Programa de Pós-Graduação em Nutrição
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Nutrição por Assunto "Ácidos graxos"
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Dissertação Caracterização e avaliação das propriedades físico-químicas e bioativas de óleos de semente e de folhas de Moringa oleifera(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2025-03-28) Viana, Emanuela de Lima; Assis, Cristiane Fernandes de; https://orcid.org/0000-0001-7595-5395; http://lattes.cnpq.br/0034694007210837; http://lattes.cnpq.br/8904617267391234; Pedrini, Márcia Regina da Silva; Pagnoncelli, Maria Giovana BinderA Moringa oleifera é uma planta amplamente reconhecida por suas propriedades bioativas e pela possibilidade de extração de óleos vegetais de suas sementes e folhas, os quais possuem potencial aplicação nas indústrias alimentícia, cosmética e farmacêutica. No entanto, suas características físico-químicas, propriedades bioativas e citotoxicidade são pouco estudadas. Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi avaliar as características físico-químicas e propriedades bioativas dos óleos da semente e da folha da Moringa oleifera. Foram realizadas análises por Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio (¹H RMN), Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), e Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (CG-EM), além de caracterizações térmicas (TG/DTA) e físico-químicas das amostras. A citotoxicidade dos óleos foi avaliada in vitro utilizando células do ovário de hamster chinês (CHO) e células de hepatocarcinoma humano (HepG2), por meio do ensaio com brometo de 3-(4,5- dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltetrazólio (MTT). Foram usadas diferentes frações dos óleos da semente e folha para determinar os compostos fenólicos totais (CFT) e atividades bioativas. A concentração de Compostos Fenólicos Totais (CFT) foi avaliada pelo método Folin-Ciocalteau. A atividade antioxidante foi determinada pela captura dos radicais DPPH (2,2-difenil-1 picril-hidrazil), ABTS (2,2-azinobis 3- etilbenzotiazolina-6-ácido sulfônico) e Atividade Antioxidante Total (CAT). A atividade antifúngica e antibacteriana foi testada por meio da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), Concentração Fúngica Mínima (CFM) e Concentração bactericida mínima (CBM). A inibição de enzimas do metabolismo da glicose in vitro foram determinadas para α-amilase, α-glicosidase e amiloglicosidase. Os óleos apresentaram altos níveis de ácidos graxos insaturados (70,9% na semente e 70,6% na folha), com predominância de ácido linoleico. Ambos não apresentaram citotoxicidade, com viabilidade celular superior a 70%. A fração metanólica do óleo da folha apresentou o maior teor de compostos fenólicos totais (173,18 µg EAG·g⁻¹) e superior capacidade antioxidante em comparação às demais frações, nos três ensaios aplicados. De acordo com a metodologia utilizada não houve inibição para as bactérias Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus faecalis e Salmonella typhimurium, mas ambos os óleos mostraram atividade antifúngica contra Candida albicans com valores de concentração inibitória mínima (CIM) e concentração fungicida mínima (CFM) de 10 mg/mL. Por fim, as frações metanólicas, integrais e o precipitado insolúvel dos óleos apresentaram atividade de inibição de enzimas in vitro, com destaque para a fração integral. Essa fração demonstrou os maiores percentuais de inibição, atingindo 97,94 % para α-glicosidase e 95,32 % para amiloglucosidase no óleo da semente. Já para o óleo da folha, os valores observados foram 94,79 e 85,96 %, respectivamente. Portanto, os resultados obtidos mostram o potencial de ambos os óleos para aplicações na indústria de alimentos, cosméticos e farmacêutica.Dissertação Manteiga de bati (Ouratea parviflora): caracterização físicoquímica e utilização como substrato para produção de lipase por Aspergillus terreus em fermentação