PPGSE - Doutorado em Sistemática e Evolução
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Navegando PPGSE - Doutorado em Sistemática e Evolução por Assunto "Câmara úmida"
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Tese Fungos micorrízicos arbusculares em serapilheira de Mata Atlântica: colonização, riqueza e fatores que afetam sua dinâmica(Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2024-10-31) Lima, Juliana Luiza Rocha de; Goto, Bruno Tomio; Fiuza, Patrícia Oliveira; https://orcid.org/0000-0001-6157-4954; http://lattes.cnpq.br/5968043766728580; https://orcid.org/0000-0003-1385-9845; http://lattes.cnpq.br/3936453061007933; Melo, Adriana Mayumi Yano de; Silva, Danielle Karla Alves da; Maia, Leonor Costa; Marcial, Martin Hassan PoloOs Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA) vivem em associação simbiótica obrigatória com a maioria das raízes de plantas terrestres, promovendo principalmente o crescimento vegetal. Contudo, estudos têm mostrado a ocorrência desses fungos em folhas da serapilheira. Por ser um tópico pouco estudado, limitada informação é encontrada sobre, por exemplo, quais espécies de FMA colonizam a serapilheira, quais fatores bióticos e/ou abióticos influenciam essa colonização e se é considerado um fenômeno global ou restrito. Para responder a essas questões, este trabalho buscou (i) registrar a ocorrência, (ii) identificar as espécies de FMA colonizando a serapilheira e (iii) investigar se fatores como a qualidade da serapilheira, estágio de decomposição e propriedades do solo influenciam a colonização de FMA em três áreas de Mata Atlântica (RPPN Mata Estrela, Flona de Nísia Floresta e Fazenda Sapé), Rio Grande do Norte. Para isso, foram utilizados sacos de serapilheira para coleta da serapilheira das espécies vegetais Hymenaea courbaril, Mimosa caesalpiniifolia, Paubrasilia echinata e Ziziphus joazeiro. Em laboratório, as amostras passaram pela técnica da câmara úmida, clarificação, e extração de DNA. No primeiro capítulo mostrou-se que apenas 39 estudos documentam FMA na serapilheira com 60 espécies distribuídas em 5 ordens, 7 famílias e 14 gêneros, sendo apenas 34 espécies provenientes de estudos que coletaram exclusivamente a serapilheira para análise. O segundo capítulo mostra uma abordagem incomum para recuperar FMA da serapilheira, enquanto o terceiro capítulo mostrou que a serapilheira de Z. joazeiro e P. echinata apresentam os maiores percentuais de colonização por FMA, enquanto H. coubaril da RPPN Mata Estrela e Flona NF, e M. caesalpiniifolia apresentam os menores percentuais. Sequências de DNA ambientais obtidas a partir da serapilheira corresponderam a quatro espécies: Diversispora varaderana, Funneliformis caledonium, F. geosporum e Rhizoglomus irregulare, enquanto Glomus spinuliferum foi identificada através de observação microscópica. Funneliformis geosporum e R. irregulare ocorreram em mais de uma espécie vegetal. Diversispora varaderana e F. caledonium ocorreram apenas em M. caesalpiniifolia e H. courbaril, respectivamente. Além disso, a qualidade da serapilheira, o estágio de decomposição e propriedades do solo influenciam a colonização da serapilheira por FMA. Os dados revelam que a serapilheira é um substrato rico para estudar FMA, mas negligenciado nas amostragens. Os FMA juntamente com a serapilheira ainda possuem um potencial subexplorado para restauração de áreas degradadas. Além disso, tais espécies de FMA são, pela primeira vez, registradas colonizando a serapilheira. Os resultados obtidos neste trabalho são importantes por destacar uma condição pouco explorada para o grupo, podendo ser uma fonte para novas descrições e registros de espécies pouco documentadas em solos brasileiros.