu ou suspendeu as aulas por motivo de segurança. Quanto às taxas de mortalidade por homicídios, destaca-se a relação mais acentuada entre os homicídios de jovens negros e as taxas de homicídios na população adulta. Conclusão: os resultados demonstram que existe iniquidade racial na exposição à violência no Brasil, sendo as principais vítimas os adolescentes e jovens pertencentes à população negra e indígena.