semi-sólida(2018-11-29) Barros, Karen dos Santos; Damasceno, Karla Suzanne Florentino da Silva Chaves; Assis, Cristiane Fernandes de; ; ; ; Santos, Everaldo Silvino dos; ; Aquino, Jailane de Souza;As lipases são enzimas pertencente a uma classe de hidrolases que catalisam a quebra de triacilgliceróis, gerando ácidos graxos livres. As fontes vegetais que apresentam maior interesse como substrato para a produção de lipase são as que contém triacilgliceróis de cadeia longa, neste contexto tem-se a manteiga de bati produzida a partir da Ouratea parviflora como uma alternativa para a produção de lipase. O objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial da manteiga de bati (Ouratea parviflora) como substrato para produção de lipase por Aspergillus terreus em fermentação semi-sólida. Foram realizadas as análises de composição dos ácidos graxos e de minerais, caracterização físico-química da manteiga de bati e utilização desta como substrato indutor para produção de lipase em duas temperaturas diferentes (25 ºC e 35 ºC) durante 196 h de fermentação. A contagem de esporos foi realizada em todo o período de fermentação. O extrato bruto enzimático foi avaliado frente a diferentes pH, temperaturas e ação de compostos ativadores e inibidores. A manteiga apresentou grande concentração de ácidos graxos de cadeia longa (C14 – C24). Destaca-se a quantidade do manganês (12,7 mg/g), cálcio (7,7 mg/g), sódio (6,7 mg/g) e magnésio (5,4 mg/g), além da presença, em menor concentração, do ferro (1,1 mg/g) e cobre (0,04 mg/g) que exercem efeito catalítico na oxidação lipídica. Quanto as características físico-químicas foi evidenciado elevado índice de acidez (20,76 mg KOHg-1) e peróxido (16,03 mEqkg-1) e baixa umidade (1,29 %). Independente da temperatura de incubação, a contagem de esporos do Aspergillus terreus foi semelhante e crescente durante todo o período de incubação (196 h). Porém, a maior atividade enzimática foi de 212,6 U/g, produzida no período de 120 h a 35 °C, com atividade específica de 144,5 U/mg. O extrato bruto enzimático apresentou melhor atividade relativa na temperatura de 37 ºC e pH 9. O β-mercaptanol aumentou significativamente a atividade relativa da enzima. Os demais compostos diminuíram a atividade relativa da enzima, com destaque para o dodecil sulfato de sódio (SDS) que inativou a enzima. Diante dos resultados encontrados afirma-se que a manteiga de bati é um substrato indutor para produção de lipase por fermentação semi-sólida.Dissertação Nanoencapsulação de óleo de buriti (Mauritia flexuosa) em alginato e gelatina: caracterização e avaliação da solubilidade e potencial antimicrobiano(2018-11-29) Azevedo, Gabrielle Mahara Martins; Assis, Cristiane Fernandes de; Passos, Thais Souza; ; ; ; Silva Júnior, Arnobio Antonio da; ; Aquino, Jailane de Souza;O óleo de buriti (Mauritia flexuosa) apresenta grande potencial funcional por apresentar elevados teores de carotenoides, ácido oleico e compostos fenólicos. Entretanto, a lipossolubilidade e fácil oxidação dos compostos bioativos limitam a aplicação como ingrediente em alimentos. Com base nisso, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito isolado e conjugado de gelatina suína e alginato de sódio na encapsulação do óleo de buriti, e o efeito na solubilidade e potencial antimicrobiano. O óleo vegetal foi fornecido pela empresa Plantus S.A. e, foi submetido à caracterização química (perfil de ácidos graxos e compostos fenólicos) e avaliação da atividade antimicrobiana. A encapsulação foi realizada pela técnica de emulsificação óleo/água, utilizando Tween 20 como tensoativo. Os encapsulados obtidos foram caracterizados por MEV, FTIR, Difração a Laser, Potencial Zeta, DRX, e eficiência de incorporação (%). Além disso, foram avaliados quanto à solubilidade e potencial antimicrobiano comparado ao óleo bruto. O perfil de ácidos graxos mostrou predomínio de ácido linoleico w-6 (53,36%) e ácido palmítico (25,75%). O composto fenólico que apresentou maior concentração foi a quercetina [20,53 (0,37) µg/g]. O estudo de caracterização mostrou que os encapsulados a base de gelatina (OGS) apresentaram formato esférico, superfície lisa e pouca aglomeração, comparado ao obtido por meio da combinação de agentes encapsulantes (OAG). O FTIR indicou novas interações químicas presentes nos encapsulados devido à formação de novas bandas vibracionais, principalmente para OGS que apresentou maior atenuação das vibrações presentes no óleo bruto. As eficiências de encapsulação obtidas para OGS e OAG foram, respectivamente, de 86,80% e 71,91% (p<0,05). Quanto à solubilidade em água, OGS apresentou maior percentual [89,83 (2,59)%] comparado a OAG [42,84 (2,21)%] e ao óleo de buriti puro [3,91 (0,39)%]. Em relação à inibição do crescimento (%) de Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumonia, OGS preservou a atividade antimicrobiana do óleo de buriti puro (p>0,05). Portanto, a encapsulação do óleo de buriti em gelatina foi uma estratégia promissora para aumentar o potencial de utilização do óleo como ingrediente em alimentos.Dissertação Nanoencapsulação em gelatina suína e proteína do soro do leite isolada aumenta a solubilidade de óleo de quinoa (Chenopodium quinoa) obtido por via biotecnológica(2019-07-26) Lira, Keith Hellen Dias da Silva; Assis, Cristiane Fernandes de; ; ; Pedrosa, Matheus de Freitas Fernandes; ; Pastore, Gláucia Maria;O óleo de quinoa (Chenopodium quinoa Willd.) é altamente nutritivo, porém a lipossolubilidade traz inúmeros desafios tecnológicos à aplicação na indústria alimentícia, assim como a extração utilizando solventes orgânicos, é economicamente inviável devido ao baixo rendimento. Com isso, o presente estudo teve como objetivo realizar a caracterização físico-química e química (perfil de ácidos graxos, concentração de alfa e gama-tocoferol e determinação de minerais) do óleo de quinoa obtido por processo biotecnológico. Bem como produzir, caracterizar e avaliar a solubilidade do óleo de quinoa encapsulado em gelatina suína (G) e na combinação proteína do soro do leite isolada (P) e gelatina (PG). A encapsulação foi realizada pelas técnicas de emulsificação óleo/água para as formulações OG4, OG8, OPG1.4 e OPG1.8, e multicamada para OPG2.4 e OPG2.8, variando a quantidade de óleo de quinoa (4 e 8 g). Os encapsulados obtidos foram caracterizados por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Difração de raio X, Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), Difração a Laser, Potencial Zeta, e avaliados quanto à eficiência de incorporação (%) e solubilidade em água (%). O perfil de ácidos graxos do óleo mostrou predomínio do ácido linoleico (55,39%) e, as características físico-químicas avaliadas estavam em conformidade com a legislação vigente. O mineral presente em maior concentração foi o fósforo (2,04 mg.g-1 ) e a concentração de alfa e gama-tocoferol encontrada foi, respectivamente, de 8,56 e 6,28 mg.100g-1 de óleo. Em relação à caracterização das formulações obtidas, observou-se a presença de partículas com superfície lisa, sem depressões ou rachaduras; com diâmetro médio e índice de polidispersão na faixa de 165,77 a 529,70 nm e 0,379 a 0,687, respectivamente; com carga superficial variando entre +3,76 e +12,06 mV; e estruturas semicristalinas. O FTIR indicou que houve a atenuação das vibrações que caracterizam o óleo bruto, sendo mais expressiva nas formulações que continham a combinação de agentes encapsulantes. E também a formação de novas bandas vibracionais, que indicam interações químicas entre os agentes encapsulantes e o óleo. A eficiência de incorporação e a solubilidade em água variaram entre 77 a 91% e 48 a 71%, respectivamente. Portanto, os resultados mostram que as formulações produzidas por emulsificação multicamada e com a combinação de agentes encapsulantes apresentaram as melhores características para viabilizar a aplicação em alimentos